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Chega ao fim mais uma edição das Festas do Mar
 
    Orquestra Sinfónica de Cascais volta a reinventar-se
A Orquestra Sinfónica de Cascais não poderia faltar a este último dia de Festas do Mar. A tradição cumpriu-se, mais uma vez, este ano em que o maestro Nikolay Lalov e os 65 músicos em palco brindaram o público com uma seleção das melhores músicas das últimas edições do festival.
Em duas horas de concerto ouviram-se temas como “Nasci para a Música”, de José Cid, “Sol”, de Vitor Kley, “Porto Sentido”, de Rui Veloso, “Nasce Selvagem”, dos Delfins, entre outros, fazendo com que quem assistia viajasse no tempo, revivendo grandes êxitos da música portuguesa.
A noite terminou com um dos momentos mais aguardados da noite, o fogo de artifício que, lançado do mar, iluminou toda a Baía de Cascais. Ao mesmo tempo que o público olhava para o espetáculo no céu, a Orquestra tocava “Blackbird + Let it Be + Hey Jude” dos Beatles. Mais uma edição das Festas do Mar que termina em grande!
O talento e a simpatia de Mimi Froes não deixam ninguém indiferente
Foi a primeira a cantar para o Papa na Jornada Mundial de Juventude há um mês, em Lisboa. Neste derradeiro dia das Festas do Mar deste ano abriu o Palco da Baía e conquistou pela voz e simpatia que tão bem a caracterizam. Mimi Froes cantou temas como “Não faz mal não estar bem”, “Entre Namorados” e “Não vás já”, que somam milhares de visualizações no spotify.
Tem apenas 25 anos, é licenciada em Jazz e Música Moderna e o ano passado esteve nomeada para um Globo de Ouro de melhor música com o tema "Declarações de meia-noite". Desde que participou no programa televisivo "Fator X", em 2014, que a sua carreira no mundo da música não parou de evoluir. Agora prepara-se para, depois de dois EPs, lançar o seu primeiro álbum, ainda neste mês de setembro. Em Cascais já “ganhou” o público.
CMC | SJ | PR | JM | RB
Procissão de Nossa Senhora dos Navegantes 2023








































Tal como dita a tradição, a Procissão de Nossa Senhora dos Navegantes saiu pelas ruas e pelo mar de Cascais num domingo, desta feita a 3 de setembro, numa manifestação cultural de carácter religioso e de devoção à protetora de todos os pescadores e mareantes.
Com centenas de participantes e milhares a assistir, a procissão decorreu em duas fases: a terrestre, que saiu da Igreja de Nossa Senhora da Assunção até ao cais de embarque na Baía de Cascais; e a marítima, que saiu do cais de embarque até à Guia. Estas duas fases do cortejo foram realizadas nos dois sentidos enquanto decorria um conjunto de celebrações na Baía.
No momento de paragem das embarcações da zona da Guia, foi cumprido o habitual ritual de exaltação simbólico e sagrado do cortejo, refletindo-se num sentimento de profundo agradecimento à proteção dos que navegam no mar e a todos os que lá morreram, por parte da comunidade piscatória.
A procissão contou, como sempre, com o apoio das associações de pescadores de Cascais que, neste dia, disponibilizaram as suas embarcações para percorrer por mar o trajeto entre a Baía e a Guia, levando a bordo todos quantos manifestaram o desejo de participar no cortejo. O executivo da Câmara Municipal de Cascais, encabeçado pelo presidente Carlos Carreiras, participou em toda a procissão, que este ano passou a integrar o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial da Direção-Geral do Património Cultural.
A chuva, que ameaçou cair durante todo o cortejo, só o fez no preciso momento em que o andor com a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes chegou a terra vinda do mar. Diz quem sabe, que procissão molhada é procissão abençoada. Que assim seja!
