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Bairro une-se para recolher bens alimentares

Associação de Moradores do Parque de S. Domingos (AMU) faz recolha porta-a-porta
Não há como uma grave crise para unir pessoas em torno de uma causa. Esta crise foi causada pela pandemia de Covid-19 e, em Cascais, foi tempo de arregaçar as mangas e deitar mão aos desafios que os mais resilentes e ativos lançam à comunidade. Desta vez, a iniciativa partiu da Associação de Moradores do Parque de S. Domingos (AMU)- recolher bens alimentares porta-a-porta para depois distribuir pelos que mais sofrem com a crise social e económica que se abateu um pouco por todo o lado. 
 
Em duas recolhas - que são sempre na última quinta-feira de cada mês - fizeram 3,5 toneladas de todo o tipo de bens alimentares. Nesta terceira vez que batem à porta dos vizinhos para recolherem o que cada um pode dar, querem atingir as cinco toneladas. Mas, a boa vontade pode ser contagiosa e, rapidamente, as ruas dos bairros vizinhos quiseram juntar-se à iniciativa. Desta vez foRAM os bairros da Aguilha e Guilhermina Sugia que responderam ao apelo. Onde também não faltaram os Bombeiros Voluntários de Carcavelos e de S. Domingos de Rana. 
 
"O que é de louvar nesta iniciativa é que podemos percorrer as ruas do nosso bairro, os mais velhos, crianças e jovens descem à rua e colocam os seus sacos dentro da nossa carrinha", afirmou Zeca Duarte, vice-presidente da AMU e um dos maiores entusiastas da ideia. 
 
Mas esta ação solidária vai mais além e abrange também os animais de estimação cujos tutores se encontrem em dificuldade económica. Foi para garantir que "em Cascais ninguém é deixado para trás", sejam pessoas ou animais, que surgiu uma outra iniciativa no seio da AMU: O Banco Alimentar para Animais (BAPA). O objetivo, como o seu próprio nome indica, é conseguir ração para os amigos de quatro patas, evitando, assim, o abandono por parte de quem já não tem condições financeiras para lhes proporcionar alimentação. 
 
Teresa Gomes, uma das promotoras do BAPA deixa um apelo a todos: " Contribua doando ração para os pontos que brevemente irão ser anunciados, onde poderá deixar o seu donativo ou entregando diretamente na sede da AMU. Diga não ao abandono de animais de estimação". 
 
Felizmente, há sempre quem ouça estes apelos a causas justas e esta quinta-feira, 24 de setembro, foram entregues ao BAPA 200 kg de ração por uma conhecida marca de alimentos para animais. É desta colaboração entre entidades, empresas e cidadãos que se tece a rede que não deixa ninguém cair por mais funda que seja a crise a enfrentar. Em Cascais TODOS POR TODOS. Um lema cada vez mais na voz de cada um dos cascalenses.  
 

Jornadas Europeias do Património | 25, 26 e 27 de setembro

Em destaque o tema Património e Educação.

Cascais junta-se mais uma vez às Jornadas Europeias do Património que este ano, em virtude da pandemia, tem um programa com iniciativas exclusivamente online.

O tema proposto este ano explora as relações entre Património e Educação, no sentido de sensibilizar para o papel do património na educação e para o papel da educação no património, para a riqueza e para a complexidade desta relação – na literatura, nas artes, nos monumentos, na dança, no teatro, na paisagem, nos jogos, nos museus, na fotografia, nos sítios arqueológicos ou na música, entre muitos outros.

INICIATIVAS NO ÂMBITO DAS JORNADAS:

Carta Arqueológica Subaquática de Cascais: (ver vídeo abaixo)

A Câmara Municipal de Cascais, através do Projeto da Carta Arqueológica Subaquática de Cascais, foi a primeira, em Portugal Continental, a desenvolver um programa de gestão e de valorização do Património Cultural Subaquático do litoral com vista ao conhecimento e à fruição deste importantíssimo património. A evolução das necessidades logísticas, dos meios técnicos e a crescente aposta na multidisciplinaridade, constituem um dos maiores desafios da moderna arqueologia subaquática. Neste contexto o município adquiriu uma embarcação de forma a dar apoio ao projeto. Trata-se de uma embarcação semirrígida Zodiac Pro 6.5 com um motor Yamaha de 150cv e que irá permitir, à equipa, cobrir todo o concelho.

