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Stock Off’12 - verão BIPP até dia 26 de maio no Mercado da Vila

Até 26 de maio, o mercado de Cascais recebe a primeira edição de verão da feira solidária Stock Off’12 – verão BIPP, evento que conta com o apoio da Câmara Municipal de Cascais. Durante estes três dias é possível encontrar no mercado de Cascais uma grande variedade de produtos nas áreas de Vestuário e Calçado, Decoração, Utilidades e Têxtil para Casa e Jardim, Brinquedos de Praia e Loiças a preços convidativos.

O Stock Off’12 – verão BIPP visa angariar fundos para o BIPP – Banco de Informação de Pais para Pais, Instituição Particular de Solidariedade Social com sede em Cascais, cuja missão é agir sobre o futuro dos cidadãos com deficiência.



No BIPP, famílias, técnicos e agentes sociais trabalham em conjunto na construção do seu projeto de vida, atuando nas áreas da saúde, educação, jurídica e integração no mercado de trabalho, e criando respostas que promovam a participação e inclusão social destes cidadãos.
 

AGENDA | Apresentação Estoril Foot 2012, 12h00 | Salão Nobre | Câmara Municipal de Cascais

É apresentado dia 23 de maio, às 12h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o EstorilFoot2012, Torneio de Futebol de Sete destinado a jovens de ambos os sexos, nascidos nos anos de 1999, 2000, 2001, 2002 e 2003. O torneio vai decorrer de 18 a 23 de junho de 2012 e que conta com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, Junta de Freguesia do Estoril, Associação de Futebol de Lisboa e dos Clubes onde se realizam os jogos. O evento conta com a presença de Humberto Coelho, patrono do Estoril Foot, e do presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras.

Marcado para o início do período das férias escolares de verão o Estoril Foot proporciona a todos os Clubes, ano após ano, o convívio em competição dos seus atletas e dirigentes, como prémio pelo trabalho e dedicação no decurso da época 2011/2012 que agora termina, ajudando a desenvolver o espírito desportivo e fair play, bem como a criar condições para um melhor e maior intercâmbio de culturas e experiências.
 


O torneio vai decorrer no concelho de Cascais, nos campos de futebol com piso de relva sintética do Estoril Praia, do Dramático, do Fontainhas, do Malveira da Serra e da Torre, e ainda no Estádio do Estoril Praia de relva natural, onde se realizarão as finais. Em campo para disputar 290 jogos em seis dias estarão mais de 1900 jogadores, cerca de 400 dirigentes em representação de 120 equipas e 48 árbitros.


Mais informações em http://www.estorilfoot.org/
 

Vem aí a Festa da Criança 2012, domingo | 3 de junho | 10h00-18h00 | Baía de Cascais

Domingo, 3 de junho, todos os caminhos da diversão vão dar à Baía de Cascais É mais uma edição da Festa da Criança, iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Cascais para assinalar o Dia Mundial da Criança.

Animação e muita alegria são as propostas da Câmara Municipal para um dia bem passado em plena Baía de Cascais, Largo Cidade Vitória e Praça 5 de Outubro onde haverá muito para fazer e brincar.


Vela, canoagem, escalada, slide, ginástica, saltos em trampolim, danças e tiro com arco são algumas da modalidades disponíveis seja em demonstração por vários clubes e associações do concelho, seja para experiência gratuita dos interessados.


Estão também ao dispor da população insufláveis, pinturas faciais, viagens de pónei, tudo num ambiente pleno de animação, onde não faltam ateliês de artes e jogos tradicionais para todas as idades.


Trânsito condicionado: Por motivos de segurança, a festa obriga a algumas restrições na circulação automóvel, pelo que, no dia 3 de junho, o trânsito estará interrompido entre as 09h30 e as 20h00, na zona da Baía de Cascais, na Av. Combatentes da Grande Guerra, a partir da mini-rotunda junto do Jardim Visconde da Luz; Passeio D. Luís e  Av. D. Carlos I, até à rotunda João Paulo II, junto ao Centro Cultural de Cascais. A circulação automóvel estará reservada apenas a veículos de emergência, pelo que a carreira urbana BusCas não irá circular na zona da Baía neste dia. O acesso aos parques de estacionamento do Hotel Baía e da Cidadela estará garantido.

