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O Fado ecou pela Baía de Cascais. E não se fez silêncio








Nas Festas do Mar, hoje foi a noite do Fado. Uma das noites mais esperadas e emblemáticas, que já é uma tradição na Baía de Cascais. Começou com o Fado à janela nos Paços do Concelho com as atuações de Gonçalo Castelbranco e Sara Paixão, acompanhados por Luís Roquette, Cajé Garcia e Diogo Lucena e Quadros.
No palco principal na abertura atuou Silvana Peres, fadista cascalense. E Ana Moura, com a sua voz inconfundível, autenticidade, garra e coração com que interpreta as suas canções. Os dados estavam lançados para uma grande noite de Fado.
ANA MOURA UMA NOITE ESPETACULAR EM CASCAIS E O PÚBLICO EMOCIONADO CANTOU EM UNÍSSONO
“Não é do Povo-É o povo. Não é de Lisboa-É Lisboa. Não é fadista-É o fado”, frase de Miguel Esteves Cardoso escrita em 2001. Uma excelente frase para definir Ana Moura, fadista com o percurso brilhante que todos conhecem e admiram.
Ana Moura começou a cantar numa banda Pop Rock, mas foi num bar em Carcavelos que foi “descoberta” pelo guitarrista António Parreira, ao cantar um fado. Foi ele que a levou para o mundo do Fado. E nunca mais parou. O resto sabe-se: seis discos, mais de um milhão de cópias vendidas.
“Cantar nas Festas do Mar é maravilhoso, o cenário é incrível, único e as pessoas. Hoje foi uma incrível enchente, um mar de gente a perder de vista. As pessoas são muito calorosas, foi um concerto muito bonito” disse Ana Moura, logo após o concerto.
Residente no concelho acrescentou ainda que “cantar em casa é confortável, consigo reconhecer muitas pessoas que me são queridas no público e isso é reconfortante”.
As suas infuências musicais vêm principalmente do seu ambiente familiar, desde David Bowie a Amália, de Nina Simone a Etta James, de Marvin Gaye a Ottis Reding e uma paixão confessa pela “soul music”.
Quando ouvimos a sua voz entoar “Que dizer de Nós”, “Rumo ao Sul”, ou o tema composto por Pedro Abrunhosa “Tens os Olhos de Deus”, percebemos que à semelhança dos acordes da guitarra de Carlos Parede, a voz de Ana Moura não se prende, não se encaixa, liberta-se. Porque Ana Moura não é fado. É desfado.
SILVANA PERES CANTA E DANÇA NA VILA QUE A VIU CRESCER
Cascais já ouviu falar da fadista Silvana Peres numa das sessões de fado à janela em que cantou com Gonçalo Castelbranco. Hoje o público pode ouvi-la a solo no Palco mais perto do Atlântico.
A fadista apresentou em palco o seu primeiro álbum, a solo, “Fado no Pé”. Para ela o Fado “não fala só de coisas tristes, mas também das coisas boas da vida”. É assim que o entende.
“Foi incrível. Tocar à janela e aqui no palco principal são pontos opostos, embora lindissímos. Estou muito emocionada, estou em casa e o regressar a casa é sempre bom. A sensão é de êxtase, com a adrenalina no auge”, disse logo após o concerto.
Este seu trabalho é uma homenagem à Lusofonia. Onde junta a sua referência musical, o Fado, à dança, as suas grandes paixões, dando-lhes um ritmo específico, uma forma específica de se dançar a cada tempo. “Neste concerto dei um ritmo especifíco a cada tema, para as pessoas poderem dançar, é um fado muito dançante. A profundidade do fado continua, mas com a leveza dos ritmos lusófonos” salientou Silvana. AQ
Condutores com mobilidade reduzida com estacionamento mais fácil
Os cidadãos e os visitantes de Cascais com mobilidade reduzida vão poder estacionar de forma mais fácil com uma solução de IoT (Internet of Things) de Gestão de Estacionamento, desenvolvida pela PT Empresas, em conjunto com a Cascais Próxima.