Exposição Virtual “Cascais: Memórias de Pedra e Cal (1364-2014)”:

Percorra virtualmente a exposição Cascais: Memórias de Pedra e Cal (1364-2014), que esteve patente ao público no Centro Cultural, em 2015, por ocasião das Comemorações do 650.º Aniversário da Vila de Cascais. Apresenta documentos e peças inéditas para a compreensão do nosso passado coletivo e assume-se também como roteiro da arquitetura concelhia, que importa divulgar em nome da preservação do património (i)material do município de Cascais.

Recursos Educativos sobre História e Património de Cascais disponíveis online:

A valorização do património histórico e cultural e a sua correspondência e associação à história e cultura locais são referenciados em vários pontos dos currículos nacionais e nos objetivos e metas de aprendizagem dos vários ciclos de ensino. Numa perspetiva dinâmica e num processo de construção que se pretende partilhado, participado e permanentemente atualizável, a Câmara Municipal de Cascais tem vindo a preparar um conjunto de materiais de apoio ao estudo da História e Património de Cascais.

Todos estes conteúdos e recursos sobre História e Património de Cascais estão disponibilizados em suporte digital através do site da Câmara Municipal de Cascais 

 Distribuição de livros sobre arqueologia nas Universidades do país:

Num ano em que as Jornadas Europeias do Património têm por mote a relação entre Educação e Património, a Livraria Municipal de Cascais oferece a todos os alunos das licenciaturas, mestrados e doutoramentos em Arqueologia das universidades de norte a sul do país uma coleção de livros especializados sobre esta temática em que Cascais é protagonista. A entrega já começou!

Lista dos livros oferecidos:

- A Utilização Pré-Histórica da Gruta de Porto Covo;

- As ocupações pré-históricas das Furnas do Poço Velho (Cascais);

- Transformação e mudança no centro e sul de Portugal: O 4º e o 3º milénio a.n.e. e  Atas do Colóquio Internacional;

- Cascais há 5000 anos.

Saiba mais sobre  a Carta Arqueológica de Cascais no vídeo abaixo

 

A contribuição dos Jovens contra a pandemia é crucial

Sublinhou Carlos Carreiras no Conselho Municipal para os Assuntos da Juventude
Agradecer o apoio que o associativismo jovem tem prestado em parceira com a Câmara às populações do concelho, no combate à pandemia, perspetivar ações para o futuro e ouvir críticas e sugestões. Foi com esta a síntese que Carlos Carreiras fez questão de sublinhar a sua presença na primeira reunião presencial, após COVID-19, do Conselho Municipal para Assuntos de Juventude, que decorreu ontem no Auditório Maria José Barroso, na Casa das Histórias Paula Rego.
 
“Vamos ter de continuar a estar ativos por um longo tempo, com paciência, com resiliência para podermos ultrapassar esta crise”, salientou.
 
“Em Cascais o movimento associativo jovem que temos é uma rede muito forte que queremos preservar, mas neste contexto que vivemos temos também de reconhecer o seu contributo ao serviço da comunidade”, disse o presidente da Câmara.
 
Logo no início do combate à pandemia, Cascais procurou o envolvimento e a participação das populações através do seu movimento associativo, seja de moradores seja de organizações desportivas, culturais ou lúdicas, seja por entidades ligadas à Igreja Católica e outras, ou por ações mais individualizadas e espontâneas. Nesta participação e envolvimento o contributo do movimento associativo dos jovens foi determinante e como resultante deste trabalho, em conjunto com a Câmara Municipal, há muita experiencia acumulada, como há lições a tirar para todas as ações futuras.
 
A maior proximidade com as populações são uma mais-valia do movimento associativo dos jovens, que em conjunto com todo o movimento associativo do concelho, assumiram um papel determinante nas diversas frentes do combate à pandemia
 
Defensor da democracia participativa, mas, também da democracia colaborativa, Carlos Carreiras fez notar que “sem a colaboração do movimento associativo jovem, não teríamos concretizado muitas das múltiplas ações que estivemos na vanguarda contra este inimigo cobarde que nos atacou”.
 
