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Uma grande caldeirada
A notícia corre célere: os chefs Cachola e Afonso Raposo vão à escola em dia de peixe. E, sendo uma boa notícia, ao que parece foi recebida pelos miúdos com um revirar de olhos. A que se deve então essa reação dos alunos. Afinal a ida dos chefes é olhada por todos como uma boa nova? O chef Cachola adiante nos explicaria que o peixe para os miúdos foi sempre encarado como uma espécie de nódoa na ementa. Ora tanto o chef Cachola como o chef Afonso lembram-se bem dos tempos de escola. Afinal só têm 23 anos, apesar de já darem cartas na cozinha.
Na verdade, lembrariam, dia de peixe é um dia perdido no refeitório. O apetite esmorece, até mete pena o ar enfadonho da pequenada na fila para o almoço. A estratégia até podia convidar à poupança no lanche da manhã. Assim. sempre juntaria apetite, que é pouco. Mas não. Aquele revirar de olhos que é, a maior parte das vezes, puro preconceito, como adiante se provará, é suficiente para que, por norma, o peixe, coitado, lá vá empalidecido para o prato e de sabor desmaiado acabe por ganhar a má fama que se lhe conhece.
“Era sempre uma coisa sem piada. Pescada cozida, batata cozida e depois tudo metido em tabuleiros no forno…”, recorda Cachola.
É então que Afonso e Cachola decidem: Vai ser peixe sim senhor porque é preciso acabar com esse preconceito. E é de pequenino que se torce o destino e, pelos vistos, este ditado também serve ao peixe. Mas, desta vez, diz Cachola com a anuência do Afonso, vai ser peixe em caldeirada!
- Uma caldeirada? Na escola? Só de pescada? Perguntamos.
- De pescada e Maruca. Responde o chef Afonso.
- Bem sei que na escola não é muito normal servirem uma caldeirada, mas até aposto que se vão alambazar, remata o chef Cachola.
Afonso abana a cabeça em sinal de concordância e depois acrescenta:
- Só pedimos uma coisa…
- E o que é? Perguntamos.
- Queremos que nos arranjem funcho.
- FUNCHO?
- É isso mesmo, funcho e com rama. Responde Afonso.
Dito isto, deitaram pés ao caminho rumo à cozinha da EB de S. João do Estoril.
As expectativas de sucesso eram muito baixa, devemos confessar. A pequenada que não revirava os olhos ao peixe, agora torcia o nariz à caldeirada. Bom, o semblante era menos carregado, mas deixava-nos na dúvida: será um dealbar de esperança ou sinais de resignação? é que nestas alturas as coisas confundem-nos.
A porta lá se fechou na cozinha e fez-se o silêncio habitual… isto é, por baixo do troar de tachos e panelas.
Algum tempo depois a caldeirada era então servida. O perfume prometia, mas caíram-nos os queixos quando vimos a pequenada comer, comer e repetir, repetir… Afinal o que se passa?
Oh Afonso! oh Cachola! Expliquem-nos lá…!
E o Afonso precisou:
- Fizemos um refogado com paprica (pimentão), puxamos o pimentão para realçar-lhe o sabor.
- Pimentão refogado? Perguntamos.
- Sim, é verdade! Esclarece-nos o chef Afonso. - O erro às vezes é não cozinharem o pimentão, porque é importante fazer suar o pimentão para que ele perca o sabor a cru.
Faz sentido, pensamos nós. E depois?
- Fizemos um refogado com pimentão, alho, cebola e louro, alho e pimenta. Depois metemos o vinho, como se estivéssemos a fazer uma cebolada.
Vinho, cebolada, nada disto me parecem sabores agradáveis para a pequenada…
E o chef Cachola prossegue:
- O vinho traz alguma acidez ao prato e recupera do fundo do tacho todos os sabores das caramelizações que estão a acontecer. Se não fosse o vinho elas ficariam no fundo do tacho.
E Afonso prossegue
– Juntamos os pimentos, depois o tomate, depois um bocadinho de polpa de tomate. Tiramos os filetes do peixe e com a espinha fizemos o caldo que depois juntamos à caldeirada. Cozemos a batata dentro do próprio caldo, mais ou menos ao fim de dez minutos de cozedura juntamos o peixe para ele não ficar seco e terminamos com coentros.
