A próxima edição do maior evento tenístico nacional e o único torneio disputado em Portugal que faz parte do ATP Tour, vai já acontecer entre 1 e 9 de abril, no Clube de Ténis do Estoril. este ano o calendário do Millennium Estoril Open foi antecipado e vai abrir a temporada de terra batida na Europa. 

Como já é habitual, esperam-se no Estoril alguns dos maiores nomes do ténis mundial, sendo esta uma oportunidade única para os amantes da "bola amarela" verem ao vivo partidas do mais alto nivel. Para já estão confirmados nomes de topo do ranking ATP, mas os jogadores que vestem as cores nacionais, desde os consagrados aos mais promissores, também vão estar presentes para gáudio dos fãs portugueses.

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#estatudoemjogo 

Se há momento em que a comunicação não pode falhar é em situação de emergência. Esta manhã foram entregues 15 rádios portáteis e dois rádios de central às corporações de Bombeiros de Cascais e de Alcabideche. Um reforço municipal da rede de comunicações de emergência para trazer “luz” às zonas de sombra da rede SIRESP, situadas sobretudo na zona costeira, sobretudo na zona do Guincho, e do Parque Natural Sintra-Cascais.

Em complementaridade, foi ainda instalada pela Câmara Municipal de Cascais uma antena no quartel dos Bombeiros de Alcabideche, a qual vem reforçar a cobertura de rede de comunicações de emergência facilitando a comunicação entre as corporações de bombeiros e entre estes o Serviço Municipal de Proteção Civil.

De facto, “A rede municipal de comunicações SICOMEC para situações de emergência, apresenta melhores níveis de cobertura e de capacidade de resposta que a rede SIRESP, nas zonas identificadas”, explicou Rui Ângelo, diretor dos serviços municipais de Proteção Civil.

Os Corpos de Bombeiros em estreita coordenação com o Serviço Municipal de Proteção Civil de Cascais, prestam suporte logístico e técnico nas várias operações de proteção civil que diariamente ocorrem no concelho de Cascais. Nesse sentido, este “é um equipamento que ligado a tecnologia avançada vão dar um substancial incremento às comunicações de emergência que vamos utilizar praticamente todos os dias”, referiu José Palha, Comandante da Corporação de Bombeiros de Alcabideche, referindo-se aos rádios portáteis hoje disponibilizados. Neste reforço das comunicações de emergência, a Câmara Municipal de Cascais, investiu cerca de 11.500 euros. 

“A aquisição destes rádios portáteis é uma mais valia já que tem uma rede mais ampliada, o que vem melhorar muito a nossa qualidade de trabalho”, destacou Ana Cristina Santos, Comandante dos Bombeiros Voluntários de Cascais.

Cascais vê, assim, aumentada “a resiliência das comunicações de emergência nas zonas identificadas, promovendo deste modo a eficácia e eficiência das operações de socorro, bem como a interoperabilidade entre os Corpos de Bombeiros e o Serviço Municipal de Proteção Civil no concelho de Cascais”, concluiu Rui Ângelo.

“Homens como o Padre Miguel nunca desaparecem.” Foi desta forma sentida que o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, prestou homenagem ao fundador da Associação Juventude Salesiana, neste domingo, dia 5 de março. No ano em que completaria 100 anos de idade se fosse vivo (Pe. Miguel faleceu em 2010, aos 86 anos de idade) realizou-se o Torneio do Centenário do Nascimento do Padre Miguel Barros, em hóquei em patins. A competição decorreu entre os dias 3 e 5 de março, no pavilhão dos Salesianos do Estoril, e reuniu equipas de vários escalões, vindas de diversas localidades portuguesas.

“Também eu já fui jogador de hóquei em patins, aqui na Salesiana. Foi neste ringue que aprendi os valores de jogar em equipa, do esforço, da dedicação e do sacrifício. Por isso, é com grande entusiasmo que este ano pretendemos, juntamente com a Juventude Salesiana e a Escola Salesiana, evocar a memória do Padre Miguel”, referiu Carlos Carreiras. “Deste mesmo ringue saíram grandes campeões de hóquei. A todos os jovens aqui presentes hoje digo, que se não chegarem a ser campeões no hóquei, há uma certeza que têm: através do hóquei e da prática desportiva, ficam mais preparados para ser campeões na vida”, concluiu o autarca cascalense.

