Os cadernais, talhados no freixo e depois mergulhados em óleo de linhaça, ali estavam prontos para passar adriças e içar velas enquanto as marteladas do calafate soavam no estaleiro do mestre Jaime Costa, em Sarilhos Pequenos.

Enquanto as pancadas rimadas chumaçavam com estopa as juntas do casco do galeão, vedando-as às águas do Tejo por onde, não tarda, irá navegar até Cascais, o velho galeão, que foi buscar resistência aos pinheiros de Sintra, mas também a dureza dos cabeços da cana do leme e dos cunhos, às Kambalas e aos Talis, e a leveza dos Sapelis à floresta africana, ali está, emproado, disposto a um novo fôlego. Apesar de mais vidas que um gato, o “Estou para Ver” será, lá para julho, orgulho de quem o capitanear, mas também de quem o ressuscitou, a equipa do mestre Jaime Costa.

Para já, sem pompa, mas com a circunstância devida, o renovado galeão levou a marretada no último prego, que foi obra dos vereadores da Câmara Municipal de Cascais, Joana Balsemão e Frederico Nunes, com as devidas instruções do mestre Jaime Costa. E, na circunstância Joana Balsemão lembraria as velhas amarras deste galeão que tem 102 anos: “Já foi usado na pesca de cerco, no transporte de sal e até já navegou no Mar Vermelho”. Agora, acrescentaria a vereadora, “vai ter uma nova vida como barco de recreio, que já tinha tido num passado recente, mas também servir para expedições de biologia e arqueologia marinhas”.

Frederico Nunes lembraria ainda a importância da candidatura aos fundos comunitários do programa 2020, a que “cascais concorreu” e que contribuiu com 85% dos 483 mil euros que permitiram a sua recuperação.

“É impossível não sorrir”, diria Joana Balsemão, na presença deste novo velho galeão. E, na verdade, o sorriso atravessava todos os rostos presentes naquele momento, visitantes e anfitriões.       

Presente na cerimónia, Carlos Costa, professor do ensino, mas também mestre na arte de marear, revelaria do passado recente deste galeão, quando embarcava alunos da escola para aprenderem alguns dos saberes da profissão de marinheiro, que talvez o maior dos ensinamentos tenha sido: “Quando todos somos importantes é mais forte o que nos une do que aquilo que nos separa”.HC/AG/CMC  

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Peça a peça, parafuso a parafuso. Ao longo de três anos, os alunos de várias turmas do curso profissional de Mecatrónica da Escola Básica Secundária Matilde Rosa Araújo, puseram mãos à obra e construíram de raiz o protótipo, uma espécie de kart a combustão, que foi agora testado pelo presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras.

O autarca experimentou alguma dificuldade em entrar no kart feito à medida dos alunos, mas com alguma ginástica sentou-se aos comandos e garante que há todos os motivos para “dar os parabéns aos alunos. Este é o resultado de uma aposta que foi feita há alguns anos atrás e que tem vindo a ser consolidada”, afirmou Carlos Carreiras.

“Isto é único”, revelou o professor de Mecatrónica, Joaquim Bouto, engenheiro de formação, que explicou ao presidente da Câmara os avanços e recuos a que a construção do kart obrigou, levando os alunos a por em prática os conhecimentos adquiridos. “Quando uma solução não era mais adequada tinha de se voltar a trás”, explicou. Porém, valeu a pena e o resultado promete: “Agora com umas melhoriazinhas já entrava na produção em série”.

Guilherme Rodrigues, aluno do 11.º ano, fez as honras da casa exibindo os dotes de condução para mostrar que o veículo tem todos os motivos para a turma, o professor e a escola se sentirem orgulhosos. À pergunta de “é bom meter a mão na massa?”, responde sem pensar: “é!”

Na Escola Básica e Secundária Matilde Rosa Araújo, uma das principais áreas de formação profissional é a mecatrónica, onde a parceria com diversas entidades como a Câmara Municipal, ATEC e o IEFP permitem responder a novos desafios.

