CONTACTOS
Fale connosco
800 203 186
Em rede

Está aqui

FIC: Encontro de escritores africanos esgotou auditório da Casa das Histórias Paula Rego

Juntar Mia Couto e José Eduardo Agualusa, dois dos melhores escritores africanos de língua portuguesa, com Lídia Jorge, curadora do FIC – Festival Internacional de Cultura, para um "Escritores em diálogo", da resultou em mais uma sessão esgotada no auditório da Casa das Histórias Paula Rego.

Moderado por Laurinda Alves, jornalista e escritora, o debate “Afinidades eletivas: África na Literatura Lusófona” foi, até ao momento, o mais participado do FIC 2015.

Abordando fatores que unem os vários territórios, como, por exemplo, a mesma língua, foram várias as questões analisadas ao longo da noite.

Sobre o que escrevem os autores africanos de língua portuguesa? Porque é que os portugueses se deixam contaminar literariamente pelo continente africano? Quais as diferenças entre a narrativa portuguesa e a africana? No que é que se inspiram para escrever as histórias que depois nos chegam em forma de livro? Mais do que um debate, esta foi uma conversa onde Laurinda Alves, de uma forma descontraída e cativante, foi colocando estas e outras questões.

"A literatura gosta da terra do outro. Gosta de viajar. A distância é, ela própria, uma personagem", salientou Lídia Jorge, curadora do FIC, esclarecendo porque é que os portugueses (e não só os que têm ligação com África) gostam tanto de ler sobre um continente com diferenças culturais tão distintas.

Para José Eduardo Agualusa, os escritores "escrevem para tentar perceber o mundo. Têm questões e dúvidas que tentam ver respondidas através da literatura. E essa é uma das razões pelas quais há leitores [de diferentes paragens] que se identificam".

Mia Couto, elogiado inúmeras vezes pelo seu colega durante a conversa, reforçou a ideia, afirmando que "apesar de ser biólogo, é a poesia que dá muitas respostas que a ciência não consegue. A poesia é terapeuta".

Desde os livros, às adaptações em imagens cinematográficas, passando pelas personagens e gafes que passaram na tipografia e foram publicadas, sem esquecer os editores e o papel importante que têm para cada um dos autores, esta foi uma noite repleta de histórias ternas e divertidas.

No fim, inúmeras pessoas fizeram fila no palco para poderem ver autografados os seus livros.

As conversas acontecem no âmbito do FIC - Festival Internacional de Cultura.

Sugerimos também

Cascais Digital

my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0