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"C" 72 - julho de 2016
Siga as nossas sugestões, da Natureza à Cultura há no concelho muitos motivos para passar o verão ideal. Leia tudo no “C” 72. Boas Férias!
Obras candidatas ao “Prémio Paula Rego” mostram-se em Cascais






O Prémio Paula Rego é uma iniciativa que “vai marcar o início da vida artística destes estudantes”, destacou o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais na inauguração da exposição, a 28 de julho. Miguel Pinto Luz realçou ainda que a Casa das Histórias Paula Rego “é um espaço aberto à obra de todos os artistas portugueses e estrangeiros”.
Em representação de Paula Rego, a filha da artista Vitoria Willing relembrou o início da carreira da mãe que arriscou no seu tempo e que foi premiada por isso, adiantando ser uma honra estar numa “casa” que potencia “a obra de estudantes”.
Catarina Alfaro, curadora da Casa das Histórias Paula Rego destaca o facto de “o que a programação deste museu pretende é traduzir o modo como a obra de Paula Rego, sempre comunicante com o tempo presente, se constitui também como elemento diluidor das hierarquias e de diferenciação entre a arte erudita e a popular, arte contemporânea, artistas consagrados, artistas outsiders e outras possíveis diferenciações”.
O dia foi de festa para alguns dos alunos, uma vez que foi também a 28 de julho que terminaram a licenciatura. É o caso de Mafalda Oliveira Martins. “É também uma prenda. Tem um significado especial expor na CHPR. A Paula Rego é uma das artistas mais importantes do mundo e assume uma referência importante no meu trabalho”, um privilégio partilhado pela finalista Nicoleta Sandulescu. Por sua vez, Rita Martins, aluna do terceiro ano, enaltece: “Ainda não caí em mim. É uma experiência da qual não estava à espera tão cedo”.
As 61 obras foram selecionadas entre 118 admitidas. O prémio consiste na aquisição da obra vencedora, que passará a integrar a coleção privada de Paula Rego e será entregue pessoalmente pela artista no dia 18 de setembro, data de aniversário da CHPR. Saiba mais sobre o Prémio Paula Rego.
Grande Noite de Fado no Mercado da Vila | Cascais | Homenagem a José Luís Gordo
ACORDOS COM ESCOLAS PARA UTILIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES DESPORTIVAS
No âmbito do apoio à atividade desportiva federada (competitiva), desenvolvida maioritariamente por associações, clubes desportivos e coletividades, o Município de Cascais estabeleceu acordos com as seguintes Escolas, para comparticipar os custos de utilização das instalações desportivas, de forma a viabilizar a prática de treinos regulares e a realização de jogos em casa:
Escola Básica de São João do Estoril (Galiza)
Escola Secundária de São João do Estoril
Programas de Apoio ao Desenvolvimento Desportivo
Os apoios financeiros são concedidos através da celebração de contratos-programa de desenvolvimento desportivo, entre o Município de Cascais e a entidade beneficiária, estando sujeitos à apresentação de candidatura.
Selecione o programa de apoio e preencha o respetivo formulário de candidatura:
Programa de apoio à atividade desportiva regular:
Apoio para inscrição de atletas nas Associações/Federações Desportivas (sem acordo com a CMC).
Descarregue aqui o modelo de listagem nominal de atletas, preenchendo todos os campos. Após
Apoio para aluguer de instalação desportiva (para treinos regulares)Programa de apoio à beneficiação de infraestruturas sociais e desportivas:
Apoio para beneficiação da sede social e instalações de apoio à prática desportiva
APOIO À PARTICIPAÇÃO/ORGANIZAÇÃO DESPORTIVA:
Organização deseja Mundialito em Cascais por mais seis ou oito anos
Portugal, Brasil, China e EUA irão prestigiar e animar a praia de Carcavelos entre os dias 29 e 31 de julho em mais uma edição do Mundialito de Futebol de Praia, 2016. O cartaz das equipas prova por que este evento é considerado uma das melhores competições do ‘Beach Soccer’: Portugal, campeão do mundo e da Europa, em título, juntando-se ao Brasil, campeão do mundo em quatro ocasiões, os EUA, uma das potências da CONCAF, e a China, entre as seleções mais poderosas da Ásia.
“É um torneio especial. Quero agradecer à Beach Soccer Worldwide e à Câmara Municipal de Cascais. Foi aqui, em Carcavelos, que dei os meus primeiros passos como jogador desta modalidade. Todos os jogadores e treinadores consideram esta praia especial”, disse Madjer, o capitão da seleção nacional durante a conferência de imprensa, que decorreu hoje na praia de Carcavelos, em Cascais.