De referir, que este foi um torneio de hóquei disputado num ambiente de grande desportivismo, o que teria deixado certamente orgulhoso o Padre Miguel.

Sobre o Padre Miguel Barros
Nascido na Ericeira em 1923, o Padre Miguel Barros rapidamente se guiou dentro dos caminhos de um seminário. Depois de começar no colégio Salesiano das Oficinas de S. José em Lisboa, estuda filosofia e teologia já nos Salesianos do Estoril, começando a dar aulas no início dos anos 40. Nesta altura, descobre a modalidade de hóquei em patins, incentivado por um grupo de alunos que iniciam a prática deste desporto, ainda que de uma forma rudimentar. Em 1952, aceita um convite para abrir uma missão num colégio Salesiano em Moçambique, e fica ainda mais motivado, pela notícia da existência de um ringue para a prática desta modalidade na zona.

Em 1957, regressado de Moçambique, dá um novo fôlego ao hóquei em patins nos Salesianos do Estoril e os seus jogadores começam a ser cobiçados pelas grandes equipas nacionais. É então que o Padre Miguel decide fundar a Associação Juventude Salesiana, clube que nasce no dia 20 de março de 1961. A partir de 1963, o clube começa a destacar-se a nível regional e nacional, obtendo grandes vitórias nos campeonatos de juvenis, juniores e seniores, conquistas que se estenderam pelas décadas de 60 e 70. Esses feitos deram grande renome ao clube e ao seu fundador e treinador, Padre Miguel. Ao longo da sua história, a Juventude Salesiana forneceu vários hoquistas às Seleções Nacionais, como os lendários Chana, Leste, Sobrinho, José Virgílio ou Filipe Gaidão, que contribuíram para grandes conquistas internacionais.

“A formação dos atletas neste clube, sempre se fez dentro dos princípios católicos e cristãos. Sempre se basearam os objetivos na camaradagem e na amizade. Não se trata de um clube para a «luta» e com um único princípio de vitória e campeonismo. Nós sabemos ganhar e sabemos perder. Construímos jovens pela formação, pela educação e pelo desporto como um todo” referiu, numa entrevista, o Padre Miguel Barros.

CMC | DG | PR | LB

A caminhada solidária pelas doenças raras “Walk for Rare” voltou, este ano, a juntar centenas de pessoas em Cascais. O percurso, feito a pé entre a Baía de Cascais e a Boca do Inferno, pretendeu consciencializar a sociedade sobre as doenças raras e incentivar investigadores e governantes a entender as necessidades daqueles que vivem com estas patologias.

“É muito importante perceber as dificuldades que existem na vida das crianças, dos jovens e das famílias. Esta caminhada serve exatamente para isso, para sensibilizar e dar voz àqueles que muitas vezes não têm voz”, referiu Isabel Cavaca, representante da associação sem fins lucrativos Addapters.org.

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CMC | DG | PR | PS

Nem o frio desta noite de sexta-feira que se fazia sentir nos Jardins do Casino Estoril, impediu os amantes do automobilismo, em especial dos Ralis, de assistir ao arranque de mais uma edição da mítica prova Rallye das Camélias. Entre as bólides estava um carro muito especial, com um “volante solidário”. Trata-se de um projeto de iniciativa do Grupo Desportivo Malveira da Serra e do piloto e sócio Paulo Cruz.

A ideia que mereceu o apoio de várias instituições, designadamente da Câmara Municipal de Cascais e da Junta de Freguesia de Alcabideche, é a doação de 10 euros por cada quilómetro percorrido nas duas etapas do Rallye das Camélias. A instituição que irá beneficiar desta ação é o CRID – Centro de Reabilitação e Integração de Deficientes, pelo seu relevante papel no concelho.

Mas, o projeto “volante solidário” não se vai ficar pelo Rallye das Camélias, como nos afirmou Paulo Cruz, uns minutos antes de se sentar ao volante do Mitsubishi EVO X para o arranque da classificativa noturna. A etapa mais emblemática da prova, num percurso que parte dos Jardins do Casino, segue em direção à Penha Longa, até à Lagoa Azul – Peninha e volta ao sítio da partida.

“Queremos levar o Volante Solidário ao Campeonato Regional Sul. São sete provas e sete instituições que vamos apoiar”, referiu Paulo Cruz, acrescentando que “É um sonho com muitos anos e queremos levar o nosso município e o nome de Cascais mais longe”.