Fruto de uma parceria entre a Cascais Próxima e a PT Empresas, esta solução de Gestão de Estacionamento visa facilitar a procura de estacionamento por parte de cidadãos com mobilidade reduzida.
Com esta nova solução agora implementada em Cascais, os munícipes e visitantes passam a poder localizar, em tempo real e recorrendo à App MobiCascais, os lugares de estacionamento livres que são reservados especificamente para cidadãos com mobilidade reduzida,
A solução foi adaptada de acordo com os requisitos da Cascais Próxima. Neste projeto, a integração da informação dos sensores na plataforma iParque, que alimenta a App MobiCascais, é realizada pela ACIN, parceiro da PT Empresas na solução de Gestão de Estacionamento.
Este projeto reforça a posição vanguardista do município de Cascais na adoção de novas tecnologias que têm posicionado o concelho como “smart city”.
Sobre o Narrow Band-IoT
O NB-IoT - Narrow Band IoT - é uma tecnologia de conectividade, lançada comercialmente em Portugal pela Altice Portugal em novembro de 2018, adequada a soluções IoT em que os equipamentos necessitem de ter uma autonomia de vários anos, sem ligação à energia elétrica. A solução de Gestão de Estacionamento é um exemplo perfeito da utilização do NB-IoT, uma vez que permite que os sensores de estacionamento tenham uma vida útil até 5 anos.
Paulo Gonzo: 40 anos de canções a encher o coração de milhares
















PAULO GONZO: " UMA NOITE ESPETACULAR EM CASCAIS" E O PÚBLICO PEDIU BIS
Chama-se Alberto Paulo, mas “já nem a mãe o chama Alberto”, nem ele se reconhece noutro nome que não seja Paulo Gonzo, “até me esqueço do meu nome”, confessa. Continua a deter o título de “autor do disco que mais vendeu na história da música portuguesa”, com “Jardins Proibidos”. A voz, essa contínua potente e única e, sobretudo intocável, não acusando qualquer sinal de desgaste. Com mais de meio milhão de discos vendidos, Paulo Gonzo é uma referência obrigatória da música Pop produzida em Portugal nas últimas quatro décadas.
Paulo Gonzo subiu ao palco das Festas do Mar com a segurança de quem já anda nestas andanças há algum tempo. Que sabe perfeitamente dar às pessoas aquilo que elas querem. Por isso, a baía encheu, com muita gente à espera de ouvir os clássicos de uma carreira cheia de sucessos.
A prova de que as pessoas seguem a longa carreira de um músico é quando, nos concertos, sabem de cor todas as suas canções, mesmo as mais recentes. E isso aconteceu neste espétaculo, o público acompanhou o músico do princípio ao fim, desde as músicas mais icónicas até às do último álbum "Diz-me Tu" (2017).
É sabido que Paulo Gonzo gosta de duetos, por isso não foi de estranhar que um dos momentos mais aplaudidos do concerto tenha sido o duo com a estreante de 16 anos, Rosinha Lobo Antunes, num emblemático blues " Jealous Kind" de Ray Charles, a mostrar que a voz não tem idade.
"Quero um amor maior que eu, Cascais", cantou Paulo Gonzo e o público não se fez rogado e aceitou o convite de telemóveis em punho e braços a marcar o ritmo da emoção. Mas, Paulo Gonzo continuaria a solicitar a participação dos muitos fans presentes com as músicas seguintes como " Falamos Depois" e principalmente, "Sei-te de Cor". A partir daí o jogo estava ganho e Gonzo foi sempre a subir: O público "preferiu não se calar" e "sabia-as de cor".
"Encontrei aqui um público extraordinário. Cantei músicas que não era suposto cantar mas tomei ali o pulso de milhares de pessoas, gosto de em cima do palco mudar algumas coisas, mas isso faz parte do espetáculo e foi como se estivéssemos em casa.", afirmou o músico logo após o concerto, acrescentando que "o momento alto do concerto foi o público".
