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Comunidade chamada a participar no Plano de Paisagem do Parque Natural
Decorreu, este sábado, na Sociedade Familiar e Recreativa da Malveira da Serra, a segunda sessão pública de participação do Plano de Paisagem do Parque Natural Sintra-Cascais. Mais uma vez os moradores, proprietários de terrenos, membros de grupos de conservação da natureza, operadores turísticos, praticantes de desportos da natureza e demais interessados nesta área protegida, foram chamados a colaborar e a deixar os seus contributos para a redação final do documento que consubstancia uma visão estratégica para este património natural que ser quer protegido mas que possa ser usufruido por todos.
Após o incêndio florestal de outubro de 2018, que consumiu perto de 500 hectares do Parque Natural, tornou-se uma prioridade garantir uma gestão florestal sustentável que melhor defenda esta área protegida das consequências das alterações climáticas. A autarquia procedeu, então, à elaboração do Plano de Paisagem de Cascais, desenvolvido pela Cascais Ambiente em colaboração com a Autoridade Gestão para os Incêndios Florestais e o Instituto Superior de Agronomia. Este Plano visa, assim, estabelecer estratégias para um novo ordenamento e dinamização do território, contribuindo para a biodiversidade e estimulando o processo natural de regeneração e evolução da vegetação. A área protegida ganha, assim, maior resiliência, garantindo mais segurança às comunidades locais e visitantes e facilitando a vigilância e o combate a incêndios.
Com estas sessões de participação pública pretendeu-se fomentar a participação ativa da comunidade no reforço da identidade e do carácter diferenciador da paisagem local, promovendo em conjunto com os poderes públicos e os proprietários públicos e privados, a proteção, a gestão e o ordenamento da paisagem natural, rural e florestal.
"Este Plano olha á escala de um território que é muito querido em Cascais", salienta João Melo, acrescentando que, por isso, é importante "envolver a comunidade a dar os seus contributos e opiniões para um Plano que se pretende seja inclusivo".
Os participantes nesta sessao dividiram-se em vários grupos de trabalho que espelharam os vários interesses presentes: Grupo de proprietários florestais; grupo de conservação da natureza; grupo de turismo da natureza e grupo de desporto da natureza. Depois de uma breve apresentação pelo responsável da Cascais Ambiente, João Melo, das linhas gerais do Plano de Paisagem do Parque Natural, os grupos reuniram para discutir as principais preocupações e darem os seus contributos para melhorar aquele documento estratégico que se quer um plano aberto à colaboração de toda a comunidade. As conclusões destes grupos de trabalho irão, assim, ser objeto de análise por parte da equipa da Cascais Ambiente, para depois virem a integrar o próprio Plano.
" Queremos tornar cada cidadão que habite ou visite o parque natural um conservador da Natureza" referiu Leonor Cerqueira, que como voluntária já participou em várias ações de conservação da natureza e de limpeza do parque natural. Leonor veio defender aqui a necessidade de promover ações de educação para todos, para que "as pessoas tenham boas práticas para a defesa do meio natural e que evitem comportamentos que o possam agredir e por em risco".
Adriana Pedroso, participante no grupo dos proprietários florestais, veio com o pai para "ficarem um pouco mais por dentro do que é este Plano de Paisagem". Aponta a proteção contra os incêndios como a principal preocupação relativamente a esta área, assim como a preservação do espaço florestal e da biodiversidade que habita o parque natural. Adriana salienta, ainda, a importância destas sessões de participação, onde estão presentes os vários interesses e "para que possamos chegar a um entendimento entre todos para uma gestão mais colaborativa".
Antonio Almeida é proprietário de um aldeamento turístico na zona da Malveira. Louva a iniciativa destas sessões e deixa a esperança que "possa produzir os efeitos que todos desejamos que é melhorar a qualidade e as condições do Parque Natural". Para este operador na área do turísmo " estas sessões podem contribuir para que não se cometam os mesmos erros do passsado" e que possam promover "uma melhor coordenação com os serviços centrais que estão muitas vezes alheados das realidades locais".
