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Homenagem ao Hoquista João Sobrinho




Um nome incontornável no Hóquei em Patins mundial. Um nome estimado por muitos cascalenses. João Augusto Reis Sobrinho foi homenageado este sábado, 5 de junho, com a atribuição do seu nome à rotunda que liga a Rua do Cobre e a de Santana à Terceira Circular, em Cascais. Uma pequena cerimónia que decorreu durante as celebrações da Semana do Município de Cascais e que contou com a presença de amigos, família e Federação de Patinagem de Portugal.
Campeão mundial, europeu e nacional, Sobrinho começou a sua vida desportista na Juventude Salesiana, passou pelo Cascais e representou o Sporting Clube de Portugal durante seis temporadas. Já pela Seleção Nacional jogou 89 vezes, tendo marcado 81 golos. Conquistou o título de Campeão do Mundo por duas vezes e Europeu pr três.
Faleceu a 19 de Julho de 2018 com 67 anos.
(FMC/CMC)
Velozes e Belos: Barcos à Vela disputam Taça Mirpuri










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A segunda edição do Troféu de Vela Fundação Mirpuri (Mirpuri Foundation Sailing Trophy) já começou. Por volta das 11h00 desta sexta-feira, 4 de junho, o canhão instalado no Forte de Santo António da Barra deu o início à prova pela mão de Carlos Carreiras, presidente da autarquia, marcando também o arranque das comemorações da Semana do Município de Cascais.
Organizada pelo Clube Naval de Cascais, com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, e patrocínio da Fundação Mirpuri, a prova vai decorrer em Cascais ao longo desta sexta-feira e sábado, pela segunda vez consecutiva, com uma missão muito especial: Alertar para a importância da preservação dos mares e dos ecossistemas marinhos, sensibilizando as populações para as diversas ameaças e consequências da poluição dos oceanos.
2Hot 2Handle, de António Tânger Correia em ORC e ORC B, Syone, de Nuno Neves em ORC A, Rational - German Kitchens, de Miguel Graça em NHC e Barquinho, de Didier Thomas em APIC são os primeiros líderes do Mirpuri Foundation Sailing Trophy.
Já a frota da The Ocean Race Europe compete amanhã, naquela que será a regata costeira da volta à Europa e o segundo dia do Mirpuri Foundation Sailing Trophy. Além de um grande espectáculo, será um momento marcante na história da vela portuguesa porque é a primeira vez que VO65 e IMOCA 60 navegam juntos em águas nacionais. A primeira etapa da prova terminou em Cascais, com CORUM L'Épargne (IMOCA) e o Austrian Ocean Race Project (VO65) como vencedores.
Este, que é um dos principais eventos de vela do mundo, conta com a participação dos melhores velejadores e é marcado por uma regata sustentável, sem plástico, e com medidas de controlo de saúde implementadas por uma equipa médica que garante que todos os participantes e organização estão testados para a Covid-19.
Saiba mais sobre o Mirpuri Foundation Sailing Trophy aqui
Engº Abreu Nunes: A homenagem que faltava a um grande cascalense
A reabertura especial das Grutas do Poço Velho, em Cascais, na segunda-feira, dia 7, traz à memória a vida e obra do Eng.º Augusto Jayme Telles de Abreu Nunes que, literalmente, salvou este Monumento Nacional do abandono e destruição a que estavam votadas.
Entre 1945 e 1947, Abreu Nunes promoveu intervenções neste sítio arqueológico. Os trabalhos de escavação permitiram recolher um diversificado espólio funerário, que inclui artefactos de pedra polida e lascada, calcário, placas de xisto decoradas e cerâmica, parte dos quais se encontram expostos no Museu da Vila de Cascais.
No dia do 657º aniversário do concelho, a autarquia promoveu a merecida homenagem a Augusto Abreu Nunes, que se interessou pelas grutas, as estudou e vedou em 1950, impedindo a sua iminente destruição.