CMC | DG | RP | AG
Noite de comunhão perfeita nas Festas do Mar




















Nininho Vaz Maia e o seu estilo único, dançante, por vezes contemplativo
Milhares de pessoas foram-se juntando perto do palco da Baía de Cascais para assistir à atuação mais aguardada da noite, a de Nininho Vaz Maia. Desde 2019 que o artista de flamenco, pop, e de tradição cigana tem somado fãs por todo o País e, este ano, pela primeira vez nas Festas do Mar demonstrou o porquê de ser um fenómeno a nível nacional. Poucos artistas unem tão bem a alegria de viver e de dançar ao saudosismo de alguns temas. Nininho Vaz Maia transbordou emoção durante hora e meia de concerto e transmitiu-a ao público com o seu jeito simples ao qual todos já habituou. A interação com quem assistia ao espetáculo foi constante, interpelando, nos intervalos das canções: “família, cantem comigo!”. O artista chegou mesmo a levar para cima de palco, para dançar a seu lado, uma menina que chamava por ele. Através de temas como “Gosto de ti” e “E Agora”, fez com que fosse impossível não dançar! Estes e outros temas originais lançados inicialmente no seu canal oficial de Youtube contam já com 67 milhões de visualizações. Num estilo único, ao lado do guitarrista Gilberto Maia (Popinho), Nininho Vaz Maia tocou temas do seu álbum de estreia, “Raízes”, numa verdadeira homenagem às suas raízes, a comunidade cigana.
Diogo Tonello & Campos e a simplicidade de encarar a vida
A banda que abriu o palco da Baía neste sábado tem influências do rock, blues e folk e deu a conhecer o seu novo single “Desert Sand”. Temas como “Am I Wrong”, “Way Down Inside” e “Another Hour” já levaram a banda a diversos palcos nacionais e internacionais. Esta noite, em Cascais, mesmo quem não conhecia as canções interagiu com os artistas, que tentaram transmitir a mensagem de que se “deve simplificar a vida, aceitar aquilo que acontece, não entrar em conflito e apreciar a natureza”, conforme frisou o vocalista Diogo Tonello e Campos.
Palco Sagres: a voz doce de Olívia Green é de gente grande
Tem apenas 19 anos e conseguiu conquistar quem, ao início da tarde, passava pelo palco secundário destas Festas do Mar. Olívia Green, de nome Patrícia Chong, natural de Cascais, venceu o concurso de talentos “Talenta-te”, na edição deste ano da Fiartil, e por isso teve a oportunidade de atuar neste festival de verão. A jovem surpreendeu todos com a voz doce com que cantou os seus temas originais, mas também ‘covers’ conhecidos do público. Está, atualmente, a gravar o seu primeiro álbum e diz querer apostar no talento musical. É um nome que, com certeza, iremos ouvir falar no futuro.
CMC | SJ | RP | PS | RB
O Fado fez-se ouvir nas Festas do Mar














Mariza: uma “forma de vida” nada estranha
A voz inconfundível de Mariza marcou a noite desta sexta-feira, 1 de setembro, nas Festas do Mar. O fado da artista lusa tocou a alma e aqueceu os corações dos milhares de pessoas que encheram a Baía de Cascais. A fadista arrancou o seu concerto com o mítico fado “Estranha Forma de Vida”, que na sua voz parece resistir ainda melhor à passagem do tempo. Seguiram-se “Semente Viva”, “Beijo de Saudade”, “O Tempo Não Pára”, “Chuva”, “Lágrima” e “Quem Me Dera”. Durante o tema seguinte, “Melhor de Mim”, foi possível ouvir os espetadores a elogiar a beleza desta canção, com letra escrita por AC Firmino e música composta por Tiago Machado, e que faz parte do álbum "Mundo", lançado por Mariza em 2015. Seguiram-se as canções “Primavera” e “Limão”, até que chegou a animada “Maria Joana”, com o público a cantar em uníssono o nome da protagonista da música. “Oiça Lá ó Senhor Vinho” e “Rosa Branca” continuaram a fazer o público abanar a anca, até que chegou um dos momentos mais aguardados nos concertos de Mariza. O tema “Ó Gente da Minha Terra” emocionou gentes todas as idades, numa interpretação soberba da fadista, que voltaria ainda a palco para cantar o tema “Casa” e fechar o concerto com “Barco Negro”. No final do espetáculo, os milhares de pessoas presentes na Baía de Cascais aplaudiram efusivamente a fadista, naquela que foi uma noite para mais tarde recordar.
Zé Maria aqueceu a Baía da Cascais
No dia em que o Fado chegou às Festas do Mar, coube ao fadista Zé Maria abrir o palco principal. O fadista lidou bem com a responsabilidade de atuar antes da consagrada Mariza e, com a sua voz melodiosa e bem timbrada, cantou fados do seu disco de estreia “Zé Maria”, entre outros temas, numa junção do fado contemporâneo com o fado tradicional. O artista, que também é pintor, esteve muito bem acompanhado em palco por Bernardo Couto (guitarra portuguesa), João Filipe (viola de fado) e Francisco Gaspar (viola baixo). O público aprovou o talento e a entrega dos músicos ao concerto.
