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Cascais celebra 50 anos do 25 de abril





















Hoje foi um dia de comemoração e alegria. Assinalar os 50 anos do 25 de abril é celebrar o final de quatro décadas de ditadura e opressão. Há 50 anos, o povo saiu à rua apoiando os militares de abril resultando na instauração da democracia.
E este ano, não poderia ser diferente. Em Cascais, por todo o concelho, decorreram diversas iniciativas para destacar os momentos históricos onde as gentes locais fizeram a diferença.
A União de Freguesias Carcavelos| Parede começou o dia com os hasteares das bandeiras, nos seus edifícios principais, que teve a participação dos corpos de bombeiros da Parede, Carcavelos, bem como foram acompanhados pelas bandas filarmónicas da freguesia - Banda Filarmónica da Sociedade Musical União Paredense (SMUP) e Banda Filarmónica da Sociedade Recreativa e Musical de Carcavelos.
Mas foi na Baía que o ponto alto aconteceu com a atuação de 7 Bandas Filarmónicas do Movimento Associativo, Cultural e Recreativo do concelho de Cascais, que juntamente com o cantor Pedro Vaz fizeram ecoar perante centenas de pessoas que estavam nas celebrações, as músicas que marcaram uma época, como a “Grândola Vila Morena”, “Os Vampiros”, “Eu vim de longe”, “Índios da Meia-Praia”, “Venham mais cinco” e claro, a senha que deu início, na madrugada de dia 24, ao movimento das Forças Armadas – “E depois do Adeus”.
Finalizando a iniciativa, a Banda Filarmónica da Sociedade Musical Sportiva Alvidense, a Banda da Sociedade de Instrução e Recreio de Janes e Malveira, a Banda Filarmónica da Sociedade Familiar e Recreativa da Malveira da Serra, a Banda Filarmónica da Sociedade Musical União Paredense (SMUP), a Banda Filarmónica da Sociedade Recreativa e Musical de Carcavelos, a Banda Filarmónica do Grupo de Solidariedade Musical e Desportiva de Talaíde e a Banda do Grupo Recreativo Dramático 1º de Maio de Tires, uniram-se em palco para tocar e cantar o Hino Nacional, a uma só voz com todos os presentes.
"Nós estamos, ao fim de 50 anos, com uma esperança renovada. Nem tudo ainda aconteceu como estava previsto e era sonhado por aqueles que fizeram o 25 de abril, mas o que é certo é que houve uma evolução muito grande desde o 25 de abril de 74 até ao 24 de abril de 2024, que comemoramos hoje", refere Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais.
O Papel de Cascais na Revolução
Foi em Cascais que tiveram lugar duas importantes reuniões preparatórias que conduziriam para a Revolução dos Cravos. Na reunião realizada em Cascais a 5 de março de 1974, os Capitães assumem como irreversível a opção pelo golpe de Estado, determinam um reforço da sua organização e acionam os mecanismos para a conclusão de um projeto político que sintetiza os seus objetivos fundamentais.
O encontro clandestino é preparado com relevantes preocupações de segurança. Os cerca de 200 homens (em representação de mais de 600) que estariam presentes são convocados para 18 cafés ou pastelarias em Lisboa, onde devem esperar por um elemento que os encaminhe para o local da sessão. O plano inicial é realizar a reunião no edifício Franjinhas, no cruzamento das ruas Castilho e Braamcamp, mas é alterado nesse mesmo dia: o destino acaba por ser o 1.º andar do número 45 da rua Visconde Luz, em Cascais, no ateliê do arquiteto Braula Reis.
Nesse pequeno espaço, cumpre-se uma etapa determinante na história do Movimento dos Capitães e para o sucesso da «Operação Viragem Histórica», que, dali por 51 dias, derrubaria uma ditadura que durava há quase meio século.
