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Covid-19 | Comunidade chinesa doa ventiladores ao Hospital de Cascais

Ventiladores doados reforçam capacidade de resposta de Cascais

Quando Luis Liu decidiu juntar a comunidade chinesa residente no concelho de Cascais para fazer uma doação de ventiladores não imaginava a maratona que o esperava.

Foram três semanas intensas.

Primeiro para procurar material num mercado em ebulição na procura de equipamentos que salvam dezenas de vidas. Depois o pesadelo logístico para que os ventiladores fizessem uma viagem de muitos milhares de quilómetros na China. Finalmente, o desafio da articulação diplomática e o transporte até Lisboa.

A chegada do equipamento aconteceu nesta segunda-feira 06.04.2020, e ontem, ao fim dia, Luis Liu era um homem feliz e agradeceu os esforços de articulação diplomática entre a Câmara Municipal de Cascais, Direção Geral de Saúde e Embaixada de Pequim.

Os três ventiladores que a comunidade chinesa angariou e doou a Cascais foram entregues pelo senhor Liu a Carlos Carreiras no Hospital de Cascais.

Nas caixas uma carta com destinatário plural: “Para os médicos heróis de Portugal.”

Fazemos nossas as palavras do senhor Liu: “Força Portugal, juntos vamos conseguir!”

Salvar Vidas | Empresas da DNA Cascais produzem ventiladores e viseiras

Todos por uma causa
Salvar vidas. Este foi o princípio que moveu a Morphis Composites para iniciar um projeto de construção de ventiladores hospitalares para fazer face às exigências da pandemia Covid-19 que atravessamos.
 
Para Pedro Monteiro, CEO da Morphis, empresa apoiada pela DNA Cascais, “não fazia sentido saber que há um défice de ventiladores nos hospitais e ficar de braços cruzados sem, pelo menos, tentar uma solução para ajudar”.
 
Desta vontade, nasceu o Air4All. Este projecto, que não tem qualquer fim lucrativo, ambiciona produzir vários ventiladores, para serem doados às unidades hospitalares que precisem deste equipamento. A ajudar esta empresa de compósitos de carbono, estão outras instituições de relevo científico e vários profissionais das mais diversas áreas de trabalho.
 
Neste momento, há um protótipo a ser testado. Caso os resultados sejam positivos, o que se espera, o Air4All avançará para um processo de produção. Cada equipamento tem um preço de fábrica estimado 2 mil euros, o que torna que é necessário receber doações através de um sistema de crowdfunding.
 
Viseiras de proteção
 
Também no ninho de empresas da DNA Cascais está a Culto de Imagem, uma empresa/oficina de materiais publicitários que, em apenas 4 dias, produziu cerca de 50 mil viseiras de protecção para a luta contra a propagação do coronavírus. Destas, 1000 unidades foram já entregues ao Hospital de Cascais, com o apoio da autarquia e da DNA.
 
Para o Vereador Nuno Piteira Lopes, responsável pela DNA, “estas empresas mostram o espírito de Cascais: ajudar sempre o próximo; trabalhar até aos nossos limites; usar a criatividade e o conhecimento como principais ferramentas de trabalho”. Para Piteira Lopes, tanto a Morphis Composites como a Culto de Imagem, são “duas empresas que a DNA apostou por acreditar nos seus projetos e, principalmente, nas suas pessoas. Momentos como estes revelam que as apostas foram acertadas em todos os níveis”.
 
 

O mistério da fumaça e da garrafa de metal

O mistério da fumaça e da garrafa de metal desvendado pelo chef Tomás Pereira na EB Fernando Teixeira Lopes.

O mistério da fumaça e da garrafa de metal desvendado pelo chef Tomás Pereira na EB Fernando Teixeira Lopes.

A nuvem de fumo crescia no refeitório da EB Fernando Teixeira Lopes. E a escola lá estava, aparentemente impávida e serena como se nada de especial estivesse a acontecer. As escolas são assim de uma forma geral, às veze arrojadas, como deve uma boa academia, outras vezes tranquilas sob a cadência previsível da rotina. Mas, aquela fumaça parecia condizer mais com a primeira personalidade da academia, o que é bom. Suscitava a curiosidade dos miúdos, que se agitavam no recreio. E, para um espírito agitado a fumaça não era coisa que passasse despercebida.