Palco Sagres: a química incrível dos Mind Mojo
Esta sexta-feira, o Palco Sagres recebeu os Mind Mojo, uma banda de Lisboa formada em 2021 e que tem uma química incrível que se contagia para fora do palco. A banda constituída por Bruno Barrué (bateria), Hugo Portugal (guitarra), Samuel Pacheco (voz e teclado), Mariana Silveira (back vocal) e Eduardo Santiago (baixo), tem foco na exploração do universo do songwriting e apresentaram-se, sobretudo, com originais. O Jazz, Pop, Funk, R&B, Soul e até um toque de Rock, refletem-se na sonoridade do grupo que provou já ter uma legião de fãs em Cascais, apesar da sua ainda recente formação. Um fim de tarde cheio de boas vibrações, com os Mind Mojo a proporcionar ao público uma excelente experiência ao vivo.
Silêncio que se vai cantar “O Fado à Janela”
Como já vem sendo tradição, a sexta-feira à noite nas Festas do Mar é dedicada ao Fado. Para além de ser Património Imaterial da Humanidade, o Fado faz parte das nossas raízes e é um dos maiores símbolos identitários de Portugal. As novas gerações de fadistas têm demonstrado que este é um género musical que pode agradar a todas as idades.  A prova disso mesmo é o sucesso que o “Fado à Janela” tem vindo a fazer nas Festas do Mar, nestes últimos anos. Com um enquadramento belíssimo dado pelo edifício dos Paços do Concelho iluminado, este é um momento único que surpreende e cativa quem por ali passa, mesmo quem, habitualmente, não ouve Fado. Este ano coube a Sara Paixão e a Francisco Salvação Barreto o desafio de cantarem à janela durante quase uma hora, proporcionando um dos momentos mais bonitos e “tão nosso” das Festas do Mar.
CMC | DG | PL | PR | PS | RB
Cascais acolhe Dia Nacional das Bandas Filarmónicas


































Os jardins da Casa das Histórias Paula Rego foram esta sexta-feira, dia 1 de setembro, o palco da comemoração do 10.º aniversário da instituição do Dia Nacional das Bandas Filarmónicas, numa efeméride que é assinalada oficialmente no primeiro dia deste mês.
Esta foi uma oportunidade para assistir ao desfile e atuação de quatro bandas de música do concelho de Cascais: o Grupo Recreativo e Dramático 1.º Maio de Tires; a Sociedade de Instrução e Recreio de Janes e Malveira; a Sociedade Familiar e Recreativa da Malveira da Serra; e o Grupo de Solidariedade Musical e Desportiva de Talaíde. As quatro bandas iniciaram a sua atuação individual percorrendo os jardins da Casa das Histórias Paula Rego e depois, em conjunto, interpretaram o “Hino da Maria da Fonte”.
O evento contou com o apoio da Câmara Municipal de Cascais e com o Alto Patrocínio de Sua Excelência O Presidente da República, tendo estado presentes Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, e Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura.
“As Bandas Filarmónicas são lugares únicos nos quais várias gerações de pessoas se encontram à volta de um interesse partilhado. Isso cria união entre todos”, referiu Pedro Adão e Silva. “Foi graças às Bandas Filarmónicas que muitas pessoas tiveram o seu primeiro contacto com a aprendizagem musical. Estas bandas são promotoras da cidadania”, acrescentou o ministro da Cultura.
Já Carlos Carreiras demonstrou a sua satisfação por ver Cascais acolher esta efeméride. “O respeito pela nossa identidade é um dos pilares estratégicos do município de Cascais. As nossas Bandas Filarmónicas ajudam a isso”, disse o autarca cascalense, referindo que “as nossas coletividades são escolas de formação dos jovens de Cascais. Dá-me orgulho ver a participação que os jovens têm nas nossas bandas de música”.
