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Citizenship and Participation

(A)CASOS Online | 13.ª Edição

Conheça três histórias de vida em mais um programa

O (A)casos é um espaço de partilha de percursos profissionais inspiradores onde, a cada trimestre, três oradores partilham a sua história e a forma como alcançaram os seus sonhos e objetivos.

Habitualmente, as sessões decorrem em ambiente intimista na Cidade das Profissões de Cascais. No entanto, na impossibilidade da 13.ª edição ser realizada presencialmente, "saltou" para o digital e através do Facebook da Cidade das Profissões damos a conhecer percursos profissionais que o podem inspirar na conquista dos seus objetivos.

Fátima Andrade | "Uma Aprendiz de Vida"

David Parente | "Tudo Por Um Sonho"

Ricardo Gomes | "Do deslumbramento à realidade"

25 Abril 2020 | Canções que contam abril

Nesta curta viagem pela música de intervenção em Portugal pode ler e ouvir as canções que contam abril.

 Saiba mais sobre como assinalámos o 25 de Abril 2020 em casa

Ouça a nossa playlist enquanto lê o texto.

A saída da Guerra

Ouçamos então o Bella Ciao a música cantada em todas as praças de uma Europa que festeja o fim da guerra. Em Portugal também há manifestações de júbilo ainda que a bandeira, nos edifícios públicos, seja colocada a meia haste por 3 dias. Um luto que poderia encontrar justificação nos cerca de 80 milhões de mortes provocadas pela II Guerra Mundial, mas não. Assinala antes a morte de Adolf Hitler. Ainda assim Portugal apanha boleia no comboio da bonança embora por pouco tempo. 

O Mundo renascia ao sol de Truman, Stalin e Churchill e em Portugal uma nesga de esperança. A 14 de novembro de 1945, em entrevista ao Diário de Notícias e ao O Século, Salazar prometia eleições livres: “Considero as próximas eleições tão livres como na livre Inglaterra”.

Entre o fim de uma guerra e o início de outra, chamada fria, nascia uma maior atenção aos direitos sociais na reconstrução de uma Europa.

Amália Rodrigues cantava até a “Boa Nova”, que refletia algumas expectativas da paz e das suas consequência na vida das pessoas. À semelhança do que se havia passado em França e em Espanha formava-se em Portugal o Movimento de Unidade Anti-Fascista (MUNAF) presidido pelo General Norton de Matos, que juntava todas as forças oposicionistas.

O nascimento de uma nova música

Esta frente, MUNAF, daria lugar, a 8 de Outubro de 1945, ao Movimento de Unidade Democrática. E o hino, “Jornada”, era de Fernando Lopes Graça, esse mesmo compositor cujo espólio se encontra no Museu da Música em Cascais.  

Quer Lopes Graça quer José Gomes Ferreira tinham já um historial de contestação ao regime, mas aqui se pode dizer que às preocupações sociais do neo-realismo juntar-se-á o vanguardismo musical na oposição ao Estado Novo.

O hino do MUD, “Jornada” é uma das composições de Fernando Lopes Graça que integra as “Heróicas”. Talvez seja esta a ponta de uma nova música que alerta para a realidade social portuguesa e que mais adiante se designaria Canção de Intervenção.

Um ano depois, as Heróicas são proibidas pela Inspeção Geral dos Espectáculos.

Entretanto, as tão esperadas eleições livres ficam marcadas para 13 de dezembro de 1949. O candidato da oposição é exatamente o General Norton de Matos, mas, ao contrário da liberdade prometida, a campanha é marcada por uma forte repressão. Norton de Matos desiste à boca das urnas. Muitos dos envolvidos são presos.

Os anos 50

A 9 de maio de 1950, num mundo dividido, nasce a ideia de uma Europa Comunitária, defendida por Shuman e pensada por Jean Monet.

Em Portugal morre-se nas prisões do regime. Militão Ribeiro é apenas um exemplo.

No horizonte abre-se nova expectativa: as eleições de 1958. A campanha de Humberto Delgado é mobilizadora. Apesar da repressão em todo os cantos do país por onde o candidato da oposição passa é recebido com banhos de multidão. Os resultados eleitorais (25% dos votos segundo dados oficiais) provam que quando a repressão não basta a manipulação de resultados resolve. Humberto Delgado é exonerado, sai do país e pede asilo político no Brasil.

Apesar da censura Lopes-Graça continua a compor e publica, em 1960 celebrando o aniversário da implantação da República, com a designação, Canções Heróicas, dramáticas, bucólicas e outras.

