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“Banquetes Improváveis” de Júlio Quaresma, inaugura a 23 de junho, no Centro Cultural de Cascais

Através de pintura, projeção de vídeo ou performances, a exposição “Banquetes Improváveis” é rica em jogos de cores fortes e superfícies planas. Este trabalho é o resultado de uma reflexão irónica e de uma interpretação diferente feita a partir de cenas conhecidas do cinema, onde Júlio Quaresma retrata várias pessoas que passaram e fizeram notícia em Cascais e que era improvável que alguma vez estivessem juntos a jantar. Isto porque, como refere o artista “umas já estão mortas e estão no mesmo cenário que outras que ainda estão vivas, ou porque estão representadas em espaços temporais diferentes”.
“Big Night”, "Casablanca", “ O cozinheiro, o ladrão, a sua mulher e o amante”, “Vatel” ou “Que la fête commence”, são alguns filmes que serviram de base para o trabalho de Júlio Quaresma. Apropriando-se de algumas cenas do cinema, o artista desenhou 41 figuras famosas - que foram importantes no concelho em determinado momento - substituindo os atores nessas películas. “As personagens são substituídas por D. Carlos, Lili Caneças, Kiki Espirito Santo, Champalimaud ou Orson Welles, por exemplo. O contexto é alterado, mas a cena, em si, dá corpo a esses banquetes improváveis”, esclarece.
Criada para celebrar os 650 anos da elevação de Cascais a Vila, “Banquetes Improváveis” de Júlio Quaresma “é todo um momento de descontração e lazer que, olhando com mais atenção, tem alguma ironia, alguma sátira” mas que, como reforça o artista, “tem que ser percebida nas entrelinhas”.