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Cascais | Capital Europeia da Economia Social 2021









MS/FH/CMC
Cascais lança Quinzena da Orientação e Ensino Profissional
A Câmara Municipal de Cascais abriu as inscrições para a Quinzena de Orientação de Ensino Profissional. Uma iniciativa organizada em parceria com com os Agrupamentos de Escolas do concelho, para realização de diversas iniciativas, por forma a constituir-se como um marco na divulgação do Ensino Profissional.
A autarquia tem como política educativa local prioritária o 12º ano de escolaridade como referencial mínimo de formação, apostando no alargamento e qualificação das ofertas nas escolas públicas, enquadrada no objetivo de qualificação do sistema educativo concelhio, no combate ao insucesso e abandono escolar e na facilitação escola-mercado de trabalho.
Para os alunos trata-se de uma oportunidade única para tomarem conhecimento de competências de empregabilidade e das ofertas formativas nas áreas do Turismo, Comércio, gestão Desportiva, de Transportes, Desenvolvimento de Produtos Multimédia, Marketing, Mecatrónica Automóvel e de Motociclos, Interpretes de Dança Contemporânea, entre outras.
No dia 15 de abril está prevista a realização de uma Webinar com o Secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa, o presidente da CMC, Carlos Carreiras, professores e especialistas de diversas áreas cientistas sobre “Ciência e Tecnologias de Hoje para o Futuro da Educação”.
Covid-19 | Professores e auxiliares de escolas estão ser vacinados este fim de semana




Este fim de semana, o Centro de Vacinação Contra a Covid-19 de São Domingos de Rana vai receber 1600 professores e auxiliares de escolas para vacinação, de forma a reforçar a segurança de todos na reabertura dos estabelecimentos de ensino.
A organização deste processo foi centralizado no Ministério da Educação, tendo a Câmara Municipal de Cascais apenas disponibilizado o espaço, que pela primeira vez está quase a trabalhar na sua capacidade máxima.
“Por experiências anteriores estávamos com bastante receio de que a vacinação do pessoal docente e não docente das escolas não funcionasse bem, mas está tudo a fluir muito bem, por isso estão de parabéns todos aqueles que aqui estão a trabalhar e muito especialmente o Ministério da Educação”, frisa Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, em visita ao local.
Também alguns jovens residentes em lares foram chamados a ser vacinados este sábado.
Democracia Digital | "Carta do ONU felicita Cascais"
Carlos Carreiras no seu habitual contato em direto com os munícipes de Cascais, na página do facebook da Câmara, enunciou com particular detalhe o trabalho desenvolvido pelo executivo na área do ambiente. Aproveitando as comemorações da Semana do Ambiente, que simbolicamente coincidem com o início da primavera, frisou,”uma semana que fica marcada pelo enorme alargamento de zonas verdes e de lazer que estamos a promover no concelho”.
O autarca fez também um apelo aos cidadãos de Cascais para que visitem, na semana da Páscoa, “em que estamos confinado no nosso concelho, os parques em todas as freguesias e ficarão certamente muito agradados com a beleza, qualidade e tranquilidade que se respira nos nossos parques”. Das requalificações e ampliações Carlos Carreiras destacou as que estão em curso nos bosques na Castelhana, da Ribeira dos Mochos e do Outeiro dos Cucos. Como a plantação de um enorme Parque Urbano na Quinta da Carreira, a abertura aos moradores do bosque 25 de Abril, em Carcavelos, da obra inscrita no Orçamento Participativo na Pedreira da Abóboda, que vai incluir uma pista de atletismo do NAZA - Núcleo de Atletismo da Zona da Abóboda. Com o início da primavera, e Dia da Árvore foram plantadas simbolicamente as primeiras árvores nas Varandas de Cascais, uma zona que sofreu, no verão passado, um violento incêndio. No mesmo dia a Câmara inaugurou as hortas comunitárias da Abóboda e no Parque Marechal Carmona, numa iniciativa que envolve os jogadores de futebol do Estoril Praia foram plantadas dezenas de árvores, no âmbito do projeto “um golo, uma árvore”.