O piloto explica-nos como vai funcionar este projeto solidário ligado ao desporto automóvel: “Dentro do orçamento do projeto existe um valor atribuído para apoio das instituições do concelho.  Cada rali tem um número determinado de quilómetros e por cada quilómetro ao cronómetro que a equipa consiga completar, são doados 10 euros”. No caso do Rallye das Camélias que tem 87 km, caso o carro de Cascais consiga completar o percurso, serão doados 870 euros ao CRID.

“Esta foi uma iniciativa inédita apresentada à Junta de Freguesia de Alcabideche e achámos uma excelente ideia e desde a primeira hora que aceitámos o desafio e entrámos também nesta parceria e indicámos a instituição beneficiária de acordo com a relevância que tenha na freguesia”, adiantou José Filipe Ribeiro, presidente da Junta de Freguesia de Alcabideche.

O Rallye das Camélias este ano tem a novidade de ter duas etapas, em dois dias. Amanhã sábado, a segunda etapa tem início marcado para as 9h00, também nos Jardins do Casino e percorrerá três concelhos: Cascais, Sintra e Mafra.

Saiba mais sobre esta edição do Rallye das Camélias aqui.

Neste inverno em que as temperaturas baixas se continuam a fazer sentir, Cascais, em parceria com a Galp, entregou, nesta sexta-feira, 80 aquecedores a idosos do concelho que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

Leia tudo AQUI.

CMC | SJ | AL | MC | NH | PS | LB

O tenista norte-americano Sebastian Korda, número 26 do "ranking" mundial, vai estar no Estoril Open 2023, anunciou a organização do único torneio português do circuito ATP.

“É com prazer que anuncio o meu regresso. A experiência do ano passado foi excelente, joguei sempre diante de um público fantástico e Estoril/Cascais é incrível. Espero que este ano consiga ganhar mais dois encontros para sair com o título do Millennium Estoril Open!”, disse Korda, citado em comunicado da organização.

Filho do antigo campeão do Open da Austrália e número dois mundial Petr Korda, o jovem tenista Sebastian, de 22 anos, irá tentar chegar mais longe no Estoril este ano, ele que foi semifinalista em 2022. Atualmente, é o mais novo dos quatro representantes americanos no top 30 e assinou um início de temporada extremamente positivo, com oito vitórias nos 10 encontros já realizados.

“Sempre foi nossa política investir nas jovens promessas e mostrar ao público nacional os campeões do amanhã. Sebastian Korda já é mais do que uma jovem promessa: no ano passado, impressionou pela sua classe e chegou mesmo a dispor de match-points nas meias-finais com Frances Tiafoe; este ano, já mostrou estar noutro patamar da sua carreira ao ter match-points para derrotar Novak Djokovic na final de Adelaide e estreando-se nos quartos-de-final de um torneio do Grand Slam rubricando excelentes exibições em Melbourne Park”, referiu João Zilhão. O diretor do Estoril Open destacou ainda que “o posicionamento do Millennium Estoril Open no calendário do ATP Tour de 2023 coloca-nos na mesma semana do torneio de Houston, que naturalmente atrai os melhores jogadores americanos. Mas o Sebastian Korda gostou tanto de estar connosco e de Cascais que escolheu regressar à Costa do Estoril”.

Esta é mais uma confirmação de peso para o torneio português, após os anúncios da atribuição de um wild card ao tenista nacional João Sousa, e da participação do atual vice-campeão de Roland Garros e do US Open, Casper Ruud, atual número quatro do “ranking” mundial.

A oitava edição do Millennium Estoril Open será oficialmente apresentada na próxima terça-feira, dia 7 de março.

CMC | DG

Realiza-se este fim de semana o Rallye das Camélias, uma prova que completa, este ano, 43 anos desde o início da sua realização.

Depois de quatro edições, o Rallye das Camélias introduz algumas inovações este ano, para tornar o espetáculo ainda mais emocionante, tanto para pilotos como para o público mais entusiasta. Para além de um novo percurso (ver abaixo), as provas vão disputar-se em dois dias. As classificativas serão mais desafiantes, com um desenho mais competitivo e com mais 17 km que no ano passado. Os amantes das Camélias vão também ser surpreendidos com máquinas de outros tempos, com a introdução da categoria "Legends" que acrescentam mais charme ao espetáculo.  