Mário Narciso, o selecionador nacional, considera que o torneio “irá servir como preparação para o apuramento do Mundial”, que se irá realizar para o ano, nas Bahamas. “Acredito que sejam grandes jogos, uma luta muito grande, e que fará com que cada vez mais pessoas se interessem por esta modalidade”, explica o treinador. O encontro entre Portugal e Brasil, marcado para domingo, é um dos mais esperados do Mundialito.
Por seu lado, Juan Cuscó, vice-presidente executivo da Beach Soccer Worldwide, explicou que queria “recomeçar a etapa em grande, depois da Figueira da Foz e de Espinho”. “A nossa intenção é estar em Cascais os próximos seis ou oito anos”, acrescentou o responsável.
Já Pedro Dias, director da FPF, destacou a tradição deste evento, e a “oportunidade de medir forças com uma das grandes potenciais mundiais, o Brasil.”
Ainda na conferência de imprensa, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, referiu a “as condições ambientais” do local e o “forte investimento feito nesse sentido”. “Estando nós numa das melhores praias do mundo, tendo o melhor jogador do mundo da modalidade, o melhor selecionador do mundo e a melhor organização do mundo, esta competição será um hino ao futebol de praia”.
Com todos os olhos postos em Cascais até ao final de julho, Carcavelos irá também acolher a primeira edição da Taça Europeia de Futebol de Praia Feminino. Integrada no Mundialito masculino, que se realizará no mesmo local, esta competição contará com seis seleções participantes: a equipa anfitriã de Portugal, Espanha, Suíça, Grécia, Holanda e Inglaterra.
(Comunicado estacionamento condicionado)
Jorge Brito
“As minhas sandálias duram, seguramente, mais de 10 anos”, afirma. Sente-se realizado porque tem a profissão de que gosta e por ver os clientes o reconhecem pela qualidade do seu trabalho e dos materiais que utiliza na produção das sandálias artesanais que confeciona. “Alguns dos modelos são personalizados, idealizados pelos próprios clientes”, explica.
Jorge nasceu há 52 anos na antiga maternidade do Monte Estoril, e sempre viveu nesta freguesia onde tem uma oficina. Desde criança que mostrou talento para os trabalhos manuais. Inicialmente, o seu percurso profissional, não passou por esta área. Trabalhou num serviço público, mas quando há mais de duas décadas essa porta se fechou, Jorge Brito, que já sentia o entusiasmo empreendedor na sua vida, começa a fazer trabalhos de sapateiro para os vizinhos na sua própria casa. Era um sapateiro autodidata que quando pensou em fazer do seu dom um negócio, foi fazer uma formação na área artesanal, um dos requisitos necessários para se poder estabelecer.
Este artesão cascalense tem mostrado os seus trabalhos em diversos certames que já lhe trouxeram alguma visibilidade, mas conta que o retorno financeiro da sua atividade provém, essencialmente, dos arranjos que faz no dia-a-dia como sapateiro. “ Não enriqueço com este trabalho, mas o que ganho dá para me manter. Faço o que gosto”.
“Já não há muitos sapateiros, mas quem compra sapatos de qualidade, quando estes precisam de consertos recorre a um sapateiro, não os substitui logo por outros”, diz com a certeza de quem tem experiência no ramo há quase três décadas.
Jorge mantém a sua oficina aberta há 18 anos num centro comercial no concelho.
Mariana Cintra
Fascinada com a peça de bijuteria que “conta parte da sua história de vida”, começou a pesquisar sobre a arte da bijuteria artesanal e junto com uma amiga cria a marca Pipe, nome que traduzido do inglês significa tubo. Para Mariana, na vida há sempre uma saída no fim do túnel. “Por pior que seja a situação há sempre uma escolha a tomar que pode fazer do amanhã um dia melhor”, explica. Este é o conceito que dá forma às suas criações que refletem os valores de vida de cada pessoa. “Quando as pessoas me pedem para criar um determinado colar estão a transferir parte do significado da sua vida para uma peça de bijuteria que passam a partilhar com o conceito de vida que imprimo às minhas criações”.
Versáteis, personalizadas e simples, são peças criadas para usar no dia-a-dia e em ocasiões especiais com diferentes estilos de roupa. Colares com uma, duas ou três voltas que se podem modificar de acordo com o gosto de quem os utiliza. Podem ser usados na frente e no verso. “Posso ir para a praia e depois ir jantar, mudar apenas o casaco e continuar com o mesmo colar”, explica.
Mariana não consegue estar parada. No início do lançamento do negócio ainda conseguia conciliar os estudos de Arquitetura com o trabalho aos fins de semana numa loja de roupa.
