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IIª Sessão Pública e de Participação “O Parque é Nosso” | Malveira da Serra

O grande objetivo das sessões é partilhar a visão e estratégia que a autarquia tem para o Parque Natural Sintra-Cascais com todos os moradores e proprietários, ouvi-los e convidá-los a participar neste projeto.

Decorreu nesta terça-feira, 3 de setembro, na Sociedade Recreativa e Familiar da Malveira da Serra, a segunda de três sessões públicas e de participação onde se está a construir o futuro do Parque Natural Sintra-Cascais. A primeira foi realizada na União Recreativa da Charneca e a próxima será no dia 9 de setembro, no Grupo Desportivo do Zambujeiro.

As sessões têm por objetivo “partilhar a visão e estratégia que a Câmara tem para o parque” e desafiar os moradores e proprietários a fazer parte, conforme adianta a vereadora com o pelouro do Ambiente, Joana Balsemão. 

 

A vereadora salienta que o grande objetivo da autarquia é “introduzir um novo modelo de gestão desta paisagem que vai recuperar um pouco o que havia há muitas décadas, em que olhamos para os mapas e vemos muitos mosaicos onde cada parcela tinha uma função: Umas  dedicadas à agricultura, outras à floresta, à pastorícia, ou à silvicultura”. Um plano semelhante ao que foi desenvolvido na Quinta do Pisão.

Naquele tempo, “o território era vivido, economicamente viável, dinâmico e mais seguro ou mais resiliente porque os incêndios não progridem tão rápidamente se houver um descontínuo da paisagem,” afirma Joana Balsemão que explica que a autarquia ousou em “sonhar na recuperação de tudo isto” e procura agora desenvolver “um território que é vivo e onde há uma marca do parque que tem por exemplo compotas, mel, queijo, um território vivo.”

 

No entanto, para avançar a Vereadora acrescenta que não é possível “fazê-lo sozinhos. A Câmara tem gestão de uma parcela deste parque natural mas o resto é propriedade privada e por isso é que chamámos aqui os moradores e proprietários: para apresentar a nossa visão e perguntar se querem fazer parte dela através da criação de uma associação - uma Zona de Intervenção Florestal (ZIF)”. Recordando que os “proprietários que quiserem participar vão poder fazer parte desta gestão conjunta”.

 

A apresentação do Projeto e Plano de Paisagem foi realizada pelo diretor da gestão da estrutura ecológica da Cascais Ambiente, João Melo, que mostrou ainda aos presentes um vídeo sobre a Quinta do Pisão e a oferta que esse espaço tem para o público que o visita, como ujm exemplo do que poderá ser o futuro do Parque Natural Sintra-Cascais, com todos a trabalharem em conjunto.

 

No final da sessão, os proprietários e moradores presentes tiveram a oportunidade de apresentar as suas dúvidas e preocupações em relação a fazerem parte desta ZIF. Sobre estas questões, Joana Balsemão disse que “o mais importante é salientar que quem integrar a ZIF não perde os direitos sobre o seu território ou terreno, vai continuar a ser o proprietário legítimo, com todos os direitos legais: pode vender quando quiser e participa enquanto quiser” revelando que o objetivo é “desonerar os associados das tarefas mais pesadas como a limpeza do território e apoiá-los na dinamização económica e a nossa visão é esta: um terreno que é protegido, conservado em termos de biodiversidade, produtivo e utilizado para recreio, visitação, etc. Um terreno do qual todos se orgulham em participar”.

 

Saiba mais: Sobre a constituição de uma ZIF | Sobre a Iª Sessão “O Parque é Nosso”

Já reparou que a estação de Cascais está mais colorida?

Desde esta terça-feira que a estação de Cascais e uma carruagem de comboio da Linha estão mais coloridas. Esta é a primeira de várias iniciativas que Cascais vai desenvolver para sensibilizar a população para a questão do HIV/SIDA até ao final do ano.

