Está aqui
| Câmara |
|---|
Sílvia Araújo
Conhecida por utilizar a bicicleta como meio de transporte, é frequente vê-la passar pela baía de Cascais a caminho do trabalho ou no regresso a casa. Chama-se Sílvia Araújo, tem 33 anos, é natural de Lisboa e, se a natureza fosse sangue… corria-lhe nas veias.
Colaboradora no Departamento de Desporto da Câmara Municipal de Cascais (CMC), Sílvia revela os motivos que a levam a andar de bicicleta: “vivo perto do emprego, é uma questão ambiental e económica mas é, sobretudo, porque gosto!” Razões normais para qualquer pessoa que possa optar por se deslocar de bicicleta, mas que se tornam mais claras depois de saber que é federada em Orientação, pela Federação Portuguesa de Orientação. Uma modalidade desportiva que concilia competição e lazer, no contato com a natureza e que é praticada, em Portugal, nas disciplinas de Orientação Pedestre, Orientação em BTT, Corridas de Aventura e Trail Orienteering.
Sílvia Araújo nunca pensou em fazer triatlo porque prefere o ambiente de natureza ao urbano, a terra batida ao alcatrão e as bicicletas de BTT às de estrada. A paixão que nutre por atividades ao ar livre levaram-na, depois de um curso de auxiliar técnico de fisioterapia, a tirar a Licenciatura em Desporto – variante de Natureza e Turismo Ativo, na Escola Superior de Desporto de Rio Maior. “Escolhi Desporto porque era mesmo o que queria, identificava-me com tudo o que a licenciatura podia proporcionar e porque, como fui escoteira, sempre gostei do contacto com a natureza.”
Fez trabalhos de altura realizados em “acesso por corda” e trabalhou na Desnível - Associação de Desportos de Aventura, em Cascais. Foi nesse mesmo emprego que se cruzou com Pedro Costa, atualmente seu chefe, que na altura comunicou a existência de vagas para estágios na CMC.
Entrou em 2007, como estagiária no Departamento de Desporto, e é lá que permanece com funções ligadas ao Associativismo Desportivo. O Guia de Desporto, a Gala de Desporto, a Feira de Desporto e o Sarau de Ginástica também têm o seu cunho. Garante que são os eventos que a satisfazem mais. “Gosto muito dessa área porque tem a fase de preparação e organização e, posteriormente, a parte prática com o acompanhamento do evento”.
Num duelo entre a natureza, que a preenche, e o trabalho de escritório, Sílvia confessa que por vezes se sente “enclausurada” dentro do escritório mas que isso faz parte das suas funções. “Faz parte do meu trabalho, tenho de cumprir. Depois do horário de trabalho tenho sempre o meu escape, as atividades ao ar livre, ou simplesmente o facto de me deslocar de bicicleta sempre junto ao mar.”
(Perfil colaborador in C - Boletim Municipal, nº 6, Janeiro 2012)
Pedro Vaz
Reabilitar o Palácio da Cidadela: semelhante tarefa surge como um desafio de dimensões que parecem maiores que o nosso engenho, mas que não podemos recusar. Estuda-se a História, e as várias histórias associadas ao palácio, no sentido de descodificar as razões de ser do edificado. Visita-se o edifício estimando-lhe os valores intrínsecos dos espaços, os diferentes estados de conservação, o potencial de mudança das áreas mais modestas. As ideias desenvolvem-se e amadurecem no cruzamento com as possibilidades e limitações técnico-construtivas e os requisitos funcionais e regulamentares, sempre no compromisso com as estruturas existentes. As ideias esquissadas vão sendo ancoradas aos pontos-chave, limando as sobreposições e incompatibilidades.
A articulação das intenções sobre a realidade do existente vai moldando as pretensões do programa funcional ao edifício. A irrealidade pensada, trabalhada
sobre a realidade desenhada, vai tornando-se numa nova realidade, mais complexa e regenerada.
O passado impõe-se, mas não tolda a capacidade de ler o conjunto. A entrada dos fatores na mesa da criação é sincrónica e ubíqua. O pretérito presente, o presente contemporâneo e uma imagem do futuro desejado vagueiam no lápis, procurando na síntese assegurar a legibilidade dos fatores que se elegeu como determinantes, conjugados numa síntese harmónica. O projecto continua na obra, onde novas decisões se requerem amiúde. Afortunados os que têm a oportunidade de gerir os imponderáveis da obra e a reavaliação de opções do papel, que tornam vivo o processo.