Ainda que Paulo Gonzo continue a compor novos temas, o público parece nunca se cansar de ouvir “Jardins Proibidos”, “So Do I” e “Quase Tudo”. Músicas intemporais que fazem parte do nosso imaginário, das quais já nos apropriámos e que contam histórias em que nos revemos, autêntica banda sonora das nossas vidas. É o próprio artista a reconhecer que as suas músicas “estão no melhor e pior das vidas das pessoas”.
ENOQUE - UMA ESTRELA SOUL BRILHOU NA BAÍA DE CASCAIS
Há quem diga que Enoque é a nova estrela Soul da música portuguesa. Não há dúvida que a música do autor de “Na Tua Mão”, é muito marcada pela Soul e pelo R&B e bastante música afroamericana. Stevie Wonder, Marvin Gaye, Michael Jackson e Justin Timberlake são nomes que o músico reconhece lhe inspiraram a batida.
Esta terça-feira, Enoque estreou-se perante o público cascalense, com as músicas em nome próprio. Uma vez que o artista já tinha subido ao palco das Festa do Mar, mas sempre em concertos de outros. Disposto a oferecer “alegria e boa disposição” a quem o viesse ouvir, Enoque cumpriu o prometido e o público retribuiu em força, mostrando que o palco das Festas do Mar tem esse potencial de lançar principiantes em auspiciosas carreiras.
Enoque é possuidor de uma energia contagiante em palco e logo nos primeiros temas " Jura", "Dança" ou "Quando estás aqui" conseguiu pôr toda a gente a dançar. Mas, um dos momentos mais empáticos com o público seria com a música da Áurea " I Feel Love Inside" em que se ouviu um coro de vozes afinadas vindo da audiência.
" Ainda estou aqui a recuperar o folêgo desta noite fantástica em que o pessoal aderiu mesmo muito ao concerto", afirmou Enoque instantes após sair do palco e ainda com as emoções à flor da pele. Um concerto em que Enoque fez juz ao nome do seu primeiro álbum "Na Tua Mão", ao ter, literalmente, o público cascalense "na sua mão".
Madrepaz, a banda que teve a seu cargo a animação do Palco da Cidadela esta tarde, participou no Festival da Canção de 2019 com o tema “O Mundo a Mudar” e “Bonanza” é o seu mais recente álbum, lançado em 2018. Pedro da Rosa e Canina definem a sua música: “somos uma banda daquilo que a chamamos de pop xamânica, que é o resultado das nossas influências e das nossas vivências”. As Festas do Mar continuam, assim, a dar voz a novos e originais projetos musicais, desta vez no Palco B, dias 22, 23 e 25 de agosto, às 18h30.(PL)
Comunicado | Contactos fraudulentos em nome da Associação S. Francisco de Assis - Cascais
Cascais, 20 de agosto 2019
Carregamento online do passe Navegante
A partir de agora já é possível carregar o passe a qualquer hora ou em qualquer local. Com a APP ou site Mobicascais basta ter acesso à Internet.
Pioneiro para os transportes públicos da Área Metropolitana de Lisboa (AML), o carregamento do passe na app é a mais recente funcionalidade MobiCascais, derivada de um esforço de desenvolvimento conjunto MobiCascais e OTLIS. Esta nova funcionalidade está também disponível online e pode significar uma poupança em horas na fila para os seus utilizadores.
Através do computador (www.mobicascais.pt), ou do tablet ou telemóvel (APP MobiCascais) basta o acesso à Internet para usufruir do conforto proporcionado por esta prática solução pioneira disponível para todos os utilizadores dos transportes públicos da Grande Lisboa, residentes, ou não, no concelho de Cascais (os não residentes devem, contudo, validar previamente os títulos na rede MobiCascais).
Associar + produtos
O carregamento do passe na aplicação ou site MobiCascais ou presencialmente num ponto de venda permite ainda associar aos passes Navegante Metropolitano e Navegante Cascais, disponibilizados pela AML no Cartão Lisboa VIVA, os complementos de bike sharing, estacionamento e car sharing, três produtos pioneiros do MobiCascais.