 

Inquietos pelo fumo acotovelavam-se nas janelas exteriores do refeitório. Narizes repousados no parapeito e os olhos como antenas. Lá estavam a ferver de curiosidade. Mas a fumaça era uma autêntica cortina que não satisfazia a curiosidade antes a alimentava. E, como todos sabemos, a curiosidade é um bom combustível para a sagacidade, o que não é tudo, mas é um bom começo na academia. Ou, como diria o chef Tomás Pereira, que a esta hora prepara a refeição para a pequenada da EB Fernando Teixeira Lopes, o apetite é o melhor dos condimentos, e é também por isso que não o convém defraudar.

 

Mas voltemos então à misteriosa fumaça que serpenteia um canto do refeitório da escola e que deixa tão agitada a pequenada. Agora já vai deixando ver alguns, pequenos, detalhes: umas mãos cruzam de vez em quando aquela nesga clareira. E as mãos bem podiam ser de um alquimista em busca da pedra filosofal. Mas não. Aqui e ali o fumo vai desvanecendo, serpentando um rosto destapando pormenores. Primeiro os olhos, depois o nariz... entretanto, os olhos voltam a desaparecer na fumaça e aparece agora a boca... bom, na verdade o puzzle lá se vai construindo e ficamos a saber que a pedra, não a filosofal, mas a do puzzle é, afinal, o chapéu. Sim um chapéu bem alto e branco que não engana. Não é um alquimista, é sim um cozinheiro e não um qualquer. Sim, porque o chapéu do cozinheiro não tem só uma função higiénica, tem também a função de distinguir responsabilidades. O chapéu alto, como a cozinha francesa medieval distinguia, só pode ser o de um chef de cozinha. Ora, é o caso! E, pela informação já adiantada só poderia ser o do chef Tomás Pereira.

 

- Mas afinal o que faz o chef no meio daquela fumaça? Era a pergunta retórica que todos subscrevíamos.

 

É mesmo isso que vamos saber. Mas antes, voltemos ao recreio onde a curiosidade serpenteia, como a fumaça, o espírito da pequenada. Um grupo de miúdos segue em fila pirilau uma professora e dirigem-se ao refeitório com alguns objetos na mão. A julgar, pela firmeza do passo, dir-se-ia que é coisa orquestrada, isto é, trata-se de um grupo mais bem informado. Bom, paciência! Afinal é quase sempre assim. Parecia uma delegação de boas vindas, mas porque levariam eles aqueles apetrechos na mão? Voltemos ao refeitório recorrendo ao grande ecrã da janela exterior. Lá estão eles, e agora sim, vê-se claramente a cara do chefe Tomás Pereira ao lado de uma garrafa estranha de metal e, na sua frente, um batedor de bolos que parece ser, pelo que se pode ver daqui, um gelado. Todos se dirigem a uma mesa e já não há sinais de fumaça. Os pequenos, bem informados, seguem a indicação da professora. Sentam-se no chão de um dos lados da mesa, depois de lá depositarem todos os apetrechos. Depois, um deles entrega ao chef um lenço que ele utiliza para vendar os olhos. Um deles verifica que tudo foi feito na perfeição. Mas, os sorrisos de todos dão a entender que a coisa é pacífica. O chef senta-se à mesa. Não, não é para cozinhar. Vendados, mas, pelo que se pode perceber, para provar. E assim é. Prova primeiro um produto alimentar e depois outro e logo outro de seguida. Entre cada prova o chef diz, o que nós, os que estamos dete lado, presumimos ser a identificação do produto. Os miúdos lá dentro batem palmas. Quer dizer que ele acertou. Isto de ser chef é coisa que exige memória olfativa e gustativa, para além de outros predicados, claro! Mas, como diria Dizzy Gillespie a Charlie Parker, duas lendas do Jazz norte-americano, no célebre filme de Clint Eastwood: “para improvisar é preciso conhecer bem o original”. Duvido que Parker já não o soubesse, mas serve isto para dizer que, também na cozinha improvisar implica conhecer bem os sabores originais. E Tomás Pereira provara isso mesmo à pequenada. Pelo que daqui se percebia, identificou todos os produtos e de olhos vendados, uns pelo sabor, outros pelo cheiro. E, depois, deu espaço à curiosidade dos miúdos: O que é a cozinha molecular? Perguntava um; Que líquido é este que está dentro desta garrafa de metal? Perguntava outro.