Paula Lamares| Ruben Viegas | Pedro Ramos| CMC
Bata Branca a funcionar em Cascais





Murtal recebe extensão do ISPA
A antiga Escola do 1.º ciclo do Murtal, desativada há alguns anos, foi requalificada e vais funcionar, já este ano letivo, como uma extensão do Instituto Superior de Psicologia Aplicada.
A escola, agora requalificada, é dotada também de um espaço exterior de lazer e convívio, para uso de toda a comunidade do Murtal.
“Surgiu a oportunidade de fazer uma parceria com a antiga Escola Superior Maria Ulrich, atualmente integrada no Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), e assinamos um protocolo com este instituto superior de modo a que, a escola, possa servir de suporte aos cursos da Educação na área da primeira infância”, disse o vereador da Câmara Municipal de Cascais, Frederico Pinho de Almeida, no decurso de uma visita às obras naquela escola.
Ainda segundo Frederico Pinho de Almeida, a instalação desta escola de referência, “reforça a estratégia de parcerias e de cursos de ensino superior no concelho”.
Com a requalificação beneficiou também a comunidade local que passou a dispor de um espaço de lazer para crianças, e de convívio e lazer para os adultos, designadamente com um espaço destinado ao jogo da petanca”, concluiu. HC/LB/PR/CMC
Chefs On Fire 2021
O festival que junta alguns dos melhores Chefs nacionais, desafiando-os a cozinhar com fogo e ao som da melhor música portuguesa, está de regresso e desta feita serão dois dias na Feira Internacional de Artesanato do Estoril.
Cascais volta a ser o cenário perfeito para uma homenagem à versatilidade da gastronomia, à resiliência do sector e ao reencontro, adotando todas as medidas de segurança. São 14 Chefs e 10 bandas, preparadas para proporcionar bons momentos a um máximo de 1500 pessoas por dia.
No primeiro dia de festival - 18 de Setembro - juntam-se os chefs Diogo Noronha (Foodriders), Gil Fernandes (Fortaleza do Guincho), Hugo Candeias (The Artgate; Ofício), Marlene Vieira (Zunzum), Miguel Laffan (Hotel Torre de Palma), Rodrigo Castelo (Taberna Ó Balcão) e Telmo Moutinho (Padaria da Esquina), ao som de músicos como: Dino Santiago, Legendary Tiger Man, Benjamim, Noiserv e Miramar.
No domingo, dia 19 de Setembro os menus ficam a cargo dos chefs Alexandre Silva (Loco, Fogo), António Galapito (Prado), Carlos Afonso (O Frade), Diogo Lopes (Cura), Luís Gaspar (Sala de Corte), Michele Marques (Gadanha) e Vítor Adão (Plano), acompanhados pelos Clã, Manel Cruz, Samuel Úria, Rita Redshoes e Cais Sodré Funk Connection, a marcar a música deste último dia.
Responsabilidade Ambiental e Social
A juntar às preocupações ambientais, que fazem parte do leque de temáticas que norteiam as escolhas de produção do evento, o Chefs on Fire acolhe e respeita as recomendações de higiene e segurança por parte da DGS no que diz respeito ao combate à pandemia, tentando, sempre que possível, continuar a apostar em materiais naturais e sem plásticos.
Preservando a parceria com o Corpo de Bombeiros Voluntários do Estoril, este ano o apoio social reverte diretamente para o novo movimento criado pela própria associação -“Cozinha Solidária”. Os esforços dos bombeiros voluntários, perante a situação da região, focaram-se na preparação de 50 refeições diárias àqueles que carecem de mais apoio, sobretudo após a destruição de negócios familiares no Estoril - Cascais. A iniciativa é apoiada pela Junta de Freguesia de Cascais - Estoril, e por cada bilhete vendido, são revertidos 5€ para alimentar e apoiar este projeto.
Pão com Coração – projeto social do FoodLab presente no evento
Cascais estará representado no espaço pelo Foodlab, através do projeto Pão com Coração. Um projeto de empreendedorismo social da Câmara Municipal de Cascais, dinamizado pelo Cascais FoodLab e com o apoio de vários parceiros. Consiste numa padaria de aplicação, que funciona como um catalisador social que permite receber jovens provenientes das IPSS’s e de outras entidades, promover a sua inclusão social, acompanhá-los na inserção no mercado de trabalho e atuar como facilitador na sua vida ativa.