A primeira etapa da mítica prova é já esta Sexta-feira, dia 3 de março e reedita a classificativa noturna; tem início nos Jardins do Casino do Estoril e segue em direção à Penha Longa. A primeira prova especial de classificação (PEC) - Lagoa Azul - Peninha tem início às 20h28. A segunda PEC repete a passagem pelo mesmo troço e tem início previsto para as 22H13. Os carros entram em parque fechado (Jardins do Casino do Estoril) a partir das 23H50.

A segunda etapa tem início nos Jardins do Casino do Estoril com a partida para a segunda secção Estoril - Mafra às 9H00.

A terceira e última secção, Mafra- Sintra tem partida junto ao Palácio Nacional de Mafra às 13H49 e chegada prevista ao mesmo local para as 18H21.

(Ver horários em baixo)

Um pouco de história..

O Rallye das Camélias foi uma das provas mais carismáticas do calendário do campeonato nacional de Ralis. Realizada sempre em asfalto nas estradas do parque natural de Sintra-Cascais, a prova tinha início junto ao Autódromo do Estoril, ia até à Ericeira e voltava. Com classificativas diurnas e noturnas, o Rali das Camélias servia, para os pilotos portugueses, de antecâmara para as classificativas de Sintra do Rali de Portugal.

O acidente de Joaquim Santos no Rallye de Portugal de 1986, onde o Ford RS200 da Diabolique Motorsports se despistou na classificativa da Lagoa Azul, provocando a morte a três elementos do público e mais de três dezenas de feridos, marcou o início do fim das classificativas de Sintra e, por consequência, do Rallye das Camélias que em 1991 viu realizar-se a sua última edição. A dupla que venceu esta emblemática prova pela última vez foi a do Ford Sierra RS Cosworth da Rodamsport, com José Miguel ao volante e Luís Lisboa como navegador.

Em 2018, por iniciativa do Clube de Motorismo de Setúbal e com o apoio das Câmaras de Cascais, Sintra e Mafra, o Rallye das Camélias voltou ao calendário do Campeonato Nacional de Ralis, reeditando as históricas Camélias.

Mais informação aqui 

Horário
Sexta-feira, 3 de março
PEC1 Lagoa Azul / Peninha 1 11.48 km 20:23
PEC2 Lagoa Azul / Peninha 2 11.48 km 22:08
Assistência – Autódromo do Estoril – 45 Min 22:48

Sábado, 4 de março
PEC3 Sintra – Pé da Serra 10.10 km 09:51
PEC4 Tapada de Mafra 13.03 km 11:04
Assistência – Mafra – 30 Min 13:50
PEC5 Mafra 1 10.36 km 14:52
PEC6 Sobral da Abelheira 1 10.22 km 15:25
PEC7 Mafra 2 10.36 km 17:13
PEC8 Sobral da Abelheira 2 10.22 km 17:46

Câmara apoia Rede de Acolhimento ao Migrante em Cascais e aprova processo de participação pública no âmbito do Plano Estratégico de Prevenção e Combate à Violência Doméstica.

Executivo Municipal decide apoio financeiro para a Casa do Brasil de Lisboa, à Associação Diáspora Sem Fronteiras, e ao Centro Cultural Moldavo, no âmbito da Rede de Acolhimento ao Migrante em Cascais e a aprovação do processo de participação e de submissão do Plano Estratégico de Prevenção e combate à Violência Doméstica para a Assembleia Municipal.

Nesta terça-feira, decorreu no Centro Cultural de Cascais a 5ª Reunião ordinária do Executivo Municipal, onde Solidariedade Social, Coesão e Desenvolvimento Social  estiveram em destaque.

Cascais é o terceiro território com a maior densidade populacional Migratória da Área Metropolitana de Lisboa

Foi votada, favoravelmente, o apoio financeiro, à Casa do Brasil de Lisboa, à Associação Diáspora Sem Fronteiras, e ao Centro Cultural Moldavo, no âmbito da Rede de Acolhimento ao Migrante em Cascais, no valor total de 24200 €.

O Município de Cascais é o terceiro território com a maior densidade populacional Migratória da área Metropolitana de Lisboa, com um registo de 34 097 cidadãos oriundos de 139 países, fazendo com que haja um grande reconhecimento público das boas práticas e políticas em virtude da vasta experiência no acolhimento e integração dos cidadãos migrantes.