Clean Up the Atlantic em Cascais | 620 quilos de lixo recolhidos em três horas por 34 mergulhadores e 10 voluntários

Na 5.ª edição do Clean Up The Atlantic, que decorreu no sábado, 19 de maio, entre as 10h00 e as 13h00, os voluntários recolheram 620 quilos de lixo, entre os resíduos estava uma roda de bicicleta, um conjunto de mesa e cadeiras de plástico, pneus e carrinhos de supermercado. A ação decorreu na Praia dos Pescadores (Baía de Cascais).

No local, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, salientou o grande dever de cidadania dos participantes: “Foi com enorme satisfação que estive com estes homens e mulheres, que ano após ano, com esta atitude e nesta iniciativa, ajudam a preservar um dos nossos maiores patrimónios - o mar”.


No Clean Up participaram 34 mergulhadores, apoiados por dez voluntários em terra, a quem coube a missão de trazer o lixo retirado para a beira-mar.


No final, os resíduos foram pesados e ficaram expostos durante algumas horas na Baía de Cascais, de modo a chamar a atenção da população para o tipo de lixo depositado no mar - particularmente objetos de plástico e metal - que, muitas vezes, prejudica a fauna e flora marinhas.


Promovido pela Câmara Municipal de Cascais, o Clean Up the Atlantic visa sensibilizar a opinião pública para os efeitos negativos da poluição marítima e, paralelamente incentivar a prática de mergulho no concelho. A iniciativa conta com a parceria da Empresa Municipal de Ambiente de Cascais, do Grupo Ecológico de Cascais, da APPSA - Associação Portuguesa de Pesca Submarina e Apneia e do Centro de Mergulho Cascais Dive Center.
 

Câmara homenageia Grupo Dramático e Sportivo de Cascais pelos resultados obtidos na época 2011/2012

Segunda-feira, 21 de maio, o Centro Cultural de Cascais foi palco de mais um evento de destaque. Num tributo aos excelentes resultados desportivo obtidos na época 2011/2012, a Câmara Municipal de Cascais homenageou atletas e dirigentes do Grupo Dramático e Sportivo de Cascais.

A homenagem da Câmara Municipal de Cascais pretendeu distinguir a Equipa Sénior de Rugby que se sagrou Campeã Nacional da 1.ª Divisão, subindo à Divisão de Honra da modalidade. Foi também homenageada a Equipa Sub-16 de Rugby que venceu o Campeonato Nacional de Rugby de XV do Grupo A – Sub 16.


Também no Futsal o Dramático esteve de parabéns. Ao classificar-se em segundo lugar no Campeonato Nacional da II Divisão, a equipa sénior assegurou a subida à 1ª Divisão.


Prova do seu ecletismo, o clube de Cascais assegurou ainda outro resultado desportivo digno de nota sagrando-se como Campeão Nacional de Ginástica Acrobática, vitória que foi assegurada pelo Trio Junior Elite - Margarida Bustorff-Silva/Alicia Gamboa/Matilde Jervis Pereira. Ainda na ginástica acrobática o Dramático arrecadou mais um bom resultado ao classificar-se em quinto lugar na Competição Mundial por Grupo de Idades (escalão 11/16) de Ginástica Acrobática, feito alcançado pela Quadra Masculina Juvenil - Pedro Melo / Filipe Santana / Tiago Fernandes / Rafael Branco.