O artista Akacorleone (Pedro Campiche) foi o grande responsável pela metamorfose no exterior e interior de uma carruagem de comboio da Linha de Cascais, onde aplicou padrões inspirados na arte de Keith Haring, mas com um design original. Além da carruagem de comboio, toda a estação de Cascais está decorada com imagens alusivas à obra de Haring.

Keith Haring - artista e ativista americano que utilizou a Arte Pop e o Graffiti a partir da cultura que existia nas ruas de Nova Iorque nos anos 80 - questionou problemas pungentes como a SIDA, a toxicodependência, a violência, o movimento político Apartheid. Teve também um papel muito ativo na democratização da Arte. Por isso mesmo, o CascaiShopping acolhe entre 10 de setembro e 10 de novembro a exposição “Keith Haring. Entre a arte, o ativismo e a moda”, onde vão estar patentes 17 originais representativos da sua fase mais criativa.

Dia 10, no CascaiShopping, o arranque da exposição constituirá um momento performativo inédito: será realizada uma pintura de corpo ao vivo (live body painting) com a modelo Sharam Diniz numa homenagem à performance que Keith Haring realizou com a supermodelo e cantora Grace Jones em Nova Iorque, em 1987. A performance será acompanhada por um bailarino, igualmente coberto por padrões inspirados na arte de Keith Haring. 

“Além de artista, Keith Haring era ativista social que, através de uma linguagem ilusoriamente simplicista, conseguiu transmitir mensagens de relevância social, como por exemplo, a questão da SIDA”, um dos objetivos desta iniciativa que Cascais acolhe.

Mas este não é caso isolado no que toca a ações de sensibilização sobre o HIV/SIDA em Cascais.

Até ao final de 2019, através da arte, moda, cinema e criatividade nas escolas, a autarquia em parceria com a associação SER+ vai promover um desafio junto das escolas. Pede-se aos alunos que se inspirem em Keith Haring e criem um cartaz ou um vídeo para campanha de sensibilização sobre HIV/SIDA.

Cascais adere também à Semana Europeia do Teste VIH/Hepatites, de 26 de novembro e 1 de dezembro, e assinala o Dia Mundial da Luta Contra a SIDA  (1 de dezembro) com um debate sobre o tema na FNAC. Neste dia serão ainda realizados rastreios e testes rápidos de HIV e hepatites.

 

 

 

“O Oceanário não está só em Lisboa”. Projetos de conservação em exposição no Paredão de Cascais.

De 3 de setembro a 15 de outubro no paredão de Cascais está patente a exposição “O Oceanário não está só em Lisboa”. Os visitantes podem conhecer os projetos de conservação apoiados pelo Oceanário de Lisboa em todo o mundo e contar com atividades lúdico-pedagógicas de sensibilização para a necessidade de conservação do oceano.

O Oceanário de Lisboa sai da capital e ruma a Cascais para apresentar uma exposição com o mote “O Oceanário não está só em Lisboa”. Até dia 15 de outubro, quem passear pelo paredão de Cascais pode conhecer 11 projetos de conservação apoiados pelo Oceanário de Lisboa e participar nas várias atividades educativas para escolas e para o público em geral.

Há mais de 20 anos que o Oceanário apoia vários projetos que contribuem para a proteção da biodiversidade e para um oceano saudável. Do Porto aos Açores, de São Tomé ao Brasil, passando pelas Canárias, a exposição tem como objetivo mostrar o papel do Oceanário na conservação da Natureza, não só em Lisboa, mas também fora de portas.

Através de um conjunto de atividades lúdico-pedagógicas, que incentivam a criatividade e o divertimento, e de visitas guiadas à exposição, a equipa de educadores marinhos vai sensibilizar para a necessidade de alteração de comportamentos, com vista à proteção do maior habitat do planeta. Os participantes vão compreender qual o seu papel na proteção destes ecossistemas e serão os responsáveis por definir as suas próprias estratégias para a conservação do oceano. Vão também aprender mais sobre as espécies que habitam a zona entre marés das praias rochosas de Cascais.

