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Simulacro no Centro Histórico de Cascais denuncia fragilidades | Ruas apertadas e estacionamento caótico dificultam socorro


















3ª edição do Cascais Surf à Noite powered by Kia
Apresentação por Miguel Blanco
3ª edição do Cascais Surf à Noite powered by Kia
Clean Up the Atlantic 2014: Inscreva-se até 13 de maio
Cascais celebra o Jazz até 8 de junho
Em Cascais, dia 30 abril, o Jazz ao vivo fez-se ouvir à tarde no Largo Cidade Vitória e Rua das Flores, através do Cascais Jazz Club. Ponto alto da noite, foi o concerto da cantora Maria Viana acompanhada de George Esteves, ao piano, Jean-Marc Charmier, no trompete, e Carlos Pereira, na bateria.
Mas a grande celebração do jazz regressa a 3 de maio. O Estoril Jazz integra o programa mundial de comemorações do Dia Internacional do Jazz difundido pela UNESCO e decorre no Casino Estoril até 11 de maio (a assinatura para os quatro concertos custa 60 euros). Ver apresentação por Duarte Mendonça, organizador do evento.
Na sua 33ª edição, o Estoril Jazz apresenta um elenco de músicos de correntes estéticas diferentes, mas todas assentes na tradição de uma música com raízes bem definidas:
Sábado, 3 de maio (21h30)— Eric Alexander UK All Stars Quinteto | em Memória de Norman Granz / JATP
Domingo, 4 de maio (19h00) - Kenny Barron / Dave Holland Duo
Sábado, 10 de maio (21h30) - Francesco Cafiso Quarteto
Domingo, 11 de maio (19h00) — Dave Douglas / Uri Caine “Duos”
Durante o festival é ainda exibido, dias 3 e 10 de maio às 19h00, o filme Improvisation” produzido por Norman Granz, com Hawkins, Ella, Lester, Dizzy, Peterson, Basie ou Ellington e performances inéditas de Charlie Parker.
O festival conta com um bónus: entrada livre no filme para todos os portadores de bilhetes do Estoril Jazz.
De 10 de maio até 8 de junho, com inauguração às 16h00 na Casa de Santa Maria, o jazz é evocado sob a forma de telas, criadas pelo punho de XicoFran. Intitulada “All in Jazz”, a mostra de pintura exibe acrílicos e pastel de óleo que retratam grandes jazzistas como Freddie Hubbard ou Blue Mitchel, mas também momentos como Solo XI, Improviso, ou a serenidade implícita neste estilo musical. No dia da inauguração além da presença do artista, realiza-se às 17h00 uma atuação da cantora de Jazz Maria Viana.
O Dia Internacional do Jazz, criado pela UNESCO e anunciado pelo pianista e embaixador da boa vontade da Unesco Herbie Hancock, é desde 2012 um momento importante na celebração do jazz devido ao seu papel diplomático na união de pessoas em todos os cantos do globo.
Comece o mês de maio com atividades desportivas
Várias associações desportivas do concelho em parceria com a Câmara Municipal de Cascais, organizam diversas atividades, de baixo custo para os munícipes.
Os interessados pelas atividades deverão consultar o site da Câmara Municipal de Cascais, aqui, para conhecer as necessidades em termos de inscrições, vagas existentes, e condições de participação.
Entre os cuidados está o uso de roupas adequadas à modalidade, inclusive para as atividades aquáticas onde é necessário saber nadar. Relativamente à participação de menores de idade é necessário a presença ou autorização escrita do tutor legal do menor.
DIA 3 MAIO:
Ginástica na Praia – Aproveite o bom tempo e experimente uma aula de Sh’Bam e Bodybalance, no paredão do Tamariz. Uma modalidade divertida que envolve vários estilos de dança e a segunda uma aula para relaxar e trabalhar posturas.
Organizado por Vivafit de Alcoitão.
Horário: 10h00
Custo: Gratuito
Inscrição: Não é necessário.