Em Paris formara-se em 1957 o MAC, Movimento Anti-Colonial, em causa a guerra da Argélia, em todo o mundo eclodiam movimentos independentistas e caiam os impérios coloniais. Em Portugal prepara-se o início de uma guerra nas colónias. Em 1958 nos campos portugueses luta-se pelas 8 horas de trabalho e a repressão é brutal. Na vida Académica o poder tenta mobilizar para a guerra e dominar as Associações Académicas.

Os anos 60 de turbulência social

Depois do paquete Santa Maria ter sido desviado por Henrique Galvão, O prototesto mobiliza a juventude estudantil. A proibição do Dia do Estudante desencadeia uma onde de protesto nas universidades de Lisboa e Coimbra. A carga policial só aumenta a contestação. É decretado o luto académico e a contestação ao regime ganha os estudantes. Nas ruas de Lisboa a polícia reprime manifestações de operários e no Alentejo os trabalhadores rurais reivindicam a jornada de 8 horas de trabalho.

Neste clima de ebulição social destaca-se, nas vozes de Coimbra, a de José Manuel Cerqueira Afonso Santos. O estudante de Histórico-Filosóficas grava o seu primeiro EP com o tema de sua autoria, letra e música, “Balada de Outono”. Há quem a considere um marco na música de protesto, ou de intervenção.

Mas José Afonso não está sozinho nesta caminhada. Adriano Correia de Oliveira, Francisco Fanhais, Luís Cília, Manuel Freire e a voz da guitarra de Carlos Paredes. Mais tarde, em França, Sérgio Godinho e José Mário Branco juntam-se fazendo da Cantiga uma Arma.

O “Acordai” de Fernando Lopes Grala e José Gomes Ferreira começa a despertar o país.

Os anos 60 vão ser anos de grande repressão, de censura, do início da guerra colonial, do exílio. Mas são também anos de resistência e a Música não mais ignora esta realidade.

Os crimes da polícia política do regime, o exílio dos que contestam, a guerra injusta e os que a ela se opõem ou que nela combatem, a tenaz luta por direitos já não é mais segredo, apesar da censura. Tudo isto é cantado.

O Festival da canção mobiliza o país agarrado à grande revolução comunicacional, a televisão. Não tardará que, também o Festival da Canção, seja influenciado por esta onda e lá surgirá Ary dos Santos, um dos poetas que cantará Abril.

A própria televisão já não ignora essa realidade, pelo contrário, abrirá em 1969 mais uma janela através de um talk-show designado Zip-Zip, liderado por Carlos Cruz, Fialho Gouveia e Raúl Solnado. À música junta-se o humor.

Abril prepara-se e adivinha-se. E a chave dessa esperada madrugada seria um tema vencedor do Festival da Canção, “E Depois do Adeus” de José Niza e José Calvário, interpretada por Paulo de Carvalho. O hino dessa madrugada seria interpretado escrito e tocado por José Afonso, Grandola Vila Morena.

Os filhos da madrugada  

Não tardam os filhos da Madrugada e do exílio, das prisões surgem mais vozes para cantar abril porque, se os anos 60 e 70, até à madrugada de 25 de abril de 1974, são de muita constestação, repressão e censura, o que resta dos anos 70 e os anos 80 são de muita imaginação e conquista. E a música conta-nos tudo.

Veja o video que preparamos para si.

Cascais comemora Dia Mundial do Livro

Cascais dá-lhe “Estórias para ouvir e contar”, mais 300 obras em suporte digital e uma crónica de convite à leitura

Em tempo de confinamento da família, imposto pela pandemia Covid-19 Cascais assinala o Dia Mundial do Livro com várias iniciativas online.

Audiolivros para os mais novos | Chama-se “Estórias para ouvir e contar” e é um projeto das Bibliotecas Municipais de Cascais dirigido aos mais novos. São 12 histórias narradas para ouvir em família. A estreia foi hoje no Facebook CM Cascais.

Biblioteca Online ganha mais 300 títulos | Neste dia, a entrada online das Bibliotecas Municipais de Cascais passa a contar com mais obras de suporte digital. São mais de 300 títulos disponíveis e um conjunto de documentos da Rede Bibliotecas Municipais de Cascais de reconhecido interesse histórico-cultural, designadamente fontes de particular importância para o estudo e conhecimento do concelho. A Biblioteca Digital de Cascais disponibiliza dois tipos de conteúdos: Obras digitais e obras digitalizadas. Isto é, versões digitais de obras editadas pela própria Câmara Municipal de Cascais exclusivamente em formato e suporte eletrónico e obras digitalizadas, reproduções de obras originalmente criadas em suporte físico.