“O meu avô tinha alma empreendedora e irrequieta, e foi pela sua intervenção, visão de futuro, influência e capacidade de concretização que alguns projetos na região se concretizaram na altura”, afirma o neto, Pedro Rocha.
“Exemplo da sua intervenção – sublinha - foram o Parque Marechal Carmona, o Clube Naval de Cascais, o Hipódromo de Cascais, a transformação da Boca de Inferno como polo turístico de visitação da região, tendo inclusivamente pago do seu bolso a sua iluminação, a promoção das Festas do Mar dos Pescadores de Cascais introduzindo as garraiadas, a promoção dos Corsos de Carnaval no Estoril e no Concelho, entre tantas outras iniciativas no âmbito de promoção da região.
Pedro Rocha recorda que o seu avô tinha dois “hobbys” aos quais se dedicava com especial empenho: a arqueologia, tendo participado na exploração e recuperação de vários polos arqueológicos na região e deixado referenciadas por escrito as suas descobertas, e a fotografia, tendo inclusivamente em sua casa uma "câmara escura " onde revelava filmes e fotografias.
“O meu avô era também grande amigo e confidente do Presidente Marechal Óscar Carmona, amizade que se manteve ao longo dos anos em que o Presidente Carmona viveu em Cascais, pois o Palácio da Cidadela era a residência oficial do mesmo”, recorda, sublinhando: “ Lembro-me da minha mãe me contar que muito brincou nos jardins do palácio enquanto o meu avô e o Presidente Carmona falavam de coisas sérias e a minha avó e a "Madame Carmona" tomavam chá”.
Abreu Nunes foi responsável pelo programa de festas na velha vila piscatória, elaborando um vasto conjunto de iniciativas para angariar fundos que serviram para apoiar as grandes obras de que Cascais necessitava. Escolas, lares de idosos, o velho hospital e a Praça de Touro, ou até a inédita organização do primeiro concurso hípico de Cascais, foram alguns dos equipamentos de que Cascais foi dotado com verbas oriundas da animação organizada por Abreu Nunes.
Em 1939 deu origem à criação da nova Sociedade Propaganda de Cascais, da qual foi o primeiro presidente, entidade que promoveu a construção da Maternidade de Cascais, do Clube Naval de Cascais e do novo Hospital da Misericórdia.
Como presidente da Junta de Turismo da Costa do Sol foi um dos pilares da estratégia de promoção internacional da marca turística ‘Estoril’, um dos casos mais bem-sucedidos de promoção turística em Portugal. S.R.S.
A Vocação Turística de Cascais
Ao ponderar o futuro perante a crise imensa que avassaladoramente nos afecta no presente, é ao turismo que cabe a principal responsabilidade de gerar riqueza, dinamismo e caminhos novos para que seja possível recuperar. E sendo o turismo a vocação natural de Cascais, dos caminhos novos que desta área forem gerados, depende o futuro da região…
Miguel Pinto Luz, Vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais e Bernardo Corrêa de Barros, Presidente da Associação de Turismo de Cascais.
Cascais – Memórias com Futuro
A História do Turismo em Cascais faz-se de acasos que se cruzam numa teia envolvente, inesperada e extraordinária. A consolidação desta actividade, responsável pelo Cascais que hoje temos e em que o charme e a qualidade são as principais características, é praticamente desconhecida da generalidade dos Cascalenses e o desvendar destas histórias da história recente, permite imaginar novos caminhos para Cascais enfrentar os desafios imensos que o futuro compreende…
João Aníbal Henriques, vereador da Câmara Municipal de Cascais e António Pinto Coelho d’Aguiar, especialista em turismo.
Cascais, Portugal e o Mundo- Responsabilidade e Identidade no Contexto Municipal
Cascais assume sempre a responsabilidade de ser farol iluminador de novos caminhos em Portugal. E se o foi sempre no passado, assumindo a sua vocação de guarda estratégica de Lisboa, tem sido no presente com a coragem de enfrentar os desafios e a responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento de Portugal...
