CONTACTOS
Fale connosco
800 203 186
Em rede

Está aqui

Residentes

Vem aí o Mercado do Mar !

Entre os dias 24 e 26 de janeiro, o Mercado da Vila é palco do Mercado do Mar. A entrada é gratuita.

 

Mercado temático dedicado às espécies pescadas em Cascais (e não só) o Mercado do Mar promete atrair ao Mercado da Vila todos quantos procuram a melhor relação qualidade-preço no que a produtos do mar diz respeito.

De 20 a 26 de janeiro de 2014 celebra-se também a Semana do Polvo, um dos produtos certificados do mar de Cascais e o primeiro produto do mar do país a ter o selo “Compre o que é Nosso”, em defesa dos produtos nacionais.

Com entrada gratuita, o Mercado do Mar vai funcionar de sexta-feira a domingo das 10h00 às 20h00. Iniciados em 2012, os mercados temáticos no Mercado da Vila de Cascais têm abordado vários temas como o Chocolate, o Mel, os desportos radicais, mas também o vinho, queijo e enchidos, ou os produtos gourmet (Epicur) ou de Outono.

A sua realização surge no âmbito do projeto integrado de reorganização, requalificação e desenvolvimento económico do mercado municipal de Cascais, quer ao nível do equipamento, quer das suas diversas valências.

Concerto de Ano Novo 2014

Para celebrar a chegada do novo ano, a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras e a Câmara Municipal de Cascais promovem o tradicional Concerto de Ano Novo.

O concerto decorre no Auditório da Boa Nova, no Estoril e o programa é composto por obras de W. A. Mozart, G. Rossini, A. Ponchielli, J. Massenet, J. Strauss, entre outros.

A direção é do Maestro Nikolay Lalov.

A entrada é gratuita, embora limitada ao número de lugares da sala.

O levantamento de ingressos deve ser feito na bilheteira do Auditório da Boa Nova dia 3 de janeiro das 9h00 às 18h00 e no dia do concerto das 12h00 às 17h30.

Apoio: Centro Paroquial do Estoril

Informações:  21 467 86 10 / 21 481 53 37

 

 

Orçamento Participativo de Cascais no caminho certo | Votação no OP 2013 até 5 de Janeiro de 2014

Com uma média diária de 1.122 votos está em curso, até dia 5 de janeiro de 2014, a votação no Orçamento Participativo de Cascais. Sendo a mais participada de sempre - na primeira semana e meia aberta à votação foram superados os 23.198 votos de 2012, contando já ao final da segunda semana com 25.819 votos - esta que é a terceira edição do OP Cascais espelha bem o interesse da população neste processo de democracia participativa.

A sufrágio, por sms gratuito para o número 4343, foram submetidas 26 propostas, que são candidatas a um investimento individual máximo de 300 mil euros, e que apenas serão reveladas em janeiro. Até lá, os factos falam por si e, tendo em conta os resultados de um estudo comparativo dos Orçamentos Participativos em Portugal “Optar”, realizado pelo Centro de Estudos Sociais de Coimbra e pela Associação In Loco, no âmbito do seminário “Democracia em Ação”, realizado em Lisboa nos dias 9 e 10 de dezembro, Cascais está no caminho certo.

Os participantes no OP de Cascais revelam um elevado grau de satisfação | O grau de satisfação é de 3,97 (numa escala de 0 a 5), sendo a dimensão do “comprometimento político do executivo municipal” a que apresenta o valor mais elevado (4,25). Para esta satisfação concorrem também, os seguintes factos:

(i) 88% dos participantes no OP votaram nos projetos vencedores.

(ii) 78,3% dos participantes reconhecem que as propostas aprovadas para análise técnica são mais prioritárias (o que revela elevada capacidade de construção de consensos)

Cascais tem os valores mais elevados na avaliação do OP | Os participantes do OP de Cascais são os que mais acreditam que as propostas aprovadas serão implementadas pela CMC (4,15 face à media das avaliações de 3,63). Também creem que os prazos definidos serão cumpridos (3,46 face à média geral de 2,89).

Em Cascais a participação dos munícipes no Orçamento Participativo aumentou entre 2011 e 2012 em cerca de 236% | A participação de 3,3% face à população total aumentou para 11,2% em 2012. (Este ano, na primeira semana e meia aberta à votação foram superados os 23.198 votos de 2012, contando já ao final da segunda semana com 25.819 votos.)

Os participantes nas sessões apresentam escolaridade elevada e encontram-se maioritariamente em idade ativa | Cerca de 58% dos participantes têm ensino universitário e 35% possuem o 3º ciclo e secundário. 42% têm entre 31 e 45 anos, e 26% entre 46 e 60 anos. Relativamente ao género, as mulheres são mais participantes, 54%, mas os homens também apresentam uma boa participação, cerca 46%.

Cascais foi o segundo concelho a afetar a maior fatia do seu investimento no orçamento participativo | Em 2012, Cascais disponibilizou 2.500.000€ para o seu Orçamento participativo, correspondendo a 5,8% do investimento municipal. A Amadora ultrapassou Cascais com 7% do seu investimento com 1.000.000€. O orçamento participativo de Lisboa, de igual valor efetivo (2.500.000€), correspondeu a 0,9%.

Cascais foi o único concelho que aumentou o investimento do Orçamento Participativo per capita no(s) ano(s) subsequente(s) ao seu início | De 2011 para 2012 Cascais passou de 10,2€ per capita  para 12,1€. Lisboa em 2012 diminui de 9,1€ per capita para 4,6€.

 

São 26 as propostas validadas tecnicamente que a partir de dia 2 de dezembro de 2013, e até dia 5 de janeiro de 2014, serão submetidas a votação no âmbito do Orçamento Participativo de Cascais 2013. CONHEÇA AS PROPOSTAS EM VOTAÇÃO

Tal como aconteceu em 2012, a Câmara Municipal de Cascais volta a disponibilizar um único canal de participação fácil e acessível: a votação nas propostas decorre através de um serviço de mensagem por telemóvel (sms), gratuito, que obedece às seguintes regras: 

a) Cada número de telefone só pode ter associado um único voto válido; 
b) É considerado voto válido, aquele a que um número de telefone corresponder um código de projeto correto; 
c) Será sempre enviada uma mensagem como resposta quando o voto for válido; 
d) Os votos inválidos (código projeto inexistente ou número telefone já com voto associado) não receberão mensagem de resposta.
 
Para votar basta que os cidadãos interessados enviem um sms gratuito para o número 4343 sendo a mensagem constituída por OP seguido do número do projeto escolhido, por exemplo OP00. 
 
É importante certificar que a mensagem contém o código correto. Se tal não acontecer não será enviada a confirmação em resposta ao sms.
 
A votação do OP 2013 irá decorrer a partir do dia 2 de dezembro e prolongar-se até 5 de janeiro de 2014.
 

Informação: Cerimónias fúnebres de Bruno Nascimento

Perante as manifestações de pesar de muitas centenas de Cascalenses confrontados com o trágico desaparecimento de Bruno Nascimento, a Câmara Municipal de Cascais informa que o corpo estará em câmara ardente a partir das 21 horas de hoje, segunda-feira, 23 de dezembro, na Igreja da Boa Nova, Estoril. Amanhã, terça-feira, 24 de dezembro, pelas 10 horas, no mesmo local, terá lugar uma missa de corpo presente.
 
Bruno Nascimento faleceu na noite do passado sábado, aos 36 anos. Distinguiu-se pela sua dedicação ao Concelho de Cascais e à sua Freguesia, Alcabideche, para a qual tinha sido eleito Presidente da Junta nas últimas eleições autárquicas. Autarca, deputado municipal e cidadão exemplar, Bruno Nascimento será sempre recordado como um dos Homens Bons de Cascais.
 
A Câmara Municipal de Cascais decretou três dias de luto municipal que se prolonga até terça-feira. Aos familiares e amigos de Bruno Nascimento, a Câmara Municipal de Cascais endereça profundas condolências.

3º Corta-Mato do Núcleo do Atletismo da Zona da Abóboda – Inscrições até dia 21 de janeiro

Estão abertas as inscrições para mais um Corta-Mato do NAZA.
Já na sua terceira edição, realiza-se, dia 26 de janeiro de 2014, a partir das 9h30, mais um Corta-Mato do N.A.Z.A – Núcleo de Atletismo da Zona da Abóboda, com partida junto ao Pavilhão Desportivo do Bairro da Tojeira.
 
Inserida no 22º Troféu de Atletismo de Cascais, a prova é da responsabilidade do Núcleo de Atletismo da Zona da Abóboda e conta com o apoio da Câmara Municipal de Cascais.
 
Podem participar atletas federados e amadores dos escalões Benjamins B a Veteranos M 70, sendo que as inscrições devem ser efetuadas até ao dia 21 de janeiro, sendo necessário enviar cópia do Cartão de Cidadão ou documento oficial com fotografia.
 
Inscrições na Divisão de Desporto da Câmara Municipal de Cascais, sita na Rua José Joaquim de Freitas, Nº 2 em Cascais ou através de email desp@cm-cascais.pt .
 

Torneio do Jogo do Mata reúne alunos do 4.º ano de todas as escolas do Concelho

Integrado no programa “Desporto na Escola” decorre nos dias 23, 24 e 30 de janeiro a VIII edição do Torneio do Jogo do Mata, organizado pela Câmara Municipal de Cascais em colaboração da Escola Básica e Secundária de Carcavelos.
Destinado exclusivamente aos alunos do 4º ano das escolas básicas do concelho, o Torneio do Jogo da Mata decorre em duas fases.
 
Fase de Apuramento
Poule Oriental - 23 de janeiro 2014
Disputada pelos alunos das Escolas Básicas das freguesias de São Domingos de Rana, Carcavelos e Parede, esta poule vai ter lugar no Pavilhão Desportivo dos Lombos – Centro Recreativo e Cultural da Quinta dos Lombos.
Horário: 9h30 – 12h30 e 14h00 – 16h00
 
Poule Ocidental - 24 de janeiro 2014
Disputada pelos alunos das Escolas Básicas das freguesias de Alcabideche, Cascais e Estoril, esta poule vai ter lugar no Pavilhão Desportivo Guilherme Pinto Basto – Grupo Dramático e Sportivo de Cascais.
Horário: 9h30 – 12h30 e 14h00 – 16h00
 
Fase Final - 30 de janeiro 2014
As equipas apuradas nas poules Oriental e Ocidental vão defrontar-se no Pavilhão Desportivo Guilherme Pinto Basto
Horário: 9h30 e as 13h00.
 
 

António Carvalho

"Em 2064, quando os nossos concidadãos celebrarem o 700º aniversário da elevação de Cascais a vila, poderão analisar e avaliar como é que a sua comunidade, (...) comemorou a data e criou uma tradição e uma memória."

Em 2014 passam 650 anos sobre a data em que D. Pedro I, encontrando-se em Santarém, outorga a Carta de Vila a Cascais.

Com a atribuição deste estatuto – o lugar era promovido a vila – o que consistia, na prática, equiparar o estatuto de Cascais ao de Sintra, e assim legitimar a atribuição de uma autonomia política, jurídica e administrativa, desanexando a póvoa marítima, e decididamente o melhor porto do território de que Sintra era cabeça de termo. A atribuição de um território a Cascais, por D. Fernando I, foi concedida por Carta Régia apenas seis anos depois, a 8 de Abril de 1370, tendo Gomes Lourenço de Avelar sido designado como primeiro donatário. Por coincidência, também em 2014, passam 500 anos sobre a atribuição do Foral de Cascais por D. Manuel I, no âmbito da denominada reforma dos forais  realizada à escala nacional no século XVI. 
Explicada a cronologia que celebramos, importa agora detalhar o processo de como se criou uma tradição histórica em Cascais, que importa e se quer manter, ou como se constrói a memória de uma comunidade.
 
Até 1964 não há registo de que se tenha realizado em Cascais qualquer iniciativa significativa político-cultural que assinalasse esta efeméride. Nem mesmo quando passou meio milénio sobre a data, em 1864! Poucos anos antes dos Reis terem escolhido Cascais para aqui realizarem a vilegiatura, ou seja contactar com o mar por lazer. E, em 1914 - data marcante do século XX, pois marca o início da primeira de duas guerras mundiais e apenas quatro anos após se ter implantado a República em Portugal - também não se celebraram os 550 anos! Isto quer também dizer que o pretexto existia, mas que nada se fez para assinalar e recordar a data, ou seja para a iniciar a construção de uma memória.
 
É neste quadro que ganha especial relevância o programa de comemorações que a geração a que pertencem os nossos pais e avós preparou, a partir de 1963, e realizou em 1964, de Junho a Outubro.
Devido a atrasos, e apesar de estar prevista para Outubro, a inauguração da altaneira estátua de D. Pedro I, junto aos Paços do Concelho, no Largo 5 de Outubro,defronte da conhecida Praiada Ribeira, para os mais antigos, ou dos Pescadores ou “do Peixe”,como é conhecida por todos, só ocorreu em 1965.
 
O valor desse programa é tanto mais significativo quanto os responsáveis de então não tinham um modelo, um termo de comparação, ao qual pudessem recorrer, quer para manter uma linha, quer para fazer diferente. Naquela época, criaram a partir do nada, um programa de actividades e eventos tão significativo e coerente,cuja memória perdurou até hoje e que contribuiu para criar perante nós uma tradição que, consensualmente, queremos manter.
 
Os anos 60 do século XX são anos de alguma distensão socialem Portugal no meio urbano, por influências exteriores é certo, isto apesar dos efeitos da Guerra Colonial que tinha eclodido nas colónias africanas em 1961. Em Cascais, em 1964, assistia-se, tal como em alguns outros pontos do país, a um surto de desenvolvimento urbanístico, fruto de algum crescimento económico que se sentia em Portugal e que, na única estância turística de renome europeu junto à capital do país era consequência, também, do impacto socioeconómico de um nunca visto empreendimento público - a construção de uma ponte sobre a foz do rio Tejo.
 
Tem sido enfatizado por alguns que a Cascais, durante o início da década de 60, afluíam muitos trabalhadores, nomeadamente os quadros técnicos qualificados que trabalham na construção da ponte, e que aliavam a vontade de se encontrar espaços de lazer de qualidade a uma indiscutível disponibilidade financeira.
Quando reflicto sobre as comemorações de 1964, volto sempre a um livro, editado pela Câmara Municipal de Cascais em 1965, intitulado Discursos e Documentação Fotográfica. Espécie de “Relatório de Actividades”, profusamente ilustrado, mas que cumpre a missão de guardião de uma memória. Este livro não é o produto das comemorações. É apenas a síntese documental dessas comemorações. 
Como se quem o pensou editar quisesse apresentar num único documento o inventário de tudo quanto foi realizado. Certamente para que não perdesse a memória do muito que então foi feito. Falamos então das comemorações e seus resultados, pois o que então se fez foi imenso. Se não vejamos.
 
O plano então estabelecido era ambicioso, abrangente e convergente. Inclusivo, temática, social, territorial e, mesmo politicamente.
Em 1963, a 7 de Fevereiro, por convite do Presidente da Câmara de então, Engº António Campos de Albuquerque Azevedo Coutinho, autoridades municipais e sociedade civil reuniram-se no Salão Nobre dos Paços do Concelho para reflectir sobre a data e preparar o programa, com a indispensável antecedência, pois pretendia-se que tivesse a maior dignidade possível. Criaram-se, sob a égide da Câmara, várias comissões (Honra; Central e Executiva) e secções temáticas (Religiosa; Militar e Naval; Cultural, Histórica e Artística), para planear e executar as iniciativas sectoriais que integravam o programa de comemorações.
 
Quando analisamos a lista das personalidades que integravam as Comissões e Secções salta a vista o grande número de personalidades com diferentes origens, percursos e posicionamentos sociais, mas também políticos.
Quando analisamos a dimensão e impacto desse programa – de eventos, mas também com a inauguração de alguns equipamentos -, não podemos deixar de nos admirar.
Em primeiro lugar, convém nunca esquecer que a Câmara Municipal, enquanto dinamizadora das comemorações, não tinha, como se disse, termo de comparação, mas também uma equipa de recursos humanos,tão numerosa e com tantas e múltiplas especialidades como hoje possui.
 
Por outro lado, além do Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães, a autarquia não dispunha de outros equipamentos culturais como actualmente, além de um ou outro equipamento cultural privado, com destaque para o Teatro Gil Vicente, propriedade da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascais.
Muito embora o programa, considerando os objectivos e a época do ano dos festejos, fosse desenhado para se realizar na rua.
O programa conciliava assim eventos efémeros com a apresentação de iniciativas que se perpetuaram, bem como projectos com futuro. Senão vejamos. Recentemente, no dia 8 de Abril, na iniciativa que o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Dr. Carlos Carreiras, entendeu dinamizar, para auscultar a sociedade civil sobre a programação a realizar, o Doutor João Miguel Henriques apresentou um tratamento estatístico do programa de eventos realizado em 1964.
 
No quadro que nos ofereceu, três áreas se destacam no que respeita ao número de actividades realizadas:
- Concertos musicais, a produção editorial e os eventos desportivos, muito embora muitas outras acções de carácter cultural- social-desportivo estejam presentes no levantamento efectuado.
- Sessões de cinema, missas e procissões, arraiais e marchas populares, touradas, exposições, largada de fogo-de-artifício, conferências, teatro, concursos caninos e hípicos, inaugurações (Edifício dos Serviços Municipalizados e um Campo de Aviação em Tires, futuro Aeródromo Municipal) homenagens, cursos, cortejos históricos, regatas, festas religiosas e paradas de bombeiros, além de duas simbólicas cerimónias de inauguração e encerramento.
Nada foi deixado ao acaso.
 
O programa mostrou uma inegável preocupação com a criação de memória histórica e historiográfica.
É impossível não reparamos na lista de edições municipais publicada entre 1964-1965: 13 títulos. Todos essenciais. E que deram uma especial atenção (3 títulos) a um tema que tinha merecido muita a atenção dos investigadores, desde os anos 30, com descobertas únicas em Portugal e mesmo à escala da Península Ibérica: a Arqueologia. Muitos desses estudos são pioneiros e referências obrigatórias desde então. Graças a esta dinâmica, foi-nos oferecido um modelo. Uma historiografia cascalense foi criada, como se viu nos anos seguintes, com especial destaque para os últimos 25 anos. Sem que nenhum projecto editorial ou área do temática tivesse sido deixada para trás.
 
Em 2014, 50 anos depois, a realidade da qual se parte é muito diferente e o programa que se poderá apresentar pode ter, certamente,novas abordagens, mas sempre sem renegar o que vem de trás.
Darei dois exemplos, para que se compreenda exactamente o que quero dizer.
 
A recente criação da Rota da Arquitectura do Veraneio (com mapa de bolso e trilho no pavimento), enquadrada no espírito dessas comemorações, é disso um bom exemplo. O mote para o estudo do tema foi dado no início nos anos 80 do século XX, a partir da investigação pioneira da Profª Doutora Raquel Henriques da Silva. Primeiro com o inventário elaborado a pedido da Câmara Municipal e após, algumas exposições, conferências, artigos livros possuímos então a capacidade conceptual de construir a rota.
 
Outro bom exemplo, é a há muito desejada (desde os finais dos anos 80) adaptação da Casa Sommer a Arquivo Histórico Municipal de Cascais. Que melhor forma existe de comemorar uma data histórica com esta espessura do que dar uma “casa” condigna ao nosso Arquivo Histórico Municipal, criado em 1987, recuperando precisamente um exemplar único da Arquitectura de Veraneio.
As comemorações de 1964 apontaram caminhos, e avançou-se muito nos últimos cinquenta anos, com destaque para os últimos cerca de trinta. A autarquia – o indispensável dínamo de qualquer programa de comemorações à escala local – dispõe hoje de uma equipa de recursos humanos numerosa e tecnicamente preparada, de uma rede de equipamentos socioculturais multivariada distribuída pelo concelho, de uma agenda cultural que é uma referência nacional, mas fundamentalmente da vontade de um colectivo em realizar um programa que celebre a data. Em 2064, quando os nossos concidadãos celebrarem o 700º aniversário da elevação de Cascais a vila, poderão analisar e avaliar como é que a sua comunidade, inclusive em regimes políticos distintos (em 1964, em ditadura, e, em 2014, em democracia) com um quadro de referência, pontos de partida, meios financeiros e recursos diferentes, comemorou a data e criou uma tradição e uma memória. Aqueles de nós que puderem assistir e participar, vão certamente ter muito material para reflexão.
 
Opinião de António Carvalho, cascalense, Diretor do Museu Nacional de Arqueologia.
Publicada no C - Boletim Municipal, Julho de 2013
 
O autor escreve de acordo com a antiga ortografia.

Desafios à Comunidade Educativa

A reflexão em torno da história local enquanto património coletivo possibilitará a toda a comunidade educativa valorizar o estudo de um passado partilhado, permitindo-lhes compreender que são participantes ativos de um presente que em breve também será histórico!

 Neste âmbito, a Câmara Municipal de Cascais promoveu, no passado dia 11 de dezembro, a apresentação de alguns “desafios” aos estabelecimentos de ensino do  concelho.

 Entre estes, destaca-se o Concurso de Banda Desenhada Olha, Descobre e Recria – 650 Anos de Cascais, destinado a promover a criatividade e a imaginação da população infantil e juvenil em torno desta temática, ao longo do ano letivo de 2013-14.

 Já o Repórter da História, tendo por base os apontamentos radiofónicos realizados por Zuzarte Reis durante 25 anos na Rádio Renascença, terá por objetivo a realização de curtas metragens com recriação
de personagens históricas do concelho por parte dos alunos, que decerto revelarão grandes investigações e até talento cinematográfico!

Por sua vez, a Gala da Educação procurará valorizar e premiar os alunos que se distinguirem em termos académicos, mas também por atitudes e ações desenvolvidas voluntariamente em prol da comunidade.
O ano letivo de 2014-15 também será animado pelo Concurso de Ideias O Futuro em Cascais, através da apresentação do Plano Diretor Municipal nas escolas, de forma a que a crianças e jovens possam responder de forma criativa às questões «Como vês o Futuro?» e «Como planearias o teu Futuro em Cascais?”, com vista à realização de uma exposição pública dos melhores trabalhos.

O Festival GimnaCascais convidará todas as escolas a preparar coreografias gímnicas de grupo, a exibir em espaço público, que terão por objetivo final a produção de uma coreografia conjunta de todos os participantes.

Todos os estabelecimentos de ensino poderão, em breve, aceder aos regulamentos e cronograma destes “desafios”!


Para mais informações:
Divisão de Intervenção Educativa
died@cm-cascais.pt
21 481 52 36 | 21 481 52 37

COMUNICADO | Luto Municipal pela morte do Presidente da Junta de Freguesia de Alcabideche, Bruno Nascimento

Cascais foi ontem confrontada com a morte súbita e inesperada do jovem Presidente da Junta de Freguesia de Alcabideche, Bruno Nascimento. Cascais perdeu um dos seus, perdeu um Homem Grande, integro e dialogante, alegre e generoso e, principalmente, sempre disponível para todos.
Em vida, Bruno Nascimento foi um Homem que sempre demostrou o maior empenho na resolução dos problemas da sua Freguesia e do seu Concelho, e sempre manifestou uma sensibilidade e uma atenção especiais aos problemas dos seus concidadãos, como autarca e Presidente da Junta de Freguesia de Alcabideche ou como deputado na Assembleia Municipal de Cascais, pelo que é nosso dever dar desse facto público reconhecimento. 
 
Pelo seu exemplo de dedicação aos outros, à causa pública, pela sua invulgar cultura democrática e elevação pública, Bruno Nascimento ficará sempre na memória de todos os cascalenses, e dos fregueses de Alcabideche em particular.
 
O seu desaparecimento constitui uma perda inegável para Cascais, pelo que são decretados três dias de luto municipal a cumprir a partir de hoje, 22 de dezembro, procedendo à colocação da bandeira do Município a meia haste nos edifícios municipais como forma de expressão de pesar pela perda de um Homem Bom. 
 
Neste momento de profunda tristeza, em nome da Câmara Municipal de Cascais, manifesto as mais sentidas condolências à sua família e amigos. 
 
Carlos Carreiras,
Presidente da Câmara Municipal de Cascais

Nadir Afonso 1920-2013

Nasceu em Chaves a 4 de dezembro de 1920. Morreu a 11 de dezembro de 2013, em Cascais, a terra que escolheu para viver há mais de 50 anos.

 

Mensagem do Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras
 
 
"É um dia triste para Cascais e para o País. Hoje deixou-nos um mestre cuja obra viverá muito para além do nosso tempo. Arquiteto, artista plástico, filósofo, Nadir Afonso era um daqueles homens raros com um invulgar talento para tudo. Trabalhou com os melhores dos melhores (Oscar Niemeyer ou Le Corbusier) e temos o orgulho de exibir a sua obra em vários espaços públicos de Cascais. 
Partiu hoje, de Cascais, terra onde viveu durante mais de 50 anos. Partiu o homem a quem tivemos o privilégio de chamar “vizinho”. "
 
Em maio de 2012 a equipa de comunicação da Câmara Municipal de Cascais teve o previlégio de gravar uma entrevista biográfica com o mestre sobre o seu pensamento, vida e obra. Recuperamos aqui os vídeos produzidos.
 
 
 
 
Foto: Associação Camões

Páginas

Cascais Digital

my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0