Ginástica Pedra do Sal – Aproveite a aula de Pilates na bela paisagem do Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal.
Organizado por Vivafit Jardins da Parede.
Horário: 10h30
Custo: Gratuito
Inscrição: Não é necessário
Stand Up Paddle – Esta atividade, na Praia dos Pescadores, procura dar uma primeira experiência na atividade de Paddle Surf, uma modalidade bastante procura nestes últimos anos.
Organizada pela ADN – Atividades Desportivas Náuticas
Horário: 09h30 às 12h30
Custo: 7,5€ por pessoa
Inscrição: adncascais@gmail.com
Vela – Conheça a sensação de velejar ao sabor do vento e das ondas na Baia de Cascais. Descubra uma modalidade única, que permite aliar a atividade física ao contacto com a natureza. Com os "Baptismos" pretende-se que os participantes aprendam os conceitos básicos da navegação à vela, e que experimentem velejar através de uma pequena sessão.
Organizada pelo Clube Naval de Cascais
Horário: 10h00 às 17h00 (sessões de uma hora)
Custo: 5€ por pessoa
Inscrição: Secretaria do Clube Naval de Cascais (Esplanada Príncipe D. Luís Filipe 2750-411 Cascais ) ou através dos seguintes contactos: Telf:21 483 01 25 | geral@cncascais.com
Passeios BTT – Uma aventura que permite conhecer os mais belos trilhos do Parque Natural Sintra-Cascais.
Organizados pela Cascais Ambiente
Horário: 20h00
Custo: 5€ por pessoa
Inscrição: 21 460 42 30
DIA 4 MAIO:
Yoga no Parque – O Parque Marechal Carmona acolhe mais uma aula de Yoga, no relvado em frente à biblioteca infantil, que poderá ajudar a melhorar a sua qualidade de vida, desenvolvendo a concentração e exercitando a musculatura, entre outros benefícios.
Organizado pelo Centro do Yoga de Cascais.
Horário: 10h00
Custo: Gratuito
Inscrição: Não é necessário.
Fitness no Parque – O Parque da Quinta da Alagoa será palco de um ginásio ao ar livre, no relvado em frente à Vitamimos.
Organizado por Vitamimos.
Horário: 11h00
Custo: Gratuito
Inscrição: Não é necessário.
Iniciação à Canoagem – Esta atividade procura dar a conhecer a nossa maravilhosa Baía de Cascais e os prazeres do contacto com o mar. Na atividade os participantes têm a oportunidade de se familiarizar com as técnicas da canoagem numa abordagem simples e acessível a todos os interessados.
Organizada pela ADN – Atividades Desportivas Náuticas
Horário: 09h30 às 12h30
Custo: 5€ por pessoa
Inscrição: adncascais@gmail.com
Bodyboard – A iniciação ao bodyboard proporciona a oportunidade de experimentar ou iniciar-se no bodyboard na Praia de Carcavelos (frente ao restaurante Pastorinha).
Organizado pela Aquacarca - Associação de Novos Desporto Aquáticos
Horário: 14h45 às 16h45
Custo: 7,5€ por pessoa
Inscrição: aquacarca@gmail.com |TLM: 934297398
Passeios Pedestres “Conquista à Peninha”– Estes passeios permitem conhecer os mais belos trilhos do Parque Natural Sintra-Cascais. Neste passeio conheça a Malveira da Serra; Geologia e Geomorfologia global da Serra de Sintra; Florestação de Sintra; Clima da Serra de Sintra; Acácia Mimosa (espécie infestante); Caos de blocos de granito; Santuário da Peninha; Igreja São Saturnino; Casa de António Carvalho Monteiro - Monteiro dos Milhões; Reserva de Burros.
Organizados por SAL - Sistemas de Ar Livre
Horário: 10h00
Custo: 6€ por pessoa
Inscrição: cascais@sal.pt / Tlf: 265 227 685 / inscrições online (http://www.sal.pt/cascais/)
Arborismo – Esta é uma oportunidade de conhecer os circuitos de arborismo existentes no Parque Palmela, em Cascais.