 

E o chef lá ia satisfazendo a curiosidade como podia. Cá fora entre uma espreitadela e uma dica do parceiro do lado, todos iam percebendo as respostas. E, para todos, essa coisa da Cozinha Molecular era uma verdadeira novidade. Na verdade essa pequeníssima partícula que dá nome a uma forma de cozinhar, transformando a cozinha em laboratório, que olha a panela como um tubo de ensaio e distingue no arroz, a água das proteínas, estas dos lípidos e aquelas dos hidratos de carbono, deixou a rapaziada curiosa pela refeição que se seguia.

 

Entretanto, na cozinha o tacho de ferro, pejado de hidrocarbonatos, proteínas e sais minerais, lá ia moldando sabores numa tarefa que lembra a dos velhos druidas, neste caso alterando porções e não poções, que também as há, e manipulando sabores, cores, texturas e odores que baralham os comensais menos avisados. Tudo isto, que parece obra de alquimista, é afinal tarefa destes cozinheiros que se debruçam e entregam às transformações químicas com um único propósito, proporcionar um repasto agradável a este público, nada fácil por sinal, pouco dados a arrojadas experiências das papilas gustativas.

 

Mas, a grande dúvida, a mãe de todas as dúvidas, continuava por desvendar: Que fumaça era aquela que contaminou de curiosidade toda a escola?

 

Tomás Pereira lá foi explicando que, neste caso, mais do que uma experiência química era uma experiência física. Na verdade, o leite-creme era transformado num gelado bem gostoso pela ação de um líquido vertido de uma grande garrafa de metal, sob um inofensivo leite-creme. O azoto líquido que caía da tal garrafa metálica, à temperatura de 150 a 160 graus negativos, transformava rapidamente o leite-creme em gelado. E Tomás explicava: “O azoto transforma o líquido em sólido num abrir e fechar de olhos e a rapidez com que o leite-creme passa do seu estado líquido ao estado sólido é tão rápida que não chega a formar os cristais de gelo, o que para um bom gelado, cremoso é fundamental”, explicaria o chef.

 

Ok, estavam finalmente desvendados os segredos da fumaça e da garrafa de metal que tanto intrigara a pequenada. H.C.

Covid-19 | Cascais solidária com municípios da área metropolitana

Vários concelhos já levantaram os materiais de proteção contra a Covid-19.

A Câmara Municipal de Cascais disponibilizou parte da sua encomenda de 20 toneladas de material médico e de proteção a vários municípios da Área Metropolitana de Lisboa.

Na sexta-feira (27/03), o município do Seixal e de Sesimbra fizeram o levantamento destes materiais. Já este sábado, os municípios de Setúbal e Alcochete deslocar-se-ão ao centro logístico de Cascais para o levantamento de alguns desses materiais de combate à Covid-19.

“A solidariedade de Cascais extravasa o âmbito do nosso concelho e, como tenho repetido face a esta grave situação, somos todos por todos”, sustentou Carlos Carreiras.

“Sabemos que a aflição destes municípios é muito grande e - através da coordenação que temos estabelecido com os outros 17 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa - antes que a grande encomenda, que foi colocada no mercado na passada semana, chegue colocámos à disposição destes municípios parte da nossa encomenda de 20 toneladas”, adiantou o presidente da Câmara Municipal de Cascais.

De referir também que várias instituições do concelho, como a Polícia, a GNR e a Polícia Marítima, já fizeram o levantamento dos materiais de proteção, que chegou na quinta-feira de uma encomenda à China e que foi a primeira a vir para Portugal num avião fretado pelo município de Cascais.