Os jovens disseram presente nos postos de informação e na colaboração com os vários programas do município, como, por exemplo, das caixas solidárias, na prestação de auxilio e distribuição de ajuda alimentar aos setores mais fragilizados do concelho no apoio e informação sobre os testes, no suporte à vigilância e esclarecimento às medidas sanitárias nas praias e nos parques, na distribuição de máscaras nos  terminais dos meios de transporte e muitas outras que foram o rosto de uma estratégia em diferentes frentes com que Cascais esteve e continua empenhado no combate à pandemia.
 
Frederico Nunes, vereador com o pelouro da Juventude quis fazer menção na reunião do Conselho Municipal à presença de muitas associações que abordaram como será o regresso às atividades, “por isso estamos todos juntos, aqui a trabalhar por Cascais”, concluiu.
 

Construção da Sede da Associação de Moradores de Matarraque, Madorna e Penedo

Designação de projeto | Construção da Sede da Associação de Moradores de Matarraque, Madorna e Penedo
Objetivo principal | Construção de espaço de sede da Associação
Região de intervenção | Praceta Raúl Proença, Penedo, Freguesia de S. Domingos de Rana
Entidade beneficiária | Câmara Municipal de Cascais
Data de início | 10/2020
Data de conclusão | 01/2021
Estado atual | Em desenvolvimento
 
Resumo:
A Construção da Sede da Associação de Moradores de Matarraque, Madorna e Penedo é uma obra que visa dotar esta Associação de infraestruturas que lhe permitam desenvolver a sua atividade, implantando projetos de várias naturezas para os residentes da área.
 
Esta intervenção surge do objetivo de melhorar a qualidade de vida da população, com foco na proximidade da comunidade, desde crianças e jovens a pessoas idosas, bem como de um amplo projeto de requalificação dos Bairros do Concelho. Projeto este que pretende aproximar a Câmara Municipal de Cascais dos seus moradores.
 
Esta construção, que irá proporcionar uma acentuada melhoria das condições disponíveis, não prevê qualquer tipo de constrangimentos.
 

Cascais dá cartas na arqueologia Subaquática

Leito marinho da Cascais é um "museu vivo. Temos uma riqueza brutal”, diz o arqueólogo António Fialho.

Cascais foi a primeira autarquia em Portugal Continental a desenvolver um programa de gestão e de valorização do Património Cultural Subaquático do litoral, com vista ao conhecimento e à fruição deste seu importantíssimo património.

António Fialho não tem dúvidas ao afirmar que, Cascais, neste aspeto, tem pergaminhos, porque foi o município pioneiro na salvaguarda do património histórico-cultural e continua esse trabalho.

O município acaba de adquirir uma embarcação semirrígida que permite à equipa responsável pelo Projeto da Carta Arqueológica de Cascais a possibilidade de realizar o trabalho de trazer à luz do dia uma parte considerável da história do concelho submersa na sua paisagem cultural marítima.

Segundo o arqueólogo, António Fialho, a Carta Arqueológica Subaquática de Cascais, é essencialmente um projeto de inventariação de achados arqueológicos, mas no caso de Cascais é “muito mais abrangente”, porque está subjacente a um conceito que é o da paisagem cultural marítima. “Nesse aspeto, o nosso projeto é extremamente inovador e muito relevante culturalmente”, afirma.

“Não é arqueologia pura e dura, mas sim uma simbiose de história, estruturas sociais e de sistemas ecológicos”, considera, sublinhando: “Há uma forma de se conseguir ver como Cascais evoluiu socialmente. Cascais tem uma maneira de estar própria, como todas as cidades piscatórias do país. Nós temos a nossa que foi formada e condicionada em função das rotas de navegação que por aqui passavam e da história trágica dos naufrágios.” Toda a evolução de Cascais, das suas gentes, a sua religiosidade, o património da orla marítima, tem tudo a ver com esta realidade”.

Leito marinho é museu vivo

O leito marítimo do litoral do concelho de Cascais esconde riquezas históricas e culturais incalculáveis, como explica o arqueólogo: “As vezes penso que as pessoas que estão nas praias nem fazem ideia da riqueza histórica que está ali por baixo. É um museu vivo autêntico. Temos uma riqueza brutal”, diz, sublinhando.