Organizado pela Pedaços de Aventura.
Horário: 10h30h às 16h30 (duração da realização do circuito é de 40m)
Custo: 4€ Circuito azul | 6€ circuito vermelho
Inscrição: reservas@pedacosdeaventura.com | TLM. 91 242 61 18
Prémio História de Cascais - Ferreira de Andrade
Prémio bienal no valor de 5.000 euros
Este prémio destina-se a galardoar um trabalho de investigação histórica acerca de Cascais, em qualquer domínio, nomeadamente sobre temas e personalidades consideradas de relevo para o estudo do passado do concelho ou que tenham por base documentação preservada no Arquivo Histórico Municipal de Cascais.
Com periodicidade bienal, tem natureza pecuniária no valor de cinco mil euros, garantindo, ainda, a edição digital da obra pelo Município de Cascais, no âmbito da Coleção Memórias Digitais de Cascais.
A candidatura está aberta a participantes maiores de idade que apenas poderão apresentar-se individualmente, sendo que a inscrição não tem qualquer custo associado.
O júri, nomeado pela Câmara Municipal de Cascais, será constituído por três individualidades de reconhecida competência na área da investigação histórica.
A convocatória para entrega de candidaturas decorre de 29 de abril de 2014 a 29 de janeiro de 2015 e os resultados serão apresentados a 7 de junho de 2015, através do website do Município de Cascais e em cerimónia de entrega do Prémio a promover na Casa Henrique Sommer, onde funcionará o Arquivo Histórico Municipal - Centro de História Local.
Toda a informação, nomeadamente o regulamento, ficha de inscrição e nome dos elementos do júri para a edição de 2015 estará disponível a partir de 29 de abril no site da Câmara Municipal de Cascais.
Cascais celebra Dia Internacional do Jazz | 30 abril a 11 maio
Em Cascais, dia 30, o Jazz ao vivo vai fazer-se ouvir logo a partir das 18h30 no Largo Cidade Vitória e Rua das Flores até às 21h00, através do Cascais Jazz Club. Ponto alto da noite, às 22h00, com um concerto da cantora Maria Viana acompanhada de George Esteves, ao piano, Jean-Marc Charmier, no trompete, e Carlos Pereira, na bateria.
Mas a grande celebração do jazz regressa a 3 de Maio. O Estoril Jazz integra o programa mundial de comemorações do Dia Internacional do Jazz difundido pela UNESCO e decorre no Casino Estoril até 11 de maio (a assinatura para os quatro concertos custa 60 euros). Na sua 33ª edição, o Estoril Jazz apresenta um elenco de músicos de correntes estéticas diferentes, mas todas assentes na tradição de uma música com raízes bem definidas:
Sábado, 3 de maio (21h30)— Eric Alexander UK All Stars Quinteto | em Memória de Norman Granz / JATP
Domingo, 4 de maio (19h00) - Kenny Barron / Dave Holland Duo
Sábado, 10 de maio (21h30) - Francesco Cafiso Quarteto
Domingo, 11 de maio (19h00) — Dave Douglas / Uri Caine “Duos”
Durante o festival é ainda exibido, dias 3 e 10 de maio às 19h00, o filme Improvisation” produzido por Norman Granz, com Hawkins, Ella, Lester, Dizzy, Peterson, Basie ou Ellington e performances inéditas de Charlie Parker.
O festival conta com um bónus: entrada livre no filme para todos os portadores de bilhetes do Estoril Jazz.
De 10 de maio até 8 de junho, com inauguração às 16h00 na Casa de Santa Maria, o jazz é evocado sob a forma de telas, criadas pelo punho de XicoFran. Intitulada “All in Jazz”, a mostra de pintura exibe acrílicos e pastel de óleo que retratam grandes jazzistas como Freddie Hubbard ou Blue Mitchel, mas também momentos como Solo XI, Improviso, ou a serenidade implícita neste estilo musical. No dia da inauguração além da presença do artista, realiza-se às 17h00 uma atuação da cantora de Jazz Maria Viana.