Com três anos de duração e 20 alunos por turma (do 10.º ao 12.º) o curso é hoje muito concorrido, pelo que as vagas esgotam logo, sendo a taxa de empregabilidade elevada.

A escola tem ainda outras ofertas na área de gestão de redes e eletrónica médica, indo ao encontro da formação de profissionais em áreas em crescimento.

FH/CMC

Na sequência da precipitação que se fez sentir durante a manhã desta sexta-feira, 18.06.2021, as águas da Ribeira das Marianas chegaram até à foz, na Praia de Carcavelos, arrastando a sujidade acumulada nos pavimentos e redes pluviais que drenaram para o leito da ribeira e foram levados até ao areal e ao mar.  

A situação está a ser acompanhada pela Câmara Municipal de Cascais que irá proceder à limpeza do areal ainda esta noite através das equipas da Cascais Ambiente. No terreno estão também equipas das empresas Águas de Cascais e Águas do Tejo Atlântico que já garantiram não ter havido nenhum registo de problemas nas suas infraestruturas. 

Desaconselha-se, contudo, a utilização do areal nos espaços afetados junto à foz das ribeiras.  

Para debelar eventual possibilidade de contaminação que permita incidir na qualidade das águas balneares foi feita recolha no local à água superficial no leito da linha de água e solicitada análises microbiológicas.

O LYNXRACE PARK, em Outeiro de Polima, é o primeiro circuito fixo de corridas de obstáculos em Portugal e destina-se à utilização livre e pública de todos aqueles que queiram praticar esta atividade desportiva recente e que tem conquistado adeptos a cada ano que passa.

A prova do seu crescimento foi a criação da Federação Portuguesa de Corridas de Obstáculos, em 2020, e o surgimento de dezenas de associações desportivas ligadas à modalidade. O LYNXRACE CLUB foi um desses clubes. Foi este que desenvolveu o conceito deste circuito - que agora é inaugurado -, e o implementou, com o apoio da Câmara Municipal de Cascais. 

"A Lynx Race é um projeto competitivo e de diversão para todas as idades ligado a uma atividade física exigente mas que pode ser praticada na paz e na tranquilidade", explicou Miguel Fernandes, co-promotor do Lynxrace Park. 

Por isso, este circuito está ao dispor de toda a comunidade e não só para atletas de competição, já que é possível transpor os obstáculos sem cumprir as regras rígidas impostas a quem está a competir. 

"Foi um desafio que lancei há cerca de um ano à equipa da Lynxrace club de podermos ter em Cascais a oportunidade de toda a comunidade usufruir de um parque de obstáculos único no país", referiu Frederico Nunes, vereador da Câmara Municipal de Cascais que adiantou estarem previstos mais dois circuitos de corrida de obstáculos no concelho. 

O LYNXRACE PARK é constituído por 11 obstáculos que podem ser transpostos ao longo de um percurso linear (entre o primeiro e o último) ou então de forma isolada. Em cada obstáculo está a explicação em vídeo de como pode ser ultrapassado o teste. Basta utilizar um telemóvel e fazer a leitura do QRCODE.  

Cada obstáculo tem duas linhas de passagem (inédito em Portugal). É um convite à competição informal entre dois atletas que podem, em duelos, competir pela volta mais rápida. Mas este espaço é sinónimo também de diversão e desporto em família. Pode ser usado por crianças (com as devidas precauções) e em ligação com um adulto. É um ótimo desafio para pais e filhos fazerem em conjunto.