No evento, a Cercica, a ESTHE e o Foodlab estarão a produzir e a vender pão.
Saiba mais sobre o Cascais FoodLab aqui
Festival Internacional do Cavalo Lusitano regressa a Cascais











É o evento dedicado ao Cavalo Lusitano, que é um dos produtos portugueses de maior sucesso e prestígio internacionais. No âmbito desta iniciativa, levada a cabo pela APSL e num ano atípico, realizar-se-ão provas de Modelo e Andamentos, Equitação de Trabalho e um Espetáculo Equestre, que conta com a participação de várias atuações equestres.
Com mais de duas centenas de cavalos, o objetivo do Festival Internacional do Cavalo Lusitano é dar a conhecer a todos a beleza e a funcionalidade do cavalo lusitano e o trabalho desenvolvido por todos: criadores, proprietários, cavaleiros e todas as entidades e estruturas que permitem dinamizar e fazer crescer a todos os níveis, nomeadamente a nível desportivo.
" Este festival internacional equestre já é uma tradição de Cascais para o mundo e é muito importante nesta retoma de atividade podermos voltar a acolher estes eventos, tanto para os cascalenses, como para quem nos visita", referiu Frederico Nunes, vereador da Câmara Municipal de Cascais, acrescentando que "queremos voltar a colocar Cascais no mapa como palco internacional dos grandes eventos".
Para além dos espetáculos equestres que têm sempre muito sucesso para o público em geral, são vários os concursos nas diversas classes e sempre bastante competitivos. Já premiadas nesta 32ª edição, as melhores fêmeas de Puro Sangue Lusitano.
A classe de poldras de 1 ano que foi muito disputada, destacaram-se «Querida» (Zaire x Ursula por Xaquiro) do criador Leonardo Franco e apresentada por João Oliveira, «Queen Plus» (Jasmim Plus x Las Vegas Plus por Escorial) do criador Dressage Plus e «Queen da Caniceira» (Diamante da Caniceira x Lenda da Caniceira por Zaire) da Herdade da Caniceira, que conquistaram as Medalhas de Ouro.
Na classe de poldras 2 anos as vencedoras da medalha de ouro foram, «Perla do Luar (FR)» da Coudelaria do Luar (Jiu-Jitsu x Ingrid) e «Pintura Plus» (Jasmim Plus x Fama Plus por Peralta) do criador Dressage Plus.
Nas poldras de 3 anos, conquistaram o Ouro, «Oliva» (Zaire x Azeitona por Spartacus) da Coudelaria Leonardo Franco e «Olivença» (Hábil da Broa x Onda por Hábil) da Coudelaria Manuel Mendes Assunção Coimbra. «Oliva» foi ainda eleita a melhor fêmea apresentada à mão.
A vencedora da classe descendência de égua foi «Sultana» (Xaquiro x Noz por Opus-72), criador Pedro Ferraz da Costa, representada pelos seus descendentes Lavrador (Rico x Sultana), Odalisca (Dragão das Figueiras x Sultana) e Quartzo II (Altivo x Sultana) que recebeu a medalha de ouro.
o grande vencedor do ultimo dia de Festival é Lord Plus (Escorial x Elite Plus) da criação Dressage Plus. Numa classe de grandíssima qualidade, todos os cavalos apurados foram medalhados com medalha de ouro, sendo que Lord Plus conquista o 1º Lugar da classe de cavalos montados 5 anos ou mais. Lord Plus junta a este titulo, o titulo de melhor cavalo macho montado.
Paula Lamares/CMC
Visita às Escolas Básicas intervencionadas em Cascais
O Executivo da autarquia e técnicos da área da educação visitaram, na véspera da abertura do ano letivo, Escolas Básicas do concelho que sofreram diversas intervenções, para requalificação do espaço escolar e e aonde foram colocados ou substituídos equipamentos lúdicos e didáticos.
Esta visita, a um dia da abertura do ano letivo, visou aferir no local os resultados dessa requalificação e a eficácia da intervenção no bom funcionamento das escolas.