Manifestando grande orgulho pela excelente época do clube de Cascais, Carlos Carreiras, Presidente de Câmara Municipal de Cascais, deixou ainda, na ocasião, “uma palavra especial para um desportista especial”, João Bettencourt Correia e Ávila, treinador da equipa de rugby campeã que será agraciado em junho com a medalha de mérito desportivo. “Mais do que um treinador de rugby. Mais do que um grande desportista, mais do que tudo isto, João Bettencourt Correia e Avila é um cascalense de sempre. Um homem que tem levado, através do desporto, o nome de Cascais mais longe. Aos atletas que foram os melhores, entre os melhores, e que elevaram bem alto o nome do Dramático e de Cascais e a todos que fazem deste clube, um clube de campeões, num concelho eclético os meus parabéns!”

Estão abertas as inscrições para o Programa Cascais em Férias 2012 | Colónias de férias com apoio da Câmara Municipal de Cascais

Arrancam dia 18 de junho as primeiras das várias colónias de férias em regime aberto que contam com o apoio da Câmara Municipal de Cascais e que decorrem até agosto. Realizadas pelas instituições que ao longo do ano acompanham os jovens do concelho, estas colónias visam promover atividades diversas ocupando de forma positiva os tempos livres das férias de verão dos jovens entre 6 e os 18 anos. Entre idas à praia ou piscina, passeios, jogos, ateliês e prática desportiva, há muito para fazer. Aos pais importa, antes de mais, estar atento aos prazos de inscrição que deve ser formulada junto de cada instituição.

Acessíveis e diversificadas, as colónias de férias são organizadas pelas diferentes instituições que, deste modo, proporcionam a um número alargado de crianças a oportunidade de ocupar o tempo livre das férias escolares em atividades criativas, desportivas ou de puro lazer.
Prática desportiva de futebol, voleibol, basquetebol, hóquei e dança são algumas das ofertas que também incluem jogos de água, gincanas, ateliês de expressão plástica, expressão dramática, culinária e música e ainda oficinas e laboratórios, dinâmicas de grupo, passeios, visitas a bibliotecas, museus, idas ao cinema e à praia ou piscina.


Programa e contatos das instituições


Nota: As vagas são limitadas e os valores cobrados variam em função dos rendimentos familiares.


 

4.ª Edição ArteMar Estoril: Votações abertas | Obra mais votada recebe o Prémio do Público

Estão oficialmente abertas as votações para a escultura vencedora do Prémio do Público da 4.ª edição do concurso/exposição ArteMar Estoril. Até 13 de junho, a escolha poderá ser feita através de voto eletrónico no site www.cm-cascais.pt, no facebook da Câmara Municipal de Cascais ou através de voto em urna, na sede do ArteMar, na Praia das Moitas.

“Considero que a 4.ª edição do ArteMar é a mais bem conseguida de todas, até hoje” referiu Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, durante na inauguração do concurso, que decorreu no passado sábado, 12 de maio. “Contatar com as manifestações de arte, com o talento que os artistas colocaram nas suas obras e fomentar a perspetiva de sustentabilidade ambiental, quer de Cascais, quer de Portugal, é mais um motivo para visitar o Paredão”, referiu, ainda, o autarca.


Nesta 4.ª edição, o ArteMar Estoril apresenta 11 esculturas a concurso, tendo como principal critério de avaliação a elevada qualidade estética, com forte enfoque na mensagem ecológica. O grande vencedor do concurso será eleito por um júri. Para além disso, até ao encerramento da exposição os visitantes poderão escolher a sua escultura preferida e assim eleger o Prémio do Público, no valor de 2.500 euros.


O concurso/exposição de escultura ao ar livre é promovido pela Câmara Municipal de Cascais (CMC) e pela Fundação D. Luís I. Paralelamente à mostra, realizam-se diversas atividades lúdicas: no dia 31 de maio, as escolas podem participar nas Oficinas de Teatro – “Esculturas em ação”, entre as 10h e as 11h e as 15h e as 16h. Por sua vez, a Maratona Fotográfica FNAC terá lugar no dia 9 de junho, convidando fotógrafos amadores e profissionais a percorrer as ruas do concelho.


Para votar eletronicamente no Prémio do Público, clique aqui.


