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Temporada de Música Erudita

Em Cascais encontram-se sediadas três formações musicais de caráter profissional, cujo apoio prestado pela autarquia tem permitido, por um lado, garantir a continuidade destes projetos, e por outro, assegurar a regularidade de uma temporada de música erudita ao longo de todo o ano. Conheça o percurso do Moscow Piano Quartet, da Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras e do Sond'Ar-te Electric Ensemble

Moscow Piano Quartet


O Moscow Piano Quartet (MPQ - Quarteto com Piano de Moscovo) foi criado em 1989 por iniciativa de Alexei Eremine e Guenrikh Elessine. O seu primeiro concerto realizou-se a 25 de Janeiro de 1990 na Casa-Museu Lermolova, em Moscovo. Na mesma cidade, atuou no Festival «Dekabravski Vetcherá» («Noites de Dezembro»), dirigido por Sviatoslav Richter. É de salientar a influência do grande mestre Valentin Berlinski (violoncelista do Quarteto Borodine), sobretudo no que se refere à afinação cuidada, à riqueza de sonoridades e ao conhecimento profundo das obras tocadas.


Fundado em Moscovo, em 1989, por iniciativa de Alexei Eremine e Guenrikh Elessine, o MPQ estabeleceu-se em Cascais em 1993, na sequência da assinatura de um protocolo com o Município, que assegura a realização de temporadas anuais de dez concertos no auditório do Centro Cultural de Cascais. Entre os artistas com quem o grupo já colaborou, refiram-se Cláudio Armani, o Quarteto Borodin, Natália Gutman, Mikhail Schmidt, Elizabeth Keusch e os portugueses António Rosado, António Saiote e Paulo Gaio Lima.


Com atuações por toda a Europa e no Japão, o MPQ tem vindo a realizar o seu principal objetivo: divulgar todas as obras escritas para violino, violeta, violoncelo e piano, desde o período clássico até aos nossos dias, incluindo as menos conhecidas. Na esteira do seu interesse pela música contemporânea, contacta sempre que possível os compositores das obras estudadas. Já interpretou mais de uma dezena de obras em 1.ª audição, algumas das quais a si dedicadas por compositores como Luís Tinoco, Eurico Carrapatoso e Patrício da Silva. Em 2001, a autarquia atribuiu-lhes a Medalha de Mérito Cultural do Concelho de Cascais.

Moscow Piano Quartet
Alexei Eremine - piano
Alexei Tolpygo - violino
Alexandre Delgado - violeta
Guenrikh Elessine - violoncelo



Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras




A formação que deu origem à Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras tocou pela primeira vez em 1992, no Festival Internacional da Costa do Estoril. Seguiram-se atuações esporádicas e a concretização de um apoio da Câmara de Cascais para a realização de pequenas temporadas regulares a partir de 1995. Três anos mais tarde, e de forma a possibilitar o crescimento da orquestra, que originara já uma corrente de público, também a Câmara de Oeiras apadrinhou o projeto e, em 2000, assinou-se o protocolo entre as duas autarquias e a OCCO, reconhecendo a importância e a qualidade do trabalho já desenvolvido, ao qual se juntou um subsídio atribuído pelo então Ministério da Cultura, que permitiu à orquestra cumprir o objetivo primordial: criar uma temporada regular, tendo por base uma estrutura fixa e organizada.


Em Cascais, a temporada regular da OCCO abrange concertos mensais com a formação completa, que pode chegar a 60 elementos, mas inclui também recitais de música de câmara e atividades educativas em parceria com o Museu da Música Portuguesa e com o Serviço Educativo da Fundação D. Luís I. A programação é variada e vai desde as grandes obras a peças menos ouvidas nas nossas salas. No seu vasto e abrangente repertório, a orquestra tem incluído obras de compositores de diversas épocas e estilos, sempre com a preocupação de promover o trabalho de compositores portugueses, sobretudo da nova geração.


Em 2002, a OCCO fundou a escola de música "Concertino", que progrediu para o nível de conservatório desde a inauguração da nova sede, em 2008, no edifício reabilitado da antiga Pensão Boaventura (Chalet Madalena), no Monte Estoril. Para além de executantes, alguns dos músicos que integram a orquestra são igualmente professores no conservatório., assegurando a ligação entre as vertentes artística e de ensino.