As cinco entidades distribuem-se pelos vários Centros de Atendimento Integrado Vida Cascais (CIVC) e Lojas Cascais existentes, nomeadamente, a Cáritas Diocesana de Lisboa integrou o CIVC de Alcabideche e a Loja de Tires, a Casa do Brasil de Lisboa manteve o atendimento na Loja Cascais, o Centro Cultural Moldavo integrou o CIVC de Alcabideche e manteve o atendimento na Loja Cascais e a Diáspora Sem Fronteiras integrou o CIVC de Cascais. Estima-se alargar o atendimento integrado para o CIVC da Parede assim que estiver em funcionamento.

Desta forma, o atendimento ao migrante em Cascais passa a estar associado ao atendimento integrado dos CIVC e a beneficiar da proximidade com outros serviços, tais como: Academia da saúde, Apoio à vítima de crime, Apoio jurídico, Atendimento e acompanhamento social, Enfermagem, Gabinete de apoio ao emigrante, Habitação, Mediação familiar, Medicina geral e familiar, Nutrição, Pedopsiquiatria, Posto de teleconsulta, Psicologia e Saúde oral.

Fórum recordar faz 20 anos

Foi aprovada, por unanimidade, o processo de participação pública no âmbito do Plano Estratégico de Prevenção e Combate à Violência Doméstica 2023 - 2025 do Fórum Municipal Contra a Violência Doméstica.

O Município de Cascais, no final da década de 90, iniciou a sua intervenção na promoção da Igualdade de género, tendo a problemática da violência doméstica começado a ser abordada enquanto causa e consequência da desigualdade de género e enquanto crime com graves consequências para as vítimas.

Apesar de, durante muitos anos, a violência doméstica ter estado remetida para a esfera privada da vida familiar, tem vindo a ganhar uma maior visibilidade enquanto crime público e enquanto fenómeno social que viola os direitos humanos e põe em causa o bem-estar dos agregados familiares, a autoestima das vítimas e o desenvolvimento das crianças, com impactos significativos na comunidade.

O Vereador, Frederico Pinho de Almeida, partilhou a relevância do ponto, referindo que neste momento não se está “a aprovar o Plano Estratégico de Prevenção e Combate à Violência Doméstica 2023 - 2025”, mas sim “a aprovar um processo de participação e de submissão do mesmo para a Assembleia Municipal”.

Acrescentando que apesar de não ser um requisito legal “fizemos questão de junto a este Plano Estratégico colocar a avaliação do Plano de 2020 - 2021”, um plano “que teve uma taxa de execução de 87%, mesmo tendo sido implementado em anos de pandemia”.

O Vereador, Frederico Pinho de Almeida deixa o apelo “para haver maior participação das forças políticas e de toda a comunidade”, e aproveitou a discussão do ponto para felicitar e agradecer às 43 entidades que fazem parte do Fórum. 

Recordar que têm implementado um conjunto de práticas em Cascais no apoio às vítimas. Como, por exemplo, apoios psicológicos, jurídicos e uma casa de transição. “É uma fortíssima aposta na sensibilização dos jovens, nomeadamente na violência no namoro e intervenção junto dos agressores através do programa contigo com uma taxa de não reincidência em termos de violência de 92% desses mesmos agressores. São alguns exemplos de medidas deste Fórum.”

O Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, deixa o convite para todos estarem presentes “no próximo dia 7 de março, às 15 horas, no Parque Marechal Carmona, junto à escultura mais conhecida como pé, porque irá ser colocada uma placa para a sensibilização e combate a este flagelo social que também temos na nossa sociedade, por proposta de uma ativista que teve a trabalhar com a Vereadora, Carla Semedo.”

Doações de roupa e outros bens

No final da reunião o Presidente da Câmara Municipal de Cascais deu conta das doações de roupa e outros bens entregues às instituições das quatro freguesias do concelho, no âmbito da campanha de Apoio - SOS Ucrânia, assente numa estratégia com três pilares: acolhimento humano e digno, integração e autonomização destas famílias.
Desta campanha resultou uma doação de bens variados que permitiu responder às necessidades mais urgentes, e ainda à ajuda humanitária à Ucrânia, sendo que culminou numa larga escala de excedentes que carecem do devido encaminhamento, para dar resposta a pessoas em situação de vulnerabilidade acompanhadas pelas instituições sociais do município, não acarretando nenhum custo para a autarquia.