 


Nota: A votação no canal facebook da câmara Municipal de Cascais foi cancelada por problemas técnicos inultrapassáveis. Pelos facto apresentamos as nossas desculpas.



 

José Carlos Pinto Coelho

José Carlos Pinto Coelho, 64 anos, tem uma longa carreira como gestor. Em fevereiro de 2010, e em representação da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, foi eleito presidente da Confederação do Turismo Português (CTP).No seu mandato de três anos, tem focado a atenção na recuperação da competitividade do sector do turismo, em face de um contexto de incerteza. Além de estar à frente da CTP, Pinto Coelho é presidente dos conselhos de admi-nistração de várias empresas, entre as quais a Guia – Sociedade de Construções e Turismo, Hotel quinta da Marinha, Golfe da Quinta da Marinha ou do SMP-Serviço Médico Permanente, entre outras.

Julho e agosto de 2011 foram meses extraordinários em Cascais, no que diz respeito ao turismo e os grandes eventos previstos para o próximo verão prometem reeditar a notoriedade da vila além-fronteiras. No ano passado, com um aumento de 4% no número de dormidas de hotel, foi este o concelho com melhor de-sempenho no setor.
A rentabilidade da hotelaria que acolhe os visitantes tem muito a ver com o nível de qualidade das várias unidades hoteleiras, num total de onze, sendo que 2/3 da oferta são de unidades de cinco e quatro estrelas.

Para o presidente da Confederação do Turismo Português, José Carlos Pinto Coelho, sendo o turismo um setor estratégico exportador, serve de alavanca à recuperação económica do país. E, nesse contexto, Cascais está bem preparado, pois também a autarquia apresenta uma “política orçamental e fiscal na direção certa, encorajando pessoas e empresas a escolher Cascais para a sua residência e sedes”.

No seu setor de atividade empresarial - o turismo - de que forma é que a atual conjuntura económico-financeira e social se faz sentir e que consequências pode ainda vir a gerar?

O Turismo não é alheio à actual conjuntura económico financeira e social, mas enquanto setor estratégico e como principal exportador de serviços tem a capacidade para contribuir com maior rapidez para a recuperação económica, não só através da captação de receitas externas como através do combate ao desemprego, o que é muito relevante na conjuntura que se vive. Assim sendo, é necessário criar condições para promover o crescimento deste setor e, em concreto, implementar medidas que incentivem o desenvolvimento e viabilização de bons projetos.

Como empresário, como planeia enfrentar esta época de recessão contínua, falta de confiança dos mercados e austeridade geral?

A atitude dos empresários que actuam no sector do Turismo deve continuar diferenciadora, ou seja, devem concentrar os seus esforços na segmentação e especialização dos seus produtos, aliados a uma oferta de inegável qualidade. O principal problema a resolver é o acesso ao crédito. O aumento de impostos incluindo o IVA na restauração e no golfe e o aumento dos custos gerais, como a energia, obrigam a uma gestão extremamente rigorosa e, por vezes, de simples sobrevivência.

Está otimista quanto à forma como Cascais e os seus munícipes conseguirão ultrapassar esta fase menos positiva? Porquê?

Cascais é reconhecido como um município de estabilidade e onde o empreendedorismo sempre foi, mais que uma regra, uma atitude. Nomeadamente no sector turístico que tem especial preponderância na economia local desde há muitos anos. É esta atitude positiva, a que se junta criatividade e perseverança, que me faz acreditar numa recuperação que voltará a trazer crescimento.

 Como pode a autarquia contribuir mais para minorar os custos da atual situação económico-financeira?

O Orçamento apresentado pela Câmara Municipal de Cascais demonstra coragem e uma capacidade de não ficar fechado nos necessários cortes. Aquilo que se pretende é que haja a capacidade política para saber distinguir o que é despesa daquilo que é investimento. E isto é fundamental no sector turístico, onde a contenção de custos de contexto e de impostos, dentro de limites aceitáveis, é obrigatório para nos manter competitivos. A actual política orçamental e fiscal está na direcção certa, encorajando pessoas e empresas a escolher Cascais para a sua residência e sedes, respectivamente. Esperemos que os resultados sejam visíveis a curto prazo, para poder ser alargado o âmbito dos incentivos agora decididos.