De acordo com António Fialho, está-se a falar de um sítio em que as grandes rotas passavam e paravam em Cascais antes de seguir para   Lisboa. Nós somos a porta de entrada no trajeto para Lisboa.

Questionado sobre se haverá dezenas de barcos naufragados no litoral de Cascais, António Fialho, responde com absoluta segurança:Centenas, centenas…de barcos naufragados. A zona da entrada da barra, em Carcavelos, é dos sítios do mundo com maior número de naufrágios”.

Para o arqueólogo, o que se encontra, não é um navio inteiro, mas sim os vestígios. “Temos de construir um puzzle que nos poderá dar a informações relevantes. Poderemos não saber o nome do navio, nas podemos saber como se afundou, e há uma série de artefactos que nos dizem a época, o que é extremamente importante. E é assim que se vai fazendo a história”, explica.

A grande descoberta

A identificação de uma nau da Carreira das Índias foi um dos momentos mais altos do trabalho já realizado por esta pequena, mas dedicada equipa de arqueólogos.

“Até agora nunca se encontrou uma nau deste nível. Apanhámos um ano fantástico de desassoreamento que deixou uma boa parte à vista”, diz com um brilho nos olhos.

“Todos os vestígios que ali encontrámos remetem-nos para uma nau da Índia: os canhões, a estrutura do casco, a pimenta e outros elementos. Falta agora investir na investigação, mas temos de ter as condições para isso. Estamos a falar de um sítio muito complicado em que conseguimos mergulhar apenas meia hora por dia, por causa das características do local”.

Recordando que o projeto da Câmara de Cascais conta com a colaboração e a parceria de outras instituições, nomeadamente a Escola Naval e o Cham - Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa, prevê que agora, “com o aumento da nossa capacidade logística, nomeadamente a aquisição de uma nova embarcação, possamos fazer mais e melhor”. Sérgio Soares

 

Cascais adquire embarcação para reforçar arqueologia subaquática

Cascais foi a primeira autarquia, em Portugal Continental, a desenvolver um programa de gestão e de valorização do Património Cultural Subaquático do litoral.

A Câmara Municipal de Cascais adquiriu uma embarcação para dar maior apoio ao projeto de valorização do Património Cultural Subaquático do litoral do concelho.

Através do Projeto da Carta Arqueológica Subaquática, Cascais foi a primeira autarquia, em Portugal Continental, a desenvolver um programa de gestão e de valorização do Património Cultural Subaquático do litoral, com vista ao conhecimento e à fruição deste património.

Face à evolução das necessidades logísticas, dos meios técnicos e à crescente aposta na multidisciplinaridade, que constituem novos desafios da moderna arqueologia subaquática, a Câmara de Cascais decidiu adquiriu uma embarcação para reforçar o seu apoio a este projeto.

Trata-se de uma embarcação semirrígida, tipo Zodiac Pro 6.5, com um motor Yamaha de 150 CV, com o nome Calíope II, que irá permitir à equipa de arqueologia subaquática cobrir todo o litoral do concelho.

A autarquia, a convite do Diretor-Geral do Património Cultural, vai, uma vez mais, participar nas Jornadas Europeias do Património, dedicadas ao tema Património e Educação. Pretende-se com este tema sensibilizar para o papel do património na educação e para a riqueza e complexidade desta relação – na literatura, nas artes, nos monumentos, na dança, no teatro, na paisagem, nos jogos, nos museus, na fotografia, nos sítios arqueológicos ou na música, entre muitos outros. S.R.S.

 

 

 

 

Escolas estão na linha da frente

Carlos Carreiras elogia Ministério da Educação.

“A planificação do Ministério da Educação (ME) à abertura do ano letivo, em tempos de pandemia foi muito positiva”. Foi desta forma que Carlos Carreiras, na reunião da Câmara de Cascais que se realizou hoje, iniciou o seu primeiro balanço sobre a abertura do novo ano escolar no concelho.

Ciente das situações de risco que a abertura das aulas presenciais representam, o autarca fez questão de salientar que, neste momento, os professores e os profissionais não docentes são os que estão na Linha da Frente na prevenção, no combate e em situação de maior risco, face à pandemia, tal como desde o início desta situação estiveram e ainda estão os profissionais de saúde e de segurança. A serenidade, o sentido de responsabilidade e de dever cívico dos coletivos escolares foi ressaltado por Carlos Carreiras não esquecendo igualmente os jovens.
 