As maiores intervenções verificaram-se na EB de Talaíde e Padre Andrade, ambas em S. Domingos de Rana, e na EB Manuel Gaião, em Alvide, freguesia de Alcabideche.
Na Escola Básica de Talaíde foi criado um espaço para confeção local das refeições para aquela comunidade escolar que vai beneficiar perto de uma centena de crianças, mais o respetivo corpo docente e não docente.
Esta intervenção cujo investimento rondou os 265 mil euros, incluiu também a substituição do pavimento no campo de jogos e do piso da sala CAF, que passa a funcionar como SIE e espaço multiatividade.
Na Escola Básica Padre Andrade, também na freguesia de S. Domingos de Rana, o espaço exterior foi reforçado com novo equipamento e diversos arranjos, designadamente a reposição do pavimento e outras intervenções num investimento que rondou os 229 mil euros.
Em Alvide, na EB Professor Manuel Gaião, o investimento foi de 253 mil euros e resultou na requalificação do refeitório e remodelação total da cozinha, na colocação de equipamento infantil e pavimentação desse espaço de recreio, bem como a cobertura do campo de jogo do edifício A.
Foram ainda alvo de intervenção as Escolas Básicas Nº 4 da Parede (mais de 175 mil euros), EB Santo António das Parede (34 mil euros), EB Almada Negreiros, em Bicesse (133 mil euros) e EB de Alvide (mais de 77 mil euros).
Nasceu a “Aplauso” para apoiar profissionais das sete artes
Apresentada em conferência de imprensa no Salão Preta e Prata do Casino Estoril, a Associação “Aplauso” envolve já mais de uma centena de profissionais do espetáculo, de artistas das sete artes, técnicos de Luz, de som, produtores, em suma todas as profissões ligadas à produção e realização de espetáculos, mas também empresas do setor e o apoio da Câmara Municipal de Cascais.
Como explicaria um dos seus mentores, o produtor de espetáculos, Paulo Magalhães, da PMP, esta associação, tem como propósito “ajudar os profissionais do espetáculo fustigados pela crise social que resulta da pandemia”, designadamente dando-lhes o palco, envolvendo-os em espetáculos promovidos pela Associação, mas também, apoiando-os com as receitas da realização de eventos. Também está previsto, garantiu Paulo Magalhães apoio psicológico, porque o período da pandemia foi particularmente duro para estes profissionais.
Têm já dois espetáculos agendados para 6 e 13 de outubro, cuja receita reverterá totalmente para ajudar os profissionais mais necessitados desta atividade.
No espetáculo de dia 6 de outubro, 21h00 no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, vão estar no palco cerca de 50 bailarinos, numa coreografia que aborda as mitologias e vai desde a dança Clássica à dança contemporânea, urbana.
No segundo espetáculo, a 13 de outubro, também pelas 21h00 no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, vão estar um conjunto vasto de intérpretes da música portuguesa, recriando temas musicais portugueses.
Os bilhetes podem já ser adquiridos na Ticket Online.
O Desporto no centro do debate em Cascais
Trata-se de um debate que reúne as mais importantes figuras dos mais diversos recantos desta indústria, para abordar temas tão importantes como a governança desportiva, o combate à corrupção, a Cooperação Internacional no Desporto, Integridade financeira, a transparência e sustentabilidade no desporto, a integridade das apostas desportivas, os negócios desportivos, os média, a tecnologia e a inovação e o desenvolvimento e a proteção da juventude no desporto.
São cinco dias de debate num setor que, refere Emanuel de Medeiros, tal como toda a sociedade e a economia, acaba de sair de uma pandemia que deixou todos numa situação de fragilidade: “É uma semana dedicada à promoção e à salvaguarda da integridade no desporto, através de um debate incisivo, sem subterfúgios, sem reservas mentais, sobre os principais desafios de um setor que tem uma indústria de conteúdos com uma taxa de crescimento sem precedentes”. Para o CEO Global da SIGA, entidade promotora deste evento que tem a Câmara Municipal de Cascais como parceira, a indústria do desporto “necessita de um novo impulso de uma nova retoma, de uma liderança forte para que os problemas, os atavismos, as soluções adiadas possam conhecer um virar de página.”
