A família aprendeu a apreciar o bacalhau, o vinho e o queijo português, que agora também fazem parte da sua mesa de Natal. Mas na sua casa do Estoril, a consoada é obrigatoriamente composta por peru assado, acompanhado com arroz, batatas, saladas e a tipicamente brasileira “Farofa”, preparada com farinha de mandioca, azeitonas pretas, bacon, ovos, enchidos.

Maria explica que a gastronomia brasileira na sua região recebeu a influência de várias culturas e daí, incluírem na sua mesa o panetone italiano, as rabanadas, os frutos secos e até as castanhas portuguesas. Dadas as influências históricas entre Portugal e o Brasil, não encontra grandes diferenças nas tradições natalícias entre os dois países. As mais evidentes são, obviamente, as da Mãe Natureza: “é muito aconchegante celebrar o Natal ao calor de uma lareira”.
Por outro lado, conta que nesta época, torna-se mais doloroso estar longe da família. “Sentimos muito a falta dos parentes e amigos que permaneceram no Brasil. As novas amizades em Portugal trazem conforto e alegria, mas o “aperto” no coração permanece, e neste sentido, para cada um de nós, brasileiros, o Natal, transforma-se numa mistura de alegria e nostalgia”. “Que a reflexão sobre o nascimento, de Jesus Cristo possa proporcionar um Feliz Natal a todos.”

"C" Nº 49 - 18 de dezembro de 2014

Rox Lawson é argentina e vive há mais de 10 anos em Cascais

O que a motivou a vir viver para Cascais?
Foi a carreira do meu marido – O meu marido é piloto de aviação e depois de se ter reformado da British Royal Air Force arranjou um novo emprego numa companhia Americana, cuja base é em Oeiras.
Na verdade, nós tínhamos a possibilidade de viver em qualquer lugar que desejássemos, desde que estivéssemos a uma hora de um aeroporto principal. Começamos em opções possíveis quer em França, quer em Espanha…
Como vivíamos na Escócia, onde não há muito sol, uma das nossas prioridades era escolher um local onde houvesse bom tempo, e claro, que oferecesse também uma boa qualidade de vida.
Entretanto, tivemos que vir a Cascais por causa de um curso que o meu marido tinha que fazer no novo emprego. Posso dizer que íamos do Estoril a Cascais, pela estrada Marginal, e olhámos um para o outro…não foi preciso dizer mais nada!
Tínhamo-nos apaixonado por Cascais. Decidimos nesse momento que era aqui que queríamos ficar e viver.
Deixámos de procurar outros lugares e começámos a nossa grande aventura em Cascais.

O que mais gosta em Cascais?
A qualidade de vida de forma geral é aquilo de que mais gosto. Depois é o “sol” – o sol não tem preço; Um lugar com sol o ano inteiro faz com que a vida das pessoas seja completamente diferente de um lugar onde há pouco sol.
As pessoas são mais felizes!
Algo que valorizo muito é também o facto de apenas em 10 minutos estar-se na praia, ou em qualquer outro lugar a realizar uma das inúmeras actividades outdoors que se podem fazer em Cascais. Como por exemplo golfe. Para nós que jogamos muito golfe, este é o melhor lugar que posso imaginar para a prática da modalidade, durante todo o ano.
 
Qual o seu lugar de eleição em Cascais? 
O meu lugar favorito em Cascais é o Oitavos Golf Club, na estrada do Guincho. Lá, conheci pessoas extraordinárias e o lugar é lindíssimo.
Adoramos jogar golfe nos Oitavos … sinto que estou num pequeno paraíso.
Tenho mais um lugar favorito – O Guincho. É muito bonito.
  
Alguma coisa má? 
Iria falar da questão da burocracia – a ideia que tenho é que em Portugal parece haver muita burocracia. No entanto, também tenho que dizer, que nos últimos 10 anos, as coisas têm melhorado muito neste campo.
Outro assunto é o crescimento turístico. Noto que tem havido um grande crescimento turístico nesta região, o que é óptimo para Cascais.
O meu receio é que o desenvolvimento das infra-estruturas e dos serviços não acompanhem as necessidades. Tem que haver um equilíbrio e um crescimento sustentado.
Finalmente, acho que a cobrança de impostos poderia ser melhorada, no sentido de incentivar mais o empreendorismo e o investimento no país.
 
Há alguma dica que gostaria de dar a quem está a pensar vir viver para Cascais? 
Penso que é importantíssimo aprender a língua nativa, logo que possível. Existem muitas escolas de línguas disponíveis, que para além de ensinarem português, são também excelentes locais para conhecer pessoas que se encontram exactamente na mesma situação.
Outra dica será contactar uma empresa de relocation. A empresa de relocation mostrou-nos Cascais, apoiou-nos na procura de casa, na escolha de escola para os nossos filhos, entre outras coisas.
Finalmente, a melhor coisa que fiz quando cheguei a Cascais, foi juntar-me à International Women of Portugal- IWP.
Acolhem pessoas de todas as nacionalidades e organizam uma série variadíssima de actividades que vão do bridge, ao golfe, ao ténis, entre muitas outras… é um excelente lugar para conhecer pessoas.
No meu caso, comecei a jogar bridge e golfe, e foi assim que a nossa vida social começou a tomar forma.

 
De que sentiria falta se deixasse Cascais…ou coisas que jamais esquecerá em Cascais? 
Sentiria falta do sol, da qualidade de vida que tenho, da possibilidade de ir à praia sempre que me apeteça e comer uma sandwich no meio do dia, ter sempre um vista fantástica onde quer que esteja, tomar um café pingado! … Também sentiria falta das pessoas.
Em Cascais conhecemos pessoas muito interessantes, quer portuguesas, quer estrangeiras. É muito enriquecedor ter a oportunidade de conhecer pessoas de várias nacionalidades.
Como artista – sou pintora – sentiria falta da inspiração…A natureza é a minha inspiração, desde as montanhas de Sintra até à costa de Cascais. Todos os meus quadros parecem ser sobre o “azul”, sobre o mar, sobre o oceano. O mar é verdadeiramente inspirador … Cascais é um lugar de grande inspiração.
Visite o website da Rox Lawson http://www.roxlawson.com
  
Defina Cascais numa frase. 
Quando penso em Cascais o que me vem imediatamente me ocorre é: “Cascais, um pequeno paraíso, uma pequena jóia que de repente foi revelada”
Por vezes tenho aquele sentimento de que não quero partilhar esta riqueza com outras pessoas; por outro lado, quero que a vila prospere, e sei que é muito importante para a economia e para o desenvolvimento da vila, haver algum crescimento a nível do turismo.  

Porque julga que os estrangeiros que pensam em viver fora do seu país, deveriam escolher Cascais? 
Penso que os estrangeiros deveriam vir para Cascais pela qualidade de vida, pelo sol, pela hospitalidade portuguesa, pela excelente gastronomia…os produtos frescos são excelentes e estão a surgir cada vez mais restaurantes interessantes.
Quanto à educação, em Cascais há muitas opções.
As escolas Portuguesas são excelentes, contudo, muitas vezes as crianças já estão num estágio mais avançado da sua educação e é mais benéfico ir para uma escola internacional e dar continuidade ao currículo pedagógico que as crianças tinham anteriormente.
Foi por isso que no nosso caso pessoal, e como vínhamos da Escócia, optámos pelo Saint Julian’s, e a transição foi excelente.