O resultado desta análise foi feito no seguimento de várias reuniões que o presidente da Câmara e vários vereadores têm efetuado a vários estabelecimentos escolares e no seguimento de um vasto conjunto de reuniões preparatórias que antecederam o início das aulas.
 
“Há problemas ainda por resolver e outros irão surgir”, salientou o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras “e não há ninguém, nem nenhuma forma de garantir a segurança absoluta”. O autarca aproveitou ainda para apelar à “serenidade dos responsáveis políticos para que não promovam situações de alarmismo manipulando os sentimentos de ansiedade, normais, de pais e encarregados de educação”.
 
Duas questões a que a Câmara está especialmente atenta; a necessidade de ajustamento de horários dos transportes coletivos e o uso de máscaras. Na primeira destas questões, o presidente da Câmara referiu que o município e, principalmente, os munícipes aguardam para breve o visto do Tribunal de Contas, para que possa dar seguimento à concretização do contrato resultante do concurso público internacional, para que no cumprimento do proposto do vencedor do concurso, a oferta de autocarros no concelho de Cascais possa duplicar, conforme está previsto.
 
No que concerne às máscaras, foi salientado que o ME colocou à disposição dos agrupamentos e direções de escolas meios para aquisição de máscaras reutilizáveis, para professores e alunos.
No entanto, a Câmara assumiu que, caso haja necessidade por parte dos estabelecimentos escolares e a pedido destes, a autarquia tem capacidade para o fornecimento desse material de proteção.
 
Foram também abordadas na reunião de Câmara, o fornecimento de refeições escolares em que a autarquia na base de um acordo estabelecido com uma IPSS está a fornecer às escolas tendo sido salientado, fruto dos contatos e visitas a cada estabelecimento que a melhoria da qualidade é reconhecida pela generalidade dos utilizadores.
 

Cascais diz presente à cimeira das cidades inteligentes

Cidades inteligentes: “a partilha é a alma do negócio”, Miguel Pinto Luz

Num modelo mais retraído em presenças físicas, mas igualmente alargado em termos de ideias e projetos “inteligentes”, a cimeira que anualmente apresenta as ferramentas mais inovadoras que ajudam a melhor gerir o território está de regresso. Cascais, presença habitual desde a primeira hora, disse presente e, até dia 24, oferece no Centro de Congressos de Lisboa toda a informação sobre as soluções de mobilidade que mudaram a vida a quem reside no concelho.

“Desde a primeira hora estivemos sempre presentes nesta cimeira. Somos um município liderante nesta área e temos de dizer presente sempre”, justificou Miguel Pinto Luz, vice-presidente da CM Cascais, que participou no debate inaugural dedicado ao tema “Autarquias, Empresas e Cidadãos”. “Temos muito para aprender e para partilhar e nesta área a partilha é a alma do negócio”, explicou o autarca, confirmando: “aqui partilhamos boas práticas e com isso conseguimos servir melhor os nossos concidadãos”.

Várias foram as soluções inovadoras de base tecnológicas apresentadas pelos municípios de Viseu, Seixal e Lisboa. Este último partilhou recentes apostas na sensorização de contentores, para aferir a atividade da cidade, ou no estabelecimento de protocolos com empresas nas áreas de telecomunicações para perceber como se movimentam as pessoas, ou ainda com a SSIBS (serviços interbancários) para, através do volume de transações, tomar decisões estratégicas de apoio ao comércio em determinadas zonas.

Cascais tem vindo igualmente a apostar em soluções semelhantes e noutras como a MobiCascais que veio “revolucionar” a mobilidade no concelho através de uma plataforma digital. Mas não se pense que a tecnologia é o único caminho para demonstrar a “inteligência” de uma cidade. “Uma cidade inteligente é uma cidade inclusiva capaz de resolver de eficientemente os problemas dos nossos concidadãos”, explica Miguel Pinto Luz. Para o fazer “não tem que necessariamente recorrer à tecnologia pode recorrer à sabedoria tradicional e muitas vezes o fazemos na gestão da nossa floresta e do nosso litoral. A tecnologia ajuda, mas não tem de ser a única via”.