Divulga as suas criações na internet, Instagram e facebook. Durante o verão mostra os seus colares em feiras e mercados. Esta é a segunda vez que tem um stand na FIARTIL. Do Estoril, segue para a Indonésia para preparar a coleção para o verão do próximo ano. “Quero fazer uma coleção baseada em Bali”, conta. Brasileira, nasceu há 24 anos em Goiânia. Está em Portugal há 11 anos e sempre viveu em Cascais. “Viver em Cascais inspira-me. Estudo em Lisboa. É um alívio voltar para Cascais ao final do dia”. Costumo dizer que se não vivesse em Cascais, não estaria em Portugal”.
Salvato Telles de Menezes
"A delicada mão regressou ao pote, acariciou os papelinhos dobrados e retirou um: Café Itália. Quem desce para os Paços do Concelho, preferentemente depois de ver a bela exposição terEstado, de João Jacinto e Miguel Navas, no Centro Cultural de Cascais, e espreitar as obras de Josefa de Óbidos que sacramente ornamentam as paredes da Igreja Matriz, encontra, a meio caminho, um portão de ferro de um antigo hotel de charme, agora transformado, para satisfação dos frequentadores, em restaurante (italiano) com o pseudónimo de Café.
O simpático casal que gere os destinos da casa (Lucia Ronca, italiana do Norte, e Daniel Ferreira, português de gema) – conheceu-se nos tempos do hotel em 1975 – época de altas temperaturas em diversas áreas de actividade – e acabaram por abrir o estabelecimento que hoje conhecemos, mantendo, curiosamente, na casa de banho, uma banheira, reminiscência dessa anterior vivência. Creio que será o único restaurante no mundo que oferece aos clientes a possibilidade de um banho de imersão: de preferência antes do repasto.
Outra curiosidade do Café Itália é uma parede onde estão penduradas duas fotografias: uma da Signora (L. Ronca) com o Papa João XXI, na altura cardeal de Veneza, e outra, capturada fortuitamente numa rua de Roma, com Il Cavaliere.
Mas a melhor de curiosidade é a cozinha: gerida, com mão sábia e, creio, benevolamente disciplinadora pela Signora, produz pratos muito bem trabalhados e conseguidos, mostrando sempre um equilíbrio de sabores que não é muito comum em casas similares. A minha sugestão é que a carta seja dispensada, não porque lhe faltem informações pertinentes mas porque se adequa sobretudo a satisfazer os (muitos) clientes estrangeiros, e se solicite a judiciosa opinião do Sr. Daniel. É o que faço: o resultado tem sido uma persistente satisfação para as minhas papilas gustativas.
Cesare Pavese escreveu que laborare stanca, mas para Lucia e Daniel isso não é problema, sabem que só trabalhando, como manda a ética nortista, se tem êxito".
Salvato Telles de Menezes
"São tantos e tão diversificados os lugares de Cascais dignos de apreço em termos gastronómicos que se torna difícil escolher um deles para iniciar estas crónicas (ligeiras) de gourmand que é gourmet ou gourmet que é gourmand.
Por isso, a melhor solução, para evitar qualquer suspeita de preferência injustificada, é reunir num pote (um pote, atenção) papelinhos idênticos com os nomes, digamos, de vinte dessas instituições e pedir a alguém (aqui já entra, com todo o desplante de que sou capaz, a preferência por uma senhora que me acompanha nas minhas surtidas gastronómicas) que meta a mão no continente para retirar o conteúdo, i.e., o vigésimo premiado.
Metida a delicada mão no pote, escolhido às cegas o papel, desembrulhado o mesmo (como agora se diz tanto), lida a letra cursiva, eis que surge, em toda a sua pompa e circunstância, o nome: Pastelaria Garrett.
Vem-me logo à memória (e foi Guillermo Cabrera Infante que disse que «a memória é um vademecum») as inúmeras vezes em que, procurando a mais completa discrição, me encostei ao (melhor, me pendurei no) balcão dessa casa estorilense ou estoicamente me perfilei na bicha para ter (merecido) acesso às iguarias que por lá se prodigam aos eleitos (em sentido bíblico).
O primeiro aspecto a referir é a pulcritude e o asseio do estabelecimento: basta passar os olhos por balcões, mesas, escaparates, o que quer que seja (incluindo colaboradores), visitar a casa de banho, para perceber que estamos em local em que os inspectores (louvados sejam pelo trabalho que fizeram e fazem) da ASAE não tem nada a fazer. A não ser, se quiserem, provar. E aprovar.
O segundo é a qualidade de tudo o que lá se come e bebe: desde os salgados aos bolos, ao pão, ao café (até o descafeinado é soberbo), chá e demais beberagens, não há outra manifestação que se possa fazer que não seja de regozijo: um silencioso ah! (com um estalar de língua mental): uma frescura suprema, uma elegância extrema, enfim, a única coisa que me comove: a excelência.
Ficaram dezanove papelotes no pote: a mão lá regressará".
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