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Cascais lança campanha “O Mar Começa Aqui” no Dia Mundial da Água

Sabia que um balde de água suja deitado na sarjeta leva para o mar os agentes químicos do detergente? É por estas e muito mais razões que Cascais lançou a campanha “O Mar Começa Aqui”.

Com o objetivo de sensibilizar a população para a poluição dos mares, as equipas da Câmara Municipal de Cascais e Cascais Ambiente estiveram, na manhã do dia 22 de março, a pintar, junto de cada sarjeta ou sumidouro, frases de sensibilização para esta problemática.

Soraia Carvalho, diretora do Departamento de Ambiente da Câmara Municipal de Cascais explica que decidiram lançar esta campanha porque “percebemos que as pessoas não sabem que estas grelhas, que são as sarjetas e os sumidouros, servem apenas para a água das chuvas. Acham que é esgoto, então há a tendência de atirar todo o tipo de lixo” destacando que o maior  problema “é que as sarjetas têm ligação direta ao mar, portanto achámos que devíamos informar e de uma forma criativa estamos a pintar frases que alertam", como por exempo: "O Mar Começa Aqui, Não Despeje, Não Polua"

Logo pelas 9h30 da manhã do Dia Mundial da Água, já 120 funcionários do município estavam reunidos no Jardim da Parada, em Cascais, para irem pintar 500 sarjetas que vão sensibilizar mais de 200 mil pessoas.

“Mais do que os números, vejo aqui as unidades do concelho ligadas ao ambiente a trabalhar em conjunto” referiu a vereadora da autarquia com o pelouro do ambiente, Joana Balsemão, no início do dia.

Para a vereadora, “há uma parte não mensurável desta iniciativa, que é o espírito de equipa que se forma” destacando que neste projeto participaram “todas as unidades orgânicas da câmara que pensam e trabalham o ambiente”. A iniciativa envolveu a DQAM, a Divisão de Qualificação Ambiental, a DGEV, a Divisão de Gestão dos Espaços Verdes, a unidade de projetos transversais de desenvolvimento sustentável e a Cascais Ambiente, acompanhados pela Polícia Municipal, com, segundo a Vereadora, “dezenas de agentes que nos acompanharam neste processo desde o início e que quiseram muito participar”

“Sinto o vosso calor, a vossa participação e a vossa capacidade de mudar os cascalenses e fazer de todos um agente de mudança”, terminou por dizer Joana Balsemão perante as equipas.

Saiba mais aqui. 

FMC

Semana do Ambiente | Vamos Explorar a Cascais Ambiente

Alunos do 1º ano da escola EB1/JI São Pedro do Estoril visitaram na quarta-feira, 20 de março, as instalações da Cascais Ambiente.

A tarde desta quarta-feira foi muito diferente para 22 alunos da turma do 1.º ano da Escola EB JL São Pedro do Estoril. No âmbito da Semana do Ambiente de Cascais a professora Sandra Pereira aproveitou a iniciativa Vamos Explorar a Cascais Ambiente para mostrar aos seus alunos como funciona a empresa responsável pela limpeza do concelho.

Na sala de formação da Cascais Ambiente os pequenos alunos viram um filme sobre a empresa e fizeram um jogo sobre a reciclagem, onde aprenderam em que caixote deviam colocar o lixo que a técnica da Cascais Ambiente ia apresentando. Depois, a turma foi encaminhada para o exterior do edifício para conhecerem os camiões do lixo, de limpeza e os tratores da Cascais Ambiente. Ao volante do camião de limpeza, o aluno Pedro Carvalho conta que já viu “um filme sobre a Cascais Ambiente onde aprendi que se deve cuidar do mundo e não deixar lixo nas praias”.

Enquanto uns alunos realizavam um jogo sobre o ambiente, outros estiveram a aprender a semear com os monitores da Cascais Ambiente, conforme explica a aluna Sara Pinto: “Viemos ver como é que se trata o ambiente, já estive a plantar. Fizemos buraquinhos (na terra) com o dedo, metemos as sementes e regámos”.

A professora Sandra Pereira adianta que resolveu trazer os alunos a Explorar a Cascais Ambiente porque procura “sensibilizá-los para a preservação do nosso planeta” acrescentando ainda que estas “são atividades que eles gostam e que eu acho muito importantes”.