Sond’Ar-te Electric Ensemble



Em outubro de 2008 concretizou-se uma parceria entre a Câmara Municipal de Cascais e a Miso Music Portugal (associação com sede na Rebelva), com vista à fixação de um novo grupo residente no concelho. O Sond’Ar-te Electric Ensemble, formação que explora os sons contemporâneos da música eletroacústica, juntou-se deste modo ao Moscow Piano Quartet e à Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, dedicando-se, porém, a uma área da música menos conhecida e divulgada junto do público. Fundado em julho de 2007, sob a direção artística de Miguel e Paula Azguime, da Miso Music Portugal, este ensemble conjuga os instrumentos acústicos e a tecnologia eletrónica mais avançada, contando com um naipe de intérpretes de elevado prestígio.


Tendo raízes nas grandes obras do século XX, a sua missão principal é, contudo, fomentar novas obras e criar um repertório próprio, através de encomendas a compositores portugueses e estrangeiros, mas também de peças que alguns criadores já compõem especificamente para o Sond’Ar-te, por reconhecerem a sua qualidade. Com um perfil fortemente voltado para a internacionalização, o Sond'Arte atua frequentemente em vários países da Europa e Ásia.

Semanas de Música do Estoril

As Semanas de Música do Estoril foram criadas pela Associação Internacional de Música da Costa do Estoril em 2001, e resultam da fusão dos Cursos Internacionais de Música, do Festival de Música e do Concurso de Interpretação do Estoril.

Desde a sua criação em 1962, milhares de alunos de todos os continentes participaram nos Cursos Internacionais de Música. Artistas como Maria João Pires, Ana Bela Chaves, Artur Pizarro, Álvaro Cassuto, Pedro Burmester, Elsa Saque, António Rosado, incluindo a quase totalidade dos músicos portugueses contemporâneos, passaram por masterclasses dirigidas pelos mais conceituados artistas e pedagogos mundiais no âmbito desta iniciativa que, em 2012 assinava 50 anos. Em 1987, por ocasião do 25.º aniversário da sua fundação, a Secretaria de Estado da Cultura atribuiu a esta iniciativa a Medalha de Mérito Cultural.

Também a criação do Festival de Música, em 1975, proporcionou ao público a presença de figuras do mais alto relevo como Mstislav Rostropovitch, Sándor Vegh, Rudolf Nureyev, Marcel Marceau, Teresa Berganza, Paul Tortelier, Ruggiero Ricci, Paul Badura-Skoda, Christa Ludwig, Aldo Ciccolini, Hopkinson Smith, Gustav Leonhard, Gundula Janowitz, Rinaldo Alessandrini, Ewa Podles; orquestras prestigiadas como a Filarmónica de Moscovo, os Virtuosos da Filarmónica de Berlin, a Orquestra Barroca da Comunidade Europeia ou, ainda, os agrupamentos Hilliard Ensemble, As Grandes Vozes Búlgaras, o Ballet Nacional de Espanha, o Ballet da Ópera de Nice e Orfeón Donostiarra, entre centenas de outros que contribuíram para a difusão de novos valores e criações, através de mais de trezentas obras apresentadas pela primeira vez em Portugal, muitas das quais em estreia mundial.

Além de compositores contemporâneos consagrados como Messiaen, Ligeti, Webern, Feldman, Luis de Pablo, Lopes-Graça, Ohana, ou Peixinho, o Festival tem dedicado especial atenção às novas gerações de criadores. Em reconhecimento pelo seu valor como um dos expoentes artísticos nacionais, o Festival foi integrado em 1983 na European Festivals Association, organismo máximo mundial da especialidade, em representação de Portugal. Em 1985, Ano Europeu da Música, a Câmara Municipal de Cascais atribuiu a Medalha de Mérito Municipal à Associação Internacional de Música da Costa do Estoril, realçando o êxito das ações desenvolvidas no meio internacional para a integração do Festival na EFA.