O Dia Internacional do Jazz, criado pela UNESCO e anunciado pelo pianista e embaixador da boa vontade da Unesco Herbie Hancock, é desde 2012 um momento importante na celebração do jazz devido ao seu papel diplomático na união de pessoas em todos os cantos do globo.
Isabel Miguéns de Almeida Bouças
Há 40 anos, quando veio morar para o concelho, não conhecia ninguém na Santa Casa da Misericórdia de Cascais (SCMC). Mas foi até lá perguntar se precisavam da ajuda de alguém da sua área de formação, ciências sociais. Foi contratada. O antigo Hospital de Cascais, antes administrado pela SCMC, tinha acabado de ser nacionalizado. A creche José Luís, Farmácia, três bairros sociais do concelho e a Praça de Touros eram, na época, o património da instituição. Em 1975 a SCMC estava a iniciar uma nova fase da sua já longa existência, e Isabel Miguéns de Almeida Bouças fez parte desse recomeço. Hoje, cumpre o seu segundo mandato de Provedora da instituição que, depois da Câmara Municipal, é a entidade mais antiga do concelho e também o segundo maior empregador. Com mais de 600 colaboradores, a Santa Casa presta um insubstituível apoio social diário, a mais de 5000 cascalenses. Fomos conhecer uma das mais importantes instituições do concelho através da memória e das histórias da sua provedora.
Senhora Provedora, nasceu no Alentejo, em Cabrela. Conte-nos um pouco do seu percurso antes de chegar a Cascais.
A minha primeira experiência profissional, já licenciada, foi em Évora. Mais concretamente na área da Saúde Mental. Porém, a prova de fogo aconteceu em 1972. Foi nesse ano que fui com o meu marido, um militar, para a Guiné Bissau. Lá passei dois anos, a trabalhar na área da intervenção social do hospital. A minha incumbência era tratar do alojamento das famílias que acompanhavam os doentes. Muitas fugiam da guerra e sentiam-se protegidas dentro do hospital. “Traziam tudo o que tinham: que era nada”. Todos os dias era confrontada com o que não havia e com respostas que não existiam.
Como é que se pode medir a “pegada social” da Santa Casa no território?
Quando comecei a colaborar com a SCMC, tínhamos apenas a gestão da Creche José Luís, Farmácia, de três bairros de habitação social e da Praça de Touros. Quarenta anos depois gerimos 44 unidades de atividade, desde creches a lares. Em algumas zonas, como Manique, Alcoitão, Arneiro, Abóboda, Bairro Novo do Pinhal, fomos pioneiros na abertura de creches e a integrar crianças com necessidades educativas especiais. Ainda pouco se falava em habitação social e a SCMC já tinha dado os primeiros passos nesta área. Críamos em Cascais a primeira unidade terapêutica para apoiar toxicodependentes. A Segurança Social confiou-nos a gestão do Centro Social de Apoio Social do Pisão e também do Centro de Alojamento Temporário de Tercena. Ao longo de várias décadas temos merecido o reconhecimento não só das entidades locais, mas também nacionais. Penso que isso só acontece porque confiam na instituição.
É por confiarem no vosso trabalho que acabam também por vos confiar a administração de bens…
Devo dizer que o que mais nos surpreende são as doações que nos chegam de pessoas que não conhecemos.
Por exemplo?
Olhe, como a herança que nos foi legada pela Professora Maria Ofélia Leite Ribeiro que hoje dá nome à Residência Sénior em Alcabideche. Também a Casa que acolhe o Centro de Dia de S. Miguel, em Alvide, foi doada. E noutros tempos os Condes de Castro Guimarães doaram dinheiro para a construção do Antigo Hospital de Cascais, que recebeu o nome dos beneméritos. O Sr. Jorge de Brito também doou dinheiro para a construção de habitação social.