 

Semana do Ambiente | Alunos da Ibn Mucana participaram em Ação de Conservação

Esta terça-feira, 19 de março, a turma de 10.º A da Escola Ibn Mucana participou numa Ação de Conservação no Parque Pedra Amarela Campo Base, no âmbito da Semana do Ambiente de Cascais.

A ação contou com a participação de cerca de 30 alunos que pelas 10h00 já se encontravam reunidos no Parque Pedra Amarela Campo-Base. Coordenados pelos monitores da Cascais Ambiente os alunos começaram por ter uma pequena formação sobre o trabalho que iam fazer:

“Viemos remover as acácias porque são uma espécie invasora no Parque Nacional Sintra-Cascais,” refere Lourenço Nunes, aluno da Ibn Mucana presente nesta ação.

Luísa Lourenço foi uma das professoras da escola que acompanhou a turma de 10.º A da Ibn Mucana nesta ação de conservação. Para a professora é importante envolver os alunos nestas ações ambientais uma vez que, “neste momento, somos nós professores que temos de sensibilizar os alunos porque é uma maneira de também chegar aos pais e aos avós”.

Conheça aqui as várias iniciativas da Semana do Ambiente de Cascais, que decorre entre os dias 16 e 23 de março.

 

HMB confirmados no EDPCOOLJAZZ

Um dos nomes mais significativos da música portuguesa atua a 9 de Julho no Parque Marechal Carmona, em Cascais, partilhando a noite com The Roots.

Os HMB constituem a mais recente confirmação da 16.ª edição do EDPCOOLJAZZ. O grupo de “O Amor é Assim”“Paixão”, “Talvez”, entre outros já clássicos da música portuguesa, atuam na mesma noite dos norte-americanos The Roots, mas precisamente a 9 de Julho.

“Banda portuguesa de soul e funk, em atividade desde 2007”, é assim que a banda se define nas redes sociais. Reconhecidos como sendo dos grupos mais importantes da atualidade na música portuguesa, os HMB conquistam cada vez mais espaço no cenário cultural em Portugal, como comprova o prémio Globo de Ouro 2016, para Melhor Música: 'O Amor É Assim', para além de nomeações para Best Portuguese Act da MTV nos anos de 2014, 2016 e 2017.

Héber Marques (vocalista), Fred Martinho (guitarrista), Daniel Lima (teclista), Joel Silva (baterista), Joel Xavier (baixista) apresentam-se como o núcleo do projeto HMB, e que já deram a conhecer três álbuns de originais “HMB” (2012), “Sente” (2014) e “+” (2017), assim como o disco ao vivo “Live at the National Theatre of Namibia” (2016).

A noite de 9 de Julho marca o arranque de espetáculos no 16.º EDPCOOLJAZZ. Os HMB e The Roots estão assim confirmados para uma edição de luxo do festival mais cool do verão.

Recorde-se que, também já confirmados Diana Krall, Tom Jones, Jamie Cullum, Snarky Puppy, Jacob Collier, The Roots, Jessie J e Kraftwerk.

Mais informações 

 

 

Cascais aposta no Ensino Profissional

Município dedica o dia à reflexão, debate e partilha sobre Ensino Profissional.

Na sessão de abertura do Seminário “Diálogos Inquietos sobre o Ensino Profissional”, que se realiza na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril no âmbito da Semana da Orientação e Ensino Profissional de Cascais, Frederico Pinho de Almeida, vereador da Câmara Municipal de Cascais, revelou que a autarquia quer apostar cada vez mais neste tipo de Educação.

“Estamos a trabalhar com o agrupamento de escolas IBN Mucana para que, no próximo ano letivo, tenhamos um curso na área dos transportes. Um curso diferenciador que seja uma resposta para os nossos jovens”, afirmou Frederico Pinho de Almeida.

Recorde-se que, em alguns estabelecimentos de Ensino do concelho já estão a ser ministrados cursos profissionais como a Mecatrónica, Eletrónica Médica (Agrupamento Escolas Matilde Rosa Araújo e ATEC), Aeronáutica (Agrupamento Escolas Frei Gonçalo de Azevedo e Aeródromo de Tires) e Animação em Turismo e Especialização Náutica (Escola Básica e Secundária de Carcavelos).

O objetivo do município é apostar na criação de cursos profissionais que representem oportunidades para os jovens, bem como para um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e especializado.