Do mesmo modo, o Concurso de Interpretação do Estoril, criado em 1990, tem contribuído para a difusão dos mais promissores valores nacionais da atualidade. Entre os diversos premiados destacam-se Ana Ferraz, Bárbara Dória, Luis Rodrigues, Teresa Valente ou Armando Possante. Simultaneamente, e em virtude do bom nível alcançado pelos finalistas das últimas edições, a prova final é incluída na programação do Festival de Música.

Em 2003, as Semanas de Música do Estoril iniciaram o projeto Mare Nostrum, resultante dos encontros Nova Geração de Compositores do Mediterrâneo, realizados em 2001 e 2002, com participantes de Itália, França, Espanha, Croácia, Grécia, Turquia, Líbano, Tunísia e Portugal. O êxito da iniciativa, fonte permanente de conhecimento das correntes estéticas de hoje, afirmação de identidades e preservação de uma cultura comum, permitiu que se apresentassem ao público do Festival estreias mundiais e nacionais de obras de Kamran Ince, Jacopo Baboni, Luis Tinoco, Antun Tomislav Saban, Sérgio Azevedo, Emilio Calandin, Alberto Colla, Carlos Marecos, compositores da nova geração, juntamente com repertório universal.

Esta iniciativa, que decorre habitualmente nos meses de julho e agosto, é financiada pela Câmara Municipal de Cascais, Secretaria de Estado da Cultura/Instituto das Artes e diversas entidades do setor empresarial.

Contactos
Telefone:  214685199 / 214660081 
E-mail: festivaldoestoril@sapo.pt
Website: www.estorilfestival.net

Estoril Jazz - Jazz Num Dia de Verão

A ligação do concelho de Cascais ao jazz remonta já às primeiras décadas do século XX, numa época em que este género musical atravessava a fronteira dos Estados Unidos da América e ganhava fervorosos adeptos por todo o mundo. Em 1971, Cascais foi palco do primeiro festival de jazz organizado em Portugal, por iniciativa de um dos seus mais empenhados divulgadores – Luís Villas-Boas. Por esse festival, que se realizou anualmente até 1988, passaram grandes ícones do jazz mundial e deram os primeiros passos alguns dos músicos nacionais que entretanto alcançaram também notoriedade no panorama jazzístico,

Orquestra de Bill Holman. Estoril Jazz. 9 de Julho de 1999.

Herdeiro do Cascais Jazz, o festival Jazz Num Dia de Verão nasceu em 1982, tendo passado a designar-se Estoril Jazz em 1990. Organizado pela empresa ProJazz do produtor musical Duarte Mendonça, o festival conta com o apoio da Câmara Municipal de Cascais e do Governo de Portugal.

O Estoril Jazz tem como principal objetivo a divulgação da música Jazz através de concertos ao vivo com músicos e grupos de primeiro plano da cena internacional, estando atento não só às novas tendências, mas também a formações musicais diversificadas: dos grupos - voz/trios/quintetos - às grandes orquestras, blues, Nova Orleães, entre outras.

Pelo alinhamento do Estoril Jazz têm passado nomes de relevo do jazz mundial como Charles Lloyd, Wayne Shorter, Dave Holland, Branford Marsalis, Orquestra de Count Basie, Diana Krall, Joshua Redman, entre muitos outros.

Em 2012, a 31ª edição do festival realiza-se de 11 a 20 de maio, com um cartaz que inclui atuações de Ambrose Akinmusire, Roberta Gambarini, Orquestra Jazz de Matosinhos, Scott Hamilton, Miguel Zenón e Stefon Harris.

Contactos:
Tel.: 214827862
E-mail: dm@projazz.pt
www.projazz.pt

Carta Arqueológica Subaquática de Cascais

Apesar de há longos anos existirem registos que comprovam a existência de dezenas de sítios arqueológicos e a ocorrência de perto de 300 naufrágios ao longo da costa de Cascais, as técnicas de georreferenciação hoje utilizadas permitem uma localização mais precisa do que os métodos usados há uns anos, sobretudo baseados em croquis que serviram de ponto de partida ao trabalho atual.