As atividades para as escolas arrancam a 3 de setembro e, a partir de 14 de setembro, aos fins de semana, o público em geral também pode participar. São gratuitas e têm lugar no espaço do Oceanário de Lisboa, que se encontra no paredão em Cascais, na Passagem inferior à Av. Marginal que liga ao Parque Palmela.

A conservação do oceano é uma responsabilidade de todos! AQ

 

Cascais faz primeira vindima em vinha comunitária

A Câmara Municipal de Cascais, através da Cascais Ambiente, promoveu a primeira vindima na recente vinha comunitária, instalada na Quinta da Bela Vista, em Carcavelos. Esta iniciativa desenvolve-se no âmbito do Programa Terras de Cascais com a missão de promover a agricultura urbana biológica no município.

O Programa Terras de Cascais dá lugar não só a hortas, a pomares, mas também a vinhas. A Quinta da Bela Vista é apenas a primeira vinha a produzir vinho de Carcavelos, mas segue-se a do Murtal.

“Dado o entusiasmo enorme à volta das hortas comunitárias, alargámos a oferta para as vinhas. Temos 19 lotes atribuídos e 100 pessoas à espera de uma vinha. A responsabilidade da manutenção será dos viticultores e no final teremos vinho”, frisa André Miguel, chefe de divisão das Terras de Cascais.

Para além das vinhas comunitárias existe ainda uma vinha no Mosteiro de Santa Maria do Mar. Neste, localizado em Sassoeiros e adquirido pela autarquia em setembro do ano passado, a vinha com cerca de 2,7 hectares está a ser revalorizada. Esta intenção da Cascais Ambiente, liderada pela equipa das Terras de Cascais, surge da necessidade de proteger o potencial de produção do vinho de Carcavelos desta quinta.

“É uma forma de nós irmos reinventando e adaptando o espaço urbano. Sabemos o quanto é importante aproveitar a terra, por exemplo, esta terra não produzia nada e agora está a produzir uvas e todo um conjunto de horticultura”, termina Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais.




Concurso de Conceção do Projeto Escola de Cascais

Propostas até 21 de outubro de 2019. O valor base de contratação é de € 674.000,00 (seiscentos e setenta e quatro mil euros).

O concurso público de conceção para a Elaboração do Projeto Escola de Cascais é promovido pela Câmara Municipal de Cascais e conta com a assessoria técnica da OASRS. O valor base de contratação é de € 674.000,00 (seiscentos e setenta e quatro mil euros).

A Escola Secundária de Cascais encontra-se em instalações provisórias há mais de 40 anos e face à contínua degradação do edificado, sem que houvesse perspetiva de investimento por parte do Ministério da Educação, o Município de Cascais, no âmbito da Carta Educativa do Concelho de Cascais aprovada em 2018, iniciou um processo negocial com aquele Ministério para celebrar um Acordo global de requalificação dos estabelecimentos de ensino básico (2º/3º ciclo) e secundário do concelho.

Este Acordo foi celebrado em 19 de julho de 2019, com um investimento municipal total estimado de 40 milhões de euros na requalificação de 11 estabelecimentos de ensino, mas define como primeira prioridade a construção da nova Escola de Cascais.

Em 2019, a resolução deste problema quadragenário é assim assumida pelo Município de Cascais, e alargada a ambição: para além de uma construção renovada, pretende-se um programa educativo contemporâneo com as respetivas valências, bem como uma alteração de programa funcional para abranger também o ensino básico.

A nova construção deve constituir-se como elemento estruturante do espaço público em que se insere, com uma imagem bem identificada sob o ponto de vista arquitetónico e que alcance um impacto público positivo.

O valor máximo estimado para o custo global da intervenção, incluindo edifício e espaços exteriores: € 11.400.000,00 (onze milhões e quatrocentos mil euros) + IVA.