Incentivo à leitura | O Dia do Livro não se faz sem o verdadeiro incentivo à leitura. Deixe-se inspirar pelo texto de Humberto Costa “Embarquemos em tempo de silêncio”

Ou descubra o inédito conto “Pergunta ao teu avô” com texto de Cláudia Marques e ilustrações de Bárbara Palinhos que liga a comemoração deste Dia do Livro a uma próxima efeméride, o 25 de Abril.

Bom Dia Mundial do Livro!

Embarquemos em tempo de silêncio

Subitamente ficara sozinho em casa de onde não se podia ausentar.

A casa é como que uma trincheira neste combate à pandemia e a porta transforma-se numa fronteira quase intransponível. As horas vão passando. Não é o poderoso silêncio que nos lança na solidão, mas esta confusão difusa. Num tempo sem pingo de reflexão por falta de tempo, criamos o medo de estarmos sós perante o silêncio. O receio de sermos lançados no desconforto de cavernosos caminhos da memória, como largados definitivamente no meio de um desassossego, sem freio na carroça destrambelhada da memória. E, quando assim é, quando não conseguimos lidar com a tranquilidade do momento, com o tempo, sabemos lá nós quem está na porta da saída, a que túnel cavernoso vamos dar? Tememos, quase sempre, este momento como um intrépido desafio mas que resvala. O receio é o de que, mesmo quando cerramos os olhos animados por um sonho, sai-nos um robusto pesadelo que nos tolhe e nos defrauda quase sempre o esforço de dar caminho ao pensamento. Ficamos desconfortáveis e são quase sempre os barulhos da solidão que transformam o silêncio na sua trilha sonora.

Ora, se inesperadamente a dramática pandemia nos remeteu para esta forma recolhida de viver o dia a dia, é surpreendentemente oportuna esta nova relação com o tempo, com o silêncio, com a reflexão. Como diria o psiquiatra Júlio Machado Vaz, “o silêncio é uma bênção extraordinária (...) a solidão assusta.” Peguemos então no silêncio para combatermos a solidão.

Ler é como diluir a solidão num aconchego de uma história. É a porta certa para uma grande caminhada, uma nave espacial que viaja sobre tempo e sobre o espaço, que transforma o silêncio numa grande viagem. Uma viagem salvadora como a do velho Wang Fô e do seu discípulo Ling. Um dos belos contos de Marguerite Youcenar. Condenado à morte pelo Imperador sob a acusação de iludir com os seus belos quadros a realidade cinzenta do mundo, foi forçado, antes da sentença, a concluir um quadro inacabado. Nele, o velho “Wang Fô começou por tingir de rosa a ponta da asa de uma nuvem pousada numa montanha. Depois acrescentou à superfície do mar algumas rugas que tornavam ainda mais profundo o sentimento da sua serenidade. O pavimento de jade tornava-se singularmente húmido, mas Wang Fô, absorto na sua pintura, não se apercebia que trabalhava sentado na água. A frágil canoa que engrossara sob as pinceladas do pintor, ocupava agora todo o primeiro plano do rolo de seda. O ruído cadenciado dos remos ergueu-se subitamente ao longe, rápido e vivo como um bater de asa. O ruído aproximou-se, encheu mansamente toda a sala, depois quedou-se”. A água que enchera a sala submergindo os seus carrascos, trazia o barco pintado e ao remo o seu discípulo Ling: “Nada temas, Mestre – murmurou o discípulo. – Breve se encontrarão em seco e nem sequer se recordarão que alguma vez se lhes molhou a manga. Só o Imperador há-de guardar no coração um resto de marinha amargura. Esta gente não foi feita para se perder no interior de uma pintura. (...) - É belo o mar, e o vento é bom, as aves marinhas fazem os ninhos. Partamos, Mestre, rumo ao país para além das vagas”.

Embarquemos pois no barco de Wang Fô ou na cegueira branca, que Saramago nos descreve no “Ensaio sobre a cegueira”. Já que, ao contrário da escuridão da cegueira esta, epidémica, traduz-se numa luz intensa que ofusca o mundo das coisas, o mundo tangível, mas ilumina o mundo imaterial, das sensações, da reflexão. Ou, como nos mostra Albert Camus, conheçamos a cidade de Ourão que de despe perante outra epidemia, a da peste. H.C.

Homenagem aos Profissionais da Linha da Frente

Flores alegraram o dia dos colaboradores do universo municipal

Um pequeno gesto pode fazer toda a diferença. Nesta terça-feira houve sorrisos entre os profissionais da linha da frente do universo municipal. 