Como polo económico, quais os pontos fortes e pontos menos fortes do concelho de Cascais?

Cascais é decididamente um dos principais pólos turísticos nacionais, detendo marcas de grande projecção e qualidade. Tem sabido reinventar-se mesmo nas dificuldades, por exemplo através de grandes eventos. Muitos ficaram preocupados com a saída da Fórmula 1, mas hoje em dia já existem outros acontecimentos com enorme sucesso.
O golfe, a marina, o centro de congressos e o autódromo são pontos fortes que há que promover. A curta distância a Lisboa e ao aeroporto são muito importantes para a fixação de empresas e desenvolvimento do turismo de negócios. O aumento das acessibilidades onde se destaca a abertura da A16 é de extrema importância, sendo urgente terminar a ligação da A5 ao Guincho.

Finalmente, é fundamental reinventar o centro de Cascais, que consideramos o projecto mais importante que falta concretizar para benefício de toda a atividade económica do concelho.

Conselhos

O Serviço Municipal de Protecção Civil de Cascais e a Autoridade de Saúde Concelhia aconselham:

Em qualquer dia de muito calor, para evitar situações de desidratação ou aumento da temperatura corporal:



  • Faça regularmente a ingestão de líquidos (de preferência agua e sumos naturais);

  • Faça refeições ligeiras, e várias vezes ao dia;

  • Use roupas leves de algodão e com cores claras;      

  • Proteja a cabeça com um chapéu ou lenço;                 

  • Evite estar muito tempo ao sol;

  • Evite actividades físicas que exijam muito esforço,

  • Se for á praia, faça-o nas primeiras horas da manhã ou ao fim do dia, use protector solar e óculos escuros;

Se estiver em casa, em qualquer dia de muito calor, para evitar situações de desidratação ou aumento da temperatura corporal:



  • Durante o dia abra as janelas e mantenha as persianas fechadas para haver circulação de ar;

  • Durante a noite abra as janelas para que o ar circula e a casa arrefeça;

  • Se tiver o corpo muito quente não tome banho com água demasiado fria. Tome um duche de água tépida;

  • Faça regularmente a ingestão de Líquidos;

Se for fazer uma viagem de automóvel, em qualquer dia de muito calor:



  • Viaje nas horas de menos calor;

  • Evite percursos longos;

  • Não feche totalmente as janelas a não ser que tenha o ar condicionado ligado;

  • Proteja-se do sol. Cubra as janelas do veículo com telas apropriadas para não dificultar a condução;

  • Ingira muitos líquidos (de preferência agua e sumos naturais);

  • Redobre os cuidados com bebés, crianças e idosos, dê-lhes água frequentemente, vista-lhes roupas leves de algodão e com cores claras e mantenha-os arejados;

  • Se transportar animais domésticos dê-lhes água e não os deixe fechados;

Duarte Nobre Guedes

Foi gestor e empresário, e piloto de ralis. Numa dessas competições foi dado como desaparecido durante semanas e viveu então, algures em África uma experiência de autoconhecimento que o marcaria para sempre. Duarte Nobre Guedes, 61 anos, está prestes a completar uma década à frente do Turismo do Estoril – de cujo crescimento sustentado é um dos principais arquitetos. Pelo seu trabalho e conhecimento do mundo é naturalmente um “embaixador da nossa terra”. Reside aqui há mais de 40 anos e garante que as pessoas de Cascais são “diferentes” e que isso se nota em qualquer lugar ou contexto.

Nasceu em Lisboa mas por volta dos 18 anos mudou-se definitivamente para Cascais, por vontade própria. Adotou para sempre a terra que já o cativava, quatro meses por ano, em férias de verão vividas intensamente junto ao mar.