O projeto da Carta Arqueológica Subaquática de Cascais (ProCASC) teve início em 2005, na sequência da assinatura de um protocolo entre a Câmara Municipal de Cascais e o antigo Instituto Português de Arqueologia – Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática, atual Divisão de Arqueologia Náutica e Subaquática do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico.

Pioneiro em Portugal, este projeto desenvolve-se por fases e com uma perspetiva temporal de longo prazo. Essencialmente o ProCASC é um banco de dados, uma ferramenta de gestão do património subaquático, na qual são georreferenciados todos os sítios arqueológicos identificados e os materiais neles recolhidos, fruto de achados fortuitos, de missões de prospeção ou de acompanhamento arqueológico de obras de construção civil. A agregação dessa informação e o seu cruzamento com fontes orais e documentais permitirá, por exemplo, sistematizar e estabelecer medidas de proteção e valorização dos sítios arqueológicos identificados, bem como contribuir para o estudo da história do concelho.

Desde que se iniciou o projeto do ProCASC, foi possível relocalizar, entre a Guia e Carcavelos, grande da parte dos sítios conhecidos. Depois de prospeções realizadas em São Pedro e São João do Estoril, em 2008, e de uma missão de monitorização do clipper Thermopylae, em 2009, já em 2011, no âmbito de um protocolo entre a Câmara Municipal de Cascais e o Centro de História de Além-Mar com o apoio do IGESPAR, Câmara Municipal de Oeiras, Clube Naval de Cascais, Porto de Recreio de Oeiras e da escola de mergulho Exclusive Divers, uma equipa de 12 técnicos desenvolveu um trabalho de investigação sobre a zona de São Julião da Barra, ícone da arqueologia subaquática, onde estão identificados 28 sítios, decorrentes de naufrágios de navios (comerciais e de guerra) portugueses, espanhóis, ingleses e franceses, entre os séculos XVI e XX, incluindo os destroços da nau Nossa Senhora dos Mártires, que naufragou em São Julião da Barra em 1606. Sete meses de trabalho, em que apenas dois foram “debaixo de água” e os restantes reservados à recolha de toda a informação disponível sobre o sítio e respetivo espólio, e à sua confrontação com os dados obtidos após a campanha. Há ainda um grande volume de trabalho pela frente, não só em matéria de prospeção e sondagens de avaliação, que permitam revelar mais vestígios ocultos pelo assoreamento no mar de Cascais, mas também de estudo dos materiais que, sendo recolhidos em pontos de ocorrência de múltiplos naufrágios, podem facilmente originar erros ou imprecisões. 

Uma parte dos materiais recolhidos ao longo dos anos encontra-se em exposição na sala Cascais na Rota dos Naufrágios do Museu do Mar Rei D. Carlos, que constitui uma abordagem exploratória sobre os muitos “tesouros” da costa de Cascais que, pouco a pouco, ajudam a construir a história do comércio marítimo, pesca e navegação no nosso território.

Espaços Urbanos Históricos

Nos espaços urbanos históricos deve ser preservada e valorizada a imagem global construída, de forma a salvaguardar as suas características morfológicas (estrutura urbana, formas de agregação, tipologias, materiais e cores, ritmos e dimensão de vão).

No Plano Diretor Municipal de Cascais os centros históricos são protegidos através da sua inclusão no Catálogo-Inventário dos Espaços Urbanos Históricos (Categoria da Classe de Espaço Urbano – Carta de Ordenamento), que abrange atualmente 45 perímetros urbanos.


Neste processo tiveram-se em conta as peças arquitetónicas que se considera terem melhor contribuído para a identidade dos locais, vilas, aldeias ou lugares. Destaca-se a proposta de criação de Espaços Urbanos Históricos no Estoril (Estoril, Monte Estoril, Alto Estoril, São João do Estoril e São Pedro do Estoril) que estende a uma área importante a proteção de várias peças de arquitetura de veraneio e arquitetura modernista dos anos 30 e 40. Por outro lado, preserva a memória dos projetos turísticos do Monte Estoril, ainda do século XIX, e do Estoril de princípios de Novecentos, com o natural crescimento urbano.