Nesta sequência, e ao longo deste fim de semana várias instituições de solidariedade social irão proceder ao levantamento destes materiais fundamentais para a proteção contra a contaminação do novo coronavírus. 

Saiba mais sobre a encomenda que chegou da China aqui

Covid-19 | Centro de Rastreio de Rana já está em funcionamento

Cascais reforça capacidade de resposta com a aquisição de 30 mil testes.

O segundo centro de rastreio de diagnóstico laboratorial à Covid-19 abriu, este sábado, pelas 9h00 nas novas instalações da CERCICA, em São Domingos de Ranacom a possibilidade de proceder até 100 a 150 testes diários, logo que estiver no máximo da sua capacidade.

 

Com a abertura deste novo centro de rastreio, o concelho de Cascais ficará nesta fase com capacidade para proceder a mais de 500 testes diários.

 

Além dos prescritos pelo SNS/Saúde 24 que terão sempre prioridade, todos os que vierem com prescrição particular poderão fazer os testes através de marcação prévia pagando o remanescente, caso os planos de saúde que possuírem não faça a cobertura total dos custos.

 

A Câmara Municipal de Cascais apenas apoia a iniciativa com logística e pessoal, já que os acordos para a realização destes testes de rastreio resultam do acordo firmado entre o Governo e os laboratórios, sendo o Governo a suportar os custos provenientes do Serviço Nacional de Saúde.

 

Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, anunciou ainda a aquisição, por parte do município, de mais 30 mil testes para rastreio da Covid-19, estes pagos pela autarquia e que mediante prescrição médica e marcação prévia serão gratuitos para a população do concelho.

 

A chegada destes novos testes está prevista para a próxima semana, dependendo, contudo, das dificuldades logísticas inerentes à situação complexa de combate ao novo coronavírus. No entantoCarlos Carreiras sublinha que, com esta aquisição feita diretamente pelo município, Cascais irá aumentar e reforçar a sua capacidade de resposta à medida que os problemas possam vir a aumentar.

 

Saiba mais sobre esta medida adotada em Cascais aqui

Todas as ruas vão ser desinfetadas

Na noite de domingo todas as ruas do concelho vão começar a ser desinfetadas

“Estamos num tempo que somos todos por todos. E é este todos por todos que os cidadãos de Cascais tem vindo conseguir a manter todos os dias,” elogia Carlos Carreiras, presidente da autarquia na mensagem diária desta sexta-feira, 20 de março.

Carlos Carreiras adianta que o concelho e todos os países infetados continuam a ter muita falta de material para o combate ao Covid-19, mas revela que, tem mantido o contato com os 17 presidentes de Câmara da área metropolitana de Lisboa para em conjunto adquirir mais material.

“Esperamos já este fim de semana ter uma encomenda a chegar a Cascais e na próxima semana ter um reforço. Em conjunto com os outros presidentes de Câmara estamos a reunir condições para que, com o apoio do governo, nomeadamente do apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros, fretar um avião para ir buscar esse material aos países onde há disponibilidade para o poder fornecer,” esclarece o presidente da autarquia.

Na mensagem, salienta também que os Centros de Testes Covid-19 já estão prontos e faltam apenas “as normas que têm de sair do Ministério da Saúde sobre como é que tudo se vai processar” para abrir.

O apoio aos mais de 65 anos continua em funcionamento e, segundo o autarca, tem sido “bastante solicitado.” Para Carlos Carreiras esta é “uma luta que estamos a fazer para não deixar ficar ninguém sozinho e isolado.”

Nos últimos dias, o autarca visitou as equipas da Cascais Ambiente e os motoristas dos autocarros da Scotturb: “Fui lá manifestar o reconhecimento e o meu obrigado por todo o esforço e trabalho que têm vindo a desenvolver”, refere.

Os trabalhos de desinfeção no concelho estão em curso desde quarta-feira. Os terminais de autocarros e autocarros, carros da GNR, Polícia Municipal e da Polícia de Segurança Pública já se encontram desinfetados e seguem-se outros setores, como os bombeiros.

