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Alex Santos concretiza sonho e estreia-se nos Paralímpicos

Canoísta conquista vaga portuguesa para KL1

Alex Santos, conjuntamente com Noberto Mourão, vai estrear a canoagem adaptada portuguesa nos Jogos Paralímpicos de Tóquio que que decorrerão entre 24 de agosto e 5 de setembro.

Cascalense de alma e coração quer chegar à final e trazer uma medalha para Cascais seria “ a cereja no topo do bolo”. Paraplégico desde os 16 anos, o então surfista passou por tempos muito difíceis, física e psicologicamente, até que descobriu o amor da sua vida, a canoagem. Não tem medo dos obstáculos que a vida lhe coloca e afirma que “com dedicação, empenho e sacrifício” tudo se consegue.

No dia em que o município de Cascais recebeu o atleta para lhe desejar boa sorte em Tóquio, conversamos sobre a sua preparação, sonhos e motivações.

C: O Alex e o Norberto Mourão vão estrear a canoagem adaptada portuguesa nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. O que significa isso para si?

Alex Santos: A sensação é incrível sermos mos pioneiros a fazer a estreia. Daqui a 100 anos as pessoas vão relembrar que foram os Alex e o Norberto os primeiros a representar Portugal, É um sentimento de muita responsabilidade e de muita felicidade.

C: O que é que lhe passou pela cabeça quando na Hungria soube da qualificação para os Jogos Paralímpicos?

Alex: É um sentimento que numa fase inicial você não consegue administrar tão bem. Depois aos poucos vai caindo a ficha “Bem eu vou mesmo aos Jogos” e aí, cada vez mais, vai assimilando aquela felicidade.

C: Como é sensação de levar o nome de Cascais e as cores de Portugal tão longe?

Alex: Cascais foi onde eu cresci. Conheço Cascais como a palma da minha mão, todas as ruas, todas as vielas… é importante levar o nome de Cascais tão longe. É um sentimento muito, muito importante e muito bom mesmo. É um sentimento incrível quando você veste a camisola do seu país ao qual és completamente apaixonado, faltam-me as palavras para explicar o que sinto.

C: Como é que se prepara para mais este desafio?

Alex: A minha preparação é árdua e muito exigente. Tenho a sorte de ter o apoio da empresa para a qual trabalho como designer que está sediada aqui em Cascais e que me apoia a 100%. Sem esse apoio seria impossível. Acordo às 5 da manhã e vou treinar na Amora (Seixal). Às 6h00 estou dentro de água. Depois deste primeiro treino, venho para o meu posto de trabalho e à hora do almoço faço exercícios de mobilidade. E no fim do dia regresso à água novamente. Pelo que normalmente faço 2 a 3 treinos diários. É uma vida dedicada completamente ao trabalho e à canoagem.

C: Que mensagem é que o Alex Santos quer deixar aqui para os jovens que se deparam com algum tipo de dificuldades na vida?

Alex: Não só para as pessoas que têm algum tipo de limitação motora, mas para todos, diria que tudo é uma coisa mental. Aquela pessoa que mete na cabeça que vai chegar a um objetivo, vai conseguir porque o que é preciso é acreditar. Com dedicação, empenho e sacrifício, mais cedo ou mais tarde vai chegar lá de certeza. Sobretudo, nunca desistir mesmo que os outros digam que não é possível. Quanto mais as pessoas dizem que não consegues, mais vontade temos de mostrar que conseguimos chegar lá. Treino muito com jovens e até crianças e eles é que são a minha motivação no dia-a-dia.

C: Qual é que é o seu sonho? Onde é que o Alex quer chegar?

Alex: Todo o dia acordo com um sonho diferente. Mas, neste momento é chegar á final nos Jogos Paralímpicos e depois logo se vê qual vai ser o próximo sonho. Trazer uma medalha para Cascais seria a cereja no topo do bolo. Mas, mesmo que não traga uma medalha, vou sempre levar Cascais no coração, na alma, a todos os lugares em que eu estiver.

 Paula Lamares/Câmara Municipal de Cascais

Cascais Digital

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