Universidade Sénior de Manique assinala Dia Mundial dos Direitos do Consumidor

O Dia Mundial do Consumidor foi assinalado na Universidade Sénior de Manique com uma palestra proferida aos alunos pelos Serviços de Informação ao Consumidor da Câmara Municipal de Cascais.

No final desta palestra os alunos presentes puderam questionar os palestrantes sobre direitos e deveres do consumidor, tendo sido ainda distribuídos material informativo sobre esta temática.

Refira-se que a Câmara Municipal de Cascais dispõe de um Serviço, totalmente gratuito, de Informação ao Consumidor que, de modo personalizado, oferece respostas mais esclarecidas às suas dúvidas que podem ser colocadas por escrito, através de carta, email ou telefone. Função deste Serviço é informar o consumidor e receber reclamações na área do consumo e estabelece a mediação entre o consumidor e o fornecedor em pequenos litígios, encaminha as reclamações para outras entidades e promove ações de informação e sensibilização do consumidor.

Recorde-se que este dia, comemorado a 15 de março, assinala o discurso, em 1962, de John Fitzgerald Kennedy (JFK), o 32.ºpresidente dos Estados Unidos, assassinado em Dallas em 1963. Nesse discurso, JFK considerando que todos nós somos consumidores, enumerou quatro direitos fundamentais - direito à segurança, o direito à informação, o direito à escolha consciente e o direito à representação e à auscultação - que mais tarde viriam a ser reconhecidos e ampliados pelas Nações Unidas.

Plano Estratégico da Habitação de Cascais pronto até ao verão

Congresso da Habitação Cascais encerra com aprovação de três projetos para o Bairro Marechal Carmona e dá o pontapé de saída para o Plano Estratégico da Habitação, “pronto a ser aprovado antes do verão”, garantia a vereadora Filipa Roseta.

No segundo dia do Congresso da Habitação de Cascais, que decorreu no Auditório Maria Barroso, na Casa das Histórias Paula Rego, a requalificação do Bairro Marechal Carmona foi o tema central, mas, dos dois dias de Congresso, como referiria a vereadora Filipa Roseta, saiu muito mais. Saiu “uma panóplia de políticas e de propostas e de programas, que estão em cima da mesa e que têm como objetivo consolidar estratégias”, num Plano Estratégico da Habitação a “apresentar em reunião de Câmara e Assembleia Municipal antes do verão”, garantiu a vereadora. “É como se fosse um grande momento de discussão pública que aconteceu nestes dois dias e que vai continuar nos próximos meses”, disse Filipa Roseta.

O painel da manhã, preenchido com a apresentação de oito projetos de requalificação do Bairro Marechal Carmona, da autoria de alunos finalistas da Faculdade de Arquitetura, foi um dos momentos emblemáticos de como se pretende abrir o debate público, neste caso convocando a Academia e transformando o Congresso num laboratório de ideias abrindo a discussão das soluções a visões distintas.

Tudo começou pela identificação dos edifícios que são propriedade do município que estão devolutos e passíveis de produzirem habitação. Nesse sentido, estão previstos serem intervencionados um espaço em Sassoeiros, no Mosteiro de Santa Maria do Mar (residências para estudantes) e a requalificação do Bairro Marechal Carmona. Este último foi o grande tema do segundo dia do congresso.

“Hoje as cidades devem ser compactas, mistas e inclusivas e queremos trazer novas pessoas para o bairro mas, sobretudo, não perder a identidade do que já existe”, referiu a vereadora ao referir-se ao Bairro Marechal Carmona. “Este tem de ser um projeto economicamente sustentável, socialmente empenhado e ambientalmente consciente”, acrescentou Filipa Roseta.

No que se refere à sustentabilidade ambiental, a vereadora definiu como objetivo “que o Bairro Marechal Carmona, depois de requalificado, seja o 1º bairro do país com certificado Líder A (certificado de bom desempenho ambiental aplicado a empreendimentos construídos)”, referiu, ainda, Filipa Roseta.