Mas recordo-me também de uma senhora que há uns anos me trouxe um simples papel escrito à mão pelo tio que dizia que por sua morte deixava 20 mil contos (100 mil euros) da sua herança à SCMC. Fico emocionada quando recordo o gesto nobre e honesto desta senhora.
Para si quais são as obras mais importantes que a Santa Casa construiu no concelho de Cascais ao longo destes anos?
A Santa Casa foi criada em 1551 e ao longo dos tempos soube sempre adaptar-se às mudanças socias. Nos primórdios da sua existência, resgatava os escravos e presos que aqui chegavam. Nos anos 40 do seculo XX, o antigo Hospital Condes de Castro Guimarães foi, sem dúvida, a grande obra da SCMC que beneficiou toda a comunidade. No mesmo período surgiram também os primeiros bairros de habitação social no Concelho (Bairros Irene, Maria e Marechal Carmona). Atualmente, a educação, a deficiência e os idosos, são as nossas áreas de atividade mais estruturantes.
Foi nomeada para o seu atual cargo em 2009. Qual é o papel da Provedora?
Zelar pelo cumprimento da missão dos objectivos da instituição. Esforço-me por compatibilizar os interesses da sociedade com os da instituição. E nesse aspeto não podemos ignorar os sinais que todos os dias a sociedade nos dá para que, na altura certa, possamos ajudar quem mais precisa. Há que fazer mais e melhor, mesmo com menos orçamento. Este é o “peso” da responsabilidade de quem “veste a camisola” de uma instituição como esta. Mesmo com a crise económica que a todos afeta prosseguimos com a missão de prestar apoio regular a mais de 5000 pessoas, sem esquecer os 600 funcionários que são parte integrante da instituição e cujas famílias também foram afetadas por este momento conjuntural. A nossa prioridade é a dimensão social.
Cascais comemora este ano os 650 anos de elevação a Vila e a sua história está inevitavelmente cruzada com a da Santa Casa, que tem mais de cinco séculos. Como é a relação da instituição com a autarquia ao longo dos tempos?
A Câmara de Cascais sempre ajudou a SCMC a cumprir a sua missão. Noutros tempos, o apoio fez-se em sentido inverso, da Santa Casa da Misericórdia de Cascais para a Câmara Municipal. E agora a Santa Casa da Misericórdia devolve todo esse apoio com toda a intervenção que está espalhada pelas 44 unidades de actividades. A seguir à Misericórdia Porto, somos a segunda a nível nacional que mais pessoas apoia. Temos ótimas relações com a autarquia e também com outras entidades concelhias. Se assim não fosse o nosso concelho passaria por mais dificuldades.
Que tipo de respostas sociais pode a SANTA CASA oferecer hoje a Cascais?
Todos os dias apoiamos cerca de 5000 pessoas. Desde creches a lares, centros de dia e de convívio, apoio domiciliário, apoio alimentar, ajudas técnicas, atl’s, trabalho comunitário e famílias fragilizadas, o Centro de Apoio Social do Pisão, que acolhe 340 pessoas de ambos os sexos em regime de internamentos adultos com patologia psiquiátrica, e do Centro de Acolhimento Temporário de Tercena que acolhe 48 crianças / jovens em risco que, por decisão judicial, nos são confiadas.
Há vozes que dizem que as misericórdias são instituições ricas mas que mesmo assim é raro conseguir-se uma vaga nas suas creches ou lares. É verdade ou exagero?
