Está aqui
| Residentes |
|---|
Exposição “O nosso mar… o mar de Cascais”











Não se diz que Cascais é terra de Reis e Pescadores por acaso e foi por isso que a Associação Social dos Idosos da Amoreira decidiu homenagear o mar e a cultura piscatória da nossa Vila. Esta homenagem aconteceu sob a forma de uma exposição que foi inaugurada hoje, 6 de setembro.
Os associados desta associação prepararam diversos painéis sobre a Antiga Cascais, sempre com o mar e aqueles que dele fazem a vida em primeiro plano.
O vereador Frederico Pinho de Almeida, esteve presente na inauguração desta exposição, que ainda contou com a presença de icónicos pescadores da nossa Vila.
“É uma homenagem a todos os pescadores, a todas as pessoas, famílias que, de alguma forma, têm uma ligação ao mar desde sempre… Quero agradecer a todos os pescadores que aqui estiveram, desde o Edmundo Salmonete, a todos os demais aqui presentes, como o Ambrósio, que é o mais recente daqui, que estiveram aqui a partilhar aquela que é a sua experiência, as suas vivências, a história de Cascais e a história dos pescadores”, disse o vereador.
Durante a tarde, os pescadores puderam contar algumas das histórias que viveram no mar, partilhando com os associados da A.S.I.A. alguns momentos marcantes na sua vida de pescador.
“Sou o mais velho pescador de Cascais, já há alguns anos, e fui o primeiro Nadador Salvador de Cascais, na Praia da Duquesa”, contou Edmundo Salmonete.
A exposição estará aberta à comunidade na sede da A.S.I.A. durante todo o mês de setembro.
A.S.I.A. - Associação Social de Idosos da Amoreira
R. do Terreiro 90 90a, 2645-235 Alcabideche
CMC | DCG | PR | AG
Festa da Vindima 2023
A altura das Vindimas chegou e os terrenos do Mosteiro de Santa Maria do Mar estão carregados de uvas prontas a colher para serem transformadas em Vinho de Carcavelos.
Agora é a sua vez de participar no renascer do Vinho de Carcavelos. A colheita vai decorrer no dia 8 de setembro entre as 17h00 e as 19h00, seguida de um arraial com música e petiscos até às 22h.
Inscreva-se e saiba mais aqui.
Chega ao fim mais uma edição das Festas do Mar
Orquestra Sinfónica de Cascais volta a reinventar-se
A Orquestra Sinfónica de Cascais não poderia faltar a este último dia de Festas do Mar. A tradição cumpriu-se, mais uma vez, este ano em que o maestro Nikolay Lalov e os 65 músicos em palco brindaram o público com uma seleção das melhores músicas das últimas edições do festival.
Em duas horas de concerto ouviram-se temas como “Nasci para a Música”, de José Cid, “Sol”, de Vitor Kley, “Porto Sentido”, de Rui Veloso, “Nasce Selvagem”, dos Delfins, entre outros, fazendo com que quem assistia viajasse no tempo, revivendo grandes êxitos da música portuguesa.
A noite terminou com um dos momentos mais aguardados da noite, o fogo de artifício que, lançado do mar, iluminou toda a Baía de Cascais. Ao mesmo tempo que o público olhava para o espetáculo no céu, a Orquestra tocava “Blackbird + Let it Be + Hey Jude” dos Beatles. Mais uma edição das Festas do Mar que termina em grande!
O talento e a simpatia de Mimi Froes não deixam ninguém indiferente
Foi a primeira a cantar para o Papa na Jornada Mundial de Juventude há um mês, em Lisboa. Neste derradeiro dia das Festas do Mar deste ano abriu o Palco da Baía e conquistou pela voz e simpatia que tão bem a caracterizam. Mimi Froes cantou temas como “Não faz mal não estar bem”, “Entre Namorados” e “Não vás já”, que somam milhares de visualizações no spotify.
Tem apenas 25 anos, é licenciada em Jazz e Música Moderna e o ano passado esteve nomeada para um Globo de Ouro de melhor música com o tema "Declarações de meia-noite". Desde que participou no programa televisivo "Fator X", em 2014, que a sua carreira no mundo da música não parou de evoluir. Agora prepara-se para, depois de dois EPs, lançar o seu primeiro álbum, ainda neste mês de setembro. Em Cascais já “ganhou” o público.
CMC | SJ | PR | JM | RB
Procissão de Nossa Senhora dos Navegantes 2023




















Tal como dita a tradição, a Procissão de Nossa Senhora dos Navegantes saiu pelas ruas e pelo mar de Cascais num domingo, desta feita a 3 de setembro, numa manifestação cultural de carácter religioso e de devoção à protetora de todos os pescadores e mareantes.
Com centenas de participantes e milhares a assistir, a procissão decorreu em duas fases: a terrestre, que saiu da Igreja de Nossa Senhora da Assunção até ao cais de embarque na Baía de Cascais; e a marítima, que saiu do cais de embarque até à Guia. Estas duas fases do cortejo foram realizadas nos dois sentidos enquanto decorria um conjunto de celebrações na Baía.
No momento de paragem das embarcações da zona da Guia, foi cumprido o habitual ritual de exaltação simbólico e sagrado do cortejo, refletindo-se num sentimento de profundo agradecimento à proteção dos que navegam no mar e a todos os que lá morreram, por parte da comunidade piscatória.
A procissão contou, como sempre, com o apoio das associações de pescadores de Cascais que, neste dia, disponibilizaram as suas embarcações para percorrer por mar o trajeto entre a Baía e a Guia, levando a bordo todos quantos manifestaram o desejo de participar no cortejo. O executivo da Câmara Municipal de Cascais, encabeçado pelo presidente Carlos Carreiras, participou em toda a procissão, que este ano passou a integrar o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial da Direção-Geral do Património Cultural.
A chuva, que ameaçou cair durante todo o cortejo, só o fez no preciso momento em que o andor com a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes chegou a terra vinda do mar. Diz quem sabe, que procissão molhada é procissão abençoada. Que assim seja!
CMC | DG | RP | AG
Noite de comunhão perfeita nas Festas do Mar










Nininho Vaz Maia e o seu estilo único, dançante, por vezes contemplativo
Milhares de pessoas foram-se juntando perto do palco da Baía de Cascais para assistir à atuação mais aguardada da noite, a de Nininho Vaz Maia. Desde 2019 que o artista de flamenco, pop, e de tradição cigana tem somado fãs por todo o País e, este ano, pela primeira vez nas Festas do Mar demonstrou o porquê de ser um fenómeno a nível nacional. Poucos artistas unem tão bem a alegria de viver e de dançar ao saudosismo de alguns temas. Nininho Vaz Maia transbordou emoção durante hora e meia de concerto e transmitiu-a ao público com o seu jeito simples ao qual todos já habituou. A interação com quem assistia ao espetáculo foi constante, interpelando, nos intervalos das canções: “família, cantem comigo!”. O artista chegou mesmo a levar para cima de palco, para dançar a seu lado, uma menina que chamava por ele. Através de temas como “Gosto de ti” e “E Agora”, fez com que fosse impossível não dançar! Estes e outros temas originais lançados inicialmente no seu canal oficial de Youtube contam já com 67 milhões de visualizações. Num estilo único, ao lado do guitarrista Gilberto Maia (Popinho), Nininho Vaz Maia tocou temas do seu álbum de estreia, “Raízes”, numa verdadeira homenagem às suas raízes, a comunidade cigana.
Diogo Tonello & Campos e a simplicidade de encarar a vida
A banda que abriu o palco da Baía neste sábado tem influências do rock, blues e folk e deu a conhecer o seu novo single “Desert Sand”. Temas como “Am I Wrong”, “Way Down Inside” e “Another Hour” já levaram a banda a diversos palcos nacionais e internacionais. Esta noite, em Cascais, mesmo quem não conhecia as canções interagiu com os artistas, que tentaram transmitir a mensagem de que se “deve simplificar a vida, aceitar aquilo que acontece, não entrar em conflito e apreciar a natureza”, conforme frisou o vocalista Diogo Tonello e Campos.
Palco Sagres: a voz doce de Olívia Green é de gente grande
Tem apenas 19 anos e conseguiu conquistar quem, ao início da tarde, passava pelo palco secundário destas Festas do Mar. Olívia Green, de nome Patrícia Chong, natural de Cascais, venceu o concurso de talentos “Talenta-te”, na edição deste ano da Fiartil, e por isso teve a oportunidade de atuar neste festival de verão. A jovem surpreendeu todos com a voz doce com que cantou os seus temas originais, mas também ‘covers’ conhecidos do público. Está, atualmente, a gravar o seu primeiro álbum e diz querer apostar no talento musical. É um nome que, com certeza, iremos ouvir falar no futuro.
CMC | SJ | RP | PS | RB
Conferências do Estoril 2023 - Prémios de inovação na saúde












Destinados a homenagear todos os doentes, cuidadores e colaboradores que desenvolveram soluções para lidar com desafios impostos pela sua condição de saúde, para ajudar pessoas da sua família ou, em alguns casos, pessoas que nem conheciam, os “Patient Innovation Awards” encerraram com chave de ouro os trabalhos das Conferências do Estoril 2023.
Na categoria “Patient Innovator” (Paciente Inovador), a distinção entregue por Sir Richard Roberts, Prémio Nobel e CSO da NEB, coube a Adriana Mallozzi, CEO da Puffin Innovations. “Tendo nascido com uma deficiência, rapidamente percebi que a tecnologia era a chave para a minha independência”, partilhou com o público, numa sessão emocionante. Adriana criou a Puffin, uma plataforma única que interliga a Inteligência Artificial e “Machine Learning”, abrindo novas possibilidades para quem tem deficiência e, com isso, abriu um novo mundo de possibilidades que a ajudam quase a esquecer a sua deficiência: “utilizo-a para controlar todos os aparelhos na minha casa, como abrir a porta de casa, chamar um Uber e outras ações, como fazer uma chamada”. E deixou o repto para que esta tecnologia nascida nos Estados Unidos possa chegar a todo o mundo: “Por favor sigam-nos e ajudem-nos a mudar o mundo!”
Igualmente na categoria “Patient Innovator” (Paciente Inovador), Konrad Zieliński recebeu das mãos de Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, o prémio que reconhece a sua Uhura Bionics. Vindo da Polónia, desafiou o público a imaginar um mundo onde não pudesse usar a sua voz. Sem voz na sequência de um cancro, que o forçou a remover a laringe, está a trabalhar para que cada um possa falar com uma voz única, pois hoje apenas têm ao seu alcance uma voz robótica. Está também a trabalhar na redução de custos para que a tecnologia esteja mais ao alcance de todos: “atualmente um aparelho custa cerca de 1.000 dólares. Queremos produzir um produto que possa ajudar pessoas com outros problemas de voz”, disse.
Na categoria de “Caregiver Innovator” (Cuidador inovador), o prémio, entregue por Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais e presidente da Fundação Alfredo de Sousa coube a Jaume Puig e aos seus Biel Glasses. Um projeto espanhol nascido para ajudar pessoas com baixa visão, que usa a Inteligência Artificial. Mais acessível do que as respostas comuns, como cães-guia, os “Óculos inteligentes” melhoram a visão e respondem à necessidade de mobilidade e outras.
Na mesma categoria, Francisco Nogueira e Frederico Stock receberam das mãos de António José Teixeira, Diretor de Informação da RTP e President da Nova Medical School Council o prémio pelo Glooma, um projeto para detetar cancro de mama o mais cedo possível. Francisco Nogueira aproveitou a pandemia para aprofundar a pesquisa e criou a “senseglove” (luva sensorial) que combina sensores de pressão e IA. Capaz realizar rapidamente muito mais testes e de notificar as utilizadoras a fazer o exame periodicamente, manter o histórico dos resultados e recomendar exames adicionais se necessário. “Não podemos travar o cancro da mama, mas podemos evitar que as mulheres morram disso”, sustentou, fortemente aplaudido pelo público.
Na categoria “Collaborator Innovator” (Colaborador Inovador) Akshita Sachdeva e Bonny Dave receberam das mãos de Maria João Carioca, CFO da GALP o prémio pelo seu “Kibo” da Trestle Labs. Com o lema “desbloqueando aspirações”, esta empresa indiana criou o Kibo, produto que disponibiliza, em mais de 100 línguas diferentes, conteúdos em versão áudio para que possam ser acedidos por invisuais. “Basta abrir o site, capturar o documento, processá-lo e ouvir o documento, tudo em menos de 30 minutos”, explicaram os inovadores, orgulhosos dos 100.000 utilizadores em 25 países, entre os quais mais de 600 instituições desde 2019. “Sê inclusivo, respeita a diferença”, é o desafio que fazem e assume ainda: “gostaríamos que o Kibo estivesse disponível em todas as escolas e instituições para que todos possam ter uma resposta adequada às suas necessidades”.
A última tarde da 8ª edição
A par da entrega dos "Patient Innovation Awards", a última tarde desta 8ª edição das Conferências do Estoril foi marcada por painéis, música, e muitas surpresas.
Na última conferência do dia, o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto Luz, subiu a palco com Ezio Manzini, com o painel "Livable Proximity", uma conversa inspiradora sobre as cidades de proximidade e o papel dos cidadãos em desenhar um novo futuro para as mesmas. Ler aqui.
Para fechar a edição de 2023 com chave de ouro, Salvador Sobral foi o último convidado a subir a palco, encantando o público com a sua voz doce e harmonias marcantes. Grato à tecnologia na saúde, que lhe salvou a vida, o cantor partilhou a pouco usual inquietação ao cantar no fecho das Conferências do Estoril 2023. “É a única coisa que sei fazer e habitualmente não me sinto nervoso, mas hoje, aqui perante este exemplo bons, confesso que sinto algum nervosismo”. O público presente correspondeu e aplaudiu entusiasticamente o autor de “Amar pelos Dois” canção com que deu o primeiro lugar a Portugal no Festival Eurovisão. No final de tudo, num gesto bonito de agradecimento, o artista Fola David surpreendeu o executivo da Câmara Municipal de Cascais e os organizadores das Conferências do Estoril com retratos hiper-realistas dos mesmos.
Ao fazer o balanço do evento, Laurinda Alves, diretora executiva das Conferências do Estoril refere que o poder do evento se prende na inspiração que todos os convidados, à sua maneira, têm e suscitam naqueles que os ouvem. “Estas pessoas fazem todas coisas extraordinárias, também têm motes de obstáculos e motivos de frustração e de superação, mas conseguem fazê-las”, referiu, acrescentando que “é absolutamente extraordinário ver como as pessoas não são só são mentes extraordinárias, mas, sobretudo, pessoas de um grande coração, e quando isto se combina, a razão e o coração, é uma combinação explosiva, e não há ninguém que fique imune”.
Criadas em 2009, com sete poderosas edições, as Conferências do Estoril, que passaram este ano a ser anuais, decorreram nos dias 1 e 2 de setembro para envolver uma multiplicidade de lideranças de alto nível, nas áreas da política, empresariado, academia e da sociedade civil, inspirando as novas gerações a, em conjunto, encontrarem possíveis soluções para os nossos desafios comuns.
CMC | FH | AL | JM
Conferências do Estoril 2023 – As cidades que queremos




Como preenchemos o espaço que as cidades impuseram entre os cidadãos e entre estes e os sistemas políticos e demais serviços? Como contrariamos a solidão a que as pessoas são votadas no seio das cidades? A resposta está nos cidadãos, como defendeu, Ezio Manzini, professor, do Politécnico de Milão, na última conversa inspiradora da edição 2023 com Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais e presidente da Fundação Alfredo de Sousa.
“Re-humanizar algo, quer dizer que deixámos de ser humanos”, assinalou desde logo Ezio Manzini, enfatizando o lema da CE2023. “Então o que aconteceu? Se realmente queremos encontrar uma estratégia de re-humanização temos de saber quem somos, o que queremos e porquê”, desafiou, identificando que, na sua opinião, “estamos a viver uma pandemia de solidão. Algo que é contra a nossa natureza, porque somos animais sociais”. O professor lamentou o facto de enquanto seres humanos “sermos forçados a transformar-nos de seres humanos em clientes de sistemas onde tudo é uma questão de marketing. A isto soma-se a distância que a tecnologia nos impõe. Este é o princípio da catástrofe”, disse.
Um cenário só reversível com a criação de “cidades de proximidade”, um passo que passa por “uma decisão colaborativa entre as pessoas e os gestores: de outra forma não funciona”, alerta Manzini.
O palco da conversa foi partilhado com Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais e presidente da Fundação Alfredo de Sousa, que aproveitou para revelar ao Professor do Politécnico de Milão que Cascais está, justamente, a investir no caminho em que os cidadãos são o foco central. “Estamos completamente empenhados nesta visão de cidade de proximidade”, declarou. “Temos um concelho onde podemos partilhar os ganhos, mas também as responsabilidades. É um espaço colaborativo, co-criado pelos cidadãos”, reforçou, acrescentando que “vivemos numa democracia e enfrentamos o problema do hiato entre os cidadãos e a confiança nos políticos e gestores públicos. Para o ultrapassar precisamos de um novo contrato social, com incentivos e penalizações”. Para isso é preciso trabalhar em escala, providenciando camadas de decisão rápidas, colaborativas, é preciso haver partilha de boas-práticas e de conhecimento e Cascais tem apostado nisso. Esta proximidade, menciona o vice-presidente, entra totalmente em concordância com o mote desta edição das Conferências do Estoril. “Temos de rehumanizar, voltar à estaca zero, sentarmo-nos, dar as mãos e construirmos um mundo melhor”, refere.
Pinto Luz aproveitou para deixar alguns exemplos: “Não há democracia sem mobilidade não adianta investir em resposta se as pessoas não tiverem acesso a esta. Em Cascais a mobilidade é gratuita. Investimos num bom serviço de cuidados de saúde que é gratuito 24 horas por dia, 7 dias por semana. Estamos a investir na Educação, primeiro nas escolas e alunos e agora no software. Com o Orçamento Participativo temos uma obra a cada 0,5 km pensada e votada pelos cidadãos. Este próprio campus é o resultado desta visão colaborativa de bem comum e, finalmente, estamos a investir na sensorização que, articulada com Inteligência artificial, permite antever cenários para uma melhor decisão quanto à utilização do espaço público pelos cidadãos”.
Entre conferências e painéis, Laurinda Alves, diretora executiva das Conferências do Estoril, refere a multidisciplinariedade do evento como um dos seus grandes pontos fortes. “São conferências que fazem uma conjugação absolutamente extraordinária entre talentos, competências, áreas de experiência, de influência, ciência, conhecimento”, refere, acrescentando que tudo isto “se conjuga em nós de uma forma a fazer-nos ficar super hiper mega motivados para tentar fazer também qualquer coisa e não ficar reduzido aos nãos da vida”.
A saúde esteve também em destaque com a entrega dos PI Awards (siga o link para ler)
Criadas em 2009, com seis poderosas edições, as Conferências do Estoril, que passaram este ano a ser anuais, decorreram nos dias 1 e 2 de setembro para envolver uma multiplicidade de lideranças de alto nível, nas áreas da política, empresariado, academia e da sociedade civil, inspirando as novas gerações a, em conjunto, encontrarem possíveis soluções para os nossos desafios comuns.
CMC | FH | JM
O Fado fez-se ouvir nas Festas do Mar







Mariza: uma “forma de vida” nada estranha
A voz inconfundível de Mariza marcou a noite desta sexta-feira, 1 de setembro, nas Festas do Mar. O fado da artista lusa tocou a alma e aqueceu os corações dos milhares de pessoas que encheram a Baía de Cascais. A fadista arrancou o seu concerto com o mítico fado “Estranha Forma de Vida”, que na sua voz parece resistir ainda melhor à passagem do tempo. Seguiram-se “Semente Viva”, “Beijo de Saudade”, “O Tempo Não Pára”, “Chuva”, “Lágrima” e “Quem Me Dera”. Durante o tema seguinte, “Melhor de Mim”, foi possível ouvir os espetadores a elogiar a beleza desta canção, com letra escrita por AC Firmino e música composta por Tiago Machado, e que faz parte do álbum "Mundo", lançado por Mariza em 2015. Seguiram-se as canções “Primavera” e “Limão”, até que chegou a animada “Maria Joana”, com o público a cantar em uníssono o nome da protagonista da música. “Oiça Lá ó Senhor Vinho” e “Rosa Branca” continuaram a fazer o público abanar a anca, até que chegou um dos momentos mais aguardados nos concertos de Mariza. O tema “Ó Gente da Minha Terra” emocionou gentes todas as idades, numa interpretação soberba da fadista, que voltaria ainda a palco para cantar o tema “Casa” e fechar o concerto com “Barco Negro”. No final do espetáculo, os milhares de pessoas presentes na Baía de Cascais aplaudiram efusivamente a fadista, naquela que foi uma noite para mais tarde recordar.
Zé Maria aqueceu a Baía da Cascais
No dia em que o Fado chegou às Festas do Mar, coube ao fadista Zé Maria abrir o palco principal. O fadista lidou bem com a responsabilidade de atuar antes da consagrada Mariza e, com a sua voz melodiosa e bem timbrada, cantou fados do seu disco de estreia “Zé Maria”, entre outros temas, numa junção do fado contemporâneo com o fado tradicional. O artista, que também é pintor, esteve muito bem acompanhado em palco por Bernardo Couto (guitarra portuguesa), João Filipe (viola de fado) e Francisco Gaspar (viola baixo). O público aprovou o talento e a entrega dos músicos ao concerto.
Palco Sagres: a química incrível dos Mind Mojo
Esta sexta-feira, o Palco Sagres recebeu os Mind Mojo, uma banda de Lisboa formada em 2021 e que tem uma química incrível que se contagia para fora do palco. A banda constituída por Bruno Barrué (bateria), Hugo Portugal (guitarra), Samuel Pacheco (voz e teclado), Mariana Silveira (back vocal) e Eduardo Santiago (baixo), tem foco na exploração do universo do songwriting e apresentaram-se, sobretudo, com originais. O Jazz, Pop, Funk, R&B, Soul e até um toque de Rock, refletem-se na sonoridade do grupo que provou já ter uma legião de fãs em Cascais, apesar da sua ainda recente formação. Um fim de tarde cheio de boas vibrações, com os Mind Mojo a proporcionar ao público uma excelente experiência ao vivo.
Silêncio que se vai cantar “O Fado à Janela”
Como já vem sendo tradição, a sexta-feira à noite nas Festas do Mar é dedicada ao Fado. Para além de ser Património Imaterial da Humanidade, o Fado faz parte das nossas raízes e é um dos maiores símbolos identitários de Portugal. As novas gerações de fadistas têm demonstrado que este é um género musical que pode agradar a todas as idades. A prova disso mesmo é o sucesso que o “Fado à Janela” tem vindo a fazer nas Festas do Mar, nestes últimos anos. Com um enquadramento belíssimo dado pelo edifício dos Paços do Concelho iluminado, este é um momento único que surpreende e cativa quem por ali passa, mesmo quem, habitualmente, não ouve Fado. Este ano coube a Sara Paixão e a Francisco Salvação Barreto o desafio de cantarem à janela durante quase uma hora, proporcionando um dos momentos mais bonitos e “tão nosso” das Festas do Mar.
CMC | DG | PL | PR | PS | RB
Cascais acolhe Dia Nacional das Bandas Filarmónicas

















Os jardins da Casa das Histórias Paula Rego foram esta sexta-feira, dia 1 de setembro, o palco da comemoração do 10.º aniversário da instituição do Dia Nacional das Bandas Filarmónicas, numa efeméride que é assinalada oficialmente no primeiro dia deste mês.
Esta foi uma oportunidade para assistir ao desfile e atuação de quatro bandas de música do concelho de Cascais: o Grupo Recreativo e Dramático 1.º Maio de Tires; a Sociedade de Instrução e Recreio de Janes e Malveira; a Sociedade Familiar e Recreativa da Malveira da Serra; e o Grupo de Solidariedade Musical e Desportiva de Talaíde. As quatro bandas iniciaram a sua atuação individual percorrendo os jardins da Casa das Histórias Paula Rego e depois, em conjunto, interpretaram o “Hino da Maria da Fonte”.
O evento contou com o apoio da Câmara Municipal de Cascais e com o Alto Patrocínio de Sua Excelência O Presidente da República, tendo estado presentes Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, e Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura.
“As Bandas Filarmónicas são lugares únicos nos quais várias gerações de pessoas se encontram à volta de um interesse partilhado. Isso cria união entre todos”, referiu Pedro Adão e Silva. “Foi graças às Bandas Filarmónicas que muitas pessoas tiveram o seu primeiro contacto com a aprendizagem musical. Estas bandas são promotoras da cidadania”, acrescentou o ministro da Cultura.
Já Carlos Carreiras demonstrou a sua satisfação por ver Cascais acolher esta efeméride. “O respeito pela nossa identidade é um dos pilares estratégicos do município de Cascais. As nossas Bandas Filarmónicas ajudam a isso”, disse o autarca cascalense, referindo que “as nossas coletividades são escolas de formação dos jovens de Cascais. Dá-me orgulho ver a participação que os jovens têm nas nossas bandas de música”.
Durante a Sessão Solene comemorativa do 10.º aniversário da instituição do Dia Nacional das Bandas Filarmónicas, foi realizada uma homenagem a personalidades e entidades que têm dado o seu contributo para a história da Filarmonia Portuguesa. A Confederação Musical Portuguesa, através do Presidente da sua Direção, Martinho Caetano, e da Presidente da Assembleia Geral, Carla Longo, distinguiram com placas de homenagem as personalidades Jorge Barreto Xavier (antigo Secretário de Estado da Cultura), Jorge Costa Pinto (maestro), Tristão Nogueira (antigo presidente da Confederação Musical Portuguesa), Luís Cardoso (maestro), Adelino Domingues (antigo presidente da Assembleia Geral da Confederação Musical Portuguesa), Maria José Martins (professora de Música) e António Delicado (professor de Música).
Foram também alvo de reconhecimento entidades como a União de Bandas de Águeda, a Associação das Filarmónicas do Concelho de Leiria, a Associação de Bandas Filarmónicas da Região Autónoma da Madeira, a Federação de Bandas Filarmónicas do Distrito de Portalegre, a Federação de Bandas Filarmónicas do Distrito de Coimbra, o Grupo Recreativo e Dramático 1.º Maio de Tires, a Sociedade de Instrução e Recreio de Janes e Malveira, a Sociedade Familiar e Recreativa da Malveira da Serra, e o Grupo de Solidariedade Musical e Desportiva de Talaíde. Destaca-se ainda a entrega de placas de homenagem a Carlos Carreiras (presidente da Câmara Municipal de Cascais) e a Pedro Adão e Silva (ministro da Cultura).
O Dia Nacional das Bandas Filarmónicas foi finalizado com a atuação conjunta das quatro bandas de música presentes. De outra forma não poderia ter sido.
CMC | DG | MC | AG | RB
Conferências do Estoril 2023 | Vencer medos e procurar a união









Teremos de regressar ao modelo tradicional dos nossos avós como defendeu Václav Klaus, antigo presidente da República Checa? Ou apostar num mundo mais inclusivo onde estejamos preparados para implementar a melhores práticas, criando infraestruturas de pertença e justiça, bem como de inclusão, como defenderam Elida Bautista e Pedro Carmo Costa? Qual é o mundo em que queremos viver?
Quais são os pontos sensíveis que nos unem? Na certeza de que “ser vulnerável não significa ser frágil”, como destacou James Taylor-Foster, curador da ArkDes-Sweden’s National Centre for Architecture and Design.
Mais transversal do que a manhã, a tarde do primeiro dia nas Conferências do Estoril 2023, trouxe a palco uma maratona de 16 intervenientes para abordar temas tão diversos como o conflito na Ucrânia, líderes mundiais ao serviço da humanidade, as pessoas no centro do processo de tomada de decisão, o jornalismo de investigação enquanto capaz de alterar o curso da história, o papel das escolas de gestão e economia e o impacto da investigação num mundo sob pressão, mas também os pontos sensíveis (softspots) e o que nos torna humanos.
Sergiy Kyslytsya, representante permanente da Ucrânia nas Nações Unidas, abordou a questão da Ucrânia e pôs o dedo na ferida: “Um dos maiores falhanços de Putin é achar que quanto mais ucranianos mata mais depressa consegue vergar-nos. Mas garanto o contrário: quanto mais os ucranianos sofrem, mais resilientes nos tornamos”. E concluiu: “Garanto aos portugueses que estão no lado certo da história”.
Danilo Türk, antigo presidente da Eslovénia e presidente do “Club de Madrid”, foi perentório na sua conversa inspiradora de que “os jovens têm de ter oportunidade para encontrar os seus caminhos”.
Tal como o lema da edição deste ano da CE, “Re-Humanizar o mundo”, o desafio é grande num mundo em que urge “Restaurar a capacidade das sociedades em lidar com os problemas, pois nas últimas décadas a razão foi substituída pelo politicamente correto”, disse o conservador Václav Klaus.
Um caminho que se quer mais transparente o que, como defendeu Gerard Ryle, do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, passa por encontrar uma boa história e parceiros nos países envolvidos para investigar de forma independente (…) protegendo as fontes e respeitando as pessoas”.
Traduzida nos desenhos em tempo real de Marta Seixas, a tarde foi ainda preenchida com o exemplo de Carolina Duarte, atleta profissional e vice-campeã mundial de sprint, apesar da sua condição genética que lhe reduziu a visão a apenas 10% e lhe afeta o crescimento do cabelo. "Na última década, ser mãe, deu-me uma motivação extra e tenho feito os meus melhores tempos em corrida. Conclui um bacharelado em gestão de empresas e uma pós-graduação”, referiu. Um exemplo de vida que revela uma descoberta: “Despendi anos da minha vida a tentar ser como as outras raparigas e, de facto, eu sou”.
João de Macedo, co-fundador do movimento “World Surfing Reserves e presidente da “Hope Zones Foundation”, colocou a toda a audiência o desafio de suster a respiração por 30 segundos, exercitando-se como se fossem surfistas de ondas gigantes. “Precisamos de medo para nos ajudar a suplantar o risco. Este exercício ajuda-nos muito a nós, como humanos a lidar com o medo”. Gratidão, preparação, diversão são práticas na vida do surfista que reconhece que “se não cuidamos de nós não conseguimos fazer um bem maior, mas se não pensarmos no bem maior, não conseguimos ter motivação suficiente”.
Serviço, para João Macedo, tem sido, contudo, um novo desafio, especialmente em relação ao ambiente. Daí ter criado a Fundação “Hope Zone”, uma Organização Não Governamental capaz de dialogar com os decisores políticos para “criar uma nova esperança para as pessoas”.
Outro exemplo de coragem que marcou a tarde foi o de Maya Gabeira, detentora do recorde Guiness para a maior onda alguma vez surfada por uma mulher. Começou a surfar aos 13 anos. Aos 17 partiu para o Havai para aprender a surfar melhor e melhorar o seu inglês. Foi duro, trabalhar em pé durante oito horas e treinar por mais oito. Enfrentou os seus receios e conseguiu concretizar o seu sonho quando, aos 21, obteve o patrocínio da Billabong que lhe permitiu tornar-se numa surfista profissional. “O meu pai era muito progressista, mas nunca me mostrou o que era ser mulher num mundo masculino. Descobri da maneira mais difícil”. Surfar a onda gigante da Nazaré, em 2016, que exigiu três anos de preparação “num caminho interessante, mas muito isolado”, ameaçou a sua carreira devido ao acidente que quase a matou. Em 2018, depois de muita luta para se reabilitar, incluindo nove cirurgias, conseguiu, finalmente, o reconhecimento mundial: “senti um alívio enorme. Depois disso o telefone recomeçou a tocar”.
A atleta usou a sua notoriedade para criar impacto numa escala maior, por exemplo, no combate ao uso errado do plástico. “É muito trabalho. Só o consegui depois de realizar os meus sonhos. Foi como um interruptor que me mostrou a verdadeira razão de existir: defender o oceano e as criaturas que nele vivem!”
Em registo de festa, o primeiro dia das CE fechou com o Humanity Youth Festival.
Criadas em 2009, com seis poderosas edições, as Conferências do Estoril que decorrem hoje e amanhã, 1 e 2 de setembro, procuram envolver uma multiplicidade de lideranças de alto nível a nível político, empresarial, académico e da sociedade civil, inspirando as novas gerações a, em conjunto, encontrarem possíveis soluções para os nossos desafios comuns.
CMC | FH | Fotos JM
Páginas
- « primeira
- ‹ anterior
- …
- 127
- 128
- 129
- 130
- 131
- 132
- 133
- 134
- 135
- …
- seguinte ›
- última »