O desafio lançado aos jovens foi o de requalificar, mantendo a identidade do Bairro Marechal Carmona, neste momento com 220 fogos, mas passará a ter 460, mais do que duplicando a sua densidade. “Regenerar o Bairro, manter as pessoas que lá estão e trazer pessoas novas”, é também o propósito, disse Filipa Roseta. E o desafio foi aceite pelos alunos: “O que nós vimos aqui foram oito propostas completamente diferentes que responderam de maneira completamente diferente a este desafio. Selecionamos três”, disse a vereadora. E não foi fácil, porque os técnicos viram em todas algumas ideias que, garantiria Filipa Roseta, “vão ser provavelmente aproveitadas”, mas as que “corresponderam melhor a este desafio foram três:

Em primeiro lugar a proposta designada “Requalificação e Integração Intergeracional” que propunha uma comunidade intergeracional e era muito focada nas várias maneiras de habitar o Bairro, apontando muitas soluções. Em segundo lugar os técnicos da autarquia decidiram qualificar o projeto designado “Comunidade Lavoisier”, que aposta muito na comunidade, em terceiro lugar o designado “Bairro Modelar” que propunha construções modelares e orgânicas à medida que o Bairro vai amadurecendo e evoluindo.

Agora os alunos vencedores vão integrar as equipas da autarquia que vão requalificar o Bairro.

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Novas tecnologias em Cascais projetam um mundo melhor

Município é o primeiro em Portugal a receber o World Summit Awards Global Congress.

Terminou em festa o World Summit Awards Global Congress, no Pestana Cidadela, em Cascais. No último de três dias de palestras e apresentações dos 45 finalistas do concurso das Nações Unidas, que elege os projetos mais inovadores digitalmente e com mais impacto no desenvolvimento sustentável, foram conhecidos os grandes vencedores deste ano.

Das nove categorias premiadas, a da Inclusão e Desenvolvimento Pessoal foi ganha pelo projeto Feelif da autoria do esloveno Zeljko Khermayer. Este software permite que pessoas cegas e com deficiência visual interajam com conteúdo digital sem limitações. Assim, ao utilizar o telemóvel ou o tablet especialmente desenvolvido, os usuários obtêm feedback multissensorial visual, auditivo e háptico, para que experimentem totalmente o que é mostrado na ponta dos dedos. Com o Feelif os usuários podem sentir formas e gráficos, desenhar e jogar jogos, aumentando a inclusão social de cegos e deficientes visuais, ao mesmo tempo que melhora as oportunidades educacionais e as interações com o conteúdo digital.

Mas a noite também foi marcada pela premiação de outros oito projetos inovadores concebidos para criar impacto social no mundo e atenuar as discrepâncias de acesso e oportunidades que existem à volta do globo:

- Negócios e Comércio – Sokowatch (Daniel Yu, Quénia);

- Ambiente e Energia – Kuza One (Sriram Bharatam e Bharathi Bharatam, Quénia);

- Aprendizagem e EducaçãoRaaji (Saba Khakid e Ali Abbas, Paquistão);

- Saúde e Bem-estar – Complete Anatomy 2019 (John Moore, Irlanda);

- Cidades Inteligentes e Urbanização – Wheelog (Yuriko Oda e Fumihito, Japão);

- Governo e Cidadania – Chaos Liveability AI (Natalia Rincón, Saki Sawada e Paloma Bautista, Finlândia)

- Cultura e Turismo – Afrocomix (Eyram Tawia e Wesley Kirinya, Gana)

- Jovens Inovadores – Leaf Global Fintech (Tori Samples e Nat Robinson, Estados Unidos da América)

Portugal esteve assim representado nas categorias de Cidades Inteligentes e Urbanização com a Brisa Auto Estradas a candidatar-se com a Via Verde Portugal e Aprendizagem e Educação com o projeto Body Interact de Teresa Pinto e Pedro Pinto.  

Pela primeira vez em Portugal, os World Summit Awards reuniram 400 participantes oriundos de 86 países com o propósito maior de acelerarem a mudança social de forma sustentável, encontrando soluções locais para problemas globais e no qual se elegeram 9 vencedores – dos 40 já escolhidos - que ganham acesso automático às principais redes internacionais de inovação, multiplicando as possibilidades de financiamento e de concretização dos seus projetos.

“Os 77 membros do júri estiveram reunidos durante quatro horas, tão difícil foi o exercício de seleção dos vencedores. Temos premiados com aplicações e soluções muito variadas como, por exemplo, um modelo de realidade aumentada 3D para estudar o corpo humano. A conclusão que tiramos dos World Summit Awards em Cascais é a de que a inovação não tem dono nem país, está dentro de cada um de nós é só carregar nos botões certos”, afirma Joana Balsemão, vereadora da Câmara Municipal de Cascais.  