O LYNXRACE PARK é o reflexo da filosofia desportiva do LYNXRACE CLUB: desporto ao ar livre, em equilíbrio com o meio ambiente e para todos. (PL)

Páginas

Este sábado o pátio do Colégio Marista de Carcavelos acolheu uma cerimónia muito especial que costuma acontecer anualmente em todos os grupos de escuteiros, as promessas. Esta é uma cerimónia onde os jovens escuteiros, perante os seus semelhantes, recebem o seu primeiro lenço, ou da nova secção onde estão inseridos e fazem a seguinte promessa:

“Prometo pela minha honra e com a graça de Deus, fazer todos os possíveis por: Cumprir os meus deveres para com Deus, a Igreja e a Pátria; Auxiliar os semelhantes em todas as circunstâncias; Obedecer à lei do escuta”.

A cerimónia contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras que, na sua juventude, fez parte do agrupamento de S. Domingos de Rana, onde fez promessa de lobito, depois de explorador, pioneiro, caminheiro, tendo chegado a Aquelá.

Os escuteiros fazem parte do associativismo juvenil do concelho, um movimento que foi criado por Robert Baden Powell, em 1907, com o intuito de levar os jovens para a vida ao ar livre e prepará-los para a vida.

O escutismo, escotismo e guidismo são uma escola de vida que transmite aos jovens um conjunto de valores que os acompanham ao longo da vida. Cascais reconhece, assim, que os escuteiros/ escoteiros contribuem para um concelho mais justo, equilibrado, respeitador dos outros, da natureza e dos animais, que são valores que também se integram no exercício da cidadania.  (PL)

O auditório do Parque Marechal Carmona foi, nesta quinta-feira, palco do lançamento do livro “Sobre (viventes) - Sete histórias de amor e superação”, de Susana Gaião Mota, que se inspirou em casos reais de sete adultos que cresceram numa instituição gerida pela Santa Casa da Misericórdia de Cascais.

“Vivemos numa época de superação e resiliência e este livro fala-nos disso. Nunca devemos baixar os braços. Às vezes no meio do caos surgem oportunidades e nós temos a capacidade de dar a volta e mudar tudo”, explicou a autora, que além de jornalista é psicoterapeuta, especializada em trauma e terapia de casal.

Susana Gaião Mota, também autora da obra “Dúvidas dos 30”, pretendeu com este seu novo lançamento transmitir uma mensagem positiva de que, apesar de uma infância difícil, crianças que tiveram de ser separados das famílias conseguiram tornar-se independentes e desenvolverem-se da melhor forma a nível profissional e emocional.

“Este livro ajuda-nos a relativizar os nossos problemas. Era importantíssimo deixar escritos estes testemunhos verídicos e duros. Estas histórias autênticas têm de ficar registadas para que outros as possam conhecer e partilhar”, referiu Isabel Miguens, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Cascais.

SJ/CMC

Concluídos com algum atraso em relação ao inicialmente previsto por causa da pandemia, os novos Laboratórios de Física/Química e Biologia/Geologia da Escola Básica e Secundária Matilde Rosa Araújo, em Matarraque, S. Domingos de Rana estão, a partir de agora, ao serviço dos alunos.

Tal como os próprios fizeram questão de demonstrar numa adaptação do tema “Assobia para o lado” de Carlão: “O LAB já está acabado/E prontinho para o trabalho laboratorial adequado/ Para o aluno interessado (…) um futuro melhorado, com o Lab aqui ao lado”.

Também hoje foi apresentado o resultado do projeto vencedor OP Jovem 2019/2020: novas mesas e cadeiras para melhorar as condições de ensino na escola.

“Este é um dia muito especial”, referiu Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, voltando-se para os alunos: “tudo o que possam sonhar nesta idade é possível de concretizar. Não desperdicem a oportunidade”. Aproveitando o momento, e até porque a nova fase do OP Cascais está à porta, o autarca realçou a mais valia deste processo municipal lançado em 2011 e que já permitiu aos cidadãos decidir onde implementar 176 projetos no valor de 38,14M€ de verbas municipais. “Começaram por mudar a escola, mas podem mudar a vossa rua, o concelho, o mundo. Vale a pena participar e propor ideias”.