Mais um serviço pioneiro da MobiCascais, um produto da Cascais Próxima.
O pop dançável invadiu a Baía de Cascais


























Comecemos pelo fim. Fernando Daniel já tinha confessado na antevisão do concerto que era também um “entertainer”. De facto, ao longo das 13 músicas do alinhamento, o músico cantou com alma e não se poupou para trazer ao palco de Cascais toda a dedicação e empenho que dedica aos seus espetáculos.
O vencedor do The Voice em 2016, não defraudou as expetativas dos seus fans e brindou-os com os seus maiores hits “Tal como sou”, “Voltas”, “Mágoa”. Em palco, Fernando Daniel, na voz, guitarra e piano foi acompanhado pelo seu habitual quarteto de músicos: Mike Pestana (bateria e programações), Tiago Silva (baixo), Mendonza (teclado) e Ivo Magalhães (guitarra).
Digamos que Fernando Daniel não precisou de "dar muitas voltas" para agarrar a multidão que cantou em unissono uma das músicas que o lançou. "Voltas" foi, assim, um dos momentos mais emblemáticos do músico com o seu público e que justificou plenamente a expetativa de que este seria um dos melhores concertos desta edição das Festas do Mar.
Após a apoteose de "Voltas", seguiu-se uma série de músicas mais introspetivas, como "Entre Nós" e "Tal como sou" que voltaram a levar ao rubro, sobretudo as muitas jovens fãs que cantaram afinadas durante todo o concerto.
"Não consigo ver o fim do público, o que é muito bom", repetia o músico, pedindo mais e mais a colaboração dos fans que não se fizeram rogados e acompanharam o músico a contar as suas "histórias" de amor e desencontro. "Conquistem o vosso lugar", gritava Fernando Daniel para a multidão a perder de vista, enquanto entoavam os acordes pop de "Mágoa". Mas, seria com "Espera" que de novo a magia aconteceu na Baía de Cascais, com toda a gente a entoar "A vida sem ti não tem sabor...".
Já este verão e, igualmente em Cascais, Fernando Daniel viveu um dos momentos mais importantes da sua carreira. Foi durante o EDP Cool Jazz, onde Jessie J - uma das principais artistas internacionais do cartaz deste ano - convidou o músico português a juntar-se-lhe em palco. Esta segunda-feira, desta vez no palco da Baía de Cascais, O músico voltou a viver outra grande noite. Pelo que podemos afirmar que Cascais e o ano de 2019 ficarão gravados, indelevelmente, no coração de Fernando Daniel.
Instantes após abandonar o palco, Fernando Daniel confessou "ter vivido aqui momentos únicos" neste último de seis concertos que deu seguidos, mas que "recarregou baterias" com o "público a cantar do principio ao fim" e que isso é "o que um artista mais pode pedir e mais pode receber".
Sobre o convite aos ÁTOA que prencheram outro dos momentos altos do concerto, Fernando Daniel justifica o convite com o facto de ser uma parceria que vem desde o inicio da sua carreira, tendo composto dois temas em conjunto, nomeadamente o "Voltas" e "Tu" e porque têm em comum o "não sairem de um palco seja onde for sem darem tudo o que têm para dar".
Antes do pop dançável e contagiante de Fernando Daniel e dos ÁTOA, foi Gonçalo Bilé a quem coube aquecer o palco e chamar o público no final de tarde. Enquanto o sol se despedia, pintando de reflexos alaranjados o cenário, na baía soava uma fusão de folk, acústico, blues, roots e pop/rock. O estilo, descontraído de Gonçalo Bilé, cujas músicas descrevem o quotidiano e as preocupações com que os seus muitos fans se identificam.
A quimica de Gonçalo Bilé com o publico foi uma constante, mas foi com "Nunca me deixes", dos Weasel que o concerto descolou para a magia de um fim de tarde inesquecivel, de tal forma que o músico que não conseguiu eleger um só momento alto: " É o concerto inteiro que me vai ficar na memória para sempre", afirmou Gonçalo, instantes após o concerto e para quem "É uma inspiração tocar no palco por onde passaram os maiores nomes da música portuguesa". Quanto ao público cascalense, Bilé foi peremptório: " Senti-me amarrado da cabeça aos pés", respondeu o músico, fazendo um trocadilho com uma das suas músicas mais populares.