Recorde-se que, em 2017 o Município de Cascais foi o grande vencedor dos World Summit Awards ganhando, com a app CityPoints Cascais, o prémio mundial de inovação digital com impacto na sociedade, tornando-se assim na primeira autarquia a ganhar desde o lançamento dos WSA, em 2003.

Cascais debate direito à Habitação

Na abertura do 1º Congresso da Habitação Cascais, Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara Municipal defendeu a necessidade de uma “política da Habitação Pública clara, objetiva, sem dogmas, sem preconceitos”. E foi um debate sem preconceitos o que aconteceu no primeiro dia do Congresso da Habitação Cascais, que decorre na Casa Histórias Paula Rego.

No primeiro painel, moderado pela Rui Rama da Silva, presidente da Cascais Envolvente, Ricardo Agarez falou daquilo que tem sido a intervenção pública na habitação em Portugal nos últimos 100 anos traçando um denominador comum a fraca “materialização das políticas públicas de habitação”, defendendo, por isso, “uma geração de políticas de habitação que sobreviva a diferentes governo”, dando como exemplo o caso holandês, onde para haver políticas com continuidade e mais elevado grau de materialização, há um compromisso supragovernamental, isto é, que resiste às alterações na governação.

A arquiteta Isabel Pinto Gonçalves, diretora do Departamento da Habitação e Desenvolvimento Social da Câmara Municipal de Cascais falou da coerência das políticas públicas de habitação designadamente em matéria de “mobilidade, diversidade sociocultural e a sustentabilidade ambiental” e da necessidade de envolvimento e comprometimento de “todos os atores que atuam no território”

Mais polémico, João Carvalhosa, presidente do Comité Português de Coordenação da Habitação Social Housing Europe, defendeu o “fim de alguns Bairros Sociais que não é o mesmo que defender o fim da Habitação Social” e explicou: “Temos de acabar com os Bairros Sociais da forma como os conhecemos”. João Carvalhosa defendeu a necessidade de, nos “bairros sociais bem integrados nas cidades”, serem povoados também de gente de diferentes condições sociais, designadamente de classe média. “Temos que pensar como alterar este paradigma da habitação social, tem que deixar de ser uma solução dirigida unicamente às classes economicamente mais desfavorecidas, tem que ser aberto o espectro da habitação social para abranger também a classe média, para promover uma ascensão social das comunidades.” Por outro lado, João Carvalhosa sustenta que os Bairros Sociais “que não têm solução possível precisam por isso de ser demolidos e dar lugar a uma construção nova”.

Na perspetiva de outro dos oradores, Gonçalo Antunes, professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é necessário dar importância ao papel regulador do poder local no mercado da habitação, implicando isso, elevar a percentagem de peso do Estado no Parque Habitacional, percentagem que hoje em dia em Portugal se situa na ordem dos 2%, quando em outros países da Europa se fixou já nos 30 a 40%: “Tendo 2% de Parque habitacional Público e 98% de privado, a Administração Pública, seja ela poder Central ou poder Local, tem uma flexibilidade muito reduzida para resolver os problemas da habitação e esse é”, na perspetiva de Gonçalo Antunes “o verdadeiro problema”.

Polémico foi também o segundo painel da manhã, que versou o tema da Lei de Bases da Habitação, projeto que está em discussão na Assembleia da República, e que reuniu no Auditório Maria Barrosa, da Casa das Histórias Paula Rego, deputados dos partidos com maior representação Parlamentar (PSD, PS, BE, CDS/PP e PCP). Os projetos que nesta matéria foram apresentados e aprovados na AR (projeto do PS, BE e PCP) estão agora em discussão na especialidade. Mas, pelo tom do debate neste painel do Congresso, mantém-se a linha de fratura - “Quem deve suportar a política pública de habitação, se só o Público ou o Privado também? – entre a visão que sobre esta matéria têm os Grupos Parlamentares dos partidos à direita e a visão dos partidos à esquerda. Os primeiros, (PSD e CDS/PP) representados respetivamente pelo deputados António Costa Silva e Álvaro Castello-Branco  defendem que esse papel deve ser exclusivo do Estado, os Grupos Parlamentares dos partidos à esquerda (PS, BE e PCP) representados respetivamente pela deputada Helena Roseta, Pedro Soares e Paula Santos defendem que a responsabilidade deve ser repartida.