O regime de usos privilegia a função residencial e as atividades preexistentes, sendo permitidas obras de restauro, alteração, ampliação, adaptação, conservação, reconstrução, construção e demolição (a título excecional).


A construção de novos edifícios fica sujeita à manutenção dos alinhamentos das fachadas sobre a via pública. São permitidas alterações e ampliações desde que, simultaneamente, sejam efetuadas obras de recuperação do edifício, garantindo a sua estabilidade e da envolvente e a segurança de todos os seus elementos. Estão protegidos e não podem ser alterados: fachadas, elementos estruturais ou decorativos de valor, coberturas e logradouros.


 

Elementos Singulares de Interesse Relevante

Os elementos singulares de interesse relevante revestem-se de caráter geralmente vernacular ou etnográfico e caracterizam-se pela sua grande dispersão no território, sendo uma parte integrante das paisagens culturais tanto rurais como urbanas, que contribui para a valorização dos espaços públicos.

Esta categoria patrimonial integra:


- monumentos ou elementos comemorativos
- esculturas
- pontes
- chafarizes e pontes
- depósitos, lavadouros, poços, tanques, aquedutos e minas de água
- painéis, placas e marcos
- cruzeiros
- eiras
- fornos
- muros
- portais e portões


Decorre ainda o processo de inventariação sistemática deste conjunto patrimonial que permitirá futuramente a aprovação do correspondente Catálogo-Inventário Municipal de Proteção e Valorização e consequente implementação de regulamentação específica.

Património Arqueológico

O município de Cascais é possuidor de um vasto e significativo património arqueológico, sendo também herdeiro de uma tradição secular de investigação, ímpar na história da arqueologia portuguesa.

Fiel depositário de um importante acervo de bens arqueológicos, o município inaugurou em 1942 um primeiro espaço expositivo dedicado à arqueologia no Museu Condes de Castro Guimarães. Este núcleo alberga o espólio das necrópoles pré-históricas de Alapraia, Poço Velho e São Pedro do Estoril. Nele se encontram peças de caráter excecional, como é o caso do par de sandálias votivas da Gruta II de Alapraia ou as taças campaniformes com pé de S. Pedro do Estoril, raras no âmbito dos contextos megalíticos europeus.

A par deste importante conjunto pré-histórico, a coleção integra um significativo número de peças de época romana e antiguidade tardia, proveniente de sítios como Casais Velhos, Alto do Cidreira ou Freiria. Saliente-se ainda o núcleo epigráfico, onde se encontram interessantes exemplares de época romana. Do conjunto de intervenções realizadas mais recentemente no concelho resulta um acervo que testemunha a longa ocupação humana do território cascalense desde épocas pré-históricas até ao momento presente. No que diz respeito às épocas medieval e moderna, destacam-se os espólios recolhidos no Convento de Nossa Senhora da Piedade (atual Centro Cultural de Cascais) e fortaleza de Nossa Senhora da Luz.

Salvaguarda do Património Arqueológico

Todos os vestígios arqueológicos são protegidos legalmente e não podem ser destruídos sem registo, sendo que qualquer afetação sobre estes carece de autorização do Ministério da Cultura e de acompanhamento especializado.


O património arqueológico e a intervenção que nele se efetua são regidos por legislação específica. Quando em 1997 foi publicado o Plano Diretor Municipal, este determinou que deviam ser protegidos os sítios constantes da Carta Arqueológica elaborada por Guilherme Cardoso em 1991, constituindo esta um anexo ao Plano.

Atualmente, a salvaguarda do património arqueológico depende da apreciação técnica efectuada em cada caso. A nível do licenciamento municipal, os projetos ou operações urbanísticas que incidam sobre locais ou zonas onde estão inventariados vestígios arqueológicos são submetidos a parecer específico do Departamento de Cultura/Divisão de Património e Museus.

Em áreas onde se presuma a existência de bens arqueológicos (por exemplo, nos Espaços Urbanos Históricos, em ZP ou ZEP de monumentos classificados ou em áreas de excecional concentração de vestígios arqueológicos) é obrigatória a execução de trabalhos prévios de prospeção, sondagem ou escavação, como condição ao licenciamento de qualquer obra, e, em função dos resultados obtidos na fase de diagnóstico, poderão ser definidas em sede de licenciamento medidas de salvaguarda adicionais.