Ainda esta segunda-feira, coube a Ana Caldeira, conhecida como Cherry, subir ao palco da Cidadela onde fez soar a sua voz rouca e cativante, para interpretar músicas do seu álbum London Express. Bastou alguns minutos para que Cherry conseguisse conquistar o público, com a sua energia hipnotizante ao cantar "Five Knives” e "What If It Rains?" "Wizzard Tricks" e "I Will Love You". Em estreia, Cherry brindou ainda o público com algumas novidades que vão integrar o seu próximo albúm, a lançar no final deste ano.
Festas do Mar: Histórias para além da Música




















Histórias como a de Carlos Gomes que tem uma roulotte de farturas e que vem às tradicionais festividades há mais de 20 anos. Ou histórias mais recentes como a de Raquel Carvalho e do marido Jorge Bolinhas, ela cascalense e ele alentejano. Um casal com uma profisssão incomum – especialistas em taxidermia de peixes. Há quatro anos presentes nas Festas do Mar, por amor à divulgação e preservação das espécies marinhas, assim como pela necessidade de salvaguardar a importância dos pescadores, das suas tradições e oficio. Para além disso, Raquel faz bonecas de crochet que vende nas Festas do Mar, num tributo à arte de sua avó que era costureira e que a ensinava a fazer naperons nas férias da escola.
Enquanto o icónico palco da Baía de Cascais aguarda, ainda em silêncio, as luzes e os acordes que todas as noites o fazem o centro das atenções, já Carlos Gomes e a sua família se envolvem na azáfama diária, de fornecer a novos e velhos, cascalenses e turistas, as irresistíveis farturas que jamais podem faltar nas festas de rua. É um negócio de família que de geração em geração, tem passado, primeiro pela Festa dos Pescadores e agora, mais recentemente, nas Festas do Mar. Para Carlos Gomes são mais de duas décadas, “quando isto era uma festa pequena e só de pescadores, em que o dia da procissão era o ponto alto das vendas de farturas”. Não como agora que não dá mãos a medir durante os 10 dias que dura a festa: “ Cada vez há mais gente e as farturas não passam de moda”, garante Carlos, para quem as suas são as melhores do sul do país. Sem desvendar muito do segredo familiar, Carlos afirma: “ Tem tudo a ver com a temperatura do óleo” e continua: “ Tem que ser aquela exata temperatura para que a massa não fique encharcada de óleo, nem queimada por fora e crua por dentro. É como uma ciência”. Sobre as diferenças de vender agora ou há 20 anos atrás, Carlos garante: “ Primeiro está sempre a qualidade e depois temos que nos adaptar ao gosto dos mais novos, temos que inovar com os churros e novas coberturas”. Ou não fosse esse o segredo de todos os negócios que perduram no tempo, a sábia mistura entre a tradição e a novidade, sempre com o selo da qualidade.
Já para Raquel e Jorge o “negócio” é outro, ainda que em comum com a família Gomes, tenham a preservação da tradição e dos valores ancestrais. A Taxidermia é um termo grego que significa "dar forma à pele" e o casal fá-lo com peixes da costa cascalense. Uma técnica de preservação da forma da pele, planos e tamanho dos peixes que pode durar centenas de anos como acontece com alguns dos exemplares que podem ver-se no Museu do Mar, em Cascais. São, inclusive, Raquel e Jorge que colaboram com aquele museu na conservação de espécimes tratadas com esta técnica, algumas das quais com mais de 400 anos. Raquel afirma, ainda, que a Taxidermia permite reconstituir as características físicas do animal e, às vezes, simulando seu habitat, o mais fielmente possível. Pelo que são usados como ferramentas para educação ambiental e como material didático.
Para Raquel a Taxidermia está a tornar-se cada vez mais importante: “ Esta é uma forma fantástica de mostrar às gerações futuras espécies que infelizmente já se encontram extintas ou em vias de extinção. Esta é a forma mais próxima que alguma vez estarão de peixes ou animais marinhos que já não existem na Natureza ou que irão deixar de existir num futuro próximo”. Por isso, Raquel sublinha: “ Daí que estes materiais sejam um excelente instrumento didático, dar a conhecer o que existe no fundo do mar e a vida marinha que não está acessível a todos”, acrescentando: “ Preserva melhor quem conhece”. Daí que tanto Raquel como o marido já tenham percorrido as escolas do concelho, dar a mostra aos jovens “os seus peixinhos”.
Hoje vendem sobretudo para colecionadores e museus e trabalham muito com pescadores, cujo ofício “ queremos também contribuir para manter e valorizar”, afirma Raquel.
Se quiser apreciar algumas das espécimes tratadas com esta técnica e que parecem tão reais quanto possível, basta dirigir-se a uma das casinhas de madeira na Praça 5 de Outubro, durante as Festas do Mar, onde Raquel e Jorge estarão disponíveis para dar todas as explicações, com uma simpatia contagiante e a infinita paciência de quem ama o que faz e nunca se cansa de falar sobre isso.
Mas, a arte de Raquel não se limita à conservação de peixes na sua própria pele, são obra sua também as bonecas e pequenos animais de crochet que expõe à entrada do seu quiosque. Como aconteceu com tantas jovens da sua geração, foi com a avó que Raquel aprendeu a arte do crochet: “ fazia naperons para a família toda durante as férias de verão”, numa altura em que não existia a tecnologia para fazer concorrência á arte de trabalhar com as mãos e a imaginação.
Raquel faz questão de só trabalhar com algodão biológico e proveniente do comércio justo, e tem na sustentabilidade a chave de toda a sua arte: “ Quero que as pessoas vejam como dantes se faziam os brinquedos. Era tudo muito sustentável porque não eram usados plásticos, mas materiais reciclados como pedaços de tecido e madeira”, refere a artesã, acrescentando: “ Temos que voltar a esses tempos pela necessidade de preservação do ambiente e pela nossa sobrevivência. Nós precisamos da natureza, mas a Natureza não precisa de nós”. E Raquel concluí: “Estamos todos ligados, a Natureza, os pescadores e o seu ofício, as mulheres que plantam e apanham o algodão… estamos todos ligados e o que fazemos afeta todos e cada um de nós”. ( PL)
Público delira com concerto de Anselmo Ralph











“Tocar neste palco é fantástico, temos uma vista inspiradora, mesmo em cima do mar. O público é fantástico”. Para Anselmo foi muito importante voltar ao palco das Festas do Mar: “estava com boas expetativas e o público não defraudou em nenhuma parte do concerto”.
“Quando subimos ao palco não há nada mais compensador do que ter o público a cantar as músicas connosco, é uma sensação inexplicável” acrescentou o artista angolano.
Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, quis deixar um agradecimento a Anselmo Ralph.
“Há cinco anos tivemos nas Festas do Mar um pequeno problema, e o Anselmo não merecia esse problema. Era importante voltar a traze-lo à Baía” realçou o autarca.
Anselmo voltou a atuar na Baía: “e foi recebido da forma como todos aqueles que aqui estiveram puderam assistir, foi um grande espetáculo”, disse o presidente da Câmara de Cascais, que deixou um convite a todos os cascalenses e não só para virem assistir às Festas do Mar, no palco mais próximo do Atlântico.
Anselmo Ralph esteve também no ano passado no palco do grande festival de verão da Vila a convite da Sinfónica de Cascais, que prestou homenagem à Lusofonia e, nesse sentido, caracteriza o público de Cascais como “bastante versátil e acolhedor, que vem não só para assistir, mas também para fazer parte da festa”, que, afirma estar garantida: “ divertem-se bastante, cantam, dançam há sempre uma grande interação entre o público e o artista.