O Painel da tarde centrou-se nas políticas públicas e o Mercado Habitacional e teve a moderação da jornalista do Expresso Raquel Moleiro tendo cabido a Vítor Reis, presidente do IHRU entre 2012 e 2017, falar sobre as Políticas Públicas e o Arrendamento Urbano. E, Vítor Reis, defendeu a “reversão da reversão” das políticas públicas em matéria de arrendamento, isto é, sustenta a necessidade de voltar ao projeto de políticas públicas de arrendamento iniciadas pelo governo PSD/CDS em 2012, acusando a atual política “de ter hostilizado os senhorios e de afastar o investimento”, tendo por isso revertido, em sua opinião um processo em que “o arrendamento estava a crescer, a oferta de casas para arrendar estava a aumentar enquanto, de 2015 para cá," afirma que se tem vindo a assistir a uma redução do número de casas para arrendar e um aumento de preços assustador”.

Outro dos oradores, Álvaro Santos, presidente do Conselho de Administração da Porto Vivo SRU, entre 2014 e 2017, falou de Reabilitação Urbana, defendendo a reabilitação dos tecidos urbanos mais degradados, uma prática “crescente no nosso país, com benefícios económicos, sociais, culturais e patrimoniais”, dando como exemplo uma intervenção verificado no município do Porto, e transmitindo a sua experiência recente na “condução de uma sociedade de reabilitação urbana”. Falou do peso crescente da reabilitação urbana no setor da construção, garantindo que este está a subir consideravelmente desde 2011, representando já nos edifícios licenciados cerca de 30%. Álvaro Santos destacou a importância da reabilitação no aumento da eficiência energética dos prédios da zona intervencionada.

A novidade neste painel foi o Co-Living, que Williams Johnson Mota defendeu como solução, de arrendamento na perspetiva de um novo conceito que se destina, sobretudo para já, a uma geração dos 22 aos 35 anos, que vive na solidão, patologia do uso das novas tecnologias, mas que pode ter um papel bem mais importante noutras gerações. No Co-Living, as pessoas partilham um espaço habitacional, arrendando uma área privada (um quarto, um estúdio ou até tipologias maiores) e partilham áreas comuns, como a sala, a cozinha, áreas de convívio, lazer e de trabalho. Os contratos são flexíveis quer na medida em que o espaço arrendado pode ser determinado também pela capacidade económica do arrendatário, quer pela duração do contrato e inclui gastos com energia, internet, água, etc. As habitações possuem uma componente tecnológica que permite controlo personalizado do espaço privado. O arrendamento inclui ainda acesso a diferentes serviços dos mais básicos como limpeza aos mais tecnológicos. “É uma forma de, com investimento privado, garantir a função social da habitação”, sustenta Williams Johnson Mota.

H.C.

Cascais no centro da inovação digital

World Summit Awards (WSA) decorrem na NOVA SBE até quarta-feira.

Pela primeira vez os World Summit Awards (WSA) chegam a Portugal. O evento criado no âmbito das Nações Unidas e que premeia projetos e soluções digitais com elevado impacto social mundial decorre em Cascais, na NOVA SBE, desta segunda a quarta-feira.

“Vão ser três dias de muita troca de experiências. Estão aqui todos continentes, uma diversidade gigante de países, uma diversidade de faixas etárias muito assinalável, e todos unidos por um mote comum que é a procura de soluções para problemas que as pessoas sentem no dia-a-dia com a ajuda da tecnologia. Esta é uma combinação que só pode trazer coisas boas e resoluções muito concretas, para além da rede e da partilha que se criam e que não são mensuráveis mas são igualmente importantes”, refere Joana Balsemão, vereadora da Câmara Municipal de Cascais, na abertura do WSA Global Congress.  

Nos três dias do evento, os 40 finalistas deste ano vão apresentar os seus projetos de inovação tecnológica. Dentre eles, serão escolhidos os oito campeões mundiais, para além do WSA Young Inovators, que ganham acesso automático às principais redes internacionais de inovação, multiplicando as possibilidades de financiamento e de concretização dos seus projetos. Mais de 400 pessoas, todas com ideias inovadoras no campo digital e sempre com o propósito maior de acelerarem a mudança social de forma sustentável, vão juntar-se para encontrar soluções locais para problemas globais. 

Assim, Cascais volta a estar no centro da inovação digital. Em 2017, o Município foi o grande vencedor dos World Summit Awards ganhando, com a app CityPoints Cascais, o prémio mundial de inovação digital com impacto na sociedade, tornando-se na primeira autarquia a ganhar desde o lançamento dos WSA, em 2003.

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