A propósito desta política amiga do ambiente, Carlos Carreiras evocou uma carta endereçada há 4 anos, a Cascais em que o secretário-geral da ONU, António Guterres, a felicitar a Câmara por ser o primeiro município nacional e um dos primeiros do Mundo a assumir o compromisso dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos na ONU.
O autarca salientou igualmente um estudo europeu em que Portugal e particularmente Cascais foram mencionados com dos melhores destinos turísticos. As praias de Cascais mereceram neste estudo, como das melhores da Europa.
Testes
Já no domínio específico do combate à pandemia, Carlos Carreiras referiu-se ao centro de testes, que a Câmara instalou nas instalações da Feira Internacional de Artesanato do Estoril (Fiartil). Um centro com capacidade para realizar 16 mil testes por mês. Durante dois meses a Câmara oferece testes aos grupos prioritários à retoma económica; empresários e trabalhadores do comércio, profissionais da restauração, dos serviços, do desporto, da cultura e profissionais do ensino não incluídos no plano de testagem do Governo.
O presidente detalhou a situação no Centro de Vacinação, nomeadamente o problema com as listagens da saúde pública, o que tem dificultado a chamada das pessoas para vacinação por estarem desadequadas e desatualizadas. Carreiras exemplificou que “houve dias que os colaboradores municipais tiveram de fazer 900 chamadas para conseguirem apenas 40 marcações”.
A Câmara está colaborar com as autoridades de saúde na convocatória dos cidadãos para vacinar mas apenas nas chamadas telefónicas, libertando deste modo muitos profissionais de saúde, mas as listas, as prioridades e a seleção das pessoas a vacinar não é da responsabilidade da autarquia.
Ainda no plano dos testes, Carlos Carreiras referiu que na semana passada houve problemas no liceu de S. João com a testagem dos professores, que foram mobilizados pelo Ministério da Educação, para um concentração horária muito curta o que provocou uma concentração desadequada e criou grandes constrangimentos.
Carreiras denunciou ainda as dificuldades operacionais da Câmara, no que respeita aos professores que serão testados amanhã, “a autarquia ainda não tem os números sobre quantos professores serão vacinados nas instalações camarárias, porque o Ministério da Educação, que foi quem fez as convocatórias ainda não libertou essa informação”.
O Plano de Recuperação Económica que a Câmara ativou como forma de recomeço das atividades económicas, com apoios, às empresas, aos pequenos negócios, ao turismo e à restauração com medidas que visam reestabelecer a confiança e com isenções de taxas até ao final de 2021 foram também objeto dos esclarecimentos do autarca.
Carlos Carreiras anunciou que na próxima semana, por ser Sexta Feira Santa, não haverá o habitual espaço de diálogo com os munícipes, tendo desejado também a todos os cascalenses, “uma Santa Páscoa”!
JP/CMC
Associação de idosos (AISI) recebe viaturas para apoio domiciliário






A Câmara Municipal de Cascais atribuiu um apoio extraordinário no montante de 36.000,00€ à Associação de Idosos de Santa Iria (AISI) para aquisição de duas viaturas com isolamento térmico . As viaturas destinam-se a garantir a segurança das refeições nas respetivas deslocações à residência dos munícipes beneficiários daquela instituição. São 39 os utentes abrangidos pelo Serviço de Apoio Domiciliário da AISI.
" A AISI fez-nos chegar esta necessidade e a Câmara de Cascais, sempre nesta lógica de colaboração com as instituições da Rede Social, conseguiu dar esta contribuição para reforçar a resposta às pessoas mais vulneráveis que necessitam de apoio alimentar ao domicilio", referiu Frederico Pinho de Almeida, vereador da Câmara Municipal, aproveitando para salientar o importante papel desta instituição do apoio à população idosa nas freguesias de Alcabideche e Cascais-Estoril.
Para além do Serviço de Apoio Domiciliário, a AISI fornece várias respostas aos seus 110 utentes, através dos Centros de Dia e de Convívio.
Criada com o objetivo de promover um envelhecimento ativo e quebrar o isolamento dos mais velhos, a instituição tem vindo a desenvolver atividades de carácter cultural, recreativo e social, proporcionado aos utentes momentos de aprendizagem lúdicos.