Esta semana compreenderá painéis de discussão interativos ao vivo e um conjunto de entrevistas e palestras com alguns dos líderes mais experimentados do desporto mundial.
Para mais informações clique aqui
O renascer da Vindima no Mosteiro de Santa Maria do Mar












Pela primeira vez, desde a aquisição do Mosteiro de Santa Maria do Mar pela autarquia em setembro 2017, realizou-se a vindima. A colheita, com vista à produção do generoso Vinho de Carcavelos, constitui também oportunidade para apresentar o projeto de reabilitação do edifício principal do Mosteiro, visando uma utilização pública.
A vinha do Mosteiro de Santa Maria do Mar, com cerca de 2,7 hectares, foi replantada em 2019 e em 2020 foi enxertada. Esta nova vinha instalada pretende melhorar o potencial enológico do Vinho de Carcavelos, com recurso a castas que caíram em desuso, tais como: Boal Ratinho, também conhecida por Ratinho, e a Galego Dourado, uma casta branca tradicional atualmente quase extinta e que importa a sua proteção, assim como a Arinto. Depois desta primeira vindima espera-se ter uma produção anual de 20 a 25 mil garrafas deste histórico vinho.
No que diz respeito ao Mosteiro e à sua conservação, está a proceder-se ao restauro e ampliação do edifício original, que vai transformar-se numa residência de estudantes com 40 quartos e contemplar um novo espaço para adega e outro para prova de vinhos, numa área de construção de 2.170 metros².
Agricultura Biológica e regenerativa
As vinhas do Mosteiro de Santa Maria do Mar fazem parte do projeto "Terras de Cascais" e, por isso, o modo de produção é biológico. Mas aqui vai-se mais longe, ao implementar o conceito de agricultura regenerativa, de forma a recuperar a fertilidade do solo de uma forma natural, num terreno que esteve durante largos anos sem cuidados especializados. A agricultura regenerativa é um método de incremento da biodiversidade da terra, através de técnicas não destrutivas: sem lavrar, promovendo a fixação de água e nutrientes com a concomitância de espécies produtivas e espécies espontâneas.
SJ/CMC
As boas vindas ao ano letivo na Vila Romana de Freiria
O cenário da cerimónia de boas vindas à comunidade educativa para o novo ano letivo, bem representada nos passadiços da Vila Romana de Freiria, bem poderia sugerir um conhecido conto de Mário de Carvalho, misturando personagens com mil anos de distância. E, à medida que os representantes da comunidade educativa cascalense se iam distendendo pelo longo passadiço que serpenteia as ruinas da Vila Romana de Freiria, guardando as devidas distâncias, iam-se cruzando com personagens que pareciam ter emergido das pedras.
Logo à entrada, uma suposta escrava de Titus, aquele que terá sido o proprietário daquela velha Villae rústica do primeiro século depois de Cristo, dava as boas vindas, logo seguida do Titus Curiatius Rufinus em pessoa, ou melhor, à semelhança do que se presume ter sido em pessoa, sem poupar nas vestes, a cáliga (a sandália dos cidadãos da Roma Antiga), com o pormenor da túnica, a estola e a toga do senhor, para distinguir a relevância social do personagem.
O diálogo ia furando a distância do tempo, eles, sugados das pedras, explicavam a arquitetura da vila, sobretudo a coerência funcional daqueles edifícios, como se às ruinas erigissem paredes e lhe acrescentassem pessoas, equipamentos e funcionalidades, e ainda com a pitada de humor que a cultura não despreza.
Ora, vindo isto a propósito da cerimónia de abertura do ano letivo, a comunidade educativa cascalense, antes e depois dos discursos que salientaram as preocupações sanitárias - que a atualidade pandémica, ainda como cenário, exige – e deram a boa nova da erradicação de todo o amiante das escolas de Cascais, homenageava a importância da educação não formal em todo o processo educativo, destacando esta Vila de Freiria como um recurso entre tantos outros, que está para o ensino da história, assim como, por exemplo, o Pisão, está para o ensino da biologia, ou da botânica ou para a educação ambiental, muito mais premente no tempo atual que na velha Villae de Freiria. HC/PR/LB/CMC
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