Mais informação aqui https://www.cascais.pt/concurso-de-concecao-do-projeto-escola-de-cascais

 

Cascais e o Mar

É impossível falar de Cascais sem falar do Mar, foi sempre assim e é essa relação que os dois autores, Manuel Eugénio e José Fialho, destacam na obra “Cascais e o Mar”, editada pela União das Freguesias Cascais Estoril e domingo lançado na Junta de Freguesia de Cascais.

Esta relação com o Mar, quer por força da sua localização geográfica, quer pela cultura que lhe está subjacente, da vila piscatória à vila aristocrata, o mar sempre como centro da atividade económica, uma atividade assente no trabalho, mas também no lazer e no desporto.

Dos autores recorde-se que esta dupla, Manuel Eugénio e José Fialho têm uma vasta obra publicada, sempre em torno da história de Cascais e/ou das suas Associações. No que diz respeito ao mar destaca-se a obra Naufrágios e Acidentes Marítimos no Litoral Cascalense, editado em 2015, também pela União de Freguesias de Cascais e Estoril

 

Cascais homenageia os Delfins com canções “vestidas a rigor”

“Esta noite foi uma noite mágica, especial e irrepetível”, afirmou Miguel Ângelo após o concerto em que a Sinfónica de Cascais e convidados vestiram a rigor, as mais emblemáticas canções dos Delfins. Uma homenagem de Cascais à banda cascalense que "imortalizou a Baía de Cascais e que nos tem feito sonhar e viajar com as suas músicas ao longo destes 35 anos”, como referiu Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais.

Primeiro estranha-se, depois entranha-se. Às 22 horas em ponto soavam os primeiros acordes do grande clássico dos Delfins “Baía de Cascais”. Só que desta vez não estava, por enquanto, nem o Miguel Ângelo nem nenhum dos restantes membros dos Delfins. No palco perfilavam-se 90 músicos da Sinfónica de Cascais. A noite estava ainda a começar. Um a um foram desfilando no palco, os muitos convidados de peso que aceitaram o desafio de Cascais  de acompanharem a orquestra nesta homenagem aos Delfins.

A Sinfónica abriu com chave de ouro ao tocar a versão instrumental de uma canção Pop que haveria de levar o nome da “A Baía de Cascais” bem longe. Depois, foi a vez de Olavo Bilac, Ana Bacalhau; Miguel Gameiro, Joana Espadinha, Héber Marques, Miguel Gameiro e João Pedro Pais acompanharem a Sinfónica. “A Nossa Vez”, “Marcha dos Desalinhados”, “Só Céu”, “Não vou ficar” e “Ao Passar um Navio”, todos com arranjos para orquestra do maestro Nikolay Lalov que também dirigiu a orquestra.

 “Eu pedia a toda a gente que iluminasse com os telemóveis e fossemos todos maiores. Vamos iluminar Cascais. Portugal em cima”, pediu Olavo Bilac às milhares de pessoas. A música, essa só podia “Ser Maior”, outra grande canção intemporal dos Delfins. Que com a orquestra, os arranjos especiais da Sinfónica e a voz ao mesmo tempo sublime e etérea de Bilac tornaram ainda mais especial. Mais única. Mais Delfins.

“Faz 23 anos que não canto esta canção” confessou emocionado João Pedro Pais já em palco e a quem coube interpretar “ Ao Passar um Navio”, sempre acompanhado pelo público, num dos momentos inesquecíveis deste concerto. A prova viva de que as músicas dos Delfins “Ao passarem uma vida” não são afinal “sempre iguais”, mas sempre genuinamente diferentes. E talvez, seja esse o segredo da sua longevidade porque se adaptam aos tempos e às aspirações de cada geração. Não foi por acaso que os convidados deste concerto fazem eles próprios parte de diferentes geraçoes de musicos, alguns ainda não nascidos quando há 35 anos os Delfins nasciam em Cascais.    

“ Hoje venho aqui só para agradecer. Aos milhares que encheram a baía durante estes dez dias de Festas do Mar sempre com muita paixão, emoção e amor a Cascais e, por fazerem este enquadramento esta baía mais bonita do mundo”, referiu Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais que subiu ao palco para homenagear a banda que fez de Cascais o abrigo e o porto seguro da sua carreira.

“ Cascais presta hoje esta justa homenagem aos que imortalizaram esta Baía e que nos têm feito sonhar e viajar com as suas músicas ao longo destes anos”, acrescentou o Presidente ao oferecer a cada um dos músicos da banda uma placa evocativa desta noite.  

Carlos Carreiras não quis de deixar de distinguir também o trabalho dos jovens de Cascais, em especial, aos mais de 2000 jovens voluntários que prestam o seu trabalho ao longo do ano, nos vários programas municipais.  

E foi então que os Delfins subiram ao mesmo palco que há 10 anos ditou o seu último concerto da longa carreira ativa, desta vez para oferecerem aos milhares de fãs as suas “canções vestidas a rigor” com os arranjos da Sinfónica de Cascais. 

“Bandeira” deu o mote para o início, trazendo “Muitas memórias de viagens, de partidas e chegadas a esta Baía”, como afirmou Miguel Ângelo que sempre demonstrou “Saber Amar” Cascais. Por isso também o TEC – Teatro Experimental de Cascais, não ficou de fora desta noite de emoção. Com “Solta os Prisioneiros” os Delfins prestaram uma homenagem a uma das instituições mais antigas do municipio e “onde esta canção nasceu”.

De 1988, e fazendo parte do segundo álbum dos Delfins, lançado também aqui, na Festa dos Pescadores (antepassada destas Festas do Mar), “Aquele Inverno”, com arranjos da orquestra, protagonizou outro dos momentos emblemáticos desse domingo.  Seguiu-se “A Queda de um Anjo”, “Um Lugar ao Sol”, “ A Cor Azul” e “Som Como Um Rio” de uma carreira “recheada de coisas boas” como afirmou Miguel Ângelo:  "Daquelas canções simples, mas que são muito difíceis de fazer". Outro dos momentos mais marcantes da noite seria com “Nasce Selvagem”, num diálogo musical único entre os Delfins, o Tim e a Sinfónica de Cascais.    

“Toda a gente no público percebeu que no palco nos divertimos imenso. Todos os músicos cantaram e dançaram. Eu próprio dancei. Até me gravaram para mostrar ao neto”, afirmou o maestro Nikolay Lalov instantes após descer do palco e ainda com as emoções à flor da pele. Um maestro que tem vindo a provar que uma orquestra “não tem que ter só um repertório clássico” já que “ qualquer música pode ser tocada desde que tenha qualidade”.

“Esta noite foi uma noite mágica, especial e irrepetível”, disse Miguel Ângelo após o concerto, referindo-se aos “magníficos arranjos” que a Sinfónica fez não só para os Delfins como para os convidados.

A noite acabou da melhor forma com fogo de artíficio ao som da Sinfónica de Cascais. Para mais tarde recordar. (PL)

 

The Gift: cantar até a voz doer

“The Gift – Primavera/Verão” é a tour nacional que a banda de Alcobaça tem levado estrada fora, em 2019. Este sábado, foi a vez de Cascais receber o mais recente espetáculo da banda portuguesa que revisita 25 anos de carreira. Antes animaram o palco das Festas do Mar o Pop urbano dos Mur Mur. Durante a tarde houve também um concerto infantil, com "As Canções da Maria.

The Gift: Este não é um simples “Verão”

The Gift começaram a aquecer o público com dois temas – “Sol” e “Cabin” do seu mais recente álbum “Verão”. Este álbum aparece seis anos após “Primavera”, mas não é, necessariamente, uma continuidade. Fruto da parceria com o conhecido produtor Brian Eno, que já tinha colaborado com a banda portuguesa no disco "Altar"(2017), este é um “Verão” diferente do mar e das cores vivas do sol, da pele salgada e as paixões fugidias. Um “Verão” mais melancólico, de brisas suaves, onde o preto e branco dá lugar ao azul-escuro. Ao sépia. Ao calor visto desde dentro. Uma vertente mais intimista, por parte de uma banda que nos habituou a uma vocação épica.

“Verão” é bem a prova da capacidade de reinvenção constante de uma banda que não acusa qualquer desgaste, duas décadas após o mítico concerto na Aula Magna, em Lisboa, onde revelaram o seu álbum de estreia, “Vinyl”.

Sara Tavares já tinha afirmado que “Verão” é um disco complexo, intenso e o mais introspetivo dos álbuns da banda. Depois do impactante “Altar”, este “Verão” traz mais lembranças dos The Gift da primeira década de vida. O piano é o elemento central, a bateria é exclusivamente eletrónica, há duas faixas em português, e muitas cordas. É o caso de “Cabin” o segundo tema deste espetáculo.

Mas, seria só com o tema seguinte “Primavera” do carismático álbum “Explode”, que estava encontrado o primeiro ponto alto do concerto, com Sónia Tavares a pedir “mil estrelas” ao público que respondeu com as luzes do telemóvel em punho e a cantar o refrão em uníssono.

“Verão” seguir-se-ia, mais melancólico, quase um anticlímax, uma promessa de “uma amanhã melhor”, com Sara Tavares a alertar o público para o novo videoclip do tema que dá nome ao último álbum.

Presentes estiveram também temas do incontornável “Altar” como “Love Without Violins” e “Big Fish”, fruto da primeira colaboração com o produtor Brian Eno.

O velhinho “OK” do primeiro álbum da banda “Vinyl” também teve lugar neste espetáculo de celebração da carreira de uma das bandas mais sólidas do panorama Pop português. Mas, também não seria esquecido o dançável “Driving”, do álbum “Fácil de Entender” (2oo6),com os néons do palco a condizer para uma atmosfera puramente Pop.  

E, depois, a explosão acontece com “Vulcão”, ainda do último álbum homónimo,  recebido com uma grande ovação do público que mostrou seguir a par e passo as últimas criações dos The Gift. Neste “Vulcão”, o entrelaçar de cordas com a bateria eletrónica, o coro quase gospel, o piano e a voz de Sónia Tavares numa interpretação impressionante, criaram outro dos momentos especiais do concerto.

 “ Juntos sou eu, só eu/ juntos sou eu, só eu/ juntos sou eu”, o “Clássico” da banda não podia faltar e todos juntos, Sara e público, entoaram uma das melodias mais bonitas do Pop luso.

Foi, logo após, que Nuno Gonçalves revelou uma história que deixaria qualquer cascalense orgulhoso: “ Cascais foi super importante na história recente da banda. Andávamos cansados e um pouco desavisados uns com os outros quando nos convidaram para vir passar um fim de semana a Cascais. Só sei que no fim saímos daqui renovados e unidos como nunca”, confessou o músico. Uma excelente introdução para a música que se seguiria.

Não queremos ser tendenciosos mas “Impressiveness”, num registo oposto ao de “Vulcão”, musicalmente introspetivo, denso e cheio tensão, revelou  uma sonoridade ainda mais Gift se assim se pode dizer e produziu um daqueles momentos que, certamente, ficará na memória dos milhares que assistiram ao concerto. Como não gostar dos The Gift?   

Terminado o espetáculo foi a vez dos encore... e ninguém queria que acabasse, o que "É Fácil de Entender", com o público completamente rendido à voz e ao carisma de Sónia Tavares. A cantora ainda brindou a audiência com "Gaivota", trazendo a saudosa lembrança da voz de Amália Rodrigues. 

Este foi, definitivamente, um concerto para quem gosta de música eletrónica, teclados, cordas, e sobretudo, canções Pop. O melhor do Pop que se declina em português e se conjuga com talento e inventividade.

"Cada vez que vimos a Cascais levamos com uma lufada de ar fresco e voltamos sempre muito bem dispostos", confessou Sónia Tavares, momentos depois de deixar o palco. Que volte sempre. O público e Cascais agradecem. 

A Alma Portuguesa dos Mur Mur

Estamos habituados a ver Sandra Celas noutros palcos, os da representação. Este sábado, o público das Festas do Mar teve oportunidade de apreciar outros talentos da atriz, como vocalista dos Mur Mur. Um projeto musical ainda recente, já com um álbum editado este ano, "Rio Invisível". Os Mur Mur possuem já uma sonoridade muito própria que mistura o Pop urbano com a alma portuguesa. O resultado são temas originais que falam da nossa tradição como "Lisboa", "Nevoeiro" e "Janela", ou de outros, como "Sete Naves", dos GNR.

"As Canções da Maria" deram música aos mais novos

Os concertos infantis fazem já parte das Festas do Mar e são sempre bastante concorridos. Este sábado a animação coube às Canções da Maria, uma banda cascalense que nasce no seio da familia e com um propósito verdadeiramente pedagógico. " Ensinar a matéria escolar através da musica é muito mais fácil e agradável de aprender", afirma Maria e as filhas Mathilde e Manon concordam. " Já houve quem tivesse tido 98% no teste de História por causa das nossas canções", garantiu, ainda, Mathilde. (PL)            

 

Uma noite electrizante com Amor

Emoção à flor da pele nos dois concertos desta sexta-feira com os Amor Electro e Sô Gonzalo.

AMOR ELECTRO: A Cumplicidade Musical e Humana num concerto que foi também uma homenagem

“Tens de conseguir ver mais/Ser imortal está no limite” foi assim que os Amor Electro começaram o concerto. A voz carismática e metálica (quase não-mortal) de Marisa Liz e gente a perder de vista, sem “Alternativa” que não fosse deixar-se ir nessa magia pura e dura. A Baía de Cascais estava só a começar a sua viagem eletrizante.

Em seguida, o público deixou-se “embalar” como a canção, numa revisita eletrónica da criação de José Afonso. A figura, aparentemente, frágil de Marisa Liz encerra uma presença em palco também ela “maior que a vida”. De facto é a voz e carisma da vocalista dos Amor Electro que funciona como o fio condutor da corrente de boa energia, um dos pontos fortes do grupo e que eles não se cansam de transmitir aos fãs.

“Mar Salgado” e “A Nossa Casa” continuaram num registo mais íntimo, com bastante tensão emocional, mostrando bem porque é que os Amor Electro são das bandas mais sólidas no terreno Pop nacional. E quando veio a “Miúda do Café” já estava tudo mais do que desperto e, os braços no ar “bem cá em cima” como pediu Marisa, já não iriam baixar-se até ao final.

Com “Vai dar confusão”, um dos temas mais recentes da banda (2019), as vibes do synth-pop e funk convidaram à dança e o público respondeu de imediato a este “remake” às dúvidas existenciais que nos assolam na vida e para as quais nem sempre encontramos respostas.

Foi antes de “A Máquina” que se assistiu ao momento mais emocional do concerto e, talvez, desta edição das Festas do Mar. Quando Marisa Liz, numa voz embargada prestou homenagem ao recentemente falecido Rui Rechena, baixista da banda. A vocalista pediu, assim, uma salva de palmas ao público que também dedicou às filhas do músico presentes na assistência. A reação do público foi incrível, numa justa homenagem ao homem, ao músico e a 40 anos de inspiração.        

Os Amor Electro sabem como ninguém, misturar a modernidade com a tradição, as raízes populares e o Pop eletrónico. E depois, há estas canções. Como “Procura por Mim”, que desarmam pela simplicidade, ainda que seja muito complicado ser assim tão simples.

Milhares de pessoas em uníssono que não deixaram Marisa a cantar sozinha:  “Só é dor se for vontade/ De agarrar/ Só é fogo se queimar/Só é felicidade/ Enquanto durar”.

Convidando todos a darem as mãos, Marisa Liz desafiou o público: “Então, malta, estão fortes? Preparados para o futuro?  Então temos que mudar muita coisa… para melhor”, para logo soarem os acordes de “Juntos Somos Mais Fortes”. O hino-canção que é um dos maiores sucessos dos Amor Electro que foi adotado para hino da RTP a propósito do Europeu 2016 em França e o hino oficial do Comité Olímpico de Portugal para os Jogos Olímpicos do Brasil.  

Já na fase dos encore, “Rosa de Sangue” e o cunho vocal e interpretativo inconfundível de Marisa Liz, ofereceram ao público de Cascais um concerto magnífico, numa noite memorável.  

 “ Simplesmente”, SÔ GONZALO

Nada melhor do que um contador de histórias e uma viola para preparar o ambiente eletrizante dos Amor Electro. Esta sexta-feira o papel coube a Sô Gonzalo, cantor e compositor cuja grande inspiração sempre foi Cascais e o mar. Foi, assim, com o mar ao lado que o músico cascalense desafiou o público a ouvir e dançar temas do seu álbum “Simplesmente”.

Se para Sô Gonzalo “ a música é comunicação” e “a magia dos concertos está no público”, foi isso mesmo que aconteceu neste final de tarde, no palco principal das Festas do Mar.

Habituado a palcos mais pequenos e com um registo mais intimista, deste concerto Sô Gonzalo, que nasceu e cresceu em Cascais, disse que o que lhe vai ficar na memória é “ a quantidade de gente conhecida que deu uma energia ótima ao concerto”, acrescentando que “É mesmo como se tivesse em minha casa. Já toquei na minha cozinha com esta gente”.

O concerto começou com bastante ritmo, em que o músico foi acompanhado pela banda, o que não é habitual, visto que costuma cantar sozinho com a sua viola, mas, terminou no registo intimista e mais emotivo que é a sua marca.

Sô Gonzalo conseguiu comunicar sempre com o público e a magia aconteceu, num final de dia em jeito de cenário perfeito, “Simplesmente”.   (PL)

100% Cool vai premiar condutores nas Festas dos Mar

A iniciativa de sensibilização dos condutores realiza-se por ocasião das Festas do Mar, numa parceria com a PSP e com a Câmara Municipal de Cascais.

O 100% Cool, em parceria com a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Câmara Municipal de Cascais, vai desenvolver uma ação de sensibilização de condução segura, alertando e promovendo a não ingestão de álcool, junto dos condutores, durante as Festas do Mar.

A iniciativa, promovida pelo 100% Cool, vai premiar os condutores que registarem uma taxa de 0% de álcool. Desde o início do ano, o 100% Cool desenvolveu já diversas ações, em diferentes concelhos do país, durante as Festas Académicas, a par dos festivais de verão ou do período de férias, com centenas de condutores designados como 100% Cool.

O objetivo destas ações de sensibilização é reforçar a mensagem de prevenção e segurança rodoviária, ao lado das forças de segurança e de diversos parceiros, premiando os condutores com uma conduta exemplar ao volante.

Sobre o 100%Cool | O 100%Cool é uma iniciativa da ANEBE – Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas, alinhada com o Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária - PENSE 2020, e representa uma aliança de missão entre entidades públicas e privadas com o objetivo de fazer um combate mais efetivo à sinistralidade rodoviária ligada ao álcool.
 
O projeto teve início em 2002 e traduz uma especial parceria da ANEBE com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Guarda Nacional Republicana (GNR), que já sensibilizou inúmeras gerações de condutores e designou mais de 25.000 condutores 100%Cool por todo o território nacional. Atualmente, o 100%Cool conta com o contributo de 29 parceiros.

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