Qual é a leitura que faz de Cascais/Estoril como destino turístico desde que está à frente do Turismo do Estoril?


A primeira coisa que tivemos de fazer foi um diagnóstico, desenvolvido em várias vertentes, e constatámos variadíssimas lacu-nas. Identificámos três principais: uma degradação do produto, uma desorientação/indefinição em ter-mos de política de marketing, e finalmente a gestão, em si, do destino turístico. Atacar nessas frentes fez parte de um plano estratégico, com a Câmara Municipal de Cascais, em que foram definidas as linhas em que devíamos desenvolver. Desde as ruas, jardins, praias, parque natural, hotéis desqualificados, enfim, o produto - na sua generalidade - estava muito degradado. Na parte do marketing sentimos que não havia um posicionamento correto para a Costa do Estoril. Finalmente, a gestão era um pouco antiquada.


Começaram então a trabalhar


Trabalhámos essas três – produto, marketing e gestão - com a CMC, e havia task forces, para melhorar o produto. Como resultado, penso que hoje o concelho de Cascais, a Costa do Estoril, tem um produto completamente diferente. Todos os hotéis foram requalificados ou subiram mesmo de classificação, bem como todos os outros produtos turísticos. Em termos de marketing está perfeitamente definido o que é este destino.


E o posicionamento da Costa do Estoril é uma grande diversidade de oferta, de excelente qualidade, com um enquadramento natural e monumental único, com um clima muito ameno, uma situação geográfica privilegiada junto da costa (com Lisboa muito próxima, e é muito importante essa referência). E, assim, chegamos a um slogan: "um lugar com mil sensações!". É essa diversidade concentrada que faz a diferenciação da Costa do Estoril.


Com esse posicionamento começámos a trabalhar em várias vertentes, desde a promoção pura e dura – publicidade, participação em feiras - até aos eventos, e tem dado resultados. Eventos como veículos privilegiados de promoção, sejam eventos adaptados ao perfil da região, com visibilidade a nível global, que tenha a mediatização e com rentabilidade em termos de participação.


Eventos não são só os desportivos, mas também os culturais…


Eventos desportivos, culturais, de música, todos - sempre adaptados ao perfil da região. Finalmente, no último vetor - gestão do destino - consideramos que deve haver uma maior participação do sector privado, todos os players devem estar sentados à mesa. E a ideia é haver uma marca-umbrella geral mas depois, por produto turístico, ir-se constituindo com os privados associações de direito privado, como temos no turismo de negócios o Convention Bureau, ou o Golf Bureau e, eles próprios, fazerem a sua promoção. Haverá mais associações a serem criadas à medida que os produtos vão sendo maduros, vão ganhando massa crítica.


Caminhar-se no sentido das parcerias?


Muito! No que toca ao produto este é um projeto que não tem fim, está sempre em melhoria. No turismo, cada vez mais, a motivação é o produto em si. Por isso é que existem, por exemplo, feiras especializadas em golfe, comunicação especializada em golfe, etc. As associações são mais conhecedoras do produto e nós tratamos mais do enquadramento geral. Está em curso, quer no turismo de natureza e no turismo náutico, começarem a constituir-se associações…


Uma das vertentes mais explorada é o turismo de negócios. Faz falta à região um parque de exposições como o da FIL, em Lisboa?


O turismo de negócios representa hoje 45% das receitas e é, de facto, de longe, o produto mais importante. Há dez anos - quando se constituiu esta equipa - o turismo de negócios representava 15% e o lazer, com tudo o que comporta, representava 70%. Houve portanto uma evolução e ainda bem! Em termos de equipamentos, penso que têm de estar de acordo com a dimensão da região. Temos cerca de 3200 quartos vendáveis e os equipamentos, centro de congressos, etc., têm de estar mais ou menos equilibrados. Normalmente existe um rácio de dez por cento [entre o número de camas e o número de lugares necessários de um auditório].
 


A oferta da região em eventos consegue projetar a marca no estrangeiro como se pretende?