Nos locais onde se conhece já a existência de contextos arqueológicos preservados, as obras são condicionadas à implementação prévia de trabalhos arqueológicos que permitam o registo dos contextos a afetar, aplicando o princípio legal da “preservação pelo registo”. Para estas áreas de potencial arqueológico reconhecido são recomendados usos preferencialmente relacionados com turismo, lazer, educação e cultura.

Para os sítios arqueológicos classificados e outros que se considerem especialmente relevantes a nível local, o Município obriga-se ao estabelecimento de servidão non aedificandi, sendo apenas permitidos usos concordantes com o exercício da investigação científica e da fruição patrimonial.

Paralelamente decorre também o Projeto da Carta Arqueológica Subaquática de Cascais, documento também associado ao Plano Diretor Municipal, cuja elaboração se encontra em curso.


 

Património Classificado

Cascais possui 36 Imóveis de Interesse Público e 13 Imóveis de Interesse Municipal.

A legislação geral consagra a classificação, além da inventariação, como a primeira forma de proteção do património cultural imóvel, distinguindo, em função do valor a classificar:


-  o âmbito nacional (Monumento Nacional e Imóvel de Interesse Público)


- o âmbito local (Imóvel de Interesse Municipal), este último da competência dos Municípios.


Aos imóveis classificados, imóveis em vias de classificação e às respetivas zonas de proteção (ZP) e zonas especiais de proteção (ZEP) corresponde uma servidão administrativa de proteção. Nestes imóveis e áreas, qualquer projeto ou operação urbanística carece de aprovação prévia do Ministério da Cultura.

A nível do licenciamento municipal, em Cascais, os projetos ou operações urbanísticas são submetidos a parecer específico do Departamento de Cultura/Divisão de Património e Museus. O Decreto-Lei n.º 140/2009, de 15 de Junho (que regulamenta as intervenções sobre bens classificados) determina que estes estudos, projetos e obras devem obedecer aos princípios da prevenção (garantindo a apreciação prévia), planeamento (assegurando programação prévia e qualificada), graduabilidade (adequando valor/exigência técnica), acompanhamento e informação (promovendo a divulgação para fins histórico-documentais, de investigação e estatísticos).

Para que este regime legal recaísse sobre o património imóvel mais relevante localizado em Cascais, o Município desenvolveu uma política concertada de classificação, junto da tutela e a nível interno. Assim, dos 49 imóveis classificados (36 Imóveis de Interesse Público e 13 Imóveis de Interesse Municipal), 30 foram classificados entre 1990 e a presente data.

Encontram-se em vias de classificação nas duas categorias, com processos iniciados no mesmo período, mais 19 imóveis.


 