Então e o funcho chef?
E Cachola explica.
- O funcho traz alguma profundidade e alguma frescura à caldeirada.
Afonso prossegue
- Associamos sempre funcho a pratos de peixe.
- O sabor anisado… precisa Cachola
– O funcho e o peixe é uma associação muito clássica - determina Afonso - Realça os outros sabores. Como que abre a papilas gustativas… e é muito aromático.
Óh chef, então, mas acha que realçar todos e cada um dos sabores foi o segredo?
- Muito provavelmente… responde Cachola.
O Funcho… quem diria!
E tudo isto, enquanto a miudagem, como prometeu o chef Afonso, se alambazava com a dita caldeirada. H.C.
9ª Semana da Proteção Civil de Cascais
















Já arrancou a 9ª edição da Semana da Proteção Civil com a presença de centenas de crianças de várias escolas do concelho e igualmente com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, e representantes das entidades participantes.
A Proteção Civil e o Ordenamento do Território é o tema deste ano (ver programa) que pretende envolver a população nas atividades de prevenção do Sistema Municipal de Proteção Civil e sensibilizar para a necessidade de adoção de uma cultura de Prevenção e Planeamento de Emergência.
Para os mais pequenos, é uma alegria ter à disposição os três ramos das Forças Armadas – Marinha, Exército Português e Força Aérea Portuguesa – e várias entidades que integram o Sistema Municipal de Proteção Civil de Cascais, num conjunto de atividades que lhes permitem ter um contacto mais proximo, por exemplo com cavalos, exposições, grupos cinotécnicos, uma torre de escalada e simuladores de vôo.
Seminário debate o ordenamento do território dia 6 de março (Inscrições)
No dia 6 de março o debate faz-se no Seminário “A Proteção Civil e Ordenamento do Território”, que decorre na sala 4 dos Cinemas NOS, das 9h30 às 12h30. Os interessados em participar no Seminário terão apenas que fazer a sua inscrição gratuita online no site da Câmara Municipal de Cascais (Ver programa)
GolfSixes Cascais: Torneio do European Tour promove a inclusão
O GolfSixes Cascais que faz parte do calendário do European Tour, junta pela primeira vez neste Tour, jogadores de golfe com algum tipo de incapacidade com jogadores profissionais. O novo e inovador formato GolfSixes Cascais tem regresso marcado nos próximos dias 9 e 10 de Maio ao campo de golfe Oitavos Dunes, em Cascais.
Assim, jogadores do World Rankings for Golfers with Disability (WR4GD) competirão taco a taco num evento do calendário anual com Profissionais do European Tour. Sendo que um dos quatro wildcards foi atribuído aos jogadores Groves e Lawlor que farão parte da equipa inaugural da EDGA, competindo a pares em formato match play.
O GolfSixes Cascais 2020 será disputado no mesmo formato da versão de 2019, onde as quatro equipas com “wildcards” disputarão o troféu juntamente com as estrelas do golfe feminino e masculino e ainda 12 outras equipas masculinas compostas por jogadores do European Tour, todos em representação dos seus países.
Groves, o jogador número um do Ranking Mundial de Jogadores com Necessidades Especiais, venceu no passado mês de Novembro a primeira edição do EDGA Dubai Finale. O torneio de 36 buracos teve lugar enquanto decorria o evento final do calendário do European Tour, o torneio DP World Tour Championship, no Dubai, tendo sido o segundo evento da EDGA a acontecer juntamente com um torneio Rolex Series, no Ranking Race to Dubai de 2019.
Por seu lado, o jogador Inglês foi derrotado por Lawlor da prova da EDGA Scottish Open que teve lugar em Julho do ano passado, enquanto decorria o Aberdeen Standard Investments Scottish Open. As duas estrelas da EDGA farão parte da mesma equipa em Portugal, quando entrarem em campo para competir contra as 15 restantes equipas, nos seis buracos em formato greensomes.
