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Millennium Estoril Open até 2021

Millennium BCP, 3Love e Câmara Municipal de Cascais renovam pareceria para torneio Millennium Estoril Open até 2021.

Naming Sponsor da etapa portuguesa do circuito ATP renova por dois anos o acordo de patrocínio com o evento que ajudou a colocar de pé em 2015. Líderes do Millennium BCP, da Câmara de Cascais e do Millennium Estoril Open assinaram novo acordo no Clube de Ténis do Estoril.

O Millennium BCP e a 3 Love – entidade organizadora do evento - chegaram a acordo para prolongar o naming sponsorship do Millennium bcp ao torneio que, desde 2015, ostenta o nome do banco privado português na sua própria designação – o Millennium Estoril Open. Com este acordo, o Millennium bcp garante a permanência no projeto que ajudou a colocar de pé em 2015.

O acordo é válido para as edições de 2020 e de 2021 do Millennium Estoril Open que, à semelhança dos anos anteriores, decorrerá no Clube de Ténis do Estoril, entre o final de abril e o início de maio.

A assinatura do acordo decorreu esta segunda-feira (09.09.2019) no Clube de Ténis do Estoril e contou com a presença do Presidente da Comissão Executiva do Millennium bcp, Miguel Maya, com os sócios do Millennium Estoril Open, Benno van Veggel e João Stilwell Zilhão, assim como do Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, saindo assim reforçados os laços de cooperação entre as três entidades que, em 2015, evitaram que Portugal perdesse o único torneio português do circuito ATP.

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IIIª Sessão Pública e de Participação “O Parque é Nosso” | Zambujeiro

A terceira sessão pública e de participação sobre o futuro do Parque Natural Sintra-Cascais (PNSC) decorreu esta segunda-feira, 9 de setembro, no Grupo Desportivo do Zambujeiro.

Cerca de 40 moradores e proprietários de terrenos no PNSC compareceram nesta última sessão que, tal como as anteriores, teve por objetivo a partilha da visão e estratégia que a autarquia tem para o futuro do parque. Além da apresentação do Plano de Paisagem a sessão contou ainda com um momento de esclarecimento de dúvidas e preocupações dos moradores e proprietários de terrenos situados no PNSC, questões estas respondidas pela vereadora com o pelouro do ambiente, Joana Balsemão e pelos técnicos da Cascais Ambiente. Os participantes tiveram ainda a oportunidade de apresentar as suas ideias e sugestões para a constituição da ZIF - Zona de Intervenção Florestal, associação através da qual a autarquia pretende realizar a gestão conjunta do Parque.

Saiba mais: Constituição de uma ZIF | I.ª Sessão | II.ª Sessão

 

 

O que tem o novo livro de Olivier Rolin que ver com Cascais?

O que tem o novo livro de Olivier Rolin que ver com Cascais? As Residências Internacionais de Escrita Fundação D. Luís I.

TUDO me foi agradável: o mar diante da janela; os barcos e as nuvens; os faróis à noite (sou um pouco marinheiro); a beleza da Cidadela […] já tenho saudades da minha estada em Cascais... Ali escrevi quase 150 páginas. Senti-me verdadeiramente em casa; não compreendo, aliás, por que já lá não estou!

Escrevia assim Olivier Rolin poucos dias depois de terminar a sua residência literária em Cascais. O escritor francês viveu e trabalhou durante dois meses em Cascais (de outubro a dezembro de 2018, no âmbito das Residências Internacionais de Escrita da Fundação D. Luís I), estada durante a qual escreveu cerca de 150 das 264 páginas de Peregrinação, o livro que chegou às livrarias a 29 de agosto, em Portugal e em França. A editora Sextante adianta que esta obra de Olivier Rolin é uma homenagem à literatura e à língua portuguesas.

Depois da passagem de Olivier Rolin por Cascais, o Programa de Residências Internacionais de Escrita Fundação D. Luís I acolheu Michael Cunningham (de maio a julho de 2019). O romancista norte-americano deixou claro que "Cascais salvou o meu próximo livro".

Até 2020, este programa internacional de residências literárias recebe mais três autores de valor e prestígio reconhecidos internacionalmente, a saber, o romancista inglês Jonathan Coe (outubro a dezembro de 2019), o romancista espanhol Javier Cercas (abril a junho de 2020) e o romancista cabo-verdiano Germano Almeida, Prémio Camões 2018.

O que são as Residências Internacionais de Escrita Fundação D. Luís I

Organizadas pela Fundação Dom Luís I, no âmbito da ação cultural da Câmara Municipal de Cascais, coordenadas por Filipa Melo e efetuadas por convite, as Residências Internacionais de Escrita Fundação D. Luís I permitem a cada autor-residente uma estada de dois meses na vila de Cascais, fornecendo-lhe um espaço para alojamento e escrita, solicitando-lhe a participação em iniciativas de divulgação do seu trabalho e de intercâmbio com agentes culturais portugueses. O envolvimento do autor-residente na comunidade é incentivado, embora o objetivo principal da sua vinda seja a escrita. Os autores-residentes ficam hospedados no hotel Pestana Cidadela Cascais/Pousada Art District, parceiro privilegiado do Programa de Residências Internacionais de Escrita Fundação D. Luís I. 

Parcerias ativas

O programa conta igualmente com parcerias ativas com a Booktailors (empresa líder nas áreas de consultoria editorial, formação profissional para a área do livro, agenciamento literário e organização de eventos literários), com o programa de Pós-graduação em Escrita de Ficção da Universidade Lusófona (precursor a nível nacional) e com a colaboração das editoras dos autores-residentes e câmaras municipais organizadoras dos festivais literários nos quais participam.

Construir um legado e definir um modelo

Com as Residências Internacionais de Escrita Fundação D. Luís I a Fundação D. Luís I pretende construir um legado e definir um modelo com este programa internacional de residência de escrita que hospeda autores de todos os géneros e de todo o mundo, permitindo-lhes mergulhar num ambiente de refúgio propício para relaxar e criar novos trabalhos, bem como contactar de forma privilegiada com Portugal e a cultura portuguesa. 

 

Livro de Olivier Rolin escrito em Cascais lançado em simultâneo em Portugal e França Peregrinação | Sextante Extérieur Monde | Gallimard

IV Fórum de Recursos Locais de Cascais para a Educação.

Cascais acolhe os professores no arranque de mais um ano escolar e apresenta os recursos disponíveis no concelho para apoiar o desenvolvimento educativo.

Hoje na Casa da Cal – Quinta do Pisão, Cascais realizou-se o IV Fórum de Recursos Locais de Cascais para a Educação e a Receção anual aos professores do concelho. Além de acolher os professores no arranque de mais um ano escolar, no Fórum foram apresentados a todos os Agrupamentos de Escolas do concelho os recursos disponíveis em Cascais para apoiar o desenvolvimento educativo e facilitar a aplicação dos planos de estudos curriculares do ano letivo 2019/2020.

“É o arranque do ano letivo, com uma receção à comunidade educativa, todos os Agrupamentos de Escolas, Escolas Privadas, e todos os parceiros que têm projetos e iniciativas nas escolas. E informar os recursos locais que estão ao dispor das escolas do concelho” disse Frederico Pinho de Almeida, vereador da Câmara Municipal de Cascais, com o pelouro da educação.

Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, que procedeu à abertura da sessão deste Fórum salientou a importância de se “captar talento, dar condições para que esse talento se desenvolva criando as condições necessárias para isso”.

Quanto aos recursos locais que a Câmara oferece e disponibiliza para as escolas do concelho, o vereador salientou as áreas em que estas respostas existem: “estamos falar de respostas na área da educação, na área ambiental, na área do desporto, da promoção da saúde. Para as escolas poderem realizar iniciativas, ações, visitas de estudo, que vão de encontro ao que é o projeto educativo de cada uma das escolas.

“Este também é um momento para fazemos um ponto de situação do arranque do ano letivo, como por exemplo, as obras que a autarquia fez em 25 escolas do 1º ciclo, um investimento camarário de 1.600 mil €. A abertura de uma nova sala de Jardim de Infância na Escola Fausto Figueiredo. E a criação de dois cursos profissionais em parceria com o Agrupamento de Escolas IBN Mucana, de Técnico de Transportes e um mais na área artística da dança, em parceria com a Escola de Dança Ana Manjericão, no Agrupamento de Escolas da Parede, que vem reforçar aquela que é uma aposta muito forte da autarquia no Ensino Profissional”.

Ao longo da manhã decorreram diversas sessões de informação explicando a forma de acesso a estes recursos, sendo ainda entregues brochuras para consulta ao longo do ano letivo. AQ

 

Cascais | O Mergulho é para Todos

Está de volta o Dive for All, o projeto que proporciona a pessoas com deficiência a possibilidade de fazer mergulho, uma atividade que é considerada uma terapia com importantes resultados e um desporto que promove a inclusão.

Entre os dias 3, 4 e 5 de setembro o Complexo Desportivo Municipal da Abóboda tem novos utentes. Ao todo são 38 as pessoas com deficiência que este ano se inscreveram no Projeto Dive for All para terem uma experiência de mergulho adaptado. No dia 13 vão ter a possibilidade de fazer mergulho no mar mas, para já, estão a realizar o mergulho experimental nas piscinas acompanhados por instrutores da escola Cascais Dive.

 

Nuno Pereira é um dos instrutores do Cascais Dive que está a acompanhar este projeto já desde a sua segunda edição. Ao fim de oito anos, Nuno continua a considerar este projeto “fabuloso” e acrescenta que esta iniciativa é “muito diferente daquilo a que estamos habituados. É perceber que nós, ditos normais, temos algumas dificuldades na vida e depois chegamos aqui e percebemos que estas pessoas com muito mais dificuldades do que nós conseguem fazer exatamente o mesmo e, por vezes, com menos problemas do que pessoas que não têm qualquer tipo de dificuldade”.

 

Para o instrutor, a maior dificuldade dos participantes do Dive for All costuma ser “nas pessoas que têm alguma dificuldade motora, por vezes é difícil segurar o regulador na boca, e isso é fundamental” mas adianta que a maior parte tem uma grande facilidade porque “se sentem livres debaixo de água não sentem qualquer tipo de problema”.

 

Antes do mergulho no mar, os inscritos no Dive for All realizam um mergulho experimental numa piscina. Nuno Pereira explica que este mergulho “permite avaliar se o que fazem aqui conseguem replicar na praia onde o ambiente é um bocadinho diferente, a água é mais fria e acaba por ser uma dificuldade para alguns” acrescentando ainda que, por estarem num ambiente controlado e com baixa profundidade, os instrutores conseguem perceber se as dificuldades que têm “vão criar problemas e aí acabamos por criar algumas condicionante. Têm esta experiência aqui na piscina mas não vão ao mar. Gostamos sempre de tentar levar o máximo de pessoas para o mar mas a segurança tem de estar acima de tudo”.

 

Susana Marques é uma das participantes desta edição e conta que descobriu este projeto “na praia do Tamariz, naquela zona adaptada. Tenho lá ido à praia e uma das meninas veio-me perguntar se estava interessada e eu disse que sim, para experimentar”. Susana ainda não teve a oportunidade de experimentar mergulhar mas está com muita expectativa: “Sempre gostei de mar, de mar agitado. Tive um acidente há 3 anos mas continuo a ir à praia, continuo a estar dentro de água e a nadar. Também faço hidroterapia e isto é estar novamente dentro de água mas com uma experiência completamente diferente. Se passar e conseguir ir depois fazer no mar aí é que vai ser mesmo interessante”. Conta que ainda há pouco tempo o seu filho foi fazer mergulho e que isso também a deixou mais curiosa, embora para ele seja mais simples, porque teve apenas de adquirir um voucher e ir fazer uma batismo de mergulho. Susana ressalva que “estas iniciativas ajudam imenso e é uma oportunidade até para a pessoa experimentar e decidir se quer continuar e se quer fazer isto como desporto ou atividade. Por vezes as pessoas com problemas físicos não experimentam porque não têm oportunidade e não sabem se gostam ou não, ou se podem continuar a fazer”.

 

Nuno Duarte tinha acabado de sair da piscina quando salientou que esta “foi uma experiência excelente. É uma coisa que já queria fazer há muito tempo, fazia na praia aquelas brincadeiras em que ia com os óculos e via os peixinhos, mas isto é excelente para poder sonhar fazer mais vezes. Mas só com ajuda, como é óbvio,” e acrescentou que os instrutores do Cascais Dive que o acompanharam “foram formidáveis e ajudaram-me muito”.

 

Já Fernando Pinho, também inscrito nesta iniciativa, explica que “já tinha feito mergulho no Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão onde sou utente. A temperatura da água é outra e lá sou o único que consegue fazer a transferência toda da cadeira para dentro da piscina e levar o meu corpo de ponta a ponta” mas revela que já está habituado a “sentir esta pressão toda que há dentro de água porque faço acrobacia aérea e isso tornou mais fácil. Foi excelente e ótimo estar a partilhar isto aqui dentro. Estou super maravilhado” concluiu.

 

No próximo dia 13 de setembro, alguns dos inscritos vão ter a possibilidade de repetir o mergulho, mas na Praia do Tamariz. Já são nove anos deste projeto que proporciona a pessoas com deficiência novas oportunidades e experiência, promovendo a inclusão e adaptação para todos.

 

Saiba mais sobre o Dive for All

IIª Sessão Pública e de Participação “O Parque é Nosso” | Malveira da Serra

O grande objetivo das sessões é partilhar a visão e estratégia que a autarquia tem para o Parque Natural Sintra-Cascais com todos os moradores e proprietários, ouvi-los e convidá-los a participar neste projeto.

Decorreu nesta terça-feira, 3 de setembro, na Sociedade Recreativa e Familiar da Malveira da Serra, a segunda de três sessões públicas e de participação onde se está a construir o futuro do Parque Natural Sintra-Cascais. A primeira foi realizada na União Recreativa da Charneca e a próxima será no dia 9 de setembro, no Grupo Desportivo do Zambujeiro.

As sessões têm por objetivo “partilhar a visão e estratégia que a Câmara tem para o parque” e desafiar os moradores e proprietários a fazer parte, conforme adianta a vereadora com o pelouro do Ambiente, Joana Balsemão. 

 

A vereadora salienta que o grande objetivo da autarquia é “introduzir um novo modelo de gestão desta paisagem que vai recuperar um pouco o que havia há muitas décadas, em que olhamos para os mapas e vemos muitos mosaicos onde cada parcela tinha uma função: Umas  dedicadas à agricultura, outras à floresta, à pastorícia, ou à silvicultura”. Um plano semelhante ao que foi desenvolvido na Quinta do Pisão.

Naquele tempo, “o território era vivido, economicamente viável, dinâmico e mais seguro ou mais resiliente porque os incêndios não progridem tão rápidamente se houver um descontínuo da paisagem,” afirma Joana Balsemão que explica que a autarquia ousou em “sonhar na recuperação de tudo isto” e procura agora desenvolver “um território que é vivo e onde há uma marca do parque que tem por exemplo compotas, mel, queijo, um território vivo.”

 

No entanto, para avançar a Vereadora acrescenta que não é possível “fazê-lo sozinhos. A Câmara tem gestão de uma parcela deste parque natural mas o resto é propriedade privada e por isso é que chamámos aqui os moradores e proprietários: para apresentar a nossa visão e perguntar se querem fazer parte dela através da criação de uma associação - uma Zona de Intervenção Florestal (ZIF)”. Recordando que os “proprietários que quiserem participar vão poder fazer parte desta gestão conjunta”.

 

A apresentação do Projeto e Plano de Paisagem foi realizada pelo diretor da gestão da estrutura ecológica da Cascais Ambiente, João Melo, que mostrou ainda aos presentes um vídeo sobre a Quinta do Pisão e a oferta que esse espaço tem para o público que o visita, como ujm exemplo do que poderá ser o futuro do Parque Natural Sintra-Cascais, com todos a trabalharem em conjunto.

 

No final da sessão, os proprietários e moradores presentes tiveram a oportunidade de apresentar as suas dúvidas e preocupações em relação a fazerem parte desta ZIF. Sobre estas questões, Joana Balsemão disse que “o mais importante é salientar que quem integrar a ZIF não perde os direitos sobre o seu território ou terreno, vai continuar a ser o proprietário legítimo, com todos os direitos legais: pode vender quando quiser e participa enquanto quiser” revelando que o objetivo é “desonerar os associados das tarefas mais pesadas como a limpeza do território e apoiá-los na dinamização económica e a nossa visão é esta: um terreno que é protegido, conservado em termos de biodiversidade, produtivo e utilizado para recreio, visitação, etc. Um terreno do qual todos se orgulham em participar”.

 

Saiba mais: Sobre a constituição de uma ZIF | Sobre a Iª Sessão “O Parque é Nosso”

Já reparou que a estação de Cascais está mais colorida?

Desde esta terça-feira que a estação de Cascais e uma carruagem de comboio da Linha estão mais coloridas. Esta é a primeira de várias iniciativas que Cascais vai desenvolver para sensibilizar a população para a questão do HIV/SIDA até ao final do ano.

O artista Akacorleone (Pedro Campiche) foi o grande responsável pela metamorfose no exterior e interior de uma carruagem de comboio da Linha de Cascais, onde aplicou padrões inspirados na arte de Keith Haring, mas com um design original. Além da carruagem de comboio, toda a estação de Cascais está decorada com imagens alusivas à obra de Haring.

Keith Haring - artista e ativista americano que utilizou a Arte Pop e o Graffiti a partir da cultura que existia nas ruas de Nova Iorque nos anos 80 - questionou problemas pungentes como a SIDA, a toxicodependência, a violência, o movimento político Apartheid. Teve também um papel muito ativo na democratização da Arte. Por isso mesmo, o CascaiShopping acolhe entre 10 de setembro e 10 de novembro a exposição “Keith Haring. Entre a arte, o ativismo e a moda”, onde vão estar patentes 17 originais representativos da sua fase mais criativa.

Dia 10, no CascaiShopping, o arranque da exposição constituirá um momento performativo inédito: será realizada uma pintura de corpo ao vivo (live body painting) com a modelo Sharam Diniz numa homenagem à performance que Keith Haring realizou com a supermodelo e cantora Grace Jones em Nova Iorque, em 1987. A performance será acompanhada por um bailarino, igualmente coberto por padrões inspirados na arte de Keith Haring. 

“Além de artista, Keith Haring era ativista social que, através de uma linguagem ilusoriamente simplicista, conseguiu transmitir mensagens de relevância social, como por exemplo, a questão da SIDA”, um dos objetivos desta iniciativa que Cascais acolhe.

Mas este não é caso isolado no que toca a ações de sensibilização sobre o HIV/SIDA em Cascais.

Até ao final de 2019, através da arte, moda, cinema e criatividade nas escolas, a autarquia em parceria com a associação SER+ vai promover um desafio junto das escolas. Pede-se aos alunos que se inspirem em Keith Haring e criem um cartaz ou um vídeo para campanha de sensibilização sobre HIV/SIDA.

Cascais adere também à Semana Europeia do Teste VIH/Hepatites, de 26 de novembro e 1 de dezembro, e assinala o Dia Mundial da Luta Contra a SIDA  (1 de dezembro) com um debate sobre o tema na FNAC. Neste dia serão ainda realizados rastreios e testes rápidos de HIV e hepatites.

 

 

 

“O Oceanário não está só em Lisboa”. Projetos de conservação em exposição no Paredão de Cascais.

De 3 de setembro a 15 de outubro no paredão de Cascais está patente a exposição “O Oceanário não está só em Lisboa”. Os visitantes podem conhecer os projetos de conservação apoiados pelo Oceanário de Lisboa em todo o mundo e contar com atividades lúdico-pedagógicas de sensibilização para a necessidade de conservação do oceano.

O Oceanário de Lisboa sai da capital e ruma a Cascais para apresentar uma exposição com o mote “O Oceanário não está só em Lisboa”. Até dia 15 de outubro, quem passear pelo paredão de Cascais pode conhecer 11 projetos de conservação apoiados pelo Oceanário de Lisboa e participar nas várias atividades educativas para escolas e para o público em geral.

Há mais de 20 anos que o Oceanário apoia vários projetos que contribuem para a proteção da biodiversidade e para um oceano saudável. Do Porto aos Açores, de São Tomé ao Brasil, passando pelas Canárias, a exposição tem como objetivo mostrar o papel do Oceanário na conservação da Natureza, não só em Lisboa, mas também fora de portas.

Através de um conjunto de atividades lúdico-pedagógicas, que incentivam a criatividade e o divertimento, e de visitas guiadas à exposição, a equipa de educadores marinhos vai sensibilizar para a necessidade de alteração de comportamentos, com vista à proteção do maior habitat do planeta. Os participantes vão compreender qual o seu papel na proteção destes ecossistemas e serão os responsáveis por definir as suas próprias estratégias para a conservação do oceano. Vão também aprender mais sobre as espécies que habitam a zona entre marés das praias rochosas de Cascais.

As atividades para as escolas arrancam a 3 de setembro e, a partir de 14 de setembro, aos fins de semana, o público em geral também pode participar. São gratuitas e têm lugar no espaço do Oceanário de Lisboa, que se encontra no paredão em Cascais, na Passagem inferior à Av. Marginal que liga ao Parque Palmela.

A conservação do oceano é uma responsabilidade de todos! AQ

 

Michael Cunningham

“Cascais salvou o meu próximo livro” | Bastaram dois meses em Cascais para Michael Cunningham “desbloquear” o rascunho do novo romance que trouxe de Nova Iorque. Afinal, é esse o objetivo das Residências Internacionais da Escrita, promovidas pela Fundação D. Luís I. Permitir que os escritores possam dedicar um tempo só para a escrita, longe das distrações que “conspiram para os afastar do ato de escrever”.

No caso do escritor norte-americano, a inspiração encontrou-a nos passeios matinais ao Parque Marechal Carmona ou nas tardes passadas na baía, junto à Praia dos Pescadores. “Cascais, literalmente, salvou o livro”, confessou o vencedor do Prémio Pulitzer para ficção, adiantando que conseguiu completar um terço do manuscrito durante a estadia em Cascais que descreve como maravilhosa. Antes de regressar a Nova-Iorque, o autor de “As Horas”, o seu romance mais conhecido e que foi adaptado, em 2002 para o cinema, falou-nos da sua experiência em Cascais, do papel de escritor no mundo de hoje, do processo de criação e da sua obra, para além de deixar alguns conselhos aos novos escritores. 

Nos seus romances transforma vidas triviais em algo extraordinário. É esse o papel do escritor, complicar o mundo? Penso que uma das obrigações de quem escreve ficção é a de insistir de que não existem vidas triviais. Existem apenas formas inadequadas de ver a vida das pessoas. Uma das razões porque gosto de escritores como Virgínia Woolf é porque ela é uma das primeiras escritoras, juntamente com Flaubert e James Joyce, a insistir que a história de cada um é uma história épica. Mesmo se olharmos de fora para as pessoas comuns, com as suas vidas comuns, percebemos que não existem pessoas nem vidas vulgares. 

Mas, o escritor também tem o dever de estar envolvido com o seu tempo, de se pronunciar sobre questões sociais e politicas? Não penso que os escritores tenham qualquer tipo de dever. Escrevem o que querem escrever. Já é bastante difícil escrever um livro sem alguém a dizer que deves fazer isto ou deves fazer aquilo. Penso que muitos dos livros que continuamos a gostar ao longo do tempo, são parte da história registada. Se quisermos estudar a Rússia do séc. XIX, leríamos histórias e biografias, mas também deveríamos ler Tchecov, Tolstoi e Dostoiévski porque eles registaram como era viver naquela época. De um historiador recebemos Napoleão a invadir Moscovo, mas de um romancista recebemos um soldado a morrer de frio durante a retirada e sem o romancista o soldado está perdido.

E nos Estados Unidos da América os escritores têm sido uma voz critica face ao sistema? Tenho sido surpreendido pelo quanto a ficção americana parece desenvolver-se numa espécie de “vazio político”, o que nunca seria o caso num romance sul-americano, num romance africano e provavelmente num romance português. Tem sido muito fácil para os escritores americanos imaginarem que quem está no poder não faz parte da sua vida diária e que de certa forma vivemos afastados não só de quem está no governo como de quem dirige as corporações. Vamos ver o que os novos romancistas estão a escrever agora, mas penso que é cada vez mais impossível que alguém que esteja na América imagine que quem está no poder não tem nada a ver com o que se passa na nossa vida e na nossa casa. Por isso são bem-vindos os romances mais envolvidos com a política.

Há quem defenda que estamos perante uma crise inspiracional e que a arte em geral está muito dependente de financiamento. Concorda? Penso que estamos no meio de uma crise enorme. Mas continuo a ler novos livros de novos autores que são fantásticos. Não sinto que os artistas estão a falhar, sinto que as instituições e os governos estão a falhar, mas os artistas estão a erguer-se. No que se refere ao financiamento, os escritores não têm dinheiro. Somos pobres mas puros (risos). Certamente, outras formas de arte, como a arte visual, estão muito mais suscetíveis a serem controladas pelo dinheiro agora. Essa é outra das forças que temos de combater. Sejam todos bem-vindos ao mundo, onde combatemos todos os dias (mais risos).

Um Cisne Selvagem [publicado em Portugal pela Gradiva] é o seu último livro, uma coletânea de contos publicado em 2015. Nele reescreve os contos de fadas que acompanharam a nossa infância, mas conferindo-lhe uma certa perversidade e crueza. Está a ficar com uma visão mais cínica do mundo? Se és um escritor estás em sarilhos se não fores cínico, mas também tens problemas se o fores demasiado. Vives entre dois polos, não queres ser totalmente otimista, mas se fores completamente cínico porque é que à partida escreverias um romance? No Cisne Selvagem sinto que apenas fui mais específico sobre a perversidade e o lado negro que já existia nas histórias originais. E colocando algumas questões que os autores dos contos de fadas não perguntaram. Quando era criança a minha mãe lia-me os contos de fada em que a princesa e o príncipe casavam e iam para o castelo e eu dizia: “Continua!”. E ela dizia: “É isto”. E eu: “Não pode ser só isto! O que acontece a seguir? E se ela não gostar do castelo? E se ele se apaixonar por outra pessoas?”. E ela respondia: “Este é o fim querido, vai para a cama”. Então reescrevi esses contos de forma a responder a algumas questões sobre o que acontece depois do “ E foram felizes para sempre”.

Mas as histórias são sempre as mesmas. Já em “ As Horas” também reescreveu a história de Mrs. Dalloway, de Virgina Woolf. O escritor está condenado a contar a mesma história mas de forma diferente? Penso que como escritores estamos sempre a tentar encontrar novas maneiras de contar velhas histórias. Mesmo um génio como Pessoa escreveu a história das nossas vidas, de como sobrevivemos aos dias, como vivemos no mundo. Li Mrs. Dalloway quando tinha, talvez, 15 anos e mexeu comigo. Não compreendi o livro, mas consegui ver a musicalidade e beleza daquelas frases. Comecei, então, a ler livros mais sérios e iniciei-me ali, como leitor. Um caminho que eventualmente me conduziu a que me tornasse escritor mais tarde.

Já conhecia Fernando Pessoa antes de vir para Portugal? Já tinha ouvido falar, mas nunca tinha lido. Comecei com o “Livro do Desassossego”, continuei com a “Poesia” e foi revelador. Tenho dito aos meus amigos de Nova Iorque que têm que ler Pessoa. Se alguém me pedisse para descrever o seu trabalho, não teria como dizer é como este ou como aquele, não teria a quem o comparar. Deve ser talvez a maior distinção que se pode oferecer a um artista: não ter ninguém a quem o comparar, é tão igual a si próprio.

E para além do conhecimento da obra de Fernando Pessoa, o que é que esta estadia em Cascais lhe tem trazido? É tão bom estar numa paisagem diferente por algum tempo. Acorda-te. Vês as coisas de forma diferente. O céu é diferente, as nuvens são um pouco diferentes, tudo é um pouco diferente e isso é fantástico para um escritor porque queres-te sentir assim onde vives.

Quais são os seus lugares favoritos? Há o fantástico Parque [Marechal Carmona] com os pavões e as galinhas, onde vou quase todos os dias. À tarde gosto de caminhar até à baía. Adoro aquela pequena praia junto à baía. É como se toda a vila lá estivesse. Há adolescentes a jogar voleibol, meninas a fazer a roda, pessoas em cadeiras de praia. Cascais é um sítio fantástico e há algo de mágico nele. Já deixei de me ver como um turista e comecei a sentir que vivo aqui, por agora.

Como é um dia na vida de Michael Cunningham? Oh, não tenho uma vida muito glamorosa (risos). Levanto-me e vou para o meu estúdio – também tenho um estúdio em Nova Iorque – e trabalho por 5 ou 6 horas. Preciso de ir diretamente para o trabalho quando acordo. É quase como se tivesse que passar do sono e do sonho diretamente para este mundo inventado. Então, aqui como em Nova Iorque, vou diretamente para o estúdio. A diferença de estar aqui é que quase não tenho distrações, não tenho compromissos, não tenho nada. Portanto tenho vivido em Cascais como se estivesse dentro do romance. Acordo à noite para escrever mais, é quase como se estivesse em dois países estrangeiros interligados: Portugal e o livro. Sinto realmente que este presente muito generoso da Fundação D. Luís de certa forma salvou este livro. Literalmente, ofereceram-me este tempo que me permitiu viver dentro do livro e isso fez uma grande diferença.

Considera que estas iniciativas como as residências para escritores são importantes? Penso que para algumas pessoas as residências de escritores são literalmente uma tábua de salvação. Há escritores que precisam de ser libertados das suas vidas por um tempo para se dedicarem à escrita. Faz a diferença se um governo ou uma fundação consideram que a arte é importante. Vindo eu de um país que gasta biliões em armamento e nada em arte, posso dizer que isto não é um grande sinal sobre onde residem as prioridades do país. E uma das muitas coisas satisfatórias de estar aqui é estar num sítio que leva mais a sério o que artistas estão a fazer. Espero que isto não soe demasiado pretensioso, mas estas iniciativas são um investimento não só no escritor, mas também na vida que o livro possa ter depois. Nunca se sabe se alguém pode ficar aqui durante dois meses e escrever um livro grandioso capaz de provocar mudanças no mundo. Portanto é um investimento muito maior do que apenas no escritor, também é nos leitores.

O que diria a alguém que queira ser escritor? O único conselho de que me lembro é: “não desistam”. Normalmente leva muito mais tempo do que se imagina a sentirmo-nos bem com aquilo que escrevemos e a ter algum tipo de reconhecimento. Demorei quase dez anos até começar a publicar. Houve tempos em que pensava “Meu Deus, já tenho 28 anos e nada acontece”. Já vi escritores a desistirem, a afastarem-se e a arranjarem um trabalho mais sensato. Mas eu acredito verdadeiramente que se tens algum dom para isso e continuares a fazê-lo, algo vai acontecer. Tenham fé. E façam o melhor que puderem para explicar aos pais porque é que se continua falido aos 30 anos. E sejam mais determinados a escrever do que as forças que vos fariam parar. Continuem a bater à porta até que finalmente alguém abra e vos deixe entrar. Demore o tempo que demorar.

Paula Lamares

Parque Marechal Carmona tem novo anfiteatro

Espaço permite a realização de espetáculos intimistas de música, teatro e outros.

O Parque Marechal Carmona, um dos mais emblemáticos espaços verdes de Cascais, conta a partir desta quarta-feira com um novo anfiteatro ao ar livre, junto ao “Caracol”, com cerca de 150 lugares. 

O espaço desenhado e construído pela DGEV - Divisão de Gestão da Estrutura Verde da Câmara Municipal de Cascais - tem formato de meia-lua e um palco central no piso mais baixo que serve de praça de acolhimento.

Os materiais utilizados na obra procuram, por um lado, respeitar o ambiente e, por outro, ir ao encontro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) Cascais 2030.  

“Esta é muito mais do que uma obra. Vem carregada de simbolismo, porque aqui está plasmada a circularidade. Por exemplo, a pedra utilizada vem do próprio parque, foi reaproveitada, a madeira, que não é madeira, é plástico reciclado e as plantas vêm dos viveiros da Câmara. Estamos a respirar, entre outras coisas, consciência ambiental”, frisa Joana Balsemão, vereadora da autarquia.

Este anfiteatro desenvolve-se em patamares de largura variável que servem de banco. Tira-se, assim, partido da orografia do terreno e da presença de algumas árvores de grande porte que integram os patamares. 

O Parque Marechal Carmona, localizado bem perto do centro de Cascais, conta agora com um local que permite a realização de espetáculos intimistas de música, teatro e outros. SJ

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