No final, o sentimento é de gratidão. Por poder participar na história do palácio.
Arquiteto
Opinião Cultura in C - Boletim Municipal, nº5, Dezembro 2011)
Coleção do Conde de Castro Guimarães
Esta riquíssima coleção constitui a herança de um homem de cultura que, ao longo dos anos em que viveu na bela e invulgar Torre de São Sebastião (atual Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães) recolheu um valioso e exemplar acervo de edições, das mais variadas épocas: «O Conde era uma pessoa atenta aos quatro ventos do espírito; não o erudito, mas o curioso de quanto se tenha feito e pensado pelo mundo, agora e sempre. Nas suas estantes alinhava os melhores nomes, antigos e modernos, da literatura, da filosofia, da história, da música, etc» (Boletim do Museu-Biblioteca Conde de Castro Guimarães nº 1 - Relatório do Conservador. C.M. Cascais. 1943).
Entre as publicações contam-se monografias, biografias, obras de literatura portuguesa e estrangeira, pautas musicais, entre outras, bem como coleções de periódicos, originárias de diferentes países.
A coleção do Conde de Castro Guimarães pode ser consultada on-line ou mediante requisição prévia para os contactos abaixo indicados.
Contactos e Horário
Morada: Av. Rei Humberto II de Itália | Parque Marechal Carmona, 2750 Cascais
Telefone: 214815304
E-mail: mccg@cm-cascais.pt
Horário:
De 3ª a 6ª feira das 10h às 17h00
Sábado e domingo das 10h às 13h00 e das 14h às 17h00.
Encerra à 2ª feira e feriados
(Na foto: sala de leitura da antiga Biblioteca Condes de Castro Guimarães)
Cascais e JC Deacaux celebram contrato até 2020
Este contrato tem a duração de 9 anos e abrange mais de 625 equipamentos entre abrigos, mupis, séniores, jornais electrónicos e sanitários. A JCDecaux irá assim explorar até 2020 num dos mais importantes municípios portugueses mais de 800 faces publicitárias sendo o único operador de âmbito nacional que tem um contrato com a Câmara Municipal de Cascais para este efeito.
Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais, reconhece que nesta ocasião não está apenas a ser celebrado um contrato: “É mais do que isso. É uma associação natural de dois agentes – a Câmara Municipal de Cascais e a JC Decaux – que estão permanentemente ao serviço da inovação e da criatividade na gestão do espaço público. É um contrato de valores, de sustentabilidade e de uma visão para o futuro da nossa Vila.” Carlos Carreiras acrescenta que “os novos termos deste acordo permitem fazer uma grande intervenção e requalificação do espaço urbano, apostando nos valores diferenciadores da nossa identidade, como cascalenses e portugueses, ao mesmo tempo que aumentamos a atratividade e competitividade de Cascais”.
Jean-Sébastien Decaux, CEO da JCDecaux para a Europa do Sul, Bélgica e Luxemburgo, declarou a este propósito: “a assinatura deste contrato e o investimento que lhe está associado representa uma forte aposta no futuro da JCDecaux em Portugal e o reconhecimento da importância de Cascais neste contexto. Pretendemos prosseguir e desenvolver esta relação de verdadeira parceria com o Município de Cascais que perdura sem interrupção desde 1974 e estamos particularmente entusiasmados com esta renovação da confiança demonstrada pelos seus principais responsáveis. Pelo menos até 2020 os munícipes de Cascais poderão continuar a contar com a disponibilização e manutenção de equipamentos de grande qualidade e de inquestionável utilidade pública e os anunciantes poderão também continuar a dispor das melhores localizações para divulgar os seus produtos num concelho de referência e com elevados padrões de qualidade de vida. A JCDecaux é a empresa líder de comunicação exterior também em Portugal e continua a ser o único operador de âmbito nacional que detém um contrato de longo prazo com a Câmara Municipal de Cascais.”
Ciclo de conferências sobre Arqueologia
Com presença confirmada neste encontro, a Diretora do Instituto Arqueológico de Madrid, Dirce Marzoli, falará sobre o trabalho desenvolvido no Instituto Arqueológico Alemão e no sucesso das parcerias estabelecidas.
Também Michael Kunst, investigador no mesmo instituto, apresentará um tema relacionado com o arquivo fotográfico da instituição e as novas tecnologias digitais.