“Fomos contactados pela florista Marisol que nos desafiou para dar um contributo aos nossos colegas que estão na linha da frente, que foi fazer uma pequena homenagem retribuindo-lhes com uma flor,” revela Frederico Nunes, vereador na Câmara Municipal de Cascais. 

Ao longo deste dia, a Paulo, Ana e Fátima, responsáveis pela florista Marisol, acompanhada pelos vereadores Joana Balsemão e Nuno Piteira Lopes, prestou homenagem às corporações de Bombeiros, Polícia Municipal e diversas equipas que, apesar da pandemia Covid-19, estão na Linha da Frente, a trabalhar em prol do bem-estar de todos.  

É o caso das equipas da Proteção Civil, Cascais Ambiente, Cascais Próxima, Espaços Verdes (DGEV) e Ação Social (DHS/DIST) que, ao longo deste tempo, têm mantido a segurança do concelho, a limpeza e desinfeção das ruas e espaços verdes e o apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social. São também da Linha da Frente as equipas que têm mantido a funcionar os Centros Temporários de Acolhimento de pessoas em situação de sem abrigo, Centros de Testes Covid-19 e ainda a segurança e apoio no Centro Logístico Covid-19. 

Equipas que trabalham lado a lado com diversas empresas do concelho que estão a apoiar e desenvolver iniciativas. 

“Quero agradecer a todos os empresários que têm estado na Linha da Frente, com ações voluntárias que vão desde a área da restauração à produção gráfica. Todos os que têm estado connosco por Cascais. Obrigado,” conclui Frederico Nunes.

Covid-19 | A importância da alimentação durante a pandemia

Mantenha, agora, mais do que nunca um estilo de vida saudável.
Em tempo de pandemia de Covid-19 é muito importante adotar uma alimentação saudável para uma melhor resposta imunitária, mesmo reconhecendo que não há nenhum alimento ou suplemento que, por si só, diminua o risco de contágio. A melhor forma de se proteger contra o novo coronavírus é respeitar as regras de isolamento social, de higienização e de etiqueta respiratória.
 
Para lidar com o cenário de contingência, siga as recomendações da Organização Mundial de Saúde e da Direção-Geral da Saúde e mantenha um estilo de vida saudável, com uma dieta adequada (veja aqui as várias receitas que lhe propomos), exercício físico e períodos de sono e de descanso.
 
Para isso, deixamos-lhe algumas sugestões:
 
Recomendações práticas:
 Mantenha as suas rotinas alimentares, respeitando os horários das refeições.
 Sempre que possível, faça refeições em família. 
 Aproveite o que tem em casa, combatendo o desperdício alimentar. 
 Opte por confeções que permitem rentabilizar o aporte proteico como, por exemplo, um esparguete à bolonhesa em vez de um hambúrguer para cada pessoa. 
 Confecione em maior quantidade para toda a família. 
 Confecione refeições mais económicas e nutritivas como, por exemplo, arroz com feijão. 
 Faça uma gestão responsável entre enlatados, secos e frescos. 
 Planeie as suas refeições semanalmente para assegurar que quando se desloca ao supermercado adquire apenas o necessário. 
 Não compre snacks como chocolates, bolachas, biscoitos, rebuçados ou gelados para que não aumente o seu peso corporal. 
 Lembre-se que hidratar é muito importante! Beba água, chás ou infusões sem adição de açúcar (cerca de 30ml/kg de peso). 
 Não partilhe comida, pratos, talheres ou copos mesmo com os seus familiares.
 
Convivência em Família
 Utilize a hora de ir para a cozinha como um momento de descontração e ocupação do seu tempo. 
 Envolva as crianças na cozinha, seja na elaboração das ementas, seja na confeção das refeições. 
 Procure novas receitas para utilizar os alimentos que tem disponíveis em casa. 
 Reinvente receitas para minimizar o desperdício alimentar como, por exemplo, dar uso a bananas maduras para confecionar um pão de banana ou panquecas. 
 Tenha alguma flexibilidade nas escolhas alimentares caso não estejam disponíveis os alimentos que necessita. 
 Tenha sempre presente que estes dias podem ser úteis para adotar hábitos alimentares saudáveis.
HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR
 