O teatro, um grupo coral intergeracional, ginástica terapêutica, hidroginástica, ginástica de manutenção, pintura e desenho, iniciação musical, pergamano são algumas das atividades desenvolvidas pela AISI. A instituição tem, ainda, proporcionado aos seus frequentadores passeios, férias e festas temáticas. Paula Lamares/CMC
As “tribos” de Cascais têm novo ponto de encontro
Há espaços comerciais vincados na memória de muitos cascalenses. Alguns já desapareceram, outros mudaram de local e modernizaram-se. Todos eram o ponto de encontro de verdadeiras “tribos” que ali tinham o escape da diversão e entretenimento de dia ou à noite. Muitos ainda o são, mas para novas gerações.
Mas onde se encontram agora essas “tribos” de antigamente? Rendidos a novos hábitos impostos pelo passar dos anos, muitos revivem memórias e partilham pedaços de história recente numa simples ida às compras, num copo ou num jantar no Mercado da Vila.
Antes como agora, ponto de convergência das “tribos”, o Mercado de Cascais, que caminha rumo a 70 anos de existência, continua a proporcionar os melhores produtos de sempre.
Venha daí reencontrar-se com o passado, numa janela do presente. No fim de semana de 11 e 12 e 18 e 19 de setembro, das 17h00 às 21h00, o DJ Rui Remix vai estar no Mercado da Vila a animar quem por lá passar e a promover reencontros entre as "tribos".
Venha ao Mercado da Vila!
O Mercado da Vila é gerido pela DNA Cascais. Visite o site https://www.dnacascais.pt/
Cascais homenageia Carmen Dolores




Faz perto de um mês que a classe teatral e o público português ficaram abalados com a morte da grande senhora da cultura nacional, a atriz Carmen Dolores. Carmen faz parte da história do Teatro Experimental de Cascais, pelos êxitos ali representados: “Virginia”, de Edna O’Brien (1985) e “Espectros”, de Henrik Ibsen (1992). Este sábado, numa iniciativa conjunta da União de Freguesias Cascais-Estoril e a autarquia cascalense, a atriz imortaliza-se ao dar nome a uma rua no Cobre (Rua de Santana e fim na Rua Casal Queimado).
Senhora de uma carreira notável a atriz esteve sempre ligada afetivamente a Cascais (ali passou durante muitos anos a época balnear), onde foi sempre acarinhada e homenageada em diversas ocasiões. Senhora de uma voz inconfundível, dedicou parte da sua vida aos grandes poetas.
Conheça a programação (online) que Cascais preparou para assinalar o Dia Mundial do Teatro - Aqui
Leia a entrevista ao encenador e fundador do Teatro Experimental de Cascais (TEC) - Aqui
Seja solidário com o seu imposto | Consigne 0,5% do IRS
Desde 2001 que é permitido que os contribuintes atribuam 0,5% do IRS liquidado a uma entidade de cariz social, ambiental ou cultural à sua escolha, sem quaisquer custos para si.
Em Cascais, os munícipes/contribuintes podem ajudar uma entidade da Rede Social de Cascais, que, neste contexto de inflação, constitui um (ainda mais) importante apoio para quem mais precisa.
Antes de entregar o IRS consulte AQUI a lista das entidades que trabalham no concelho e que podem beneficiar desta medida.
Ao entregar a declaração de IRS — o prazo decorre de 1 de abril a 30 de junho –, e uma vez escolhida a instituição, o contribuinte pode fazer a consignação preenchendo o quadro 11 no modelo 3 indicando o tipo de entidade que pretende apoiar, o NIF da entidade e o tipo de consignação, neste caso o IRS.
Se o munícipe optar por não consignar 0,5% do IRS o Estado ficará com esse montante.
A consignação de 0,5% do IRS não interfere com o valor do reembolso, se o contribuinte tiver direito a reembolso, o valor a receber será exatamente o mesmo.
Se pertence a uma instituição de Cascais e a informação não consta na lista disponibilizada em cima envie-nos email para dcom@cm-cascais.pt .
O Balcão Associativismo, na sua Associação de Moradores, disponibiliza computadores para que possa preencher a declaração de IRS. Saiba mais AQUI
Cascais cria Rede Ecocentros








No concelho pode contar, a partir de hoje, com mais uma nova rede de Ecocentros de proximidade.