O trabalho em rede e a partilha de conhecimentos dominou a manhã, marcada também pela intervenção de João Matos Fernandes, Ministro do Ambiente e da Ação Climática, que abriu a Cimeira expondo a sua preocupação quanto às metas impostas pela União Europeia para 2050 - reduzir em 85% as emissões de gases para a atmosfera até 2050.

O governante confessou perante os presentes que, se no setor electroprodutor estas metas não obrigam a grandes transformações, “quando falamos da indústria, da mobilidade, do setor produtivo, em que o desafio é o mesmo do setor eletroprodutor esse objetivo não é possível se não tivermos as autarquias e empresas um parceiro absolutamente fundamental”, referiu.

Lembrando que é preciso “ser capaz de acompanhar a vontade que a sociedade civil já demonstrou”, Matos Fernandes reiterou: “investir na sustentabilidade, na descarbonização, na reutilização de recursos é criar bem-estar para todos”, sendo preciso “garantir que a sustentabilidade é o grande fator de criação de riqueza no nosso país é a grande aposta do país para os próximos anos”.

Link para transmissão da manhã de dia 22.09: https://youtu.be/YxLuLJ7lN4A

O Portugal Smart Cities 2020 é um evento híbrido que decorre até 24 de setembro no Centro de Congressos de Lisboa e simultaneamente na plataforma digital em https://portugalsmartcities.fil.pt/preliminar2020/. A visita e permanência no espaço físico cumpre todas as regras da DGS e encontra-se por isso limitado a um número máximo de visitantes, sendo o acesso atribuído por ordem de inscrição. A participação é gratuita mediante inscrição.

 

Circuito do Estoril recebe provas internacionais

12 Horas do Mundial de Resistência e SuperBikes

Começa já no próximo fim-de-semana. A adrenalina do desporto motorizado vai-se fazer sentir e ouvir no Autódromo do Estoril, relembrando velhos tempos. Pela terceira vez na sua história o mundial de resistência será o cenário decisivo para um campeonato que realizará aqui uma prova com 12 horas de duração.

Esta será a segunda vez que se realiza uma prova com 12 Horas em solo luso - a primeira foi em 2016 no Algarve - e a mais longa de sempre no Estoril pois em 1987.

O programa oficial da prova começará no dia 23 de Setembro com a realização dos primeiros treinos privados, seguindo-se nos dias 24 e 25 as sessões de treinos livres, cronometrados e qualificação, o mesmo se passando com o 'warm-up'.

A corrida será realizada no dia 26 de Setembro com arranque marcado para as 08h30 da manhã depois de um segundo 'warm-up'. Às 20h30 será dada a bandeira de xadrez para o final de corrida e do campeonato que terá o seu pódio final no Circuito do Estoril.

Com uma vasta cobertura mediática a prova terá transmissão televisiva no canal Eurosport chegando a mais de meia centena de países para atingir uma audiência a rondar os oito milhões de espectadores de acordo com os números registados no final de Agosto aquando das 24 Horas de Le Mans.

SuperBikes (SBK) 2020 : Campeonato confirmado para acabar no Estoril

O calendário revisto do Campeonato contará com uma segunda prova portuguesa e um regresso bem-vindo do Estoril ao calendário das SBK.

O Circuito do Estoril foi adicionado numa ronda adicional para o Campeonato do Mundo desta modalidade. O Circuito do Estoril vai mesmo acolher as SBK, a fechar o campeonato de 16 a 18 de Outubro.

O evento vai substituir Misano como a ronda final da temporada e será a primeira vez na história das SBK que duas rondas são realizadas em Portugal.

O Estoril já esteve no calendário das SBK no passado, no primeiro ano do Campeonato em 1988 e mais recentemente em 1993. A ronda do Estoril ainda não tem confirmados público e meios externos no local, mas uma decisão será tomada num momento mais adiante, de acordo com os protocolos do momento.
 

Vamos lá falar de um sonho

Uma família com genes de Fernão Mendes Pinto e o roteiro de Fernão de Magalhães.

Imaginem “a bola colorida”, a da criança do António Gedeão a pular no convés exíguo de um veleiro, navegando Mundo fora. Um capitão, pai de quatro miúdos e uma mãe.