Durante a Sessão Solene comemorativa do 10.º aniversário da instituição do Dia Nacional das Bandas Filarmónicas, foi realizada uma homenagem a personalidades e entidades que têm dado o seu contributo para a história da Filarmonia Portuguesa. A Confederação Musical Portuguesa, através do Presidente da sua Direção, Martinho Caetano, e da Presidente da Assembleia Geral, Carla Longo, distinguiram com placas de homenagem as personalidades Jorge Barreto Xavier (antigo Secretário de Estado da Cultura), Jorge Costa Pinto (maestro), Tristão Nogueira (antigo presidente da Confederação Musical Portuguesa), Luís Cardoso (maestro), Adelino Domingues (antigo presidente da Assembleia Geral da Confederação Musical Portuguesa), Maria José Martins (professora de Música) e António Delicado (professor de Música).
Foram também alvo de reconhecimento entidades como a União de Bandas de Águeda, a Associação das Filarmónicas do Concelho de Leiria, a Associação de Bandas Filarmónicas da Região Autónoma da Madeira, a Federação de Bandas Filarmónicas do Distrito de Portalegre, a Federação de Bandas Filarmónicas do Distrito de Coimbra, o Grupo Recreativo e Dramático 1.º Maio de Tires, a Sociedade de Instrução e Recreio de Janes e Malveira, a Sociedade Familiar e Recreativa da Malveira da Serra, e o Grupo de Solidariedade Musical e Desportiva de Talaíde. Destaca-se ainda a entrega de placas de homenagem a Carlos Carreiras (presidente da Câmara Municipal de Cascais) e a Pedro Adão e Silva (ministro da Cultura).
O Dia Nacional das Bandas Filarmónicas foi finalizado com a atuação conjunta das quatro bandas de música presentes. De outra forma não poderia ter sido.
CMC | DG | MC | AG | RB
Dia Nacional das Bandas Filarmónicas comemora-se hoje em Cascais
 
    A partir das 18h30 desta sexta-feira, dia 1 de setembro, os jardins da Casa das Histórias Paula Rego serão palco da comemoração do 10.º aniversário da instituição do Dia Nacional das Bandas Filarmónicas, que se celebra oficialmente no primeiro dia deste mês.
Esta será uma oportunidade para assistir ao desfile e atuação de quatro bandas do concelho de Cascais: Grupo Recreativo e Dramático 1.º Maio de Tires; Sociedade de Instrução e Recreio de Janes e Malveira; Sociedade Familiar e Recreativa da Malveira da Serra; Grupo de Solidariedade Musical e Desportiva de Talaíde. Durante a cerimónia, será ainda realizada uma homenagem pública a grandes vultos da Filarmonia Portuguesa.
O evento de hoje conta o apoio da Câmara Municipal de Cascais e com o Alto Patrocínio de Sua Excelência O Presidente da República, e terá a presença de Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, e do Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.
A entrada é livre.
CMC | DG
Festas do Mar registam mais uma noite histórica




































Concerto de Fernando Cunha foi uma celebração da música portuguesa
Fernando Cunha, nome incontornável da cena pop-rock nacional, membro fundador dos Delfins, Ar De Rock e da superbanda Resistência escolheu o palco das Festas do Mar para assinalar os 60 anos de idade e os 40 de carreira que coincide com os 40 anos da aclamada banda Delfins. Ao palco subiram vários convidados especiais e grandes nomes do panorama musical português que se juntaram para esta celebração que vai ficar na história da Baía de Cascais.
Na estrada e nos palcos, como na vida, só se cumprem quatro décadas se pelo caminho se encontrarem muitos amigos, se construírem cumplicidades e parcerias, se constituírem famílias. Fernando Cunha fez tudo isso e colecionou muitos amigos, muitos projetos e muitos quilómetros na sua história artística.
A prova disso foi este concerto único e irrepetível em que Fernando Cunha conseguiu juntar Gospel Collective; Miguel Ângelo (Delfins e Resistência); Olavo Bilac (Santos e Pecadores e Resistência); Pedro Oliveira (Sétima Legião); Paulo Costa (Ritual Tejo e Ar de Rock); Rui Pregal da Cunha (Heróis do Mar e LX90); Teresa Salgueiro (Madredeus); Tim (Xutos e Pontapés e Resistência); Tozé Brito; Tozé Santos (Perfume), entre muitos outros nomes maiores da música nacional.