Até à data, a transmissão da Covid-19 não se realiza pelos alimentos, mas estes são um veículo de transmissão através de gotículas e excreções de pessoas contaminadas que os manipulem. Por este motivo, os cuidados de higiene com a manipulação, preparação e consumo alimentar são muito importantes.
 Seja cívico e não comprometa o abastecimento de géneros alimentícios. Compre o necessário para curto/médio prazo.
 Planeie as suas refeições para diminuir as idas ao supermercado, comprando estritamente o necessário, respeitando o próximo e minimizando o desperdício alimentar. 
 Tenha consciência daquilo que tem e daquilo que vai necessitar, verificando a despensa, o frigorífico e o congelador, assim como os prazos de validade. 
 Se possível, opte por compras online, salvaguardando os atrasos nos serviços devido ao fluxo exponencial de pedidos. Lembre-se de cumprir as regras de higienização e de distância de segurança (1 metro), garantindo a sua segurança e de quem trabalha. 
 Nomeie uma pessoa da família para se deslocar ao supermercado. Respeite as regras da Direção-Geral da Saúde de distanciamento nas filas e de higienização. 
 Ao chegar a casa, higienize bem as suas mãos, armazene as suas compras colocando todas as cartonagens e sacos diretamente no lixo. Volte a higienizar as mãos, as bancadas e o chão. 
 Não deixe de consumir frutos e hortícolas, mas tenha em atenção a higienização, não consumir alimentos com casca e optar por confecionados em detrimento de crus. 
 
Os alimentos de origem vegetal podem ser consumidos crus ou cozinhados, devendo-se respeitar as seguintes regras:  
 Retirar as partes estragadas,Lavar folha a folha em água corrente os hortícolas folhosos. 
 Desinfetar com uma solução clorada durante 15 minutos: pode ser 1 colher de sopa de lixívia para 1 litro de água.
 Enxaguar em água corrente.
 Se não conseguir adquirir frutos e hortícolas frescos, opte por congelados em natureza.
 
Seja um agente da saúde pública e procure ajudar indivíduos isolados ou grupos de risco que estão/ficarão em risco nutricional e mais suscetíveis a doenças. No entanto, salvaguarde-se para que salvaguarde o próximo. 
EQUIVALÊNCIAS ALIMENTARES
 
Para que mantenha uma alimentação equilibrada, utilize esta tabela trocando os alimentos do mesmo grupo, respeitando as quantidades indicadas. Adapte as quantidades às suas necessidades energéticas diárias.
 
Pão e cereais 
Carcaça / Pão integral  > 1 unidade 
Pão de milho / trigo / integral / mistura 1 fatia 
Cereais tipo “all bran” / “corn flakes” 6 colheres de sopa
Flocos de aveia 3 colheres de sopa cheias
Bolachas de água e sal redondas 6 unidades
Bolachas de água e sal retangulares / tostas retangulares 2 unidades 
 
Batata, arroz, massa e cereais 
Batatas 2 tamanho de um ovo
Batata doce 1 pequena
Arroz cozido 3 colheres de sopa cheias 
Quinoa cozida/Cuscuz cozida/Cevada cozida  3 colheres de sopa cheias
Esparguete cozido 1 pinça
Grão cozido 4 colheres de sopa 
Feijão cozido 5 colheres de sopa
Ervilhas/Milho/Lentilhas cozidas 3 colheres de sopa cheias
 
Leite e derivados 
Leite 1 copo (200ml) 
Bebida vegetal 1 copo (200ml)
Iogurte líquido 1 unidade 
Iogurte sólido 1 unidade
Queijo flamengo 1 fatia
Queijo fundido triângulos 4 unidades 
Queijo fresco 1 pequeno (60g) 
Requeijão 1/3 unidade (180g) 

Já saiu o "C" de abril, edição especial Covid-19

"Todos por todos" para enfrentar a Covid-19.

Leia a edição online no site da Câmara de Cascais. 

Esta edição especial do mês de abril aborda, incontornavelmente, o tema da Covid-19. Além da mensagem de fé e esperança, o presidente de Câmara, Carlos Carreiras, apela para que os munícipes fiquem em casa, nesta altura desafiante para todos. Só assim "os que têm de estar na rua vão conseguir tratar de nós", reforça.

Através deste jornal fica a saber aquilo que pode ou não fazer durante o declarado Estado de Emergência em que vivemos, as medidas tomadas pela autarquia para enfrentar esta crise pandémica e que recomendações deve adotar.

Cascais demonstra também que não esquece os seus trabalhadores que estão na linha da frente contra a Covid-19, deixando-lhes uma palavra de apreço, bem como aos múltiplos movimentos de solidariedade, que em muito têm contribuído para o bem comum do concelho. "Juntos vamos conseguir".

Subscreva e receba o jornal "C" no seu email, menos papel, melhor ambiente.

 

Covid-19 | Máscaras Acessíveis: novos locais de venda

Pontos de venda do Programa Máscaras Acessíveis alargado a 50 locais
No âmbito das medidas #Covid-19 adotadas em Cascais, foi implementado o Programa “Máscaras Acessíveis”. Uma iniciativa da Câmara Municipal de Cascais em parceria com o setor social, entretanto alargada ao movimento associativo, cultural e desportivo do concelho. Ao abrigo deste programa, a Câmara de Cascais cede 850.000 máscaras de proteção individual a Instituições Particulares de Solidariedade Social e outras entidades de reconhecido mérito no concelho, que as disponibilizarão aos cidadãos a valores muito inferiores aos que são atualmente praticados no mercado.
 

 

Cada cidadão de Cascais pode adquirir até três (3) máscaras de proteção individual por semana para enfrentar a pandemia, sendo que o valor de aquisição é de 0,70€ (setenta cêntimos) por unidade. Ver aqui locais onde pode adquirir máscaras acessíveis
 
 
Comunicado presidente CM Cascais, 14.04.2020:
 
 

"Cascalenses, estamos prestes a iniciar a uma grande operação de distribuição de máscaras de proteção individual pelos cidadãos do concelho. 

São 850 mil nesta primeira fase. Serão mais de 1 milhão dentro em breve. 


A partir de quinta-feira, as máscaras estarão nas 17 IPSS do concelho que fazem parte do programa máscaras acessíveis e terão um custo unitário de 0.70 cêntimos (ver informação detalhada e despacho n.º 22/2020).

 

Mas esta é só mais uma etapa de um longo processo que começou no início de março e que também não vai acabar agora.

Começámos pelo 
fornecimento a todos os que estão na primeira linha e, como tal, mais expostos a serem contaminados e a contaminarem a comunidade. E, claro, não esquecemos os nossos idosos e os lares que, para muitos, são casa.


Fornecemos todos os precisavam de material quando não o havia em Portugal, fossem essas entidades/Instituições de responsabilidade da Câmara Municipal, do Governo Central ou até de privados. Fretamos os primeiros aviões. Preparámo-nos. Ajudámos.

O país está mais preparado. E agora que o Governo garantiu o abastecimento desses materiais, recomenda-se que as instituições e entidades que dependem do Estado Central passem a requerer o fornecimento desses equipamentos de proteção individual (EPI) às suas tutelas governamentais.

Também os privados deverão assegurar as suas necessidades no mercado, agora que os movimentos especulativos vão desaparecer e os seus fornecedores dispõem de quantidades suficientes de EPI. Iremos comunicar um conjunto de fornecedores a quem os privados podem recorrer.

Como todos podem compreender, a Câmara Municipal de Cascais não poderá garantir o fornecimento por tempo indeterminado, sobretudo agora que o País e o Governo dispõem já de EPI em quantidades suficientes conforme já foi comunicado.

Assim, passamos a prever mais duas frentes, mais duas fases:

Fase 1- Até ao fim do estado de Emergência, que se prevê que dure até às 24h00 do próximo dia 1 de Maio, iremos disponibilizar máscaras com restrições de quantidade e a um preço abaixo dos praticados pelo mercado, preços que se situam pelo menos 50% abaixo do praticado hoje em dia. O objetivo é que as pessoas se mantenham em casa mas que haja um membro do agregado familiar que se possa deslocar com propósito de adquirir os bens e serviços absolutamente necessários. Relembramos que se continua a recomendar restrições à circulação. A abertura e a normalidade serão faseadas.

Fase 2- Estamos a preparar-nos para que a partir das 00h00 de dia 2 de Maio possamos distribuir máscaras de forma generalizada a preços mais baixos do que os 0.70 cêntimos, já que serão necessárias mais máscaras e, em muitos casos, a pessoas que precisam de mais de que uma máscara por dia. Para além de passarmos a ter produção própria, lançaremos também uma campanha de “faça você mesmo” e para a qual iremos dar toda a informação necessária aos cidadãos, incluindo os materiais recomendados pelo Infarmed. Promoveremos, também, respostas comunitárias.

Nestas duas fases, apelamos a uma utilização segura mas também racional. Por favor, vamos evitar o açambarcamento. Temos de ser rigorosos para que ninguém seja privado de bens que são de todos e para todos.

Só assim poderemos retomar a atividade normal e reiniciar o desenvolvimento económico, minorando os efeitos e a intensidade das necessidades do apoio social.

Continuarão a ser tempos exigentes. Temos de continuar a agir com rigor, com espírito resiliente e responsabilidade de cidadania. De fase em fase, de batalha em batalha, vamos ganhar esta Guerra para a qual todos estamos mobilizados.

Vamos vencer. 

Todos Por Todos. Força Cascais!

Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais

Caixas Solidárias em Carcavelos e Parede. Leve o que precisa. Deixe o que quiser

Iniciativa promove troca de alimentos entre vizinhos.

À medida que os dias em confinamento passam surgem cada vez mais iniciativas solidárias não só para combater a solidão como para ajudar as pessoas com mais carências, numa altura em que o mundo luta contra a pandemia da Covid-19 e a crise económica se alastra.

No entanto há pessoas que encontraram uma forma de ajudar a comunidade sem sair de casa, ou com pequenas e curtas ‘incursões’ à rua.

É o caso desta caixa solidária, colocada no Jardim Vasco da Gama, em Sassoeiros, em Carcavelos, por Nuno Botelho, fotojornalista que se encontra a trabalhar atualmente a partir de casa.

O objetivo é que quem tenha possibilidades, coloque bens alimentares dentro da caixa para que quem precise possa tirar.

Até que a ideia surgiu. “Pensei que fazendo uma caixa solidária poderia ajudar. Uma caixa por cada bairro levando as pessoas a fazer o mesmo, sem terem que se deslocar nesta altura”, referiu Nuno.

Entretanto, já foi colocada uma segunda caixa, desta vez próximo do Pingo Doce da Parede. Nuno criou ainda um grupo no Facebook e no Instagram para informar a população sobre a localização das caixas, bem como incentivar outros bairros portugueses a fazerem o mesmo.

 

O mistério da fumaça e da garrafa de metal

O mistério da fumaça e da garrafa de metal desvendado pelo chef Tomás Pereira na EB Fernando Teixeira Lopes.

O mistério da fumaça e da garrafa de metal desvendado pelo chef Tomás Pereira na EB Fernando Teixeira Lopes.

A nuvem de fumo crescia no refeitório da EB Fernando Teixeira Lopes. E a escola lá estava, aparentemente impávida e serena como se nada de especial estivesse a acontecer. As escolas são assim de uma forma geral, às veze arrojadas, como deve uma boa academia, outras vezes tranquilas sob a cadência previsível da rotina. Mas, aquela fumaça parecia condizer mais com a primeira personalidade da academia, o que é bom. Suscitava a curiosidade dos miúdos, que se agitavam no recreio. E, para um espírito agitado a fumaça não era coisa que passasse despercebida.

 

Inquietos pelo fumo acotovelavam-se nas janelas exteriores do refeitório. Narizes repousados no parapeito e os olhos como antenas. Lá estavam a ferver de curiosidade. Mas a fumaça era uma autêntica cortina que não satisfazia a curiosidade antes a alimentava. E, como todos sabemos, a curiosidade é um bom combustível para a sagacidade, o que não é tudo, mas é um bom começo na academia. Ou, como diria o chef Tomás Pereira, que a esta hora prepara a refeição para a pequenada da EB Fernando Teixeira Lopes, o apetite é o melhor dos condimentos, e é também por isso que não o convém defraudar.

 

Mas voltemos então à misteriosa fumaça que serpenteia um canto do refeitório da escola e que deixa tão agitada a pequenada. Agora já vai deixando ver alguns, pequenos, detalhes: umas mãos cruzam de vez em quando aquela nesga clareira. E as mãos bem podiam ser de um alquimista em busca da pedra filosofal. Mas não. Aqui e ali o fumo vai desvanecendo, serpentando um rosto destapando pormenores. Primeiro os olhos, depois o nariz... entretanto, os olhos voltam a desaparecer na fumaça e aparece agora a boca... bom, na verdade o puzzle lá se vai construindo e ficamos a saber que a pedra, não a filosofal, mas a do puzzle é, afinal, o chapéu. Sim um chapéu bem alto e branco que não engana. Não é um alquimista, é sim um cozinheiro e não um qualquer. Sim, porque o chapéu do cozinheiro não tem só uma função higiénica, tem também a função de distinguir responsabilidades. O chapéu alto, como a cozinha francesa medieval distinguia, só pode ser o de um chef de cozinha. Ora, é o caso! E, pela informação já adiantada só poderia ser o do chef Tomás Pereira.

 

- Mas afinal o que faz o chef no meio daquela fumaça? Era a pergunta retórica que todos subscrevíamos.