Carnaval em Cascais | Programação diversificada para vários gostos

Não sendo uma vila com grandes tradições carnavalescas, Cascais festeja o Entrudo de forma muito animada nas localidades de Janes e Malveira e também no Alvide. Há bailes de máscaras, gigantones e cabeçudos e até uma recriação livre da peça do compositor Tchaikovsky – “O La(r)go dos Cisnes”… No século XX, o Carnaval era festejado de forma mais organizada com desfiles de rua, que tiveram o seu apogeu nos anos sessenta, nos “Carnavais dos Estoris”. Contavam com a presença frequente de estrelas de cinema convidadas, e os contributos de artistas plásticos nas decorações dos carros e nos cartazes. Nos finais do século XX a festa foi perdendo esplendor, mas as celebrações do Entrudo continuam a fazer-se como antigamente, num formato mais popular, na Malveira e em Janes, com corsos carnavalescos. Estas duas localidades da freguesia de Alcabideche, separadas por uma rua, organizam individualmente e em despique, há mais de 30 anos, os seus próprios festejos. E este ano não é exceção (ver programação). Na freguesia de Cascais, um grupo de amigos – Os Trapalhões de Alvide – também se organizam para celebrar estes quatro dias. O grupo de Carlos Antunes, mais conhecido como o “Brasileiro”, e de José Cruz ou “Zé Polícia”, com a ajuda de amigos e familiares, fazem, há 37 anos, as delícias dos foliões do Carnaval, com diversas paródias pelas ruas da localidade e arredores. (ver programação). Para os mais novos, os equipamentos culturais de Cascais promovem atividades que passam pela conceção de máscaras de Carnaval, a partir de materiais de desperdício, criação de caretos, cabeçudos ou gigantões, concurso de máscaras para crianças (na Biblioteca Municipal). Festeja-se também o carnaval com atuações musicais alusivas à quadra, e uma programação especial, com Áurea, no Casino Estoril. (ver programação). Para os adeptos do desporto, em especial da corrida, realiza-se dia 19 de fevereiro, domingo de Carnaval, os 20 km de Cascais e a Rapidinha de 5 Km. Todos os anos reúnem milhares de atletas, entre federados e amadores, que se concentram na emblemática Baía de Cascais (ver cortes de trânsito). As inscrições para estas duas provas decorrem até 15 de fevereiro, através do site www.xistarca.pt. PROGRAMAÇÃO - EVENTOS DE CARNAVAL EM CASCAIS SOCIEDADE DE INSTRUÇÃO E RECREIO DE JANES E MALVEIRA Sexta- feira, dia 17 - MPV / Discoteca Sábado, dia 18, 22h00 - Baile / Concurso “samba no cancelo” Domingo, dia 19, 22h00 - Corso (15h00) / Matiné / Baile final “Samba no Cancelo” Segunda, dia 20, 22h00 – Baile misses Terça, dia 21, 15h00 – Corso carnavalesco / Matiné SOCIEDADE FAMILIAR RECREATIVA MALVEIRA DA SERRA Sábado, dia 11, 22h00 - Festa temática " Festa do Esferovite " com Bar e Dj,s Sábado, dia 18, 22h00 - Baile do Tarrabuça (fatos do ano anterior e aniversário dos "Tarrabuças") Domingo, dia 19 - Corso (15h00) / Matiné com concurso de danças dos grupos, Baile das "Artes" (22h00) Segunda, dia 20, 22h00 - Baile do " Terror " Terça, dia 21 - Corso (15h00) / Matiné com concurso de danças dos grupos, Baile das "Artes" (18h00) Quarta, dia 22, 20h30 - Enterro do Bacalhau, na Coletividade LARGO DE ALVIDE O Largo dos Cisnes Domingo, dia 19 e 3ª feira, dia 21 às 15h00 Corso e animação de Carnaval nas ruas e Largo de Alvide. CASINO ESTORIL Segunda, dia 20, 23h00 - Aurea no Lounge D CASA DAS HISTÓRIAS PAULA REGO A minha fantasia é a minha história … Sábado (18) e domingo (19) das 11h às 12h30 Nas encenações de Paula Rego os adereços expressam uma linguagem própria e são tão importantes quanto as figuras que povoam os seus quadros: não só ajudam na construção da cena como transportam consigo as suas próprias histórias. Neste Carnaval poderás vestir a pele do modelo, do ator, do figurinista, do alfaiate, do pintor ou do escultor… e, quando as cortinas se abrirem, que história contará a tua fantasia? MUSEU DO MAR REI D. CARLOS Carnaval marinho 14 de fevereiro (3ª feira) e 16 de fevereiro (5ª feira) das 10h às 12h e das 14h às 16h00 Pré-escolar ao 2º ciclo do ensino básico | Gratuito. Inscrições de 2ª a 6ª feira das 10h às 17h00: 214815955. ---- Conceção de mascaras de máscaras de carnaval a partir de materiais de desperdício, onde a criatividade, imaginação e habitantes marinhos se encontram. MOINHO DE ARMAÇÃO TIPO AMERICANO Dia de Máscaras 17 de fevereiro (6ª feira) e 18 de fevereiro (sábado) das 10h às 13h e das 14h às 16h30 Depois de uma vista à exposição permanente do moinho e de uma oficina do ciclo do pão, as crianças irão elaborar máscaras de Carnaval com a massa cozida no forno a lenha e decorá-las ao seu gosto. Inscrições até uma semana antes das 9h às 13h e das 14h às 17h: 214815942 ou moinho.armacao@cm-cascais.pt MUSEU DA MÚSICA PORTUGUESA - CASA VERDADES DE FARIA Gigantones, cabeçudos e caretos 18 de fevereiro (sábado) às 15h00 Recriação do Carnaval segundo a tradição portuguesa, através de um ateliê de criação de caretos, cabeçudos ou gigantões, com direito a desfile no final! Inscrições: 214815904/51. http://mmp.cm-cascais.pt CENTRO CULTURAL DE CASCAIS Concerto de Carnaval |Coro de Câmara de Cascais 18 de Fevereiro (sábado) às 18h00 Gratuito | Levantamento de bilhete a partir das 17h. Informações de 2ª a 6ª feira das 10h às 13h e das 14h às 17h: 214815343. BIBLIOTECA MUNICIPAL DE CASCAIS - INFANTIL E JUVENIL No reino da fantasia | Desfile de máscaras 3ª feira, 21, das 15h às 16h00 Procura-se um rei e uma rainha para o Carnaval dos contos maravilhosos. Aceitam-se apenas as candidaturas de princesas dorminhocas, dragões constipados, bruxas desdentadas, fadas traquinas e de príncipes desencantados que não estejam disfarçados, neste dia, de menino ou de menina. Inscrições de 2ª feira a sábado das 9h30 às 17h30: 214815326/7 ou bij@cm-cascais.pt CASCAIS | Corte de trânsito entre a Baía e outros locais “20 Km de Cascais | Rapidinha de 5 Km” Domingo, dia 19 de fevereiro 08h30 - 14h00 | Passeio D. Luís e Av.ª D. Carlos I [Baía de Cascais]; 09h30 - 11h00 | Av.ª 25 de Abril e Alameda Combatentes da Grande Guerra; 09h30 - 12h30 | Av.ª da República, Estrada do Guincho [E. N. 247], desde o cruzamento com a Rua da Torre até à reta entre o Farol do Cabo Raso e o Restaurante João Padeiro.