Goves disse: “Mal posso esperar por competir no European Tour, no GolfSixes, em Cascais”. “Inclusão é precisamente ter a oportunidade de jogar na mesma competição que os outros jogadores do European Tour. Estou muito entusiasmado por representar todos os jogadores com necessiaddes especiais, juntamente com o Brendan, e esperamos deixá-los orgulhosos da nossa prestação.”
Lawlor, de momento o jogador número quatro do Ranking Mundial de Jogadores com Necessidades Especiais, acrescentou: “No ano passado assisti ao torneio GolfSixes pela televisão e agora é-me dada a oportunidade de representar todos os jogadores com algum tipo de necessidade especial em Cascais, o que é absolutamente estraordinário! Vai ser maravilhoso estar no tee de saída com o George e competir com os jogadores Profissionais do European Tour, homens e senhoras, sabendo que estaremos a mostrar ao mundo que o golfe é um desporto de inclusão.”
A Insustentável Leveza da Simplicidade





"Enquanto Amanhã For Para Sempre", a exposição de José Augusto Castro, no espaço da antiga capela no Centro Cultural de Cascais, remete-nos para um desejo recorrente: O de querermos abraçar o tempo perdido da infância. Tal é a simplicidade quase pueril que a pintura de JAC nos desperta.
Desengane-se, contudo, quem pense que é simples o processo criativo deste artista. De facto, como ele próprio nos confessou, o que gosta é de "fazer parecer fácil o que é bastante complexo". Um processo que é feito de camadas que JAC vai pintando umas por cima das outras.
Gosta de deixar a pintura descansar e voltar a pintá-la uns tempos mais tarde. Modifica constantemente os quadros, até que "os volta para a parede" só para não lhes mexer mais. Algures durante este processo evolutivo calha a encontrar "a sua verdade", então o quadro nasce e a história é contada. O artista ao encontrar-se, descobre o ponto de chegada e só aí o quadro está pronto.
Frases e colagens que coleciona em cadernos, músicas, livros que lê, desenhos à vista de objetos do quotidiano, que podem ser simples utensilios de cozinha, tudo serve como ponto de partida para contar as suas histórias. Pinta como respira, naturalmente e sem subterfúgios.
"Pinto para ver aquilo que parece evidente, que está mesmo ao nosso lado todos os dias, mas que não vemos", refere José Augusto Castro.
Mas, o que é a verdade? Quando percorremos as telas agora expostas, descobrimos que, afinal, a verdade não está fechada. E esse é o grande mérito da obra de JAC. A possibilidade de moldar a verdade à interpretação subjetiva de quem vê. Por isso o seu processo criativo é tão intrincado e moroso. Para permitir a desconstrução da complexidade da vida e das memórias, até se atingir a insustentável leveza da simplicidade.
Para ver no Centro Cultural de Cascais até 11 de abril.
Jorge Ben Jor confirmado no EDPCOOLJAZZ 2020
O músico responsável por temas como "Mas Que Nada" ou "Take It Easy My Brother Charles" vai atuar no Hipódromo Manuel Possolo em Cascais, na noite de 30 de Julho.
Cascais recebe Concurso de Dressage Internacional












A terceira edição do Concurso de Dressage Internacional de 3* arranca já esta sexta-feira, 28 de fevereiro com os exames veterinários. Ao longo de duas semanas, o Centro Hípico da Costa do Estoril vai receber dois concursos: o primeiro entre 28 de fevereiro e 1 de março, e o segundo de 5 a 8 de março.
“A Dressage é uma modalidade de ensino olímpica onde se pretende ver o grau de sujeição do cavalo pelo cavaleiro. Este apresenta o cavalo a fazer as figuras obrigatórias e é classificado por cinco juízes,” explica o diretor do CDI, Coronel Manuel Teles Grilo.
Este ano, o concurso conta com a participação de atletas de França, Suíça, Brasil, Japão, Espanha, Finlândia, Rússia, Itália, Alemanha e Portugal. O diretor adianta que vão “competir os melhores cavaleiros dos países porque o concurso vai servir de apuramento para os jogos olímpicos e para o campeonato da Europa. Temos 20 cavaleiros a fazer o grande prémio que é a maior prova de todas e a mais difícil, tem cavalos muito bem ensinados e é muito interessante de ver”.
Esta edição conta com “juízes muito importantes e conceituados no mundo da Dressage, alguns deles também vão ser juízes em Tóquio 2020 nos jogos olímpicos e esta é mais uma razão para os cavaleiros cá virem” esclarece o Coronel Manuel Teles Grilo, acrescentando que ainda há “6 lugares de apuramento para os jogos olímpicos que podem ser decididos aqui”.
Já a presidente do evento adianta que, nos últimos três anos, a prova tem vindo a crescer. Adele Gambini explica que a organização resolveu realizar “a competição em duas semanas porque assim as pessoas podem juntar o lazer com os apuramentos internacionais,” esclarecendo que, devido à posição geográfica de Portugal, nem sempre é fácil atrair os cavaleiros para participarem em provas no país.
Joanna Robinson veio da Finlândia e é a segunda vez que participa neste concurso. “No último ano foi muito bom e o ambiente também foi fantástico. Fiz boas amizades e desfrutei muito da natureza aqui” recorda a atleta e acrescenta que, dada a boa experiência, este ano “veio a família toda, com os avós de Inglaterra e todos. Para nós é um concurso desportivo mas também é um bom momento com família e amigos”.
O concurso conta com o apoio doa Câmara Municipal de Cascais, do IPDJ e da Federação de Equestre Portuguesa.
Os amantes desta modalidade podem assistir ao concurso gratuitamente. Consulte o programa e classificações da competição na página de facebook do evento ou aqui.
Drogaria Costa | Lojas com História

























Sentem-se cheiros da cera e da naftalina que nos remetem à infância…. produtos “do antigamente”…uma viagem no tempo. Basta entrar na Drogaria Costa, na baixa de Cascais para uma jornada conduzida pelos irmãos João José e Joaquim.
Como anfitriões não podiam ser melhores –a sua casa está aberta há 129 anos. É um museu vivo. Ali há mesmo de tudo – goma para as roupas, cera para o chão, produtos para arear pratas, ratoeiras, ferragens…
E também estórias, que deixaram marcas. De idade provecta também o velhinho regador, onde se misturam as “poções” quase mágicas para madeira e tijoleiras que são vendidas até hoje…. Não podia faltar.
Um espólio infindável onde cada prateleira conta a sua história. As tulhas, hoje vazias, já tiveram muitos produtos vendidos a peso. Hoje tudo mudou.
As regras são outras, mas na cara de João e Joaquim, podemos ver que fazem o que gostam. E com o saber de quem passou toda uma vida ali.
Por agora são eles, os seus fiéis fregueses, os novos, os que pedem para visitar a drogaria, o que se passam lá para recordar cheiros de infância…
Um Museu que vale a pena visitar. Uma loja de Cascais com História.
Leia a história na edição online: http://bit.ly/JornalC_115
Subscreva a edição digital: http://bit.ly/Subs_C_DIGITAL
Parabéns, Bairro dos Museus!













Cascais com contas certas
Cascais é um município de contas certas. Quem o garantiu foi Carlos Carreiras, presidente da Câmara, na reunião extraordinária da autarquia que aprovou as contas de 2019.
Carreiras enalteceu a saúde financeira do município como resultado de uma gestão norteada pelo rigor e que ao mesmo tempo aposta no investimento público, na diminuição da carga fiscal e em medidas que resultam na poupança das famílias apontando como exemplo, o programa de gratuitidade dos transportes rodoviários, em vigor no concelho desde o início de 2020.
Como exemplo da diminuição da carga fiscal o presidente da Câmara apontou a descida da taxa do IMI, situação que se verifica há três anos, pese embora nos dois últimos anos as receitas desse imposto tenham aumentado devido a uma política de combate à evasão fiscal.
Para além dos transportes gratuitos, o município de Cascais aposta fortemente no investimento público em áreas como a saúde e educação e o autarca apontou como exemplo a construção da Escola Secundária de Cascais e os investimentos na construção de novos centros de saúde, Cascais e Carcavelos e a ampliação do de São Domingos de Rana.
Exposição itinerante: A tecnologia explicada a miúdos e graúdos









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