A Guarda Avançada de Lisboa
Professor Salvato Teles, Administrador da Fundação D. Luís I, de Menezes e José, d’Encarnação, Professor Catedrático de Epigrafia Latina e Historiador.
Abordar a Fortaleza de Nossa Senhora da Luz nas suas vertentes histórica e patrimonial, explicando a forma como as memórias daquele monumento se confundem com a memória histórica e, por extensão, também com a identidade, de Cascais…
João Miguel Henriques, Chefe da Divisão de Arquivos Bibliotecas e Património Histórico da CMC e Margarida Magalhães Ramalho, historiadora, especialista em fortificações.
Terras de Cascais certifica 57 novos horticultores






Quer saber como fazer uma horta em casa? Como se poda uma vinha? O que é a rotação de culturas ou o sistema de rega gota-a-gota? Quer saber mais sobre compostagem ou plantas aromáticas e medicinais?
Os 57 novos horticultores que esta quarta-feira receberam os seus diplomas no Parque Marechal Carmona já sabem responder a esta e a outras questões técnicas de cultivo em horticultura biológica. Juntam-se, assim, às mais de 600 pessoas que já possuem o seu talhão nas hortas comunitárias existentes no concelho, mas também nas que estão a ser construídas, como é o caso da Horta Alice Cruz, Bairro da Cruz Vermelha, Brejos e Quinta da Carreira.
"Este é um projeto com mais de 10 anos e com uma procura imensa. Estas 57 pessoas e todos os outros são na verdade embaixadores da sustentabilidade, todos os dias á sua maneira e à sua escala através deste trabalho na hortas", refere Joana Balsemão, vereadora da Câmara Municipal de Cascais. De facto, a agricultura urbana contribui para reduzir as emissões de CO2 e aumentar a sustentabilidade, para além de que ao cultivar a terra está-se a promover uma vida mais saudável, não só a nível da alimentação, mas também com ganhos para a saúde física e psicológica de quem pratica a horticultura.
A promoção da agricultura urbana começou em Cascais em 2009, com a criação das primeiras Hortas Comunitárias. As hortas rapidamente se tornaram poucas para todos os munícipes interessados. Por isso, ajudámos quem já tinha ou queria ter a sua horta em casa. Seguiram-se as escolas e os centros de dia e também as associações de moradores. Das hortas passámos para os pomares, olivais e mais recentemente para as vinhas.
Não se pense que este é um projeto só dirigido a pessoas reformadas e de faixas etárias mais elevadas. Pedro Gil, coordenador das hortas comunitárias, adianta mesmo que nesta formação agora concluida, "há pessoas dos 21 aos 80 anos" e com as preofissões mais variadas como engenheiros e professores que vêm nesta oportunidade para um alimentação mais saudável e sustentável e, sobretudo, de maior confiança para toda a família.
É o que nos garante Hugo Torres, um professor na área da cozinha e pastelaria que vai aproveitar ao máximo esta formação "para si, para a família e também para ensinar os jovens e alunos os conceitos aprendidos no curso". É disto que falamos quando afirmamos que estas pessoas são verdadeiros embaixadores da sustentabilidade", justifica Joana Balsemão.
Campeonato do mundo de Paraciclismo








Com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, esta prova do campeonato do mundo de Paraciclismo, organizada pela Federação Portuguesa de Ciclismo, antecede os Jogos Paralímpicos de Tóquio e é altura perfeita para os atletas tomarem pulso à sua forma física. Esta prova conta com a participação de mais de 300 atletas, de 39 países, a competir pelos 53 títulos mundiais que vão ser atribuídos até ao final da prova.
No emblemático asfalto do Circuito do Estoril, são esperados os melhores. “É uma honra para Cascais receber uma prova desta natureza. Estamos habituados a organizar grandes eventos e este não será apenas mais um. Somos um concelho que pretende ser cada vez mais inclusivo e, com a hospitalidade reconhecida que nos é reconhecida, temos tudo aquilo que é necessário para um grande Campeonato do Mundo”, afirma Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, durante a cerimónia de apresentação da prova.
Cascais mais Amiga das Crianças
“Cascais é, orgulhosamente, uma das primeiras Cidades Amigas das Crianças – ou, para ser fiel à idiossincrasia local, uma Vila Amiga das Crianças”, disse Carlos Carreiras.
E, no relatório anual do município de Cascais para a UNICEF Portugal sobre a implementação do Plano de Ação Local (PAL) para a construção da Cidade Amiga das Crianças conclui-se que, apesar do contexto da pandemia devido à COVID-19, o processo de desenvolvimento e implementação do PAL em 2020 abordou em particular vários direitos das crianças, designadamente o direito à participação, a aplicação da Convenção sobre os Direitos da Criança, o direito à saúde, o direito ao brincar, o direito à educação e objetivos da educação, entre outros.
O relatório destaca ainda algumas das ações desenvolvidas no Plano de Ação Local que, pelas suas características, terão também contribuindo indiretamente para a implementação do direito à não-discriminação.
Este relatório é sinal do compromisso de Cascais para com os Direitos das crianças.
Há uma violenta crise económica e social em perspetiva e, sendo as crianças e jovens dos grupos mais frágeis e desprotegidos, estão ainda mais expostas à pandemia da desigualdade e da pobreza que pende sobre todos como uma ameaça.
Isso exigirá de todos, e em particular às entidades públicas, um compromisso ainda mais forte na defesa dos direitos das crianças e jovens. Este relatório dá conta do percurso de Cascais nesta construção conjunta de trabalho concertado na aplicação da Convenção sobre os Direitos da Criança e, ainda que reflita muitas iniciativas e muito trabalho, ele não compra uma consciência tranquila. Pelo contrário, é um manifesto por tudo quanto ainda há a fazer. Hoje, como amanhã.
Recorde-se que Cascais apresentou a sua candidatura ao Programa Cidade Amiga das Crianças em 2017 e recebeu, em 2019, o Selo de reconhecimento da UNICEF Portugal como “Cidade Amiga das Crianças” e está a implementar, por ciclos de 4 anos, um Plano de Ação Local cujo objetivo é o de contribuir para a realização dos direitos da criança, adotando políticas de âmbito local que promovam o bem-estar de todos os cidadãos e em particular das crianças, e o desenvolvimento das comunidades, tanto no presente como no futuro, através da implementação de políticas locais para a infância e adolescência (UNICEF, Guia 2019).
A realização dos direitos das crianças a nível local implica que cada criança, independentemente da sua origem étnica, religião ou crença, situação económica ou condição social, género ou idade tem direito:
l a expressar a sua opinião sobre a cidade que deseja e a influenciar a tomada de decisões;
l a participar na vida comunitária e social;
l a usufruir de serviços de qualidade, tais como cuidados de saúde e educação;
l a ter acesso a água potável e saneamento básico;
l a ser protegido contra todas as formas de violência, como maus-tratos, abuso ou exploração;
l a passear nas ruas em segurança;
l a participar em eventos culturais e sociais;
l a usufruir de espaços verdes e de lazer;
l a viver num meio ambiente não poluído;
l a ter acesso a todos os serviços.
#cascaisamigadascrianças #cascaiselevadaascrianças #direitosdascriançascascais
Uma renovada Ibn Mucana










“É dos maiores projetos de requalificação de Escolas do conselho”, disse Frederico Pinho de Almeida, vereador da Câmara Municipal de Cascais, na sessão de apresentação do projeto de requalificação e ampliação da Escola Secundária IBN Mucana.
Depois da Nova secundária de Cascais, da requalificação da Escola Fernando Lopes Graça, na Parede, da secundária de S. João do Estoril, a requalificação e ampliação da secundária Ibn Mucana terá quatro fases: uma primeira, que começa já durante o verão e que se destina à desmontagem das coberturas em fibrocimento com amianto, substituição dos vãos de janelas e portas exteriores, uma segunda fase de requalificação de paredes exteriores e interiores (instalações sanitárias, pavimentos, salas de aula, pinturas, redes de água e esgotos, eletricidade e gás) e uma terceira fase de modernização da Infraestrutura Digital da Escola.
Na quarta fase, ainda em estudo o projeto de arquitetura, está uma intervenção de ampliação da Escola começando logo pela requalificação do existente, construção de um novo pavilhão e intervenção no espaço exterior da escola.
“Fica aqui o compromisso do Município de Cascais de requalificação de todas as escolas de segundo e terceiro ciclos e secundárias do concelho”, disse o vereador, “apesar de não ser competência legal da autarquia”, num investimento que se situa na ordem dos 50 milhões de euros. “Este é mais um exemplo e um sinal claro do nosso compromisso com a Educação”, concluiria Frederico Pinho de Almeida.HC/CMC
“O Direito ao Brincar é um compromisso de Cascais”
Na sessão de encerramento da Conferência Europeia do International Play Association (IPA), que decorreu em Cascais através da internet, o vereador da Câmara Municipal de Cascais, Frederico Pinho de Almeida reafirmou o “compromisso total de Cascais com a temática do brincar”.
O autarca destacou a importância da parceria entre a autarquia e a Faculdade de Motricidade Humana, representada na pessoa do Professor Carlos Neto, mas também em toda a sua equipa que, Frederico Pinho de Almeida considera que têm sido “fundamentais no trajeto que a autarquia tem vindo a desenvolver, quer na humanização dos espaços/escola, mas também na transformação do programa Escola a Tempo Inteiro para o Crescer a Tempo Inteiro, que vem introduzir formalmente o direito ao brincar na escola”, como momento de aprendizagem por excelência.
Neste aspeto o vereador lembrou as dificuldades na mudança de mentalidades, designadamente convencendo as pessoas da importância do Brincar como tempo de aprendizagem e não como mero momento de lazer.
Esta Conferência, que juntou participantes dos quatro cantos do Mundo, (Portugal, Brasil, USA, Japão, UK, Espanha, Alemanha, Áustria, Canada, Índia), teve em média cerca de 800 participantes por cada uma das suas 11 sessões para além, das que assinalaram a abertura da conferência, a 28 de maio e o seu encerramento a 30 de maio.
A conferência na sua totalidade, cuja gravação em breve poderá aceder através de um link que será aqui publicado, teve perto de 60 mil interações no website e 1300 inscritos. HC/CMC
Cascais apresenta primeiro veículo coletivo português movido a hidrogénio









Cascais apresentou hoje o primeiro veículo de transporte coletivo movido a hidrogénio do país, 100% fabricado em Portugal, no âmbito das comemorações do Dia Mundial Energia.
O Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, falou sobre a responsabilidade ambiental da autarquia e destacou que Cascais gosta de “arriscar” e de ser vista como “território de laboratório de inovação”, numa cerimónia no Centro Cultural de Cascais.
“Já temos nas nossas estantes, em casa, as fotografias dos que vão pagar a fatura se não fizermos nada a favor do Ambiente”, sublinhou.
Sobre os autocarros movidos a hidrogénio, considerou que se trata de “um passo que devemos celebrar, mas que não acaba neste dia, porque a seguir há muitas outras lutas e objetivos que temos de alcançar”.
Carlos Carreiras disse que já estão definidos outros objetivos, nomeadamente transformar um primeiro camião de recolha de resíduos para funcionar com hidrogénio. “Imaginem se toda a frota de recolha de lixo funcionar a hidrogénio”, sugeriu.
“Tenho que agir enquanto cidadão e, tendo o privilégio de ser responsável por uma comunidade de 214 mil pessoas, as minhas decisões tem maior impacto”, afirmou.
“Satisfeito ficarei quando, em 2050, puder olhar para trás e dizer que foi esta decisão que ajudou. Não que resolveu o problema, mas que ajudou”, disse.
Para além de ser o primeiro município do país a possuir este tipo de veículos, Cascais será o único local em Portugal a deter um posto de abastecimento deste tipo de energia.
O Municipio de Cascais assume assim a vanguarda com medidas concretas na sua estratégia para a descarbonização, com redução de emissões poluentes e racionalização de custos, uma vez que o município terá também a possibilidade de abastecer veículos ligeiros e pesados.
Os dois autocarros movidos a hidrogénio vão integrar o serviço municipal de transporte rodoviário, nomeadamente as rotas na zona do Parque Natural de Sintra-Cascais e realizar duas linhas (Guincho e Pisão) no Verão e devem circular cerca de 250 km por dia. Num mês de referência vão percorrer cerca de 7.500 quilómetros, segundo estimativas técnicas.
A Vereadora do Ambiente, Joana Balsemão, explicou detalhadamente o Roteiro Municipal para a Neutralidade Carbónica de Cascais que se estrutura como ferramenta estratégica para a definição de políticas públicas locais convergentes com o objetivo de Portugal atingir a neutralidade carbónica em 2050. O roteiro está organizado em quatro grandes áreas: Transportes, Energia, Florestas e Resíduos efluentes.
O hidrogénio fabricado será 100% verde, através de energias renováveis no seu processo de fabricação, tendo o município estabelecido uma parceria com o grupo Salvador Caetano para desenvolver e testar o primeiro veículo português de recolha de lixo movido a hidrogénio, no prazo de um ano, com a possibilidade de vir a desenvolver uma frota de 10 veículos.
O grupo Salvador Caetano poderá alargar esta parceria a outras entidades, como por exemplo as fotas de táxis, numa relação que permita fornecer veículos a hidrogénio com condições favoráveis para que, em Cascais, a circulação rodoviária reduza de forma substancial as emissões carbónicas.
José Sousa, Presidente da Salvador Caetano Bus, disse que “Cascais é um exemplo” na mobilidade e nas energias renováveis.
“Digo-o de forma clara. Todos, desde o presidente à sua equipa, estão alinhados, o que infelizmente não se vê em todo o lado, a começar pelo governo, onde só para tratar da área dos Transportes há dois ministros diferentes”, afirmou.
Esta cooperação do município cascalense com o grupo vai garantir que seja testado no concelho o único modelo de automóvel existente em Portugal movido a hidrogénio, o Toyota Mirai, com um motor totalmente elétrico com zero emissões de CO2.
Combustível alternativo
Os custos com a implementação do hidrogénio em Cascais serão suportados por concessão de ativos imobiliários da empresa que detém o posto - Cascais Próxima - passando pela eventual concessão do próprio posto, que não serão suportados pelos munícipes.
O veículo a hidrogénio, com “emissões zero” é movido por um motor elétrico, mas a sua energia não vem da eletricidade armazenada em baterias, como é o caso dos veículos elétricos atualmente em uso. Para produzir a sua energia elétrica, o carro utiliza a oxidação do hidrogénio armazenado na forma gasosa numa célula a combustível.
Enquanto uma viatura movida a bateria carrega em pelo menos 30 minutos (e várias horas com cargas lentas), leva apenas três minutos para ser abastecido com hidrogénio.
O Dia Mundial da Energia surgiu a partir de uma iniciativa da Direção Geral de Energia de Portugal, em 1981. Esta data foi criada com o intuito de motivar uma consciência civil e política sobre a importância da poupança de energia e incentivo ao uso de energias renováveis. S.R.S.
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