“Deixando para trás a côncava funda da casa do fumo…” diria Fausto Bordalo Dias do casal João, Inês e mais dos quatro filhos, a Alice, o Manel, o Francisco e a Teresa. Largaram ferros, desatracaram e viraram a proa a sul, para deslizar por cima das águas. Quem diz que não corre por aí sangue de Fernão Mendes Pinto…

Mas, antes da partida, percorramos as milhas até ao primeiro porto. Antes de ser capitão, é este o título que lhe cabe neste sonho, João era professor de fotografia, até que, um dia, a sua grande angular, sem perder a vocação, focou-se no desígnio: dar a volta ao Mundo, embalado nas ondas de Fernão de Magalhães. Aí está, no mundo, pequeno que seja, há sempre quem pise horizontes como quem arrisca o fora de pé. E não se sente inseguro, sente-se tentado.

Rapidamente o Capitão João Saldanha Pisco, nome de batismo, procurou tripulação que embarcasse com ele nesta aventura. O sonho contagiou Inês, com quem João casou, nomeando-a sua imediata. Uma imediata que tinha o sonho de ser mãe.

Com quatro filhos no mesmo barco alguém se pode queixar de falta de tripulação, seja qual for o sonho? Na verdade, não! Nem há imediato sem tripulação nem tripulação mais coesa do que esta.

Voltemos então ao sonho do Capitão, agora partilhado com toda a tripulação. Falemos um pouco do imediato. Assistente Social de formação, Inês trabalhava na sua empresa de eventos, mas a vocação para outros empreendimentos já se havia manifestado em ações de ajuda humanitária na Amazónia.

Ora, bem se pode dizer que, neste barco, não se foge do medo do desconhecido, mas antes do tédio da vida. E, tudo começaria exatamente por aí. A aventura, chamemos-lhe assim, começou a fazer cada vez mais sentido quando João e Inês deram conta de que as amarras da vida lhes atavam os pés.

"Para viajar basta existir”, pensaram João e Inês, exatamente o que Fernando Pessoa já escrevera. E é também esta vontade de existir que faz o mundo crescer, para além da bola colorida do Rómulo ou Gedeão, como queiram.

Depois, à procura do sonho, João e Inês compraram a sua nau. Na verdade, cada um compra a sua e alguns, muitos até, nascem e morrem sem nunca abandonar a Nau Catrineta. Mas nesta embarcam sonhos e roteiros: o sonho de dar a volta ao Mundo é apenas um deles. E, diga-se, neste caso, a volta ao mundo significa muito mais do que contornar o planeta. É mesmo dar a volta a um mundo que nos inquieta de tanta quietude.

Mas, tal como na caravela quinhentista, o convés transporta outros sonhos. Inês, por exemplo, leva a vontade de despertar preocupações ambientais por onde passe. E propõe-se, por isso, catequizar populações nessa grande obra ambiental. Os quatros jovens tripulantes enchem a cabine da curiosa vontade de saber. E, a maior escola, o Mundo, por certo não os vai defraudar. 

Mas, antes da largada, não foi fácil romper essas amarras. A casa é uma delas. Quantos inscrevem no sonho de vida uma casa e quantos mais, nem a sonham. Aqui, no sonho do João, da Inês, da Alice, do Manel, do Francisco e da Teresa, a casa é o próprio Mundo, com todos os recantos, os mais e os menos acolhedores.

O capitão tem na mente o seu roteiro. Primeiro atravessar o Atlântico a caminho do Pacífico e, a caminho do Panamá, por certo cruzará as águas do grande espadarte que Santiago, o velho pescador de Hemingway, venceu.

Depois, bem-dito, o canal do Panamá que teria evitado que Magalhães arriscasse no Atlântico Sul.

A “Wind Family”, assim batizaram o veleiro, voa nas asas do vento, cruzando o Pacífico até alcançar o Índico, águas que Fernão Mendes Pinto penou, e o estreito de Malaca, que Camões bem conheceu.

Hoje já não à procura do reino de Preste João, o Capitão e toda a sua tripulação, saídos de Cascais Mundo fora, regressarão em breve, mais breve que a vida, dobrarão o cabo Bojador para que as águas do Atlântico os conduzam ao porto de Cascais, com uma riqueza incalculável: um porão carregado de pimenta do conhecimento, mas sobretudo a seda da sabedoria. H.C.

 

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