Inventário do Património

No âmbito da revisão do Regulamento do Plano Diretor Municipal, decorre desde 2002, no Departamento de Cultura, o processo de levantamento e inventariação do património arquitetónico do Município de Cascais que visa, a exemplo da carta arqueológica, dotar o concelho de um Catálogo-Inventário Municipal de Proteção e Valorização do Património Arquitetónico devidamente atualizado.

Os critérios de seleção dos imóveis a integrar no Catálogo-Inventário procuraram ter em conta, entre outros fatores de ordem técnica, a relevância dos mesmos na identidade dos locais, vilas, aldeias ou lugares do concelho, bem como o estado de conservação dos imóveis e a sua recuperação/adaptabilidade futura. A grande maioria dos imóveis encontra-se razoavelmente conservada, no entanto foram incluídas algumas casas de arquitetura popular, nomeadamente casas saloias torreadas localizadas no interior do concelho, que se encontram mais degradadas (embora ainda recuperáveis), mas que representam exemplares únicos de um importante período da história do concelho.

De acordo com o Regulamento do Plano Diretor Municipal, foram previstos dois níveis de proteção para os bens inscritos no Catálogo-Inventário: o Nível 1, “que protege os edifícios na sua totalidade, preservando as suas características arquitetónicas, forma e ocupação do espaço e todos os elementos que contribuem para o singularizar como membro integrante do património arquitetónico”, no qual foram contemplados 237 imóveis; e o Nível 2, “que protege as características do edifício definidoras da sua presença na envolvente, preservando os elementos arquitetónicos que definem a sua forma de articulação com o exterior”, no qual foram abrangidos 928 imóveis.

A caracterização destes imóveis consta da base de dados do património municipal – In Patrimonium, tendo sido criada uma “ficha de caracterização” para cada imóvel, na qual constam as suas principais características. Esta informação será brevemente disponibilizada na plataforma SIGWEB da Câmara Municipal de Cascais, permitindo a todos os cidadãos um conhecimento mais amplo do património arquitetónico municipal.


 


(Na foto: Fonte dos Ingleses -Poço e cisterna, em Carcavelos)

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