Durante o encontro, é aprovado pela maioria dos presentes (111) o documento de síntese «O Movimento, as Forças Armadas e a Nação». Este é o primeiro projeto político dos Capitães, fundamental para balizar os seus objetivos. Fica patente a intenção do Movimento de democratizar o país e de acabar com a guerra e dá-se aqui a passagem do Movimento dos Capitães a Movimento das Força Armadas (MFA). Os Capitães decidem delegar em Melo Antunes a responsabilidade de presidir e coordenar a comissão de elaboração do Programa.
No mesmo encontro realiza-se uma nova votação sobre os futuros chefes do Movimento, num escrutínio mais uma vez ganho por Francisco da Costa Gomes, então Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.
Os presentes dão ainda um voto de confiança à Comissão Coordenadora do Movimento e à direção para desenvolver todas as atividades necessárias à preparação do golpe de Estado.
“Há 50 anos unimo-nos e vencemos um regime não democrático. A celebração do 25 de Abril em Cascais é uma afirmação de princípios. É a afirmação de uma democracia forte. Honrar Abril é lembrar e admirar aqueles homens e mulheres que nos libertaram da servidão para nos dar a liberdade plena. É agradecer aos vários homens que estiveram na linha da frente, os Capitães de Abril, que, com coragem, fizeram a única Revolução do mundo sem sangue, substituindo as armas por flores: os nossos cravos. Lutemos, hoje mais do que nunca, por uma Democracia sem amos. Aqui, nesta nossa Vila de Cascais, também é o povo quem mais ordena”, salienta Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais.
CMC | MS | MC | AG | LB
Onde estava no 25 de Abril?
A velha pergunta feita no Público, a 16 personalidades, por um histórico jornalista já desaparecido, Batista Bastos, foi repetida a simples pessoas que, qualquer que fosse o comprometimento com o 25 de Abril de 1974, teria acontecido depois da Revolução.
Quer dizer, todos os entrevistados, antes do dia 25 de abril de 1974, eram cidadãos sem qualquer envolvimento naquele movimento, alguns nem sequer sabiam propriamente o que se estava a passar.
Esta circunstância confere aos seus depoimentos ainda mais importância histórica, porque não estão eivados de qualquer compromisso ideológico, são a visão mais desideologizada do momento. Encantos e desencantos de Abril na primeira pessoa.
São testemunhos simples de um povo que sofreu os medos, que engoliu a angústia e que soltou a alegria no dia da Liberdade. Povo que fez a festa, alimentou ilusões e confessa as desilusões. Tudo em apenas sete depoimentos.
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EnVidade, o projeto que vem facilitar a atuação médica









Estiveram hoje reunidas, nas novas instalações da Advanced Health Education (AHED), em Carcavelos, as responsáveis pelo projeto EnVidade, juntamente com membros da área da saúde, no âmbito de dar a conhecer o estudo da aplicação do projeto, na facilitação da atuação médica.
Fruto de uma parceria entre a Câmara Municipal de Cascais e a PRO EDGE, em 2023, a EnVidade fez duas avaliações, uma delas entre fevereiro e março, e outra em novembro. Com o estudo, surgiram variados casos de sucesso, como apresentou a Dra. Amália Botelho, salientando os benefícios que o projeto pode trazer, não só aos pacientes, mas também às equipas médicas.
O Exame Diagnóstico Global Estruturado (EDGE) é um procedimento de avaliação multidimensional, desenvolvido com base em investigação científica, que recorre a um conjunto de variáveis, onde os diferentes domínios da saúde do indivíduo são avaliados de uma forma simples, mas específica. A plataforma foi testada por médicos, psicólogos, nutricionistas, técnicos e especialistas no envelhecimento, e sofre atualizações todos os anos.
A Eng.ª Belén Vicente, diretora da AHED, explicou que “O EDGE foi desenvolvido para facilitar os processos médicos, como qualquer exame, a diferença é que faz um diagnóstico antes mesmo da consulta do paciente. Assim, a prática clínica iria ficar facilitada, visto que os profissionais da saúde já teriam um relatório previamente feito”. A Eng.ª acrescentou ainda que não é só um suporte na prática clínica, mas também na prescrição social, na investigação e na formação de profissionais de saúde.
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CMC | IM | MC | LB
Sarau de Ginástica de Cascais regressa para a 16.ª edição
O Sarau de Ginástica de Cascais está de volta para a sua 16.ª edição, com os Salesianos de Manique a acolherem o evento no próximo dia 3 de maio, a partir das 19h00.
O Sarau é aberto ao público e direcionado aos clubes de Ginástica do concelho, e tem como objetivo demonstrar o trabalho realizado ao longo da época desportiva nas várias classes da respetiva modalidade: Acrobática, Rítmica, Trampolins, Representação, Formação e Ginástica Para Todos.
Este evento é uma iniciativa de âmbito local organizada pela Câmara Municipal de Cascais e enquadra-se nas comemorações dos 50 anos do 25 de abril em Cascais.
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Em reunião de Câmara | Turismo, Apoio Comunitário e Desenvolvimento Urbano em destaque
Na abertura da reunião da Câmara Municipal de Cascais, a Vereadora Alexandra Domingos, representante do Partido Socialista, levantou duas questões. Em primeiro lugar, expressou a preocupação dos residentes em relação à falta de manutenção do Parque Urbano do Outeiro da Vela em Cascais, enfatizando a sua importância para a comunidade e solicitando uma solução para garantir a sua preservação. Em segundo lugar, abordou a situação do Bairro da Boa Esperança em Bicesse, onde os residentes têm reclamado da falta de passeios adequados. Questionou se a Câmara Municipal já analisou esta questão e quais as medidas em curso para melhorar a mobilidade pedonal e rodoviária, especialmente considerando as vias degradadas no bairro.
O Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, admitiu não ter recebido comunicação sobre o estado do Parque Urbano do Outeiro da Vela, mas comprometeu-se “a investigar e resolver a situação”. Em relação ao Bairro da Boa Esperança em Bicesse, mencionou “os esforços em curso para resolver a escassez de passeios” e reconheceu a “necessidade de analisar a situação de forma mais detalhada”.
Por sua vez, o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Nuno Piteira Lopes, abordou “os desafios de infraestrutura e legalização enfrentados pelo Bairro da Boa Esperança em Bicesse”, destacando a “importância da iniciativa dos residentes para promover a legalização das suas habitações e a realização das infraestruturas necessárias”. Expressou a esperança de que os moradores prossigam com “o processo para que a Câmara possa colaborar na resolução dos problemas identificados”.
Cascais na Rota do Turismo: Estratégias Municipais para Manter a Competitividade
Foi aprovada, de forma unânime, a publicitação do início do procedimento de alteração à taxa turística, conforme estipulado no Regulamento de Cobrança e Tabela de Taxas, Licenças e Outras Receitas Municipais. A decisão de modificar a taxa turística surge da necessidade de ajustar o seu valor aos investimentos realizados pelo Município, com o objetivo de garantir um serviço de qualidade aos visitantes.
Nos últimos três anos, observou-se um aumento significativo tanto no Plano Plurianual de Investimento (PPI) como no rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) em Cascais. Paralelamente, a colaboração com a Associação de Turismo de Cascais resultou em transferências financeiras consideráveis, destacando-se a discrepância entre o montante atribuído à associação e a receita arrecadada pelo Município com a taxa turística.
Questionado pela Vereadora do Partido Socialista, Alexandra Domingos, sobre os estudos que fundamentam o aumento da taxa e qual seria a perspetiva do Município nesse sentido, Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais, esclareceu que "o concelho, classificado como o segundo em capacidade hoteleira na área metropolitana de Lisboa, tem seguido as medidas adotadas pela capital”. Salientando a importância de “preservar o marketing territorial e investir no desenvolvimento e promoção do destino”. Acrescentou ainda que a “taxa turística praticada em Cascais é consideravelmente inferior à média europeia, não comprometendo a competitividade do destino turístico”.
Cedência de Fração à APAV em Carcavelos e Parede: Reforço do Apoio às Vítimas
Foi aprovada, por unanimidade, a cedência em regime de comodato da fração "AM", situada no segundo andar do edifício da Praça 5 de Outubro, n.º 52 e Rua Capitão Leitão, n.º 197, em Carcavelos e Parede, à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).
Esta decisão reflete a estratégia da Câmara Municipal de Cascais para fomentar um ecossistema de impacto na comunidade, promovendo a equidade no acesso aos direitos. A Estação de Inovação Social, integrada nesta estratégia, visa criar um espaço único em Cascais, oferecendo serviços e oportunidades por meio de uma abordagem colaborativa. O contrato de comodato terá a duração de cinco anos e tem como objetivo fortalecer o apoio às vítimas de crime e promover os Direitos Humanos na comunidade.
Na discussão do ponto, o Vereador João Rodrigues dos Santos, do Partido Chega, destacou a relevância de propostas como esta, que apoiam as vítimas de criminalidade, reconhecendo “a fragilidade dessas pessoas no contexto do sistema criminal”. Expressou também os seus parabéns ao Vereador Frederico Pinho de Almeida pela iniciativa.
Por sua vez, o Vereador Frederico Pinho de Almeida reforçou os pontos abordados por João Rodrigues dos Santos e convidou os demais vereadores “a participar no próximo plenário do Fórum Municipal Contra a Violência Doméstica”. Destacou ainda as ações em curso para prevenir a violência doméstica e sensibilizar os jovens para questões relacionadas com o respeito e a prevenção da violência no namoro, bem como as parcerias estabelecidas com a APAV ao longo dos anos.
Parceria pela Solidariedade: Fundação L.A.P.S. Recebe Prédio Urbano para Casa de Acolhimento
Deliberou-se, por unanimidade, ceder, em regime de comodato, um prédio urbano de 147,40 m2 na Quinta do Pisão, em Alcabideche, à Fundação L.A.P.S. O propósito é estabelecer uma Casa de Acolhimento, alinhado com as competências da autarquia em apoiar atividades sociais e a missão da Fundação em combater a pobreza. O contrato de comodato terá a duração de 10 anos.
O Presidente da autarquia destacou o papel da Fundação L.A.P.S., que “procurou a colaboração da Câmara, especialmente durante um processo complexo que envolveu o apoio a cidadãos da Ucrânia”.
E refere que “esta iniciativa conta com o apoio da União Europeia e outras entidades, refletindo um investimento significativo na criação de um espaço de apoio para vítimas de violência doméstica”. Apesar das obras necessárias, a Fundação assumirá a gestão do espaço em colaboração com pessoas em situação de fragilidade. O autarca expressou a sua gratidão à Fundação L.A.P.S. por “tomar essa iniciativa e contribuir para resolver uma necessidade vital na comunidade”.
Avanço na Construção Municipal em Carcavelos
Foi aprovada, por unanimidade, a adjudicação da proposta apresentada pelo concorrente n.º 2 - Teixeira, Pinto & Soares, S.A. para a Empreitada de Construção de Habitação Municipal em Carcavelos, com um prazo de execução de 480 dias e um preço contratual máximo de 11.257.379,45€, acrescido de IVA à taxa legal em vigor. Esta decisão foi tomada após a análise do Relatório Final elaborado pelo júri do procedimento, que foi aprovado e anexado à presente proposta. Também foi aprovada a minuta do contrato a celebrar.
O Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, realçou “a importância desta empreitada de construção municipal em Carcavelos, já numa fase final de adjudicação e aprovação da minuta do contrato". Sublinhou que este esforço “tem sido desenvolvido e liderado pelo Vice-Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Nuno Piteira Lopes”.
Terminou a discussão do ponto referindo que “nas próximas reuniões de câmara, serão apresentados mais processos de abertura de concursos para construção de habitação pública”.
Aprovação Unânime do Projeto de Criação do Pólo Aeronáutico em Cascais
Foi aprovado por unanimidade o Projeto para a criação de um Pólo Universitário, politécnico e de ensino técnico profissional nas áreas da aeronáutica e aeroespacial, representando um avanço significativo alinhado com a estratégia municipal. Esta iniciativa recebeu o apoio da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Para viabilizar este projeto, estabeleceu-se um protocolo de colaboração entre a Cascais Dinâmica e a referida instituição, com vista à cedência de espaço no Aeródromo Municipal de Cascais.
O próximo passo consistirá no convite formal à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para a apresentação de um projeto abrangente, que inclua a criação do polo universitário e politécnico, bem como o reforço do ensino técnico profissional nestas áreas específicas.
Durante a discussão, o Presidente da Câmara Municipal de Cascais destacou a importância deste projeto como “mais um passo rumo ao objetivo de estabelecer um polo universitário técnico e politécnico no aeródromo de Tires”. Enfatizou que “este empreendimento poderá representar uma das maiores transformações naquela zona do concelho, caso os objetivos ambiciosos sejam alcançados”.
Este projeto junta-se às iniciativas já aprovadas em outras reuniões de câmara, como a colaboração com a TAP, que engloba não apenas a implementação de mais simuladores, mas também a formação na Academia TAP, proporcionando oportunidades de formação profissional. Adicionalmente, existe a perspetiva de estabelecer uma fábrica ou oficina de motores de aviões, o que complementaria os esforços em curso no desenvolvimento do ensino técnico profissional, nomeadamente através do Agrupamento de Escolas Frei Gonçalo de Azevedo, reconhecido pelo sucesso alcançado em termos de empregabilidade para os alunos que optam por essa formação.
Apoio à Gestão, Tesouraria, Controlo Financeiro e Projetos Comparticipados, Expropriações, Saúde, Solidariedade Social e Direitos no Território, Coesão e Desenvolvimento Social, Recursos Humanos, Projetos Estruturantes, Gestão Territorial, Gestão Urbanística, Obras Municipais, Manutenção e Trânsito Intervenção Territorial, Ambiente, Educação, Relações Internacionais e Democracia Participativa foram outros dos temas setoriais discutidos na reunião ordinária.
Jornal C | 147 Abril
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Nesta edição recordamos alguns protagonistas da Revolução dos Cravos, nos 50 anos do 25 de abril e as portas que abril abriu em Cascais, na área da saúde, habitação, cultura, educação e tantas outras vertentes que até hoje fazem a diferença na nossa comunidade.
Para além destas comemorações, o Orçamento Participativo de Cascais '24 também anda na rua com as várias propostas a votação. Conheça-as e vote em consciência.
Município de Cascais promove Rede Intermunicipal para a Transparência e Prevenção da Corrupção






No passado dia 18 de abril, os Paços do Concelho de Lisboa acolheram o 1.º Encontro da Rede Intermunicipal para a Transparência e Prevenção da Corrupção. Esta Rede surgiu de uma parceria do Departamento de Transparência e Qualidade da Câmara Municipal de Cascais com o Departamento de Transparência e Prevenção da Corrupção da Câmara Municipal de Lisboa. Trata-se de uma rede colaborativa e informal, que visa a partilha de experiências e a produção de conhecimento sobre as matérias da transparência e prevenção da corrupção. A coordenação da Rede é anual, encontrando-se atualmente assegurada pelos municípios de Cascais e Lisboa.
O Encontro contou com a participação de cerca de 40 dirigentes e técnicos de diferentes municípios e empresas municipais, ligados às áreas da transparência, conformidade e prevenção da corrupção. Estiveram representados os municípios de Cascais, Castelo Branco, Coimbra, Lisboa, Matosinhos, Moita, Oeiras, Palmela, Porto, Santarém, Tábua, Valongo e Vila Franca de Xira. No caso concreto das empresas municipais de Cascais, compareceram representantes da Cascais Ambiente, da Cascais Envolvente, da Cascais Próxima e da Agência DNA Cascais.
A “vontade de trabalhar” estas matérias e partilhar conhecimento, foram as notas dominantes do Encontro. Durante 4 horas, os participantes manifestaram adesão e tiveram oportunidade de trocar experiências e debater as expectativas que têm relativamente ao funcionamento da Rede, bem como de apresentar propostas que permitam encontrar respostas para questões associadas a estas temáticas, mediante a criação de uma Plataforma de Comunicação.
O Município de Cascais deverá acolher o próximo Encontro da Rede Intermunicipal para a Transparência e Prevenção da Corrupção, agendado para a primeira quinzena de outubro.
Fotografias: Daniela Conceição | CML
Projeto “Memórias do 25 de abril”
A Câmara Municipal de Cascais juntou-se à Escola Secundária Fernando Lopes-Graça, Parede, para estudar a revolução de 25 de abril de 1974, não apenas do ponto de vista historiográfico, mas também do ponto de vista sociológico.
Esta parceria materializou-se no Projeto “Memórias do 25 de abril”, cuja apresentação pública dos resultados teve lugar, no dia 20 de abril, no Centro Cultural de Cascais. Os 11 alunos da turma do 11.º E, empenharam-se neste projeto entre janeiro e março deste ano, tendo recolhido 16 testemunhos entre os quais familiares seus alunos, mas também funcionários da escola que frequentam.
Tudo começou com a proposta dirigida à autarquia, formalizada pela Professora de História, Cristina Antunes, em que consistia que alunos realizassem entrevistas e recolhessem testemunhos de pessoas que vivenciaram o 25 de abril em 1974. A ideia foi muito bem recebida pela autarquia já que, no ano de 2022, a Câmara Municipal de Cascais aprovou e divulgou um documento estratégico, um manual de procedimentos de métodos e técnicas de recolha de recolha do património cultural imaterial.
Uma das intervenientes deste projeto foi Carmen Pereira, Antropóloga do Departamento do Património Histórico da Câmara Municipal de Cascais, que colaborou com os jovens e foi essencial na formação que receberam: “Foi esse o estímulo que proporcionou este trabalho de equipa, a explicação das estratégias definidas para o processo da recolha e registo, produzidas numa conjuntura de valorização cultural imaterial e incentivo à pesquisa documental, o recurso a diversos registos audiovisuais, as formas de transcrição, e a sua interpretação global, resultou nesta apresentação final tão bem executada por este grupo de jovens. As técnicas de recolha de memórias individuais e coletivas e a valorização dos relatos proferidos por todos os entrevistados, relacionados com um período histórico tão significativo na democracia portuguesa e de grande transformação socioeconómica, tornaram-se nos alicerces deste processo que resultou nestas Memórias do 25 de abril”, referiu, na apresentação pública do projeto. A sessão seguiu na voz de alguns dos alunos com a partilha das experiências referentes à sua participação, tendo afirmado a importância e impacto que este trabalho teve no seu percurso escolar e pessoal.
Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, presente na apresentação pública do projeto, aproveitou para “dar os parabéns aos alunos que desenvolveram este trabalho, com o apoio dos colegas da Câmara Municipal de Cascais, e a todos aqueles que se disponibilizaram para dar os seus testemunhos, e contar a sua história do 25 de abril". Um momento "tão impactante", acrescentou finalizando: "todos nós temos uma história e um sentimento sobre o 25 de abril”.
A reforçar a relevância deste projeto e a apoiar a equipa multidisplinar, esteve João Miguel Henriques, diretor do Departamento de Património Histórico da CM Cascais: “É um projeto muito especial. De facto, a Câmara Municipal de Cascais tem vindo a promover a recolha do Património Cultural e Imaterial do Município. Isto significa que, dentro de cada um de nós, existe um conjunto de recordações, de memórias que nos permitem reconstituir a história contemporânea do nosso concelho, mas também de Portugal", salientou.
Um exercício ainda mais importante para ajudar a contar a história recente: "Estamos a comemorar, felizmente, os primeiros 50 anos da democracia portuguesa, e este era o momento fundamental de recolhermos estes testemunhos junto daqueles que já viveram mais anos e, por isso, têm histórias muito importantes para nos contar. É este o nosso objetivo, conseguir registar, mas também levar mais longe as nossas memórias, enquanto comunidade. E estas memórias dos primeiros 50 anos da democracia portuguesa são fundamentais para que os mais novos e os mais velhos aprendam ou recordem a importância da liberdade, democracia e de tudo aquilo que foi necessário abdicar, por tudo aquilo que foi necessário lutar para que nós hoje pudéssemos viver nesta democracia”, destacou.
De ressalvar que, num futuro próximo, estes registos vão estar disponíveis no Arquivos Histórico da autarquia para consulta.
CMC | TL | CB | LB
V Jornadas da 1.ª Infância | Plataforma Crescer Melhor em Cascais
O sucesso da Jornadas da Primeira Infância, uma iniciativa da Plataforma Crescer Melhor em Cascais, foi visível, com as cerca de 400 pessoas que preencheram os lugares do auditório do Colégio da Boa Nova, no Estoril. Profissionais da área da Educação de infância e creche responderam à chamada das V Jornadas da Primeira Infância, uma das muitas iniciativas que a Plataforma da Rede Social de Cascais organiza, sendo a Câmara Municipal de Cascais a entidade promotora. O evento decorreu no dia 20 de abril, este ano dinamizado num só dia, sob o tema “Educação das Crianças 0 - 3 anos | Desafios para Profissionais e Famílias”. Foram debatidos temas sobre a psicologia do desenvolvimento da criança, a conciliação da vida familiar e profissional, na ótica do melhor acompanhamento à criança, reflexões sobre as dinâmicas integradas nas creches, e realidade do melhor caminho e aposta para quem assegura esta função de educadores na primeira infância. A sessão de abertura contou com a presença, na abertura, de Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, e de Frederico Pinho de Almeida, vereador da autarquia.
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Cascais comemora Abril expondo obras de Paula Rego
“Estamos vivos” disse o presidente da Fundação D. Luís I, Salvato Teles de Menezes na cerimónia de inauguração da exposição “Paula Rego: Manifesto” um sinal de vitalidade quer do Museu que a acolhe, quer da própria Fundação. Ideia que seria corroborada por Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, dando como exemplo a recente obra da pintora adquirida pelo município que, por razões burocráticas, não pode ainda fazer parte desta exposição.
Trata-se de uma exposição “Paula Rego: Manifesto” que celebra, também, a primeira amostra individual da artista, realizada em 1965, e onde Paula Rego se insurge, através da pintura, contra o regime salazarista. Como se refere no catálogo da exposição, curadoria de Catarina Alfaro e Leonor de Oliveira, “Entre os anos 1960 e 1970, a abordagem figurativa experimental de Paula Rego, intuitiva e aparentemente caótica, servia a necessidade de expressar as suas emoções, refletindo ansiedade, medo e angústia, sentimentos que eram partilhados por todos os portugueses que aspiravam a uma mudança política no país.”
Insere-se, pois, esta exposição, que estará patente na Casa das Histórias Paula Rego até o dia 6 de outubro, nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974.
Esta exposição, reúne 18 obras das 19 exibidas pela pintora em 1965, aquando da sua primeira exposição individual, uma década marcada por diversos assassinatos designadamente o de Humberto Delgado, período de grande repressão do regime, de guerra colonial, que Paula Rego espelha nestas obras expostas.
Porém a obra aborda a mesma atitude de intervenção da artista perante a realidade social e política portuguesa, mesmo depois do 25 de Abril de 1974. Quando, por exemplo, explicaria Nick Willing, filho da artista e membro da comissão paritária da Casa das Histórias Paula Rego, em 1998, se verifica uma reduzida participação das mulheres no referendo sobre o aborto, “algumas preferindo ir à praia” em vez de votar. “A minha mãe ficou irritada e a forma de reagir foi pintar aquelas meninas em posições de sofrimento depois de sujeitas ao aborto clandestino”.
Como se refere no catálogo da autoria de Catarina Alfaro e Leonor Oliveira, em contracorrente com a “narrativa sobre a ditadura e o processo de democratização (…) dominados pela perspetiva e ações masculinas (…) a obra de Paula Rego inscreve na abordagem crítica desses momentos históricos não só a experiência feminina, mas também o papel das mulheres na luta pela democracia e pelos seus direitos”.CMC/HC/BN/LB
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