“Na noite de domingo para segunda-feira esperamos passar para a última fase, uma fase que diria de artilharia pesada, que é desinfetar todas as ruas do concelho de modo a complementar o que já fizemos junto do mobiliário urbano,” conclui Carlos Carreiras.

Consulte aqui o pacote global de medidas adotadas em Cascais no âmbito do Covid-19.

Trabalhos de desinfeção já arrancaram

Depois de definida a estratégia, medidas entram em prática

Esta quinta-feira, 19 de março, Carlos Carreiras voltou a fazer o balanço das medidas impostas no concelho que, depois de programadas, passam agora a ser implementadas.

O presidente da autarquia começou por deixar uma palavra de agradecimento: “Queria deixar uma palavra muito especial para aqueles que têm estado na recolha dos resíduos sólidos urbanos, aos motoristas e àqueles que são de atividades absolutamente fundamentais para que Cascais tenha continuado a viver com grande estabilidade”.

Uma das medidas já em vigor é a do apoio a pessoas em situação de sem abrigo, que já dormiram no acolhimento providenciado pela autarquia, onde podem ficar em conjunto com os seus animais de estimação.

Os trabalhos de limpeza e desinfeção arrancaram esta quinta-feira e continuam em curso ao longo do dia de sexta-feira. Já “a partir da madrugada de segunda-feira, vamos passar a fazer a desinfecção de todas as ruas e passeios do concelho”, afirma o autarca. 

O material de proteção encomendado já tem data de chegada e começa a ser entregue este sábado, sendo reforçado ao longo da próxima semana.

Quanto à mega operação dos Testes de Covid-19, Carlos Carreiras esclarece que os centros de testes continuam a ser montados e esclarece: “Estes testes serão prescritos por um médico e, em princípio, serão dados nos centros de saúde, mas vão ser realizados definindo prioridades para aqueles que mais precisam de fazer os testes. É o que estamos a aguardar da autoridade regional de saúde.” 

Já em relação aos horários de abastecimento prioritário, “o governo está a definir uma portaria em que vai estipular horários específicos, quer para os de mais de 65 anos, quer também para aqueles que estão em funções essenciais, de que dependemos todos enquanto comunidade,” salienta o autarca.

“Felizmente, em Cascais, não temos tido uma grande progressão, temos apenas 17 infetados e sabendo que vão continuar a aumentar, continuamos nesta mesma batalha, a defender aquilo que são as nossas bandeiras. O que nos motiva é a defesa de toda a comunidade,” conclui Carlos Carreiras que aproveitou também para desejar a todos “Um feliz Dia do Pai”.

Consulte aqui o pacote global de medidas adotadas em Cascais no âmbito do Covid-19.

Equipamentos a caminho de Cascais

Ventiladores, máscaras, luvas e fatos de proteção encomendados

“Quero agradecer a todos os cidadãos de Cascais que têm tido um comportamento cívico absolutamente exemplar,” assim começa a mensagem diária do presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, a 19 de março de 2020. 

Num dia em que as medidas até agora implementadas começam a ganhar mais forma, o autarca recorda que é ficando em casa que os munícipes possibilitam que se continue a trabalhar com as equipas, para que se possa ter o concelho de Cascais a funcionar e a corresponder, no mínimo, às expectativas de cada um.

O Centro de Congressos do Estoril e a CerciCa estão a ser transformados em centros de testes Covid-19. “Em colaboração com as autoridades de saúde estamos a montar todos os procedimentos para que possam funcionar”, esclarece Carlos Carreiras, acrescentando que os dois laboratórios que vão colaborar com estes centros de testes têm apenas capacidade para realizar 300 testes por dia, pelo que “vão ser adotados procedimentos que passarão pelos centros de saúde e só aqueles que tiverem prescrição terão prioridade para realizar o despiste”.

A autarquia está também a prever medidas de apoio à economia que vão complementar o pacote de incentivos anunciado pelo governo e que poderá incidir sobre as contas da água ou da luz. Para que tudo isto possa ser executado, o presidente adianta que está a “reformular o orçamento municipal para comportar um fundo de emergência de €5 milhões mas, que já se prevê um impacto negativo na ordem dos €60 milhões.” 

Carlos Carreiras revela ainda que os trabalhos de desinfeção de transportes públicos e terminais rodoviários já começaram e adianta que “depois se passará para uma higienização periódica das várias infraestruturas do espaço público de modo a ter garantias de não propagação do vírus”.

O material de proteção encomendado também já está a caminho de Cascais, onde até ao final da semana vão chegar “30 mil máscaras FFP2, 300 mil máscaras FFP1, 10 mil luvas e 1500 fatos de proteção que serão reforçados, na próxima semana, com mais 1 milhão de máscaras FFP1, 50 termómetros, 2000 óculos de proteção, 2000 fatos e cinco ventiladores,” confirma o presidente da autarquia. 

“Fiquem em casa, é a única vacina até ao momento que está testada e a funcionar,” recomenda Carlos Carreiras que conclui: “Juntos somos mais fortes, mesmo afastados aceitem um abraço do tamanho do mundo porque só assim vamos ser capazes de ultrapassar este inimigo invisível.”

Consulte aqui o pacote global de medidas adotadas em Cascais no âmbito do Covid-19.

Cascais cria fundo de emergência de €5 milhões

Concelho vai ter Linha de Apoio Sénior, dois centros de testes Covid-19 e apoio a sem abrigos, entre outras medidas.

Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, anunciou mais medidas de combate ao Covid-19, no final desta terça-feira, 17 de março.

Em Cascais vai estar disponível apoio aos sem abrigo que poderão deslocar-se ao Pavilhão da Secundária da Cidadela, em Cascais, ou ao Pavilhão da Escola Secundária Fernando Lopes Graça, na Parede, onde vai ser disponibilizada alimentação e acesso a balneários para cuidados de higiene pessoal. Também a população sénior pode contar com mais apoio através da Linha de Apoio Sénior para pessoas com mais de 65 anos. Em cada freguesia há um contacto para onde pode ligar, quer para acompanhamento psicológico, quer para quem necessita que vão ao supermercado, farmácia ou correios por si.

Como já tinha sido anunciado anteriormente, o concelho está a preparar dois centros de testes ao Covid-19, um no Centro de Congressos do Estoril e o outro na nova CerciCa, em Rana. O primeiro destina-se à população de Cascais, Estoril e Alcabideche e o segundo para a população de S. Domingos de Rana, Carcavelos e Parede. Também o acolhimento de infetados foi reforçado para 1300 camas, caso os hospitais já não tenham capacidade de receber mais doentes, estes centros vão estar disponíveis. 

Para os médicos e prestadores de serviços de saúde que estão na linha da frente, foram disponibilizados quartos em hotéis para que os mesmos não tenham de regressar a casa, correndo o risco de transmitir a infeção aos seus familiares.

O autarca anunciou ainda que está a “estabelecer contactos com as cadeias de supermercados no sentido de garantirem o atendimento para quem está na primeira linha de combate” como profissionais de saúde, forças de segurança, protecção civil, bombeiros, motoristas dos transportes públicos e trabalhadores relacionados com a limpeza urbana e muitos outros, que “assim não têm de estar a aguardar tempo nos supermercados e não têm de ter essa preocupação”.

Quanto aos trabalhadores da Câmara Municipal de Cascais e empresas municipais, Carlos Carreiras revela que “⅔ dos funcionários públicos estão em casa em tele-trabalho”, mas que há serviços que não podem ser suspendidos como os da limpeza urbana, dado que “não é possível anular estes serviços e colocar os colegas em casa em isolamento.” Pede-se também aos cidadãos que não coloquem cortes de jardim e “monstros” na rua, uma vez que é necessário canalizar os esforços para a limpeza diária. 

Também as obras municipais públicas ou em espaço público foram suspensas como medida de proteção dos trabalhadores. Já a fiscalização de obras teve de ser reforçada porque, segundo Carlos Carreiras, “ fomos assistindo a alguns inícios de intervenções urbanísticas ilegais e nisso não poderemos ser condescendentes.”  