Penso que sim. Fazemos sempre um inquérito ao turista e temos noção de que cerca de um terço das pessoas que nos visitam ouviram falar da Costa do Estoril através dos eventos. É um instrumento de promoção muito importante. E toca o público que pretendemos.


Qual é o perfil desse público?

Estamos a falar de uma região que tem cerca de 80% dos hotéis de 4 e 5 estrelas, que tem um enquadramento natural fantástico…


Portanto, turismo de negócios?


Com certeza! O nosso público não é híper-luxo- super-caro, mas tem o valor de qualidade - value for Money - que é o mais importante, algum poder aquisitivo.
 
Em termos de equipamentos culturais, a oferta já projeta o destino?


Penso que sim. Dentro dos eventos desportivos temos o golfe, a vela ... Dentro dos culturais, temos as conferências do Estoril, o cinema, etc. Uns eventos trazem mais espetadores que outros ou têm mais mediatização internacional. O importante é que haja a comunicação . Os melhores promotores são os participantes. Temos uma percentagem extremamente forte de fidelização dessas pessoas. As pessoas ficam agradavelmente surpreendidas, são bem recebidas e voltam. Para mim, a melhor promoção que existe é o passa-palavra. Por isso os eventos são o veículo de comunicação privilegiada: os que vêm aqui tornam-se eles próprios promotores. Claro que para isso é preciso não defraudar - não vender gato por lebre.


Com o seu conhecimento dos estrangeiros, de outros mercados, do próprio destino, é também um embaixador desta terra…

E com muito orgulho. Andei em várias provas, Dakar, etc., e as pessoas sempre me associaram ao piloto de Cascais. Quer se queira, quer não, para o bem e para o mal, as pessoas de Cascais são diferentes. A presença de alguém de Cascais nota-se. Em mim também se notou, sou conhecido como tal e tenho muito prazer nisso. É carisma. Não são pessoas com preconceitos, snobes ou elitistas - não tem nada a ver com isso.


Nessas experiências desportivas falava da sua terra?

Sim, sempre. O glamour, o ambiente que se vive em Cascais, na minha pessoa também estava presente. Amigos meus vêm cá, visitam, gostam disto e voltam. Hoje em dia faz parte da minha profissão, mas estou sempre a promover o destino.


O fato de já não haver Formula Um não diminui a oferta?

Em relação há dez anos temos mais ou menos o mesmo número de camas. Contrariamente a Lisboa e ao Algarve, que aumentou a oferta cerca de 25% a 40% mas tem a mesma receita. Nós aumentámos a receita 63% com o mesmo número de camas! Houve uma enorme requalificação do produto. Para requalificar é preciso investir, e para investir é preciso que haja dinheiro e para isso é preciso vender caro. Quando se vai atrás de preços baratos - esse é o problema e não é essa a nossa política - a médio prazo degrada a qualidade dos equipamentos e degrada a qualidade do destino. Aqui não se passa isso: o preço médio de venda de quartos aumentou 40%.


A região está assim melhor preparada para resistir à crise...

Acho que sim, o turismo teve a crise em 2008-2009 e nós, em 2011, apresentámos números superiores a 2007. Recuperámos em termos de hóspedes, e com preços mais altos. Isso reflete que estamos bem posicionados, temos um bom produto, trabalha-se bem, as pessoas gostam de cá voltar.


Preocupa-se com a sustentabilidade. A esse nível também a oferta está a melhorar?

Quando falamos em sustentabili-dade falamos em três valências: económica, social e ambiental. O concelho de Cascais tem a preocupação de trabalhar nesse sentido. Em termos económicos, quando em dez anos se aumentaram as receitas turísticas em 65 ou 70%, acho que estamos a trabalhar bem. Na parte ambiental existe essa preocupação vincada muito forte da parte da CMC e de nós próprios, determinante também em termos turísticos. O turista hoje também quer ver como um destino se comporta em termos de sustentabilidade e os próprios munícipes têm de estar satisfeitos. No concelho de Cascais trabalha-se muito a esse nível. Fomos o primeiro centro de congressos na Europa a ser certificado. A sustentabilidade é fundamental e faz a diferença.


Nas férias gosta de fazer turismo de aventura por conta própria… É verdade?


A ida aos ralis - Dakar, Egito, Dubai, Tunísia, etc.- durante dez anos, marcou-me muito, porque dá para ver a vida de outra maneira. Houve um acontecimento determinante quando andava nos ralis. Foi ter ficado perdido durante vários dias, sozinho, etc., num lugar de eleição especial que é um deserto. Esse acontecimento, em 1990, marcou-me para sempre. Decorrente desse episódio, de vez em quando, sinto a necessidade de estar só, comigo, em contemplação da vida… E daí a aventura, sim. Fiz os caminhos de Santiago, são mil quilómetros de BTT. Todos os anos faço uma viagem desse género. Na altura desse episódio tinha uma atividade profissional muito intensa e foi uma travagem às quatro rodas… A família assustou-se um bocado, mais do que eu. E quando a minha mulher me foi buscar ao aeroporto ela própria disse que eu estava uma pessoa diferente, pela cara, pelo sorriso… Nunca entrei em pânico, mas tive muita sede, muita fome, deu para isso tudo. Medo? A determinada altura estive muito assustado mas consegui ultrapassar. Foi muitíssimo posi-
tivo, de negativo não ficou rigorosamente nada.


 Qual é o local mais bonito?


Todos os dias, por volta das seis e meia da manhã faço jogging, da Guia ao Guincho. Esse nascer do sol toca-me muito. Deito-me cedo e levanto-me cedo. Nunca gostei muito da noite e sempre gostei muito da manhã e considero que é um privilégio poder assistir ao nascer do sol nesse ambiente em que se vê o Cabo da Roca, o Guincho, o mar, etc. Para mim, são os instantes de isolamento de que preciso todos os dias.


Um restaurante?
 


Só vou a restaurantes de qualidade – não é que sejam caros mas onde sei que se come bem, mas não queria estar a referir nomes. Para mim, a gastronomia portuguesa é superior a qualquer outra, mas tem sido pouco explorada internacionalmente. Eu próprio promovo a gastronomia cá, porque uma pessoa não vai a um destino turístico onde se coma mal.


Equipamentos culturais?

Há vários. Num segmento gosto muito do Centro de Congressos. Gosto muito da Cidadela, um encanto aquele espaço, um lugar superior. Em termos de arquitetura gosto imenso do (museu) Paula Rego. O hipódromo é fantástico. O Farol de Santa Marta, a Casa de Santa Maria, o M. C. Castro Guimarães… gosto muito de toda aquela zona. O espaço que se criou com o Marechal Carmona com o hipódromo é fantástico. O Farol de Santa Marta, a Casa de Santa Maria, o M. C. Castro Guimarães… gosto muito de toda aquela zona.


E a praia de eleição? O Guincho?

O Guincho, mas não sou muito de praia… Gosto de sítios menos concorridos e de grandes horizontes..


Eventos?

Sou mais adepto de desporto que de cultura. Gosto muito de golfe, desporto que pratico. Acho que no hipismo o CSI é fantástico. A vela é excecional. O Moto GP e os eventos que há no autódromo também são extraordinários; e o ténis à sua dimensão… Os eventos desportivos mexem muito comigo. Depois, na parte cultural, os festivais de música… Estou muito expectante em relação ao [remake do concerto dos] Genesis.


Um desejo que tenha para o concelho, para este destino?

Que se mantenha, não só em termos turísticos, uma terra onde exista a tal sustentabilidade: na economia, seja agradável; o ambiente seja respeitado; socialmente seja solidária – uma terra que não se degrade, o que faz com que este seja um sítio muito especial para se viver. As pessoas devem pensar nisso, falarem e promoverem este sítio. Eu, claramente, do fundo do coração, sinto-me um privilegiado por viver em Cascais.

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