Direção Municipal de Apoio à Gestão, Plano e Orçamento, Gestão Patrimonial, Contratação Pública, Expropriações, Recursos Humanos, Gestão Territorial, Gestão Urbanística, Atividades Económicas, Juventude, Educação, Desporto e Reabilitação Urbana foram outros dos temas setoriais discutidos na reunião ordinária.

Esta tarde de quinta-feira, 2 de março, o Museu do Mar Rei D. Carlos foi palco da apresentação dos resultados da campanha de 2022 da Carta Arqueológica Subaquática do Litoral de Cascais. Uma das descobertas apresentadas foi o navio descoberto na foz do Tejo que transportaria armas para as tropas que lutavam contra Napoleão. Os destroços foram localizados este verão pela equipa de arqueólogos da Câmara Municipal de Cascais. Entre eles há caixas com balas de canhão e várias peças de artilharia em bronze e ferro. Uma dessas peças, uma "boca-de-fogo" com o monograma de Jorge III, rei de Inglaterra, foi resgatada e está a ser alvo de restauro e estudo.

Antes da conferência, foi assinado um protocolo de colaboração de Cascais com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera - IPMA que vem “selar” uma parceria  existente há décadas com o Município. Este protocolo entre o Município de Cascais e o IPMA, vem reforçar a colaboração técnica e científica tendo em vista fomentar a transferência de conhecimento e a definição dos objetivos de investigação de interesse mútuo; Assim como, a articulação das atividades desenvolvidas, nomeadamente dando conhecimento de campanhas marinhas e projetos científicos a realizar na área de jurisdição do Município de Cascais, com vista à otimização de recursos técnicos e científicos.

Esta é uma colaboração que vem de há décadas, visando o desenvolvimento de projetos de investigação e desenvolvimento na área do património natural e arqueológico. " A comunidade que é agora o IPMA sempre trabalhou de uma forma muito estreita com o Município de Cascais porque a Câmara Municipal de Cascais tem uma enorme tradição de interesse pelo oceano", sublinhou Jorge Miguel Miranda, presidente do IPMA, acrescentando que essa colaboração abrange as mais variadas áreas desde a metereologia, aos tsunamis e, agora, à Arqueologia Subaquática e ao clima. "Estamos agora a escrever no papel aquilo que já estamos a fazer e o que vamos continuar a fazer", concluiu o presidente do IPMA. 

Por outro lado, Joana Balsemão, vereadora da Câmara Municipal de Cascais, com o pelouro do Ambiente, referiu a importância da colaboração com as academias do saber como o Instituto Português do Mar e da Atmosfera: "Não é possível fazer politicas públicas saudáveis sem a colaboração do conhecimento científico rigoroso. Esta parceria com o IPMA simboliza, precisamente, isso. Com um parceiro como o IPMA  vamos poder estudar um pouco de tudo o que tem a ver com o nosso mar", 

O mar como recurso imprescindível para criar riqueza, promover o desenvolvimento sustentável e a adaptação às alterações climáticas, tem estado no centro das políticas municipais. Prova disso é a existência de uma unidade dedicada a desenvolver a Estratégia Municipal para o Mar. Este serviço municipal tem, assim, a competência de facilitar e promover a articulação entre as entidades da administração central e local em matérias de ordenamento e de gestão das zonas marítimas adjacentes ao território do Concelho de Cascais. Para tal, foi também criado o Conselho Municipal do Mar que promove a participação da sociedade civil e entidades locais nos processos de decisão relacionadas com este recurso natural.

Os desafios levantados por uma Estratégia de Desenvolvimento Sustentável levam incondicionalmente a uma Gestão Integrada das Zonas Costeiras e dos Oceanos, dos seus recursos e atividades, com vista ao crescimento económico, à proteção ambiental e à coesão social. Com cerca de 32 km de orla costeira, Cascais detém uma riqueza paisagística e ecológica particular. O turismo e as atividades marítimas têm relevância histórica e, em alguns setores, apresentam um elevado potencial de desenvolvimento devido às infra-estruturas existentes que propiciam a ocorrência de eventos náuticos internacionