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“As Conferências do Estoril não terminam aqui”

“As Conferências do Estoril não terminam nem aqui, nem agora”. A garantia foi hoje dada por Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais que, na sessão de encerramento deixou o anúncio: “falaremos disso quando nos encontrarmos daqui a dois anos para a quinta edição das Conferências do Estoril”.

Ao longo dos últimos quatro dias, 60 oradores de 26 nacionalidades diferentes abordaram os grandes temas de atualidade numa maratona de 36 horas de debate. Transversal a todos os painéis, o tema da educação esteve sempre presente, com pensadores do mundo inteiro a dizerem no Estoril que esta é a chave para o futuro das populações.

 
Um futuro baseado na necessidade de reinventar modelos de atuação a nível económico, político e religioso e que ajude o mundo a adaptar-se às novas realidades impostas não só pelas transformações geopolíticas, mas também pela verdadeira revolução cultural marcada pelas ferramentas tecnológicas da nova Era Digital.
 
“O sucesso de uma ordem glocal dependerá sempre do envolvimento dos cidadãos na vida pública”, fez questão de salientar Carlos Carreiras, citando Francisco, o seu Papa, “é um dever de todos os cristãos envolverem-se na política, neste espaço público que nos é comum”.

Ficou assim lançado o repto para um novo encontro político daqui a dois anos, provavelmente assente num novo modelo à luz do Instituto de Diálogo Global”, apresentado ao longo desta quarta edição das Conferências do Estoril e que vai permitir que estas se estendam aos países lusófonos e cruzar cursos com universidades de todos os continentes com quem têm parcerias estabelecidas (Vídeo apresentação do Estoril Global Institute). 

 
4 dias, 60 oradores, 26 nacionalidades, 36 horas em debate

O que ficou dito…

“Nas Conferências do Estoril começamos sempre com aqueles que vão mudar o mundo”. “As Conferências do Estoril vão estender-se aos países lusófonos e cruzar cursos com universidades de todos os continentes com quem tem parcerias estabelecidas”. CARLOS CARREIRAS, presidente da Câmara Municipal de Cascais.
 
“As conferências são, muito provavelmente, o único fórum global onde um chefe de estado e um ativista político, um homem de negócios e um estudante, partilham o mesmo palco em igualdade de circunstâncias”. MIGUEL PINTO LUZ, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais.
 
“Espero que [as CE] continuem porque precisamos de boas ideias para fazer avançar o mundo”. Considerando que as Conferências do Estoril têm vindo a "conquistar ao longo das várias edições um reconhecimento internacional que está patente na qualidade de todos os conferencistas e de todos os participantes no evento". PEDRO PASSOS COELHO, Primeiro-ministro.
 
“Quem é que me tem inspirado para propor mudanças mundiais no meu trabalho na Comissão Internacional sobre Multiculturalismo da ONU?” , JOSÉ RAMOS HORTA, Prémio Nobel da Paz 1996, Ex-presidente de Timor-Leste, responsável do Painel das Nações Unidas sobre Operações de Paz, Co-Presidente da Comissão Internacional sobre o Multilateralismo.
 
“A segurança começa com a nossa relação com a terra. Já não podemos considerar trivial o prejuízo causado pelos padrões da economia global”, VANDANA SHIVA, Fórum internacional da Globalização, ONU.
 
“ A austeridade reduz a produtividade pelo que como medida contra a crise só causou miséria, sobretudo, nos jovens. Foi um fracasso de liderança e de criatividade da Europa.”, LORD ROBERT SKIDELSKY , professor emérito de Economia Política na Universidade de Warwick.
 
“ A economia dita verde e que todos defendem é cara, baseada em subsídios e taxas e na ideia de que é preciso cortar nos custos de produção. Essa não é a solução e leva à baixa de salários e à austeridade que conduz ao aumento da pobreza e da desigualdade.”. “ A economia azul parte da ideia de que o que é bom para o ambiente e para nós deve ser barato porque se parte do que já existe localmente”. “As crianças são parte integral das oportunidades para mudar a forma de pensar e confrontar coisas”, GUNTER PAULI, The Blue Economy | Autor do Relatório do Clube de Roma.
 
“A pobreza e a desigualdade social são um elemento determinante na deterioração da saúde mental e no aumento das dependências, designadamente o alcoolismo e que afetam toda a sociedade”, ANA PAULA LOPES, Directora do Tapscott Group |Presidente do Centro para as Dependências e Doenças Mentais. 
 
“ Hoje em dia as empresas já têm uma agenda social e a responsabilização de melhorar a inclusão na comunidade, enquanto as organizações sem fins lucrativos adotam modelos de gestão empresarial”, GILI DRORI, socióloga e professora na Universidade Hebraica de Jerusalém.
 
“Adequar o modelo de negócio à realidade das comunidades locais, contribuindo, assim, para a inovação e a criação de valor para a comunidade pelas empresas”, TASHMIA ISMAIL, investigadora da Universidade das Nações Unidas. 
 
“ O ambiente económico está a mudar muito rapidamente, pelo que é preciso uma readaptação das empresas e da sociedade a essa mudança.”, MIGUEL ALVES MARTINS, cofundador do Instituto de Empreendedorismo Social (IES)
 
“A humanidade precisa de dois ou três planetas para continuar com este estilo de vida, gastando os recursos que não temos”. “Nenhum negócio pode prosperar sem um desenvolvimento sustentável. Isto não é uma questão moral ou religiosa, mas, uma perspetiva de negócio. Daqui a uma década as empresas que não compreenderem isto perderão a guerra.”, ROBERT METZKE, diretor de estratégia da Royal Philips Eletronics.
 
“Este prémio só é entregue a quem dá provas do impacto atingido, sobretudo nas pessoas envolvidas e o projeto da Aporvela permitiu-nos verificar que o impacto é real e é isso que aqui premiamos”, MILTON SOUSA, diretor executivo das Conferências do Estoril.
 
“A criação de uma comunidade transatlântica integrada com aumento da atividade económica, que permita a criação de emprego”, como uma solução para “melhorar a resposta atlântica à nova ordem global”. “No mundo de hoje é necessário termos parceiros fortes para cumprirmos a nossa missão de segurança. A NATO precisa de melhorar a sua missão de capacitar os estados mais frágeis com modernos sistemas de segurança e ajudar a desenvolver as forças de segurança desses estados.”, ANDERS FOGH RASMUSSEN, ex-primeiro ministro da Dinamarca e Secretário Geral da NATO.
“Não comungo do pessimismo reinante sobre a Europa”. “Temos de preparar as coisas para vários cenários. A prudência é uma das virtudes que Aristóteles dizia que os políticos deviam ter”, DURÃO BARROSO, ex. primeiro-ministro de Portugal e ex-presidente da Comissão Europeia. 
 
“É tempo de o novo mundo analisar os erros dos últimos 25 anos”. “Os ditadores não têm planos para construir nada, apenas para fazer inimigos”. (…) “A União Europeia tem de começar a agir como uma entidade civil. Ainda há tempo de estancar o que está a acontecer na Ucrânia”. GARRY KASPAROV, Mestre de Xadrez e Ativista.
 
“Os grupos radicais que agem em nome da religião fazem parte de um paganismo aberrante baseados na idolatria sanguinária. Este é um desafio para todos os lideres religiosos: combaterem a uma só voz vigorosa o radicalismo”. ABRAHAM SKORKA, Reitor do Seminário Rabínico Latino-americano.
 
“As democracias podem ser capturadas por interesses que nada têm a ver com os interesses públicos”, FRANCIS FUKUYAMA, vencedor do Estoril Global Issues Distinguished Book Prize 2015.
 

“As Conferências do Estoril não terminam aqui”

“As Conferências do Estoril não terminam nem aqui, nem agora”. A garantia foi hoje dada por Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais que, na sessão de encerramento deixou o anúncio: “falaremos disso quando nos encontrarmos daqui a dois anos para a quinta edição das Conferências do Estoril”.

Ao longo dos últimos quatro dias, 60 oradores de 26 nacionalidades diferentes abordaram os grandes temas de atualidade numa maratona de 36 horas de debate. Transversal a todos os painéis, o tema da educação esteve sempre presente, com pensadores do mundo inteiro a dizerem no Estoril que esta é a chave para o futuro das populações.
 
Um futuro baseado na necessidade de reinventar modelos de atuação a nível económico, político e religioso e que ajude o mundo a adaptar-se às novas realidades impostas não só pelas transformações geopolíticas, mas também pela verdadeira revolução cultural marcada pelas ferramentas tecnológicas da nova Era Digital.
 
“O sucesso de uma ordem glocal dependerá sempre do envolvimento dos cidadãos na vida pública”, fez questão de salientar Carlos Carreiras, citando Francisco, o seu Papa, “é um dever de todos os cristãos envolverem-se na política, neste espaço público que nos é comum”.

Ficou assim lançado o repto para um novo encontro político daqui a dois anos, provavelmente assente num novo modelo à luz do Instituto de Diálogo Global”, apresentado ao longo desta quarta edição das Conferências do Estoril e que vai permitir que estas se estendam aos países lusófonos e cruzar cursos com universidades de todos os continentes com quem têm parcerias estabelecidas.
 
4 dias, 60 oradores, 26 nacionalidades, 36 horas em debate

O que ficou dito…

“Nas Conferências do Estoril começamos sempre com aqueles que vão mudar o mundo”. “As Conferências do Estoril vão estender-se aos países lusófonos e cruzar cursos com universidades de todos os continentes com quem tem parcerias estabelecidas”. CARLOS CARREIRAS, presidente da Câmara Municipal de Cascais.
 
“As conferências são, muito provavelmente, o único fórum global onde um chefe de estado e um ativista político, um homem de negócios e um estudante, partilham o mesmo palco em igualdade de circunstâncias”. MIGUEL PINTO LUZ, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais.
 
“Espero que [as CE] continuem porque precisamos de boas ideias para fazer avançar o mundo”. Considerando que as Conferências do Estoril têm vindo a "conquistar ao longo das várias edições um reconhecimento internacional que está patente na qualidade de todos os conferencistas e de todos os participantes no evento". PEDRO PASSOS COELHO, Primeiro-ministro.
 
“Quem é que me tem inspirado para propor mudanças mundiais no meu trabalho na Comissão Internacional sobre Multiculturalismo da ONU?” , JOSÉ RAMOS HORTA, Prémio Nobel da Paz 1996, Ex-presidente de Timor-Leste, responsável do Painel das Nações Unidas sobre Operações de Paz, Co-Presidente da Comissão Internacional sobre o Multilateralismo.
 
“A segurança começa com a nossa relação com a terra. Já não podemos considerar trivial o prejuízo causado pelos padrões da economia global”, VANDANA SHIVA, Fórum internacional da Globalização, ONU.
 
“ A austeridade reduz a produtividade pelo que como medida contra a crise só causou miséria, sobretudo, nos jovens. Foi um fracasso de liderança e de criatividade da Europa.”, LORD ROBERT SKIDELSKY , professor emérito de Economia Política na Universidade de Warwick.
 
“ A economia dita verde e que todos defendem é cara, baseada em subsídios e taxas e na ideia de que é preciso cortar nos custos de produção. Essa não é a solução e leva à baixa de salários e à austeridade que conduz ao aumento da pobreza e da desigualdade.”. “ A economia azul parte da ideia de que o que é bom para o ambiente e para nós deve ser barato porque se parte do que já existe localmente”. “As crianças são parte integral das oportunidades para mudar a forma de pensar e confrontar coisas”, GUNTER PAULI, The Blue Economy | Autor do Relatório do Clube de Roma.
 
“A pobreza e a desigualdade social são um elemento determinante na deterioração da saúde mental e no aumento das dependências, designadamente o alcoolismo e que afetam toda a sociedade”, ANA PAULA LOPES, Directora do Tapscott Group |Presidente do Centro para as Dependências e Doenças Mentais. 
 
“ Hoje em dia as empresas já têm uma agenda social e a responsabilização de melhorar a inclusão na comunidade, enquanto as organizações sem fins lucrativos adotam modelos de gestão empresarial”, GILI DRORI, socióloga e professora na Universidade Hebraica de Jerusalém.
 
“Adequar o modelo de negócio à realidade das comunidades locais, contribuindo, assim, para a inovação e a criação de valor para a comunidade pelas empresas”, TASHMIA ISMAIL, investigadora da Universidade das Nações Unidas. 
 
“ O ambiente económico está a mudar muito rapidamente, pelo que é preciso uma readaptação das empresas e da sociedade a essa mudança.”, MIGUEL ALVES MARTINS, cofundador do Instituto de Empreendedorismo Social (IES)
 
“A humanidade precisa de dois ou três planetas para continuar com este estilo de vida, gastando os recursos que não temos”. “Nenhum negócio pode prosperar sem um desenvolvimento sustentável. Isto não é uma questão moral ou religiosa, mas, uma perspetiva de negócio. Daqui a uma década as empresas que não compreenderem isto perderão a guerra.”, ROBERT METZKE, diretor de estratégia da Royal Philips Eletronics.
 
“Este prémio só é entregue a quem dá provas do impacto atingido, sobretudo nas pessoas envolvidas e o projeto da Aporvela permitiu-nos verificar que o impacto é real e é isso que aqui premiamos”, MILTON SOUSA, diretor executivo das Conferências do Estoril.
 
“A criação de uma comunidade transatlântica integrada com aumento da atividade económica, que permita a criação de emprego”, como uma solução para “melhorar a resposta atlântica à nova ordem global”. “No mundo de hoje é necessário termos parceiros fortes para cumprirmos a nossa missão de segurança. A NATO precisa de melhorar a sua missão de capacitar os estados mais frágeis com modernos sistemas de segurança e ajudar a desenvolver as forças de segurança desses estados.”, ANDERS FOGH RASMUSSEN, ex-primeiro ministro da Dinamarca e Secretário Geral da NATO.
“Não comungo do pessimismo reinante sobre a Europa”. “Temos de preparar as coisas para vários cenários. A prudência é uma das virtudes que Aristóteles dizia que os políticos deviam ter”, DURÃO BARROSO, ex. primeiro-ministro de Portugal e ex-presidente da Comissão Europeia. 
 
“É tempo de o novo mundo analisar os erros dos últimos 25 anos”. “Os ditadores não têm planos para construir nada, apenas para fazer inimigos”. (…) “A União Europeia tem de começar a agir como uma entidade civil. Ainda há tempo de estancar o que está a acontecer na Ucrânia”. GARRY KASPAROV, Mestre de Xadrez e Ativista.
 
“Os grupos radicais que agem em nome da religião fazem parte de um paganismo aberrante baseados na idolatria sanguinária. Este é um desafio para todos os lideres religiosos: combaterem a uma só voz vigorosa o radicalismo”. ABRAHAM SKORKA, Reitor do Seminário Rabínico Latino-americano.
 
“As democracias podem ser capturadas por interesses que nada têm a ver com os interesses públicos”, FRANCIS FUKUYAMA, vencedor do Estoril Global Issues Distinguished Book Prize 2015.
 

Conferências do Estoril 2015: A democracia está em crise?

“A Caleidoscópio da Democracia” e “Repensar a Governação e a Democracia para a Economia Digital” lançaram o debate na manhã do último dia da quarta edição das Conferências do Estoril. No primeiro painel, se Rickard Falkvinge, fundador do primeiro partido pirata, foi a voz polémica na defesa da “geração Internet”, os outros oradores, Christopher Walker, Eusebio Mujal-Leon e Eduardo Cunha, foram unânimes em alertar para a crise que os sistemas democráticos estão a atravessar, na última década.

"A democracia tem por base a regra da maioria. A democracia é três lobos e uma ovelha a votarem no que é que vai ser o jantar" lançou a voz polémica de Rickard Falkvinge num debate com tanto de inspirador como de algum pessimismo. Isto porque, na opinião dos oradores presentes assiste-se a um abrandamento da democracia, depois de, após a queda do Muro de Berlim, terem surgido novos sistemas democráticos no mundo.


A ameaça das liberdades civis, a crise de confiança nas instituições democráticas, a captura da sociedade civil pelo estado e o ressurgimento do autoritarismo em países com jovens democracias foram apontadas como as principais ameaças atuais à democracia.


"Há uma divisão clara na sociedade entre aqueles que nasceram antes da internet – a geração offline – e aqueles que nasceram com as redes sociais – a geração internet", salientou Rickard Falkvinge que é contra a opinião generalizada de que os jovens não se interessam pelos problemas da sociedade civil nem pela política "Nunca houve uma geração mais interessada e ativa e mais disposta a participar como a "geração internet", só que os jovens de hoje não estão interessadas nos problemas que afligem a "geração offline" que têm a ver com cuidados de saúde, subsídios ou pensões de reforma. A "geração internet" está muito mais preocupada com a defesa das liberdades cívicas, os direitos das minorias ou o direito à privacidade e a pegada individual que fica registada na internet para sempre."


A crise da democracia e a necessidade de se reinventar os sistemas de governo na era da economia digital foram o foco da intervenção de Don Tapscott que subiu pela segunda vez ao palco nesta quarta edição das Conferências do Estoril. O autor de "Wikinomics" defendeu a necessidade de uma reinvenção da democracia e dos modelos de governação face às grandes mudanças que estão a ocorrer em tempo record. "Apesar da revolução tecnológica e das mudanças verificadas na sociedade a governação continua a reger-se por modelos da era industrial" afirmou Taspcott que acrescentou " A abstenção crescente que se verifica nos países onde a democracia está consolidada conduz-nos ao problema de falta de legitimidade dos governos e ao enfraquecimento das instituições democráticas".


O criador de "Grow Up Digital" afirmou mesmo que " No mundo inteiro os jovens questionam a democracia porque esta é uma geração ativa que nada tem a ver com a geração dos seus pais que eram recetores passivos da televisão. A geração atual que cresceu com a internet quer protagonismo e envolvimento e não se interessa por um sistema de governação que só os chame a votar de 4 em 4 anos e que durante esse período os faça recetáculos passivos, sem qualquer poder de decisão." Don Tapscott alertou mesmo para o perigo de poder haver grandes explosões sociais lideradas pelos jovens que contestam os atuais sistemas de democracia representativa que não responde aos seus problemas: " A solução para a resolução dos problemas globais passa por criarmos um novo nível de consciência social que trabalhe em plataformas ligadas em rede e que envolvam várias parcerias com governos, instituições internacionais, universidades, centros de investigação e que envolva toda a sociedade civil."


Ainda da parte da manhã, a globalização da China e a forma como esta está a desafiar a ordem internacional criada depois da segunda guerra pelos Estados Unidos da América foi o tema da intervenção de Xiang Bing, professor da Graduate School of Business de Cheung Kong (Hong Kong). " A China é cada vez mais global no primeiro e no terceiro mundo" garantiu Xiang Bing que acrescentou " A China está a levar a alta tecnologia do primeiro mundo para o terceiro mundo, através de cópias baratas acessíveis às populações. Para além disso está a criar infraestruturas nesses países estabelecendo novos canais de comércio". Mas, o papel da China não se resume à globalização no terceiro mundo segundo Xiang Bing : " A China está a sair das suas fronteiras e a expandir-se para o mundo desenvolvido. Há muitos chineses com dinheiro, vontade e ambição que querem ocupar um lugar nas 50 cidades mais atraentes do mundo para se viver e os seus filhos irão ocupar as melhores escolas e universidades existentes."

Durão Barroso | “Não comungo do pessimismo reinante sobre a Europa”

Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia, disse hoje nas Conferências do Estoril durante o painel que abordava o papel da União Europeia para a saída da crise global, que não comunga do pessimismo reinante sobre a Europa, e que a crise na Europa é um reflexo do que se passou nos Estados Unidos.