Com os Delfins, primeiro, com a Resistência, depois, e ainda com os Ar de Rock mostrou ser dono de inúmeros talentos criativos que alcançaram justo sucesso, lugares de destaque na história e os aplausos de milhares e milhares que os seguiram de norte a sul do país e além-fronteiras. A todas essas conquistas, o guitarrista, produtor, compositor e cantor acrescenta ainda uma carreira a solo, acompanhado, como habitualmente pela sua banda, em que se encontram João Gomes (sintetizadores e coros), João Alves (guitarra elétrica 12 cordas, guitarra elétrica e coros), Philippe Keil (baixo), Francisco Cunha (bateria) e ainda João Campos (vozes e guitarra acústica).
Mais uma noite inesquecível na Baía de Cascais com o público a cantar a uma só voz temas que são verdadeiros ícones do cancioneiro pop-rock nacional, como “Aquele Inverno”, “Um Lugar ao Sol’, “Nasce Selvagem”, “Ao Passar Um Navio” e, claro, a incontornável “Baía de Cascais”. Mas, os amigos com que Fernando partilhou o palco nesta noite fantástica, levaram também temas seus, lançados há décadas, mas, que podiam ter sido escritos hoje e cada vez que são tocados ao vivo, são refrescados e, definitivamente, continuam a cativar o público de todas as gerações. “Paixão”, dos Heróis do Mar; “Amanhã é sempre longe de mais”, dos Rádio Macau; ou, “Vou nascer outra vez” dos Ritual Tejo, foram cantados por avôs, pais e filhos em uníssono, mostrando a intemporalidade de verdadeiros clássicos,
De destacar, quando Fernando Cunha partilhou o palco com a mulher Marité e o filho (baterista) Francisco Cunha, na canção “Pai Filho”, escrita pela própria Marité quando Francisco tinha apenas 6 anos e sentou à bateria para acompanhar o pai num ensaio. Muita emoção partilhada no palco e do palco para o público.
Mas, os músicos da nova geração também marcaram presença nesta grande festa da música, com os Duque Província que tiveram uma enorme ovação quando entarram em cena.
Uma noite histórica que irá ficar na memória dos que assistiram a quase três horas de concerto que foi também a celebração e a festa da música portuguesa.
Anna Setton: um gostoso ritmo tropical com o mar em fundo
É de S. Paulo, Brasil, mas, adotou Cascais como sua casa, há dois anos. Anna Setton, logo aos primeiros acordes, encheu a Baía de Cascais de ritmos quentes com cheiro tropical que foi conquistando o público e quem por ali passava. A artista, cantautora e instrumentista, formada no lado mais interessante da MPB, moldou a voz a cantar nos clubes de São Paulo, correu mundo a acompanhar o enorme Toquinho, colaborou com Omara Portuondo, Sadão Watanabe, Mestrinho, entre muitos outros músicos da atualidade. Percurso que lhe deu o balanço certo para se estrear em disco em nome próprio em 2018, com um homónimo registo que lhe sublinhou o óbvio talento.
A pandemia inspirou-a a pegar no violão e a fazer lives semanais onde ia entregando a sua voz a grandes tesouros da canção popular brasileira. Tal disciplina levou-a a fazer “Onde Mora meu Coração”, álbum de certeiras versões onde se inclui, por exemplo, a belíssima “Morena Bonita”, de Toninho Horta.
Mas, foi com o seu mais recente trabalho, “O Futuro É Mais Bonito” que Anna Setton trouxe o que de melhor se está a fazer na Música Popular Brasileira, renovado a tradição, onde o jazz e os ritmos tropicais se encontram. As canções de Anna Setton são contemporâneas sem perder as características que popularizaram a MPB em todo o mundo e, claro, aquelas boas vibrações que tornam o Futuro ainda mais bonito.
PALCO SAGRES: Manteau cativaram com a sua sonoridade vibrante e honesta
Os Manteau não são propriamente novatos nos palcos, tendo já integrado cartazes do Super Bock em Stock, Out Jazz e, mais recentemente, esgotaram salas como a Zé dos Bois (ZDB) e Musicbox. Com eles arrastam uma legião de fãs, cativados pela sua sonoridade “vibrante e honesta” como eles próprios a definem.
Os Manteau são o resultado de uma mistura de influências e de linguagens distintas com uma identidade que resvala para o alternativo, jazz, indie e dream pop. António Jordão, João Carriço, João Girbal e José Salgado mostraram no Palco Sagres o seu som único, com músicas dos seus dois álbuns “Timequake” e “Farsa” e a razão por que arrastam atrás de si tantos fãs. O público aplaudiu, dançou e abraçou um fim de tarde mais “chill out” por culpa dos Manteau.