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Miguel Ângelo Genisini entrou no centro de vacinação de S. Domingos de Rana um pouco ansioso e até “algo receoso”. Ia levar a primeira dose da vacina contra a Covid-19, conjuntamente com a esposa. Mas, no período de 30 minutos pós-vacinação que se impõe para assegurar que não há reações adversas, o professor de nacionalidade brasileira, residente em Cascais, estava descontraído e com um sorriso aberto. Nas mãos o livro sobre história portuguesa que foi Prémio do Mar Rei D. Carlos em 2005, edição municipal e, agora, oferecido pela Câmara Municipal de Cascais.

“Este livro vai ter um significado muito importante. A leitura é também um alívio e um relaxe para todos os momentos e faz com que entremos num outro mundo, o dos livros, e isso ajuda muito”, afirmou Miguel Ângelo, louvando a iniciativa.  

A Câmara Municipal de Cascais está, assim, a oferecer nos centros de vacinação do concelho livros e DVDs editados ou patrocinados pelo município, sob as mais diversas temáticas, com destaque para a literatura, a história, a biologia e as artes.

Parafraseando Miguel Ângelo, esta iniciativa, para além de contribuir para reforçar o gosto pela leitura, também ajuda a criar mais descontração no período de 30 minutos de recobro, após a tomada da vacina.

“Desde o início que temos procurado que os centros de vacinação do concelho sejam o mais acolhedores possível”, referiu Rui Ângelo, diretor de departamento da Proteção Civil e responsável pela coordenação dos centros.  Pelo que à animação musical aos fins de semana, junta-se agora a distribuição de livros, diariamente, que são oferecidos em conjunto com um pequeno lanche no período pós-vacinação. (PL)

Com 124 anos de conhecimento acumulado na biologia marinha, “o Aquário Vasco da Gama é, de facto, o melhor parceiro que poderíamos ter” para esta iniciativa de alertar a consciência cívica na preservação do ecossistema, disse a vereadora Joana Balsemão na inauguração da exposição “Conhecer para Conservar”, uma iniciativa conjunta do Aquário Vasco da Gama e da Câmara Municipal de Cascais.

Esta mostra, que se irá manter até 25 de julho, no paredão junto à Piscina Alberto Romano, em Cascais, dá a conhecer 26 espécies da fauna marítima da nossa costa.

O Capitão-de-Fragata Nuno Galhardo Leitão, diretor do Aquário Vasco da Gama e representante nesta cerimónia do Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante António Maria Mendes Calado, salientou a importância desta exposição designadamente aludindo ao simbolismo do mês em que ela decorre: “Este mês de junho, o mês indicado pelas Nações Unidas como o mês dos Oceanos na próxima década, é para nós, Museu Vasco da Gama e Marinha, de um grande significado” bem como importante é, referiria ainda, associarmo-nos à Câmara Municipal de Cascais contribuindo com uma pequena gota neste grande oceano do que todos temos que fazer para preservar o ecossistema”, disse.

O Capitão-de-fragata Nuno Galhardo Leitão sublinhou a importância de, nesta exposição, se “dar a conhecer a grande riqueza de mar que Portugal tem, numa atitude muito consciente da necessidade de todos contribuírem em conjunto para a preservação do ecossistema”.

Joana Balsemão lembraria que algumas destas espécies “estão ameaçadas, em vias de extinção” e defendeu a importância de “conhecê-las porque sem as conhecer não vão conseguir preservá-las.

A vereadora lembrou ainda a importância, nesta procura de avivar a consciência cívica e ambiental de cada um de nós, de “cada vez que comemos peixe termos o cuidado de saber como foi pescado, evitar peixe que vem de pesca massiva, pesca de arrasto, evitar peixe ainda juvenil” e, simultaneamente, ter uma atitude, no dia-a-dia, de combate à poluição, desde logo não poluindo, “essencial para a preservar a vida que há nos oceanos”.HC/AG/CMC