“[A crise ] teve efeitos negativos, mas devemos olhar para a Europa como um processo construtivo. Apesar dos efeitos negativos, a União Europeia tem hoje mais competências que ajudam a proteger os estados-membros”.

Durão Barroso recordou que “em 2012, muitos analistas preconizaram o fim do projeto da União Europeia, mas este sobreviveu. Na altura o cenário mais provável era a implosão do Euro. A crise expôs vulnerabilidades, mas também veio demonstrar que a União Europeia tem bastante resiliência”.
O antigo presidente da Comissão Europeia, disse ainda que “o pessimismo que rodeia a Europa tem duas origens: os eurocéticos e os grupos xenófobos que alimentam discursos populistas. A minha convicção é que as forças de integração na União Europeia são mais fortes do que as da desintegração”.
Ao falar da crise grega e do Syrisa, Barroso referiu que este partido constitui um fenómeno curioso: “Inicialmente era contra o euro, mas uma vez no governo, estão a hesitar. A Grécia por razões políticas próprias não conseguiu ainda recuperar”.
“Apesar dos eurocépticos, a “ União Europeia continua a ter um grande poder de atração como se viu na questão da Ucrânia”, acrescentou.

Frases:
“A União Europeia vai retomar a sua capacidade de se recuperar”;
“Não comungo do pessimismo reinante sobre a Europa”;
“ A construção europeia é um processo”;
O projecto europeu garantiu o maior período de paz na Europa”;
“A União Europeia continua a ter um grande poder de atração como se viu na questão da Ucrânia”;
“A crise foi uma forma de garantir mais espaço à União Europeia”. A União Europeia é um projeto de paz e democracia. Para se estar na NATO não é preciso ser-se democrata, mas para se estar na União Europeia é preciso passar no teste da democracia.

A resposta atlântica aos desafios globais Fogh Rasmussen e João Vale de Almeida nas Conferências do Estoril

“O terrorismo, o estado Islâmico, as alterações do clima, as questões da Ucrânia e da Crimeia e a dependência energética europeia da Rússia são ameaças reais” e “estão a pôr em causa a ordem internacional e a governança global”. Afirmações proferidas por Andres Fogh Rasmussen, ex-Primeiro-Ministro da Dinamarca e Secretário Geral da NATO e por João Vale de Almeida, diplomata Europeu e embaixador da UE nos Estados Unidos da América. Um debate aceso sobre a nova ordem mundial nas Conferências do Estoril 2015.

Rasmussen defendeu no Estoril “a criação de uma comunidade transatlântica integrada com aumento da atividade económica, que permita a criação de emprego”, como uma solução para “melhorar a resposta atlântica à nova ordem global”. Nas palavras do antigo Secretário-geral da Nato, isso só é possível com “a reforma de algumas instituições como o FMI e o Banco Mundial, assim como o estabelecimento de acordos de comércio regionais e a recolocação da NATO como pilar da segurança transatlântica”.  

 

Defendendo uma resposta musculada em caso de intervenção, Rasmunssen garante que para reforçar o papel da NATO é necessário criar “forças de reação rápida que sejam possíveis de deslocar para o terreno perante ameaças externas aos países” e acrescenta: “no mundo de hoje é necessário termos parceiros fortes para cumprirmos a nossa missão de segurança. A NATO precisa de melhorar a sua missão de capacitar os estados mais frágeis com modernos sistemas de segurança e ajudar a desenvolver as forças de segurança desses estados.”

 

Apontando o dedo aos líderes políticos, que acusou de não terem sido capazes de “acompanhar a evolução do mundo”, o embaixador João Vale de Almeida, que partilhou o palco com Rasmunssen no painel dedicado à “Resposta atlântica e desafios globais”, afirmou que “nestes últimos 30 anos o mundo mudou mais e em tão pouco tempo, afetando tanta gente que não tem precedentes na história da humanidade”.  E os efeitos estão bem à vista, explica Vale de Almeida, realçando que apesar de nestas últimas três décadas, “muitos milhões saíram da pobreza e houve grandes progressos nos direitos das minorias”, com “ a crise financeira que começou em 2007, a governança global sofreu ameaças e foi posta em causa a legitimidade dos líderes políticos que não foram capazes de resolver os problemas das populações”. 

 

Trazendo a terreiro as questões da Crimeia e da Ucrânia, que “levaram a repensar a geopolítica e o regresso a uma cultura de defesa que data de há 30 anos”, o Embaixador da União Europeia nos Estados Unidos apontou, no Estoril, a segurança como sendo um dos grandes desafios da governação: “todos queremos estar seguros e exigimos isso aos governos, mas quantos de nós estamos dispostos a pagar essa segurança e a prejudicar a privacidade em nome da segurança?” 

Para João Vale de Almeida, a solução está nos “novos mercados emergentes para os onde os países do Atlântico podem vender os seus produtos. E isso poderá fomentar o crescimento e o emprego. Há novas fronteiras que vale a pena explorar e isto inclui Portugal”. 

 

Conferências do Estoril 2015 | Fukuyama e Kasparov no último dia

Francis Fukuyama e Garry Kasparov são dois dos oradores a intervir no último dia das Conferências do Estoril 2015. Em cima da mesa estarão três temas da ordem do dia a nível mundial: Democracia, segurança e diálogo global. A religião e o diálogo entre as civilizações está também em destaque com D. Manuel Clemente, Sheik David Munir e Abraham Skorka.
Da parte da manhã será lançado um debate em torno da democracia – “Caleidoscópio da Democracia”, sob os olhares dos conferencistas João Carlos Espada, director do Instituto de Estudos Políticos - Universidade Católica Portuguesa, Eduardo Cunha, Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Eusébio Mujal – Leon, da Universidade de Georgetown, uma das universidades que mantém parceria académia com as conferências do Estoril. Este painel contará ainda com as contribuições do fundador e líder do Partido Pirata da Suécia, Rickard Falkvinge, empresário e político sueco, e também de Christopher Walker, director executivo do Fórum Internacional de Estudos Democráticos.
 
Paralelamente decorrerá um painel dedicado ao futuro da educação para os negócios.
 
Logo pela manhã, e paralelamente, ao debate principal, decorrerá, um painel dedicado ao futuro da educação para os negócios, ao ensino da gestão de empresas.
A meio da manhã, terá lugar a apresentação de um dos mais recentes parceiros académicos da iniciativa, a Cheung kong Graduate School of Business da China, representada pelo professor, Leslie Young. O objetivo desta escola é desenvolver nos atuais e futuros líderes uma visão global, um espírito humanitário e com ideias inovadoras.
 
As expectativas adensam-se ao longo da manhã, com o painel dedicado à religião e ao diálogo entre as civilizações. A moderação do debate estará a cargo do conhecido jornalista, Henrique Cymerman, que motivará a conversa entre D. Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa, Sheik David Munir, Imã da Mesquita de Lisboa e Abraham Skorka, Reitor do Seminário Rabínico Latino-Americano.  
 
Seguem-se as questões relacionadas com os novos paradigmas da segurança que  contam com a opinião de Laurence Chalmer, Professor Emérito na Universidade Nacional de defesa dos Estados Unidos, Bronislaw Misztal, embaixador da Polónia em Portugal, Vasco Rato, Presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e Vandana Shiva, do Fórum Internacional da Globalização.
 
E porque desde a primeira edição do evento, a organização atribuirá um prémio ao melhor livro sobre Globalização - o Estoril Global Issues Distinguished Book Prize 2015, será entregue a Francis Fukuyama pela obra “Ordem Política e Decadência Política - Da Revolução Industrial à Globalização da Democracia”.
Ao final do dia, o mais famoso jogador de xadrez do mundo, Garry Kasparov, fala sobre a globalização, na conferência que encerrará a 4ª edição das Conferências do Estoril.
 
Sobre as Conferências do Estoril - «Desafios Globais, Respostas Locais» | É, talvez, o maior evento  internacional bianual realizado em Portugal sobre os desafios da globalização. A organização deste evento é responsabilidade da Câmara Municipal de Cascais que conta com a colaboração de vários parceiros nacionais e internacionais pertencentes ao meio académico, institucional e empresarial. As Conferências do Estoril têm como objetivo criar um pólo de reflexão de nível internacional sobre os desafios da globalização, com particular atenção à relação entre os domínios global e local. Visam, ainda, afirmar Cascais, e Portugal, como ponto de encontro de algumas das mais conceituadas individualidades, organizações internacionais, universidades, centros de investigação e desenvolvimento, think tanks e organizações não-governamentais. As Conferências do Estoril incluem também a atribuição de dois prémios: o Estoril Global Issues Distinguished Book Prize, no valor de 10 mil euros à melhor publicação original sobre o tema das Conferências, e o Estoril Local Answers Award, no valor de 10 mil euros, ao projeto que melhor represente uma “Resposta Local” para um “Desafio Global”.
 
 

Conferências do Estoril 2015 | Fukuyama e Kasparov no último dia

Francis Fukuyama e Garry Kasparov são dois dos oradores a intervir no último dia das Conferências do Estoril 2015. Em cima da mesa estarão três temas da ordem do dia a nível mundial: Democracia, segurança e diálogo global. A religião e o diálogo entre as civilizações está também em destaque com D. Manuel Clemente, Sheik David Munir e Abraham Skorka.
Da parte da manhã será lançado um debate em torno da democracia – “Caleidoscópio da Democracia”, sob os olhares dos conferencistas João Carlos Espada, director do Instituto de Estudos Políticos - Universidade Católica Portuguesa, Eduardo Cunha, Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Eusébio Mujal – Leon, da Universidade de Georgetown, uma das universidades que mantém parceria académia com as conferências do Estoril. Este painel contará ainda com as contribuições do fundador e líder do Partido Pirata da Suécia, Rickard Falkvinge, empresário e político sueco, e também de Christopher Walker, director executivo do Fórum Internacional de Estudos Democráticos.
 
Paralelamente decorrerá um painel dedicado ao futuro da educação para os negócios.
 
Logo pela manhã, e paralelamente, ao debate principal, decorrerá, um painel dedicado ao futuro da educação para os negócios, ao ensino da gestão de empresas.
A meio da manhã, terá lugar a apresentação de um dos mais recentes parceiros académicos da iniciativa, a Cheung kong Graduate School of Business da China, representada pelo professor, Leslie Young. O objetivo desta escola é desenvolver nos atuais e futuros líderes uma visão global, um espírito humanitário e com ideias inovadoras.
 
As expectativas adensam-se ao longo da manhã, com o painel dedicado à religião e ao diálogo entre as civilizações. A moderação do debate estará a cargo do conhecido jornalista, Henrique Cymerman, que motivará a conversa entre D. Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa, Sheik David Munir, Imã da Mesquita de Lisboa e Abraham Skorka, Reitor do Seminário Rabínico Latino-Americano.  
 
Seguem-se as questões relacionadas com os novos paradigmas da segurança que  contam com a opinião de Laurence Chalmer, Professor Emérito na Universidade Nacional de defesa dos Estados Unidos, Bronislaw Misztal, embaixador da Polónia em Portugal, Vasco Rato, Presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e Vandana Shiva, do Fórum Internacional da Globalização.
 
E porque desde a primeira edição do evento, a organização atribuirá um prémio ao melhor livro sobre Globalização - o Estoril Global Issues Distinguished Book Prize 2015, será entregue a Francis Fukuyama pela obra “Ordem Política e Decadência Política - Da Revolução Industrial à Globalização da Democracia”.
Ao final do dia, o mais famoso jogador de xadrez do mundo, Garry Kasparov, fala sobre a globalização, na conferência que encerrará a 4ª edição das Conferências do Estoril.
 
Sobre as Conferências do Estoril - «Desafios Globais, Respostas Locais» | É, talvez, o maior evento  internacional bianual realizado em Portugal sobre os desafios da globalização. A organização deste evento é responsabilidade da Câmara Municipal de Cascais que conta com a colaboração de vários parceiros nacionais e internacionais pertencentes ao meio académico, institucional e empresarial. As Conferências do Estoril têm como objetivo criar um pólo de reflexão de nível internacional sobre os desafios da globalização, com particular atenção à relação entre os domínios global e local. Visam, ainda, afirmar Cascais, e Portugal, como ponto de encontro de algumas das mais conceituadas individualidades, organizações internacionais, universidades, centros de investigação e desenvolvimento, think tanks e organizações não-governamentais. As Conferências do Estoril incluem também a atribuição de dois prémios: o Estoril Global Issues Distinguished Book Prize, no valor de 10 mil euros à melhor publicação original sobre o tema das Conferências, e o Estoril Local Answers Award, no valor de 10 mil euros, ao projeto que melhor represente uma “Resposta Local” para um “Desafio Global”.
 
 

Gunter Pauli: As conferências do Estoril não interessam só a adultos

As conferências do Estoril não são só um assunto que interessa a adultos. Hoje, o Centro de Congressos do Estoril acolheu cerca de 50 crianças entre os 8 e os 10 anos de duas escolas básicas do concelho: Alcoitão e Raúl Lino. As crianças estiveram à conversa com Gunter Pauli, o mentor do projecto “The Blue Economy”. O conferencista e outros adultos presentes na sala surpreenderam-se com o conhecimento que estas demonstraram sobre temas relacionados com o ambiente e os projetos da “Economia Azul”.

“Qual é o vosso sonho?”, perguntou-lhes Gunter Pauli que aproveitou para explicar o que quer fazer com a sua fundação: “queremos mudar o mundo criando oportunidades que pensamos não serem possíveis. Quando me dizem que algo não é possível isso constitui para mim um desafio ainda maior!”

Identificados com reciclagem e sustentabilidade marinha, os alunos fizeram questão de representar algumas das cenas das peças de teatro que fizeram na sala de aula sobre o ambiente. Numa das peças, Gunter Pauli, interpretado por um dos alunos, teve honras de ator. 

A dada altura, eram tantas as mãos no ar para o questionarem que Gunter Pauli propôs-lhes visitar as escolas que estiveram presentes nesta acção motivadora sobre a proteção do ambiente.

Sem inibições, os pequenos peritos, perguntavam-lhe: “acredita no potencial das crianças para mudar a economia?”; “Há quantos anos trabalhas na área do ambiente?”, “Quais são os seus projetos para o futuro”, e “De que forma pensa salvar os animais e a natureza com os seus projectos?” 

Gunter Pauli tem seis filhos, chegou a morar numa casa sem móveis e aprecia o conceito zen da vida, para tirar o máximo proveito da natureza.

Estoril Local Answers Award 2015 entregue à Aporvela

O projeto “Mar de Oportunidades”, parceria entre a Aporvela e a Casa Pia de Lisboa, destinado a jovens em risco de exclusão social foi o vencedor do Estoril Local Answers Award. A cerimónia decorreu no âmbito das Conferências do Estoril 2015 e distinguiu uma “Resposta Local” para um “Desafio Global”.

Composto por Chris Arnold [Fundador do World Merit], Harry Starren [Escritor e ex-CEO do De Baak], Mariana van Zeller [Jornalista, National Geographic], Meagan Fallone [Global Strategy and Development, Barefoot College] e Stanley Anyetei [Diretor-fundador da RoundCircle Strategist e Chefe da área de Investimentos na Pymwymic] o júri elegeu o projeto “Mar de Oportunidades” da Aporvela como o vencedor, após uma avaliação das candidaturas recebidas.


“Este prémio só é entregue a quem dá provas do impacto atingido, sobretudo nas pessoas envolvidas e o projeto da Aporvela permitiu-nos verificar que o impacto é real e é isso que aqui premiamos”, justificou Milton Sousa, diretor executivo das Conferências do Estoril, na entrega do Estoril Local Answers Award. 


“Tirar jovens da exclusão social é uma responsabilidade de todos nós”, assumiu José Lúcio, presidente da Aprovela, entidade que, em parceria com a Casa Pia de Lisboa tem contribuído para o desenvolvimento dos jovens, alguns dos quais enfrentam o risco de exclusão social. “Nesta sociedade globalizada temos que saber integrar estes jovens e particularmente sensibilizá-los para a aquisição do conhecimento”, justificou.


A Aprovela aproveitará agora os 10 mil euros do prémio para aplicar numa bolsa para que os jovens possam frequentar um curso profissional. 


Sobre a Aporvela | Através da formação, a Aporvela contribui para a descoberta de novos significados para a vida, ajudando os jovens a escolher uma carreira ligada ao Mar, capacitando os mais novos para a luta contra a pobreza e a descriminação e ajudando-os a trabalhar e a melhorar os conhecimentos e competências. 

Fique a conhecer melhor este projeto no site da Aporvela: http://www.aporvela.pt/wp/

A relação entre empresas e sociedade num mundo em mudança

A procura de soluções locais para as grandes questões globais continuou a dar o mote ao debate nos painéis da tarde das Conferências do Estoril esta quinta-feira, 21 de maio. Guillermo Francos, Tashmia Ismail, Miguel Alves Martins e Robert Metzke foram os oradores convidados para debater os desafios que se colocam às relações entre as empresas e as sociedades num mundo em mudança.

O painel que abriu os trabalhos da tarde no Centro de Congressos do Estoril contou com a moderação de Gili Drori, socióloga e professora na Universidade Hebraica de Jerusalém que referiu estarem as empresas e a sociedade civil a fazerem um esforço de adaptação à mudança. “ Hoje em dia as empresas já têm uma agenda social e a responsabilização de melhorar a inclusão na comunidade, enquanto as organizações sem fins lucrativos adotam modelos de gestão empresarial” referiu a socióloga sobre o esbatimento das fronteiras entre empresas e sociedade.



Guillermo Franco, presidente de um banco argentino que concede microcrédito (Província Microempresas), trouxe à audiência das Conferências do Estoril a experiência de como é possível uma entidade financeira contribuir para a inclusão económica e social da parte da população que não tem acesso a crédito através do sistema financeiro. “ As pessoas não pedem presentes querem oportunidades” afirmou Guillermo Franco, referindo, ainda, que o ratio de cumprimento do microcrédito é elevadíssimo graças à confiança que se estabelece entre o banco e os clientes.



A necessidade urgente de se repensar os modelos de negócio tradicionais que “provocam inúmeras desigualdades perigosas para a estabilidade social e económica” foi a ideia defendida por Tashmia Ismail, Investigadora da Universidade das Nações Unidas que avançou com a solução de “adequar o modelo de negócio à realidade das comunidades locais, contribuindo, assim, para a inovação e a criação de valor para a comunidade pelas empresas”.



Miguel Alves Martins, cofundador do Instituto de Empreendedorismo Social (IES), criado em Cascais há sete anos, refere na linha dos restantes oradores que “ O ambiente económico está a mudar muito rapidamente, pelo que é preciso uma readaptação das empresas e da sociedade a essa mudança.” Aquele que é o rosto do empreendedorismo social em Portugal, defende uma nova abordagem á liderança em que as universidades têm um papel fulcral na formação desses novos líderes e empreendedores sociais.”



“ A humanidade precisa de dois ou três planetas para continuar com este estilo de vida, gastando os recursos que não temos.”, alertou Robert Metzke, diretor de estratégia da Royal Philips Eletronics. Sobre a relação entre empresas e sociedades Metzke refere que “nenhum negócio pode prosperar sem um desenvolvimento sustentável. Isto não é uma questão moral ou religiosa, mas, uma perspetiva de negócio. Daqui a uma década as empresas que não compreenderem isto perderão a guerra.” 
 

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