No Dia Internacional da Língua Materna, o Acordo Ortográfico esteve em debate na Biblioteca Municipal de Cascais | Casa da Horta da Quinta de Santa Clara, num encontro que colocou frente a frente José Rodrigues dos Santos, Francisco José Viegas e Nuno Pacheco, com moderação de Carlos Carreiras, presidente da autarquia.
Neste debate houve lugar a todas as opiniões, sendo que as vozes discordantes contra o Acordo Ortográfico foram as que mais ecoaram. Nuno Pacheco, contra o Acordo Ortográfico e subdiretor do único jornal nacional que não o adoptou, esgrimiu argumentos com José Rodrigues dos Santos, jornalista da RTP e escritor com milhões de livros vendidos, e defensor de uma unificação da lingua portuguesa e com Francisco José Viegas, ex-secretário de Estado da Cultura e escritor, que acredita que o AO nunca será aplicado sem alterações de fundo.
Moderado por Carlos Carreiras, presidente da autarquia, a cerca de um ano da entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, o debate entre defensores e opositores das novas regras reacendeu a discussão pacifica, no dia em que se assinala o dia internacional da Língua Materna.
Sexta língua mais usada na internet, o português é também, segundo um estudo recente da revisa internacional “Monocle”, uma das línguas mais importantes no mundo da política e dos negócios e que é falada por cerca de 250 milhões de pessoas em todo o mundo.
O Acordo Ortográfico de 1990 foi ratificado por Portugal em 2008, prevendo-se uma moratória de seis anos para a sua entrada plena em vigor. Entrou em vigor nas escolas no início do ano letivo 2011/2012 e deverá entrar em vigor oficialmente a 15 de março de 2015.