Miguel Araújo: "Este foi o concerto do ano"
























A segunda noite nas Festas do Mar foi mais uma noite a contribuir para a coleção de memórias inesquecíveis e momentos irrepetíveis, tanto para quem esteve no palco, Miguel Araújo e Milhanas, como para o muito público que encheu de calor e alegria o cenário único da Baía de Cascais.
Miguel Araújo: "Arrisco-me a dizer que este é o concerto do ano"
É incrível ouvirmos milhares de pessoas a cantarem do princípio ao fim num concerto. Houve mesmo músicas que foi só a voz em uníssono do público que se ouviu ao longo de toda a Baía de Cascais. "Vocês aqui em Cascais cantam tão afinado que, certamente, andaram todos no Coro de Santo Amaro", exclamou Miguel Araújo logo na primeira canção "Dia da Procissão". E o público não se calou durante quase duas horas de concerto. "arrisco-me a dizer que este vai ser o concerto do ano", replicou o músico agradecendo várias vezes o entusiasmo do público.
Miguel Araújo, que, depois de 10 anos nos Azeitonas, cimentou-se como um dos principais nomes da música nacional. O cantautor da Maia já conhece bem os palcos e o público de Cascais, pois, foram já diversas as vezes que marcou presença nos festivais cascalenses, quer com os Azeitonas, quer em nome próprio ou como convidado. Mais uma vez Miguel Araújo cumpriu as expetativas. Gente de todas as idades a dançar e cantar, não só cascalenses, mas vindos de todo o país, até do Porto. Miúdos e graúdos mostraram saber de cor as populares letras que tão bem retratam o ser português, mas suave.
“Anda Comigo ver os Aviões”, “Maridos das Outras”, “Pica do Sete”, “Dona Laura” foram alguns dos temas que incendiaram a noite, criando um ambiente fantástico neste cenário recortado pelo Atlântico que é já por si mágico. Miguel Araújo é considerado pela critica especializada, um dos melhores fabricantes de canções que o país viu surgir este século. E o público deu razão à fama e tirou muito proveito de mais uma noite que vai ficar nas memórias da Baía de Cascais.
Mas, o grande momento que marcou este concerto ainda estava para vir. Foi quando subiram ao palco os KAPA. Uma banda de rock criada nos anos 60 e cujos membros são nada mais nada menos que os tios de Miguel Araújo. " Em casa da minha avó vivia-se o rock e foi com os meus tios que tinham uma banda de rock, os KAPA, que eu comecei a brincar com a música e com 11 anos já tocava", referiu Miguel Araújo. O momento foi inédito e histórico, pois, Miguel Araújo nunca tinha convenciso os tios a participarem num grande concerto seu. E encantaram todos com o tema " Like a Rolling Stone". Levaram o público ao delírio ao estilo do puro rock n' roll.
Milhanas surpreende com seu timbre grave e sofrido num concerto "à flor da pele"
Coube a Milhanas abrir o palco principal na Baía de Cascais, neste segundo dia de Festas do Mar. A responsabilidade era grande, já que antecedia a um dos maiores nomes da música portuguesa, como é Miguel Araújo. O público que aguardava o início deste primeiro concerto era, assim, exigente, e muitos, ainda não conheciam a jovem cantautora portuguesa que tem na literatura portuguesa e no fado a sua grande inspiração.
Milhanas soube conquistar o público com a sua forma espontânea e sincera de estar na vida e no palco. As suas canções melancólicas trazem temas fraturantes como a violência doméstica em " Roubar um Corpo" ou o lado mais sombrio da vida com "Eu de Prosa", "o tema mais difícil que escrevi", como confessou a jovem artista. “Eu de Prosa” tem somado milhares de visualizações no Youtube, deixando claro porque é cque a sua autora é considerada um fenómeno a ter em conta na nova geração de músicos portugueses.
Com o tema mais solar, "Mundo", Milhanas pôs o público a interagir e a cantar, num dos momentos altos de um concerto com as emoções à flor da pele.
Milhanas estreou-se em 2021 com “Lamentos”, seguido dos singles “Mais que ao Sol” e “Mundo”. Já em 2023, lança um primeiro álbum com produção de Agir e Jon, “De Sombra a Sombra”, segue a herança dos cantautores e espelha “as dores do mundo” como ela própria diz. Agir que subiu ao palco como convidado da jovem cantautora e disse mesmo " Cantar depois de ouvir cantar Milhanas é uma grande responsabilidade".