O presidente da autarquia revelou ainda que foi criado um fundo de emergência superior a €5 milhões, que será reforçado caso seja necessário. “Não será por falta de dinheiro que não estaremos para apoiar todo este esforço municipal e de todos nós,” salientou, deixando ainda uma palavra de agradecimento a todos os que têm estado na linha da frente no combate ao Covid-19 e a todos os cidadão de Cascais que “têm tido um comportamento cívico absolutamente extraordinário.”

Consulte aqui o pacote global de medidas adotadas em Cascais no âmbito do Covid-19.

 

Prevenção e Preparação para combate ao Covid-19

“Estamos na luta e continuamos na luta, cada vez com mais apoio e solidariedade que nos têm feito chegar e que eu quero agradecer. O trabalho é muito mas a nossa determinação ainda maior,” Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais.

No final do dia 16, o presidente da autarquia anunciou mais medidas implementadas no concelho no âmbito da prevenção e contenção do coronavírus. De forma a responder às necessidades que possam surgir a autarquia já realizou encomendas de equipamentos médicos, está a preparar espaços de acolhimento para infetados e para pessoal ligado à área da saúde, suspendeu os parquímetros e implementou medidas de segurança nos transportes públicos, tornando todos os autocarros gratuitos. Para fazer face a estas medidas, Carlos Carreiras revela que “o departamento financeiro está a criar um fundo de emergência que possa suster, do ponto de vista financeiro, todos estes encargos que estamos a assumir”.

 

Cascais tem “ampliado a capacidade de obter recursos e meios de equipamentos” revelando que, em conjunto com a Câmara Municipal do Porto e em conjugação com a embaixada da China, foi realizada uma encomenda de equipamentos que vai trazer “ventiladores e outro tipo de material absolutamente necessário e escasso para todos nós,” esclarece.

Quanto aos preparativos já em curso, o presidente da autarquia salienta que em Cascais “já temos capacidade de recursos para 1000 camas para centros de recolha e de acolhimento de infetados,” adiantando que, a 16 de Março, “são 13 os infectados, já confirmados, em Cascais, felizmente todos ligeiros”.

Números que devem aumentar nos próximos dias conforme revelam as projeções em modelos matemáticos realizados por uma equipa liderada pelo vice-presidente da autarquia, Miguel Pinto Luz. As previsões realizadas “têm vindo a acertar mas infelizmente, a acertar em quantidades que se vão acentuar nos próximos dias, daí a necessidade de correr contra o tempo e podermos antecipar esses problemas de forma a encontrar soluções a tempo,” afirma Carlos Carreiras.

Em relação aos transportes públicos os mesmos vão continuar a funcionar mas de forma diferente uma vez que tanto as carreiras municipais como as intermunicipais são agora gratuitas e os passageiros estão isentos de apresentar títulos de transporte. O autarca acrescenta ainda que, “para facilitar a deslocação mais protegida, porque não tem de ser de proximidade com ninguém, suspendemos os parquímetros”. As obras municipais também foram suspensas, de forma a proteger os colaboradores. 

De forma a poder acolher tanto os infetados como o pessoal ligado à área da saúde, Carlos Carreiras revela que já falou com o CRID e com a CERCICA que, tal como o Centro de Congressos do Estoril vão estar preparados para acolher doentes, “do mesmo modo também tem havido disponibilidade por parte de empresários para poder acolher nos nossos hotéis os médicos e pessoal ligado à área da saúde que estão neste momento na linha da frente e não quererão ir descansar a acasa. Estamos a preparar uma mega operação para poder acolhê-los, agradecendo toda a disponibilidade dos hoteleiros que já nos fizeram chegar essa sua vontade,” esclarece.

Trabalho que está a ser desenvolvido em coordenação com toda a área metropolitana de Lisboa, uma vez que, para Carlos Carreiras este é “um problema local com efeitos regionais e que tem também implicações locais e obriga a responsabilidades individuais” e acrescenta que já esteve em “videoconferência com os colegas presidentes de Câmara da área metropolitana de Lisboa, sete do 12, porque os meios técnicos assim o indicavam, para estarmos cada vez mais coordenados.”

 

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