 

É mesmo isso que vamos saber. Mas antes, voltemos ao recreio onde a curiosidade serpenteia, como a fumaça, o espírito da pequenada. Um grupo de miúdos segue em fila pirilau uma professora e dirigem-se ao refeitório com alguns objetos na mão. A julgar, pela firmeza do passo, dir-se-ia que é coisa orquestrada, isto é, trata-se de um grupo mais bem informado. Bom, paciência! Afinal é quase sempre assim. Parecia uma delegação de boas vindas, mas porque levariam eles aqueles apetrechos na mão? Voltemos ao refeitório recorrendo ao grande ecrã da janela exterior. Lá estão eles, e agora sim, vê-se claramente a cara do chefe Tomás Pereira ao lado de uma garrafa estranha de metal e, na sua frente, um batedor de bolos que parece ser, pelo que se pode ver daqui, um gelado. Todos se dirigem a uma mesa e já não há sinais de fumaça. Os pequenos, bem informados, seguem a indicação da professora. Sentam-se no chão de um dos lados da mesa, depois de lá depositarem todos os apetrechos. Depois, um deles entrega ao chef um lenço que ele utiliza para vendar os olhos. Um deles verifica que tudo foi feito na perfeição. Mas, os sorrisos de todos dão a entender que a coisa é pacífica. O chef senta-se à mesa. Não, não é para cozinhar. Vendados, mas, pelo que se pode perceber, para provar. E assim é. Prova primeiro um produto alimentar e depois outro e logo outro de seguida. Entre cada prova o chef diz, o que nós, os que estamos dete lado, presumimos ser a identificação do produto. Os miúdos lá dentro batem palmas. Quer dizer que ele acertou. Isto de ser chef é coisa que exige memória olfativa e gustativa, para além de outros predicados, claro! Mas, como diria Dizzy Gillespie a Charlie Parker, duas lendas do Jazz norte-americano, no célebre filme de Clint Eastwood: “para improvisar é preciso conhecer bem o original”. Duvido que Parker já não o soubesse, mas serve isto para dizer que, também na cozinha improvisar implica conhecer bem os sabores originais. E Tomás Pereira provara isso mesmo à pequenada. Pelo que daqui se percebia, identificou todos os produtos e de olhos vendados, uns pelo sabor, outros pelo cheiro. E, depois, deu espaço à curiosidade dos miúdos: O que é a cozinha molecular? Perguntava um; Que líquido é este que está dentro desta garrafa de metal? Perguntava outro.

 

E o chef lá ia satisfazendo a curiosidade como podia. Cá fora entre uma espreitadela e uma dica do parceiro do lado, todos iam percebendo as respostas. E, para todos, essa coisa da Cozinha Molecular era uma verdadeira novidade. Na verdade essa pequeníssima partícula que dá nome a uma forma de cozinhar, transformando a cozinha em laboratório, que olha a panela como um tubo de ensaio e distingue no arroz, a água das proteínas, estas dos lípidos e aquelas dos hidratos de carbono, deixou a rapaziada curiosa pela refeição que se seguia.

 

Entretanto, na cozinha o tacho de ferro, pejado de hidrocarbonatos, proteínas e sais minerais, lá ia moldando sabores numa tarefa que lembra a dos velhos druidas, neste caso alterando porções e não poções, que também as há, e manipulando sabores, cores, texturas e odores que baralham os comensais menos avisados. Tudo isto, que parece obra de alquimista, é afinal tarefa destes cozinheiros que se debruçam e entregam às transformações químicas com um único propósito, proporcionar um repasto agradável a este público, nada fácil por sinal, pouco dados a arrojadas experiências das papilas gustativas.

 

Mas, a grande dúvida, a mãe de todas as dúvidas, continuava por desvendar: Que fumaça era aquela que contaminou de curiosidade toda a escola?

 

Tomás Pereira lá foi explicando que, neste caso, mais do que uma experiência química era uma experiência física. Na verdade, o leite-creme era transformado num gelado bem gostoso pela ação de um líquido vertido de uma grande garrafa de metal, sob um inofensivo leite-creme. O azoto líquido que caía da tal garrafa metálica, à temperatura de 150 a 160 graus negativos, transformava rapidamente o leite-creme em gelado. E Tomás explicava: “O azoto transforma o líquido em sólido num abrir e fechar de olhos e a rapidez com que o leite-creme passa do seu estado líquido ao estado sólido é tão rápida que não chega a formar os cristais de gelo, o que para um bom gelado, cremoso é fundamental”, explicaria o chef.

 

Ok, estavam finalmente desvendados os segredos da fumaça e da garrafa de metal que tanto intrigara a pequenada. H.C.

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