O artista angolano mantém-se como um dos maiores ícones do R&B, Soul e Pop de Portugal
A primeira parte desta noite coube a dois jovens cascalenses “Os ‘Her Name Was Fire’ João Campos, na guitarra, baixo e voz, e o Tiago Lopes, na bateria e voz também. São dois amigos de Cascais que gostam de Rock e é isso mesmo que fazem, são um duo de Rock”. Consideram-se “um projeto algo diferente” precisamente por integrar apenas dois membros, mas confiam naqueles que dizem que “não sentem a falta de mais ninguém em cima do palco”, durante os seus concertos.
“A sensação de estar deste lado do palco foi espetacular. O público foi maravilhoso. E depois de tantos anos a ver as Festas do Mar no local do público, finalmente fazer parte desta festa em cima do palco foi muito especial para nós e divertimo-nos muito. É um sonho agora concretizado”, confessaram. AQ
Procissão a Nossa Senhora dos Navegantes 2019










Jorge Palma e Sérgio Godinho juntos a emocionar gerações em Cascais













No projeto “Juntos” os dois músicos pegaram em quatro décadas de canções, aliando uma cumpliciade, amizade e empatia visível em palco, emocionando as várias gerações presentes na Baía de Cascais.
“Cantar nas Festas do Mar superou as expetativas, calculamos que iria estar muita gente, mas o público desde o início que começou logo a participar, foi muito bom” disse Jorge Palma no final do concerto.
Para Sérgio Godinho, a Baía de Cascais é uma sala : “chamo-lhe uma sala, pois é como se estivessemos numa sala, o público está perto, sentia-se que estavam lá para nos ver e ouvir, e isso também puxa por nós naturalmente. Há uma vibração muito forte”.
Quanto ao projeto “ Juntos” é para continuar e tem resultado muito bem, apesar de terem os seus percursos individuais, acrescentaram os cantores. “ Somos fãs da música um do outro, o que é engraçado que muitas vezes começo eu a cantar as músicas do Jorge e ele as minhas, é assim mais uma partilha suplementar”.
No palco das Festas do Mar em Cascais assistiu-se à celebração desta aventura que celebra 40 anos de amizade e o património comum destes dois nomes incontornáveis da música portuguesa.
Canções como “Bairro do Amor”, “Frágil”, “Deixa-me Rir”, “Portugal, Portugal” todas de Jorge Palma e “Maré Alta”, “Lisboa que Amanhece”, “Com um Brilhozinho nos Olhos” e “O Primeiro Dia”, de Sérgio Godinho que fazem já parte do cancioneiro nacional, ouviram-se em uníssino na Baia de Cascais.
A Baía viveu uma energia e emoção muito próprias, com a cumplicidade e um diálogo permanente feito de canções que são o “cimento que une esta amizade” entre os dois músicos e que tocou na memória de várias gerações que assistiam ao concerto.
A primeira parte desta noite esteve a cargo da Banda Basset Hounds, uma banda que navega em viagens sónicas do rock'n'roll ao shoegaze um estilo rock que surgiu no Reino Unido no final dos anos 80. Com dois álbuns editados a Banda esteve em estreia absoluta no palco das Festas do Mar.
“Foi maravilhoso, apanhamos um excelente sunset, foi um público muito bom. Foi o palco mais bonito que já tocamos e antes de quem cantámos, Jorge Palma e Sérgio Godinho, foi uma honra para nós, disseram unanimemente os membros da banda Basset Hounds, no final do concerto no palco das Festas do Mar.
Um dos membros da Banda trazia na mão um copo reutilizável, utilizados pela primeira vez nas Festas do Mar este ano. Um dos músicos defendeu esta iniciativa: “ é uma excelente iniciativa a manter, contra os plásticos, contra tudo o que polui o ambiente que devemos manter todos os dias”.
Quanto a projetos para o futuro os Basset Hounds estão a preparar um novo álbum para o início do próximo ano. Na despedida ficou a vontade de voltarem a atuar no palco das Festas do Mar. AQ
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