Ao todo são oito equipamentos: seis ecocentros fixos e dois móveis. O objetivo é criar novos fluxos de reciclagem para desviar do “bolo” de resíduos domésticos, geralmente tratados como indiferenciados, resíduos que pode ser valorizados.
A implementação desta rede de Ecocentros surge após o êxito do projeto-piloto “Ecocentro Móvel”, que decorreu entre julho de 2020 e fevereiro de 2021, e permitiu desviar dos resíduos domésticos 14 toneladas de resíduos que puderam ser valorizadas. Além disso, com este projeto, Cascais antecipa em quase quatro anos a obrigação legal de recolher seletivamente os resíduos perigosos domésticos (prevista até 1 de janeiro de 2025) contribuindo para o cumprimento das metas nacionais de recolha de resíduos e de redução das emissões de CO2.
Através deste projeto, a Cascais Ambiente pretende incentivar a reciclagem e a reutilização de materiais, dando um contributo importante para a implementação da Economia Circular e de políticas de sustentabilidade a nível local, como tem vindo a ser preconizado pela Câmara Municipal de Cascais.
O que queremos recolher nestes novos ecocentros? Cabos Elétricos; Pequenos eletrodomésticos; Pilhas e baterias; Toners e tinteiros; Lâmpadas; Latas de spray; Loiças, espelhos e vidros; Cassetes, DVDs e CDs; Latas de Tintas; Livros e revistas; Rolhas e Caricas.
Localização de Ecocentros Fixos:
Cascais – Largo da Estação
Alcabideche – Largo de Alvide
Estoril – Largo da Quinta da Carreira
Parede – Estação Carcavelos – Estação
São Domingos de Rana – Rua de Matarraque (junto à Escola Matilde Rosa Araújo)
Percurso dos Ecocentros Móveis: Alcabideche – 3.ª feira e 6.ª feira Carcavelos – 2.ª feira e 5.ª feira Cascais – 5.ª feira, sábado e domingo Estoril – 2.ª feira e 4.ª feira Parede – 4.ª feira e Sábado S. Domingos de Rana – 3.ª feira e 6.ª feira
O encenador "experimental" há mais de meio século







O Dia Mundial de Teatro que se comemora este sábado, 27, acontece com os teatros ainda encerrados e que só abrirão portas a 19 de abril, de acordo com o Plano de Desconfinamento do Governo. O vírus que enxameia o mundo tem atacado a Cultura de forma acutilante, e, em particular, o Teatro que é fundado na ideia de pessoas diante de pessoas. “Não há Teatro sem a presença de público” como afirma Carlos Avillez, um dos fundadores e Diretor do TEC – Teatro Experimental de Cascais - que tem resistido há 56 anos a todas as crises. O que torna esta Companhia, em atividade, na mais antiga da Europa e uma das com maior longevidade do mundo.
Qual é o segredo da longevidade do TEC? Como é que se consegue “ser experimental” há mais de meio século?
Carlos Avillez: Acho que é a rebeldia e a coragem. Continuamos os mesmos loucos de há 50 anos atrás. A idade passa, fica a experiência e o conhecimento, ficam as memórias e a força. Mas, a rebeldia continua. Se perdermos a rebeldia, não temos 56 anos de Teatro, temos 10 anos, cinco… um ano ou um dia. Estou neste momento a fazer uma peça que é uma grande homenagem ao Teatro Cómico, o Hamlet. É uma loucura nesta crise, o TEC está a fazer uma coisa que é uma ousadia, mas também uma prova de vitalidade. Uma das peças mais longas de Shakespeare e uma das mais difíceis. E nós estamos a arriscar, com um elenco enorme. É um ato de coragem.
"O Teatro é o espelho de um país"
Como é que o TEC vive mais um Dia Mundial do Teatro sem público?