Este ciclo de conferências contará ainda com as intervenções de Francesc Tarrats Bou, Diretor do Museu Nacional Arqueológico de Tarragona, entidade co-organizadora da exposição Blick Mira Olha! O arquivo fotográfico do Instituto Arqueológico Alemão de Madrid, patente no Centro Cultural de Cascais, bem como de António Carvalho, Diretor do Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Cascais que apresentará uma comunicação intitulada “Instantes Arqueológicos. Arqueólogos e Arqueologia em Cascais entre 1930 e 1960”.
A exposição “Blick Mira Olha! O arquivo fotográfico do Instituto Arqueológico Alemão de Madrid”, que serviu de mote para a realização deste ciclo de conferências, pode ser visitada até 12 de janeiro no Centro Cultural de Cascais. Constituída por uma seleção de fotografias de extraordinário valor histórico e documental, integra o módulo “Instantes Arqueológicos. Arqueólogos e Arqueologia em Cascais entre 1930 e 1960”, composto por fotografias de alemães e outros visitantes estrangeiros, designadamente espanhóis, que se deslocaram a Cascais em meados do século XX para constatar in loco as descobertas e os extraordinários materiais aqui exumados (fotografias do arquivo do IGESPAR, IP, do Instituto Arqueológico Alemão e da Câmara Municipal de Cascais).
Roteiros de Património regressam ao Palácio da Cidadela de Cascais







Com uma proposta diferente todos os meses, estes roteiros pretendem dar a conhecer a importância desta fortificação enquanto posto de defesa da vila de Cascais, abordando igualmente a fase que correspondeu à sua ocupação pela família real a partir de 1870 e à passagem para a Presidência da República após a implantação da República em 1910.
Consulte a agenda do site para conhecer os próximos roteiros.
Circuito de fitness da Guia mais acessível
Destinados a promover a prática regular de atividade física, Cascais conta já com dois circuitos de fitness – na Guia e Carcavelos. Além disso, a Câmara Municipal de Cascais recuperou recentemente os equipamentos existentes no Paredão Cascais-Estoril: o “Lifetrail”, para todos mas mais orientado para a população sénior, e o “Worldtrail”, para qualquer idade.
Estes equipamentos associam-se aos circuitos de marcha, presentes no Parque Urbano das Penhas do Marmeleiro (Murches), Parque Marechal Carmona (Cascais), Bosque Alto dos Gaios (Estoril), Quinta da Alagoa (Carcavelos), Parque Urbano de Outeiro de Polima (S. Domingos de Rana), este último também dotado com três equipamentos para a prática de fitness.
A oferta destes equipamentos é complementada pela programação regular colocada à disposição dos munícipes no âmbito do programa municipal “Cascais Ativo | Viva 30”, cujo objetivo é promover e sensibilizar a população para prática regular de atividade física, em nome de uma vida mais saudável tendo presentes as recomendações da Organização Mundial de Saúde segundo a qual os adultos devem população diariamente 30 minutos de atividade física e as crianças e jovens 60 minutos.
2012 Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre as Gerações
Polícia Municipal de Cascais visita estabelecimentos de venda automóvel no concelho








































![Projeto [5 dias, 5 profissões] - Jovens do concelho acompanham ações de fiscalização](https://www.cascais.pt/sites/default/files/styles/galeria-new/public/imagens/galerias/246401_440412732670251_659163757_n1.jpg?itok=kWExWZ4c)
![Projeto [5 dias, 5 profissões] - Jovens do concelho acompanham ações de fiscalização](https://www.cascais.pt/sites/default/files/styles/galeria-new/public/imagens/galerias/539740_440412686003589_1883472951_n1.jpg?itok=uaTuoAQh)
![Projeto [5 dias, 5 profissões] - Jovens do concelho acompanham ações de fiscalização](https://www.cascais.pt/sites/default/files/styles/galeria-new/public/imagens/galerias/575397_440414792670045_1997592184_n1.jpg?itok=OGjZNUKC)
Detetar e corrigir situações de incumprimento legal são os principais objetivos desta ação que irá estender-se a todo o concelho de Cascais ao longo do mês de fevereiro. Os agentes da Polícia Municipal irão estar no terreno para avaliar questões relacionadas com o licenciamento urbanístico, ou seja, apurar se os responsáveis detêm as competentes autorizações de utilização dos espaços comerciais. Vão também confirmar aspetos relativos ao licenciamento económico, ou seja, se os espaços comerciais estão munidos de alvará, licenças de publicidade e ocupação da via, livro de reclamações, entre outros. Além disso, será analisada a legalidade dos arrendamentos.
Para o vereador responsável pelo pelouro da Polícia e Segurança Municipal, João Sande e Castro, esta ação tem sobretudo um caráter disciplinador do setor: “temos de garantir que todos os agentes económicos atuam em respeito pela lei para que haja livre concorrência. As ilegalidades não podem servir para que alguns possam oferecer condições mais vantajosas nesta ou naquela transação comercial. Isso é crime”.
Os operacionais da Polícia Municipal vão realizar fiscalizações a todos os estabelecimentos de venda automóvel do concelho.
Ao alertar para a realização desta ação, a Câmara Municipal de Cascais proporciona a todos os operadores a possibilidade de reunirem a documentação necessária, de modo a evitar transtornos: “não é uma caça à multa”, defende o vereador João Sande e Castro, para quem “só aqueles que insistirem em prevaricar devem estar preocupados com a visita de fiscalização”.
Paula Guimarães
Paula Guimarães lidera o Gabinete de Responsabilidade Social do Montepio, associação mutualista que é também uma organização empresarial. Em paralelo, participa ativamente no GRACE - Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial. Paula Guimarães esteve em Cascais a falar de voluntariado, numa perspectiva de formação, tendo acompanhado de perto o lançamento do Programa de Voluntariado corporativo do município de Cascais.
Faz parte parte do ADN do Montepio a responsabilidade social?
Sim. Se bem que a nossa governance também é diferente: as empresas têm acionistas, nós temos associados; os conselhos de administração das empresas
não são eleitos, o nosso é. O nosso processo de democracia interna, de organização e estruturação é claramente diferente. Há dimensões do grupo Montepio que são de matriz empresarial, como a Caixa Económica, ou as seguradoras, ou as residências Montepio... De qualquer maneira, o que preside ao Montepio no seu todo é uma lógica de economia social, empreendedora, bem organizada.
O gabinete de Responsabilidade Social foi um passo natural na evolução da organização?
Absolutamente. Foi necessário criar o gabinete como unidade orgânica que se preocupasse em fazer o rastreio das práticas e promovesse uma orientação de
responsabilidade social coerente, em todos os domínios. Mas também para dar apoio técnico à fundação Montepio, que é uma IPSS, e que se destina a distribuir
para a comunidade proveitos provenientes da associação mutualista.
O voluntariado é apenas uma das vertentes desse ‘chapéu’ da responsabilidade social?
Exacatamente. Era preciso que os nossos colaboradores saissem da redoma e percebessem o mundo que estava lá fora; por outro lado, era preciso descobrir as competências pessoais que os colaboradores têm e que, no quotidiano, nem sempre conseguem florescer. Por outro lado também, sabemos que um colaborador solidário, que tenha sensibilidade social, é um melhor colega e um melhor trabalhador. Houve, portanto, um conjunto de sinergias.
Quantos voluntários têm?
Estão 800 inscritos, o que não nos deixa, de forma nenhuma, satisfeitos. Não chega aos 10%. Para nós é um grande desafio apesar de o número de voluntários
ter crescido 27%. O voluntariado também tem mais valor quando é um processo de alastramento espontaneo e gradual. Desconfio muito quando me dizem que todos os trabalhadores de uma empresa são voluntários, porque isso significa que há certa pressão para que participem nessas actividades.
No nosso caso, isso não acontece. O facto de sermos uma organização de âmbito nacional faz com que não tenhamos ainda conseguido oferecer a todos os colegas ações de voluntariado. Demora mais tempo a alastrar... Estamos convencidos que é um processo irreversível e será sempre para crescer: cada colega
traz mais dois ou três...
Como é que funciona? Cruzam o banco de voluntários com os pedidos das empresas?
Temos uma ficha de inscrição na base - intranet - e assim temos uma noção dos inscritos por área geográfica e também as suas preferências. Depois, através
da Fundação Montepio temos um apanhado dos pedidos das instituições - uma média de 130 pedidos de apoio de todo o país. Fazemos o anúncio de uma ação
de voluntariado para um dia específico, com um programa definido e número de voluntários necessários. Temos também o voluntariado de competências, nomeadamente de formação e educação, através do nosso programa de educação financeira para crianças, e em actividades relacionadas com o GRACE e com a Junior Achievment. Aí pedimos aos colegas um perfil mais específico, e o voluntário tem um plano para cumprir, de voluntariado de competências, com alguma definição de tempos, que ele escolhe. Temos também ações de voluntariado de competências a favor dos nossos associados mutualistas senior, na área de
internet ou da cultura, dinamizadas pelos colegas. O desafio futuro é a valorizaçao do voluntariado individual dos dirigentes. Temos no Montepio muitos que são dirigentes associativos fora daqui e, portanto, trata-se de fazer a valorização dessa atividade de voluntariado corporativo; para o ser, tem de acontecer dentro do tempo deserviço.
Pela sua experiência no GRACE, o que é que motiva uma organizaçao a fazer voluntariado?
Eu diria que é um verdadeiro triângulo virtuoso, com três vantagens inequívocas. A primeira é para a comunidade: uma organização não deve fazer voluntariado num processo de autosatisfação, mas porque acha que vai fazer a diferença, e que vai ter impacto positivo. A segunda mais valia é para o colaborador: alarga-lhe horizontes, melhora a sua performance, ele descobre dimensões de inteligência emocional e de sensibilidade que certamente não conhecia. Mas a empresa tambem sai valorizada, porque o voluntariado trabalha as dimensoes da liderança, do trabalho em equipa, da coesão, abre muitas portas, estabelece muitas pontes.
As pessoas tornam-se diferentes, umas com as outras, depois de fazerem uma ação de voluntariado, nascem assim cumplicidades que resolvem problemas no quotidiano das organizações. Há pessoas que trabalharam anos por email e só numa ação de voluntariado se conhecem; a partir daí a forma como se relacionam é completamente diferente. Para a empresa isso tem o valor de olear os canais da comunicação interna e tem uma dimensão de imagem ética. Da nossa experiência percebe-se facilmente que vale mais uma ação de voluntariado do que vários anúncios. As pesssoas percebem que aquela empresa é diferente.
O voluntariado é bom porque é uma arma poderosíssima de gestão de recursos humanos humanizado. É fácil motivar colaboradores em cargos dirigentes a fazer voluntariado ou é facil apenas fazer com que concordem?
É fácil fazer com que os membros dos conselhos de administração participem, é mais facil convenc^-los, conquista-los, mais fácil, às vezes, do que as primeiras linhas.
Porquê?
Desenvolvemos a ideia de que se eu interrompo o meu trabalho na organização para ir fazer algo fora dela, então é porque não estou a fazer nada de importante
e sou dispensável. E esta ideia do sou dispensável assusta imenso. Inicialmente, no voluntariado é muito dificil convencer as chefias que estejam lá para
desdramatizar essa ideia e para que os colaboradores se sintam à vontade de aderir a esse processo. Por força do próprio mutualismo, o Montepio tem tradição de vários dirigentes serem voluntários. Pelo que conheço, ao nível do GRACE acontece a mesma coisa: temos uma grande abertura por parte dos conselhos de
administração, uma certa relutância de graus intermédios e uma grande adesão das bases da organização.
Acompanhou o processo de voluntariado da Câmara de Cascais?
Tive esse privilégio. Vou ter muita curiosidade de ver como é que evolui. Primeiro porque não é fácil a uma autarquia, ou ao Estado ou a uma organização pública implementar um programa de voluntariado. Se é dificil para uma organização e uma empresa, para uma estrutura da administração pública ainda é mais difícil, porque o universo de alternativas para o desenvolvimento de uma acção é mais reduzido. Ou seja, uma autarquia tem claramente funções sociais e funções de desenvolvimento social definidas –é mais difícil encontrar áreas que não façam parte das suas funções. É extremamente interessante perceber como é que uma autarquia consegue fazer a distinção de águas entre aquilo que são as suas obrigações, as suas competências, enquanto orgão da administração
local, e aquilo que possam ser mais-valias que ultrapassam essa obrigação e que podem, ainda assim, enriquecer a vida da comunidade. É um processo, do ponto de vista teórico, muito interessante e, do ponto de vista prático, muito difícil.
Do seu ponto de vista, o número de adesões- 139 - é significativo?
O número é muito significativo... Não encontrei nenhuma experiência semelhante, pelo menos nas autarquias mais importantes ou com a dimensão de Cascais.
Significa que há uma potencialidade de crescimento muito interessante. Tudo dependerá de como as chefias aderirem ao próprio processo.
Para uma autarquia não há o risco de confundir o voluntariado com propaganda?
São vários os riscos, e é muito importante escolher projectos em que essa possibilidade de aproveitamento político seja menor. Por outro lado, é importante
não escolher áreas de ação que a Câmara tem obrigatoriamente como parte das suas funções - para que a comunidade não diga, que não estão a fazer mais nada mais que a sua obrigação. E também para que os colaboradores não achem que a Câmara tem menos recursos e vai utilizá-los para ultrapassar essa dificuldade. Creio que o cuidado com que foi feito o programa na dimensão social e de recursos humanos vai, de algum modo, diminuir esses riscos. Nunca se consegue agradar a toda a gente, mas estou convencida de que a forma cautelosa como foi preparado o programa, como foi elaborado o regulamento e houve o cuidado necessário para garantir que não há intromissão do voluntariado em acções que já fazem parte das tarefas fundamentais da edilidade.
É um bom exemplo de responsabilidade social?
Este programa de voluntariado pode ser um belissimo sinal do novo posicionamento do Estado... Estamos num momento de crise social grave e pode haver a deia de que o voluntariado pode ser uma panaceia, que não é. Por outro lado o momento certo para se perceber – e a vereadora do RH utilizou essa expressão muito feliz – que a administração pública não é uma entidade abstrata, mas é feita por pessoas. E essas pessoas têm uma responsabilidade e uma cidadania
individual que não é só no contexto da máquina do Estado, e passa por ver que ‘posso fazer mais, melhor ou diferente’ do que faço no meu quotidiano. A AP tem rosto, tem pessoas com muita qualidade, muita abnegação, verdadeiros heróis anónimos que fazem com que a máquina funcione. Está na hora desses heróis experimentarem uma outra coisa que pode até ser mais gratificante do que aquilo que fazem todos os dias. Esta possibilidade que a autarquia dá aos seus colaboradores é uma descoberta individual, não é para o engrandecimento da autarquia,nem para resolver problemas que não são resollvidos de outra forma, mas para alargar horizontes e de formaa que conheçam o contexto do concelho em que se movem.
(entrevista C - Boletim Municipal, nº 5, Dezembro 2011)
Carlos Carreiras abre ano lectivo 2011/2012
Acompanhado pelo Presidente do Conselho Executivo da escola, professor David Sousa, Carlos Carreiras visitou salas de aula de todos os ciclos de ensino, do 5.º ao 12.º ano, e também alunos de cursos técnico-profissionais.
“Todos vocês estão na idade em que nada é impossível. Todos vocês podem ser os melhores dos melhores, não tenham dúvidas. Mas isso depende essencialmente do vosso trabalho, do vosso esforço e da paixão que colocarem em tudo o que fizerem” disse o presidente da CMC, perante vários
professores e turmas do ensino secundário da Escola Frei Gonçalo de Azevedo a quem aproveitou para desejar um “excelente ano lectivo”.
Ao longo da visita, David Sousa foi detalhando vários projectos educativos da escola sublinhando quea Câmara Municipal de Cascais “tem feito mais e apoiado mais do que estava previsto.”Na opinião do Presidente da Câmara Municipal de Cascais, pela qualidade do seu trabalho e pela
dedicação do seu corpo docente, a Escola Frei Gonçalo de Azevedo já se assumiu como uma referência na sua comunidade.
Actualmente, a rede escolar pública do concelho de Cascais conta com:
- 27 Jardins de Infância, com 44 salas e frequentados por cerca de 1.100 alunos;
- 45 escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico com 5.700 alunos, do 1.º ao 4.º ano.
- 8 escolas secundárias, três das quais integram 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico
- 6 escolas do 2.º e 3.º ciclos.
- O ensino secundário é frequentado por cerca de 5.000 alunos e há 3.000 alunos a frequentar o
- 2.ºciclo e 5.100 no 3.º ciclo.
A estas escolas juntam-se a Escola Superior de Saúde e Reabilitação de Alcoitão, Escola Superior de
Turismo e Hotelaria do Estoril, o Conservatório de Música de Cascais, a Escola Profissional de Teatro
de Cascais, entre outras, e um vasto leque de oferta privada nos vários graus de ensino.
Páginas
- « primeira
- ‹ anterior
- …
- 1037
- 1038
- 1039
- 1040
- 1041
- 1042
- 1043
- 1044
- 1045
- seguinte ›
- última »