Em Cascais contamos com o apoio da autarquia e da Segurança Social. E, numa atitude empreendedora, para ajudar a acudir às necessidades das centenas de pessoas que todos nos dias dependem da nossa ajuda, desenvolvemos três áreas de negócio: Farmácia da Misericórdia, Bom Apetite (pronto-a-comer) e a Residência Sénior Professora Maria Ofélia Ribeiro. Algumas das rendas dos bairros sociais da SCMC não são atualizadas há anos. Penso que no que diz respeito à habitação, a lógica do social deveria ser “dar a vez a outro”. Infelizmente, mesmo quem já não precisa, muitas vezes não quer abdicar dessa ajuda. Quase todas as misericórdias têm património histórico, mas não é património de rendas. Há quem pense que as misericórdias recebem dinheiro do Euromilhões ou do Totoloto, mas não é verdade. Apenas a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem a exclusividade dos Jogos porque financia as instituições da cidade. No nosso caso, não pretendemos mais do que chegar ao final do mês e termos o dinheiro que precisamos para o funcionamento da instituição. Nos últimos meses, temos promovido eventos solidários no Casino Estoril que nos permitem angariar alguns fundos para fazer face às despesas com o aumento dos pedidos de apoio que todos os dias nos batem à porta. A maioria das Misericórdias hoje em dia, vivem da sua gestão. Terá que ser social e economicamente equilibrada.
Senhora provedora, quais deverão ser as linhas mestras de intervenção social no concelho de Cascais nos próximos anos?
As circunstâncias sociais são muito complexas e as famílias estão a passar por grandes dificuldades. Penso que o problema da habitação a preços compatíveis será uma das necessidades, que se destaca, mas a problemática do envelhecimento será a questão mais emergente. Preocupa-nos muito o facto de não existir um lar qua acolha aqueles idosos cujos rendimentos não lhes permite ter acesso aos lares sociais, mas que também não têm meios para pagar um lar privado. Na Residência Sénior das Figas, o nosso lar social, temos uma lista de espera. Por outro lado, no nosso lar particular, Residência Sénior Professora Maria Ofélia Ribeiro que nos ajuda a cobrir os custos das nossas atividades de apoio social, mantemos ainda algumas vagas, assim como a nossa escola do 1º ciclo, Centro Alfredo Pinheiro, que apesar da qualidade pedagógica também tem mantido algumas vagas. Cascais tem feito muito para ajudar a combater a solidão que afeta cada vez mais idosos, mas acho que entre todos os parceiros sociais conseguiríamos fazer mais e melhor.
Qual é o princípio que defende no seu dia-a-dia à frente de uma das mais prestigiadas instituições do concelho?
O trabalho social só é sério se for feito como se fosse para nós. A pobreza é redonda. Amanhã podemos ser nós a necessitar de apoio. Há pessoas que já viveram muito bem, mas agora precisam de ser ajudadas. Neste tempo de dificuldades quero muito consolidar e racionalizar todo o trabalho social que a SCMC conseguiu fazer até agora.
Entrevista - Boletim "C" - abril de 2014
Prémio de História de Cascais – Ferreira de Andrade incentiva estudo da história local
Prémio bienal no valor de 5.000 euros
Este prémio destina-se a galardoar um trabalho de investigação histórica acerca de Cascais, em qualquer domínio, nomeadamente sobre temas e personalidades consideradas de relevo para o estudo do passado do concelho ou que tenham por base documentação preservada no Arquivo Histórico Municipal de Cascais.
Com periodicidade bienal, tem natureza pecuniária no valor de cinco mil euros, garantindo, ainda, a edição digital da obra pelo Município de Cascais, no âmbito da Coleção Memórias Digitais de Cascais.
A candidatura está aberta a participantes maiores de idade que apenas poderão apresentar-se individualmente, sendo que a inscrição não tem qualquer custo associado.
O júri, nomeado pela Câmara Municipal de Cascais, será constituído por três individualidades de reconhecida competência na área da investigação histórica.
A convocatória para entrega de candidaturas decorre de 29 de abril de 2014 a 29 de janeiro de 2015 e os resultados serão apresentados a 7 de junho de 2015, através do website do Município de Cascais e em cerimónia de entrega do Prémio a promover na Casa Henrique Sommer, onde funcionará o Arquivo Histórico Municipal - Centro de História Local.
Toda a informação, nomeadamente o regulamento, ficha de inscrição e nome dos elementos do júri para a edição de 2015 estará disponível a partir de 29 de abril no site da Câmara Municipal de Cascais.
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