Carlos Avillez: Já atravessei muitas crises durante este Dia Mundial do Teatro. Quando liamos mensagens proibidas neste dia e não sabíamos se no dia seguinte éramos chamados à PIDE (policia politica durante a ditadura do Estado Novo). Neste momento as coisas são diferentes. O que é que vai acontecer? Vamos inaugurar uma rua com o nome da atriz Cármen Dolores que foi muito importante nesta casa. Vamos estar todos unidos através das redes sociais, graças às novas tecnologias. Temos que estar unidos e ser uma força cada vez mais. Temos que chamar a atenção dos poderes públicos que apesar da crise sanitária, temos que responder à pergunta: O que é que fica depois da pandemia? O Teatro é o espelho de um país, é a forma de comunicação mais direta. O Teatro é uma coisa que se faz com paixão, com entrega, com luta. Por isso, estaremos aqui a ensaiar a nova peça Hamlet que hoje não sabemos quando poderá estrear.
"As pessoas vão à Lua e a Marte, mas não vão dentro do nosso pequeno universo"
O Teatro é o motor que faz circular a memória cultural de um povo?
Carlos Avillez: Concordo o mais possível. Nem toda a gente pinta ou desenha, mas todos nós representamos. Estamos sempre a representar. O que me fascina no Teatro é que trabalhamos com um "instrumento" diferente que é com o Ser Humano. E o Ser Humano é um instrumento muito complicado e complexo. O Teatro, independentemente das técnicas, tem que ser artesanal. A grande solução do Teatro que não se confunde com a Televisão ou o Cinema, é sempre esse modo artesanal. O Teatro é um Ser Humano ali em cena com simplicidade. Pode fazer-se um Teatro com uma cadeira.
Por isso é fundamental a presença de público?
Carlos Avillez: Não há Teatro sem público. O Teatro tem uma função cultural, não devemos facilitar para conseguir mais público. Se uma pessoa que vai ao teatro e não traz mensagem nenhuma, não é teatro é outra coisa qualquer, um divertimento com todo o respeito que tenho pelo divertimento. Mas, o Teatro é qualquer coisa que altera as pessoas. Uma pessoa que sai de uma peça de teatro tem que acreditar que as coisas são melhores, tem que ver as coisas de outra maneira, tem que respirar mais fundo. Isso é que é assistir ao Teatro.
"O palco é uma radiografia terrível"
E os atores também sentem essa mudança?
Carlos Avillez: Esse é o problema dos atores. É que eles descobrem coisas que não estavam lá e os encenadores têm que tirar essas coisas dos atores. Nós não nos conhecemos, somos surpreendidos e às vezes as personagens fazem essa malandrice (risos). Para mim é mais fácil conhecer uma pessoa ao vê-la representar do que se estiver a falar com ela. O palco é uma radiografia terrível. Ali não há nada a fazer, não se esconde nada, é um espelho em que as pessoas mostram o que são, a sua sensibilidade e com quem o público se identifica.
O que é que esta pandemia alterou nas rotinas do Teatro?
Carlos Avillez: As pessoas estão cada vez mais sozinhas. As pessoas vão à Lua e a Marte, mas não vão dentro do nosso pequeno universo. Com o confinamento essa solidão aumentou. Perdeu-se aquilo que é mais importante na vida, as relações humanas. E o Teatro já está a refletir esta nova realidade. O Teatro que se faz agora é diferente do que se fazia antes da pandemia e vai ser diferente daquele que se irá fazer depois disto tudo passar. Não falamos só da doença, mas dos traumas que esta crise sanitária vai deixar, as desconfianças que temos do outro. Isso vai permanecer por muito tempo. Mas, tudo irá ser ultrapassado com um grande amor pela profissão. Eu com 65 anos de profissional continuo apaixonado pelo Teatro como no primeiro dia. Isto é quase uma droga boa (risos).
Que mensagem quer deixar às Companhias que lutam todos os dias pela sobrevivência?
Carlos Avillez: Temos que nos unir cada vez mais, dar a entender à sociedade e aos poderes públicos que somos importantes, que estamos vivos. Para que as pessoas olhem para nós, não só no Dia Mundial do Teatro, e deixem de nos ver como objetos decorativos. E nós não somos objetos decorativos. Somos pessoas que dependem desta profissão que é uma profissão difícil que arranca a alma das pessoas. Não nos deixem desaparecer porque nós também não vamos deixar que o Teatro desapareça. Isso está fora de questão. Paula Lamares/CMC
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