As suas raízes podem estar no fado, mas a cantora direciona a sua voz para a contemporaneidade e gosta de misturar as suas influências nas canções que interpreta. A sua voz de timbre grave e sofrido é perfeita para interpretações modernas do fado com música pop e urbana, com sonoridades que transcendem tanto o tradicional como o moderno. "É uma forma de não esquecer o passado, tendo o futuro também em mente", como revelou a cantora.
Mónica Teotónio no Palco Sagres cantou histórias e encantou
As canções de Mónica Teotónio começaram por narrar as suas histórias, aquelas que começaram como os seus desabafos, mas que agora pertencem ao mundo inteiro. “Todos os Dias” marca a sua grande estreia, mas o sonho de Mónica de gravar “uma canção” tornou-se maior: na parceria que se revelou amizade com João Só, nasceram mais canções e mais sonhos traduzidos em música.
Para a cantora e compositora de 26 anos, cantar é uma paixão e isso nota-se em palco.  As suas histórias melódicas falam da relação entre o dia e dia e o estado de espírito que muda também de dia para dia. E o público aderiu às baladas que, não por acaso, rimaram de forma perfeita com aquela hora de fim de tarde em que tudo serena e convida ao desfrute.
O Palco Sagres, junto à Cidadela de Cascais, continua a revelar novos talentos que se estão a afirmar na música portuguesa, ou nomes consagrados que têm projetos novos para mostrar. Seja como for o público que assiste a estes concertos de fim de tarde, no renovado espaço exterior da Cidadela, é cada vez mais, mostrando que estes artistas da nova geração já movem muitos fãs. Outros vêm à descoberta e alguns são só passantes ou turistas, mas ficam porque gostaram do som.
CMC | PL | PR | @Jorge Martin | PS
Vem às Festas do Mar? Saiba onde deixar o carro
 
    Vem às Festas do Mar? Saiba onde deixar o carro. Verifique o mapa para poder escolher o local mais adequado. Há mais de 3 mil lugares disponíveis.
O melhor será sempre chegar com bastante antecedência e aproveitar as ofertas ao nível da gastronomia e artesanato disponíveis em vários locais entre a Cidadela, Baía e Jardim Visconde da Luz.
Consulte os cortes e condicionamento de trânsito aqui.
Saiba tudo sobre as Festas do Mar 2023 aqui
(clique na imagem para ampliar ou transferir para o seu telemóvel)
Visita à zona ardida no passado fim de semana












Esta tarde de segunda-feira, 14 de agosto, a área ardida no passado fim de semana, foi visitada pela Vereadora da Câmara Municipal de Cascais, Joana Balsemão, acompanhada por pessoal técnico do Serviço Municipal de Proteção Civil de Cascais.
Eram cerca das 23h30 de sábado, quando as chamas deflagraram, numa zona de mato, entre o Campo Base Pedra Amarela e a Barragem do Rio da Mula, no Parque Natural Sintra-Cascais. Ao todo arderam 13 hectares de zona florestal.
“Houve muita prevenção, mas, também capacidade de reação da parte dos operacionais envolvidos”, referiu a vereadora com o pelouro do Ambiente, sublinhando a ação “heroica e extremamente desafiante do Corpo de Bombeiros para evitar o pior”.
O fogo chegou a ter três frentes ativas. O vento forte e as dificuldades de acesso a uma zona íngreme, com áreas escarpadas e muitas pedras alcantiladas, trouxeram dificuldades acrescidas aos mais de 250 operacionais, auxiliados por 75 viaturas. Contudo, pouco depois das quatro e meia da manhã, todas as frentes foram dominadas.
“Foi muita importante uma intervenção feita pelo ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas – a sul da zona ardida, através da gestão de uma faixa de combustível que permitiu um atraso na progressão do fogo”, destacou Joana Balsemão, salientando, ainda, “o trabalho que a Câmara Municipal de Cascais tem feito nesta zona, no sentido de desbastar a copa arbórea”.
“Trata-se de lamentar esta mancha verde com características mediterrânicas, de sobreiros e medronhos”, concluiu a vereadora, mas, com uma boa notícia já que é “uma zona com espécies nativas que vai regenerar por si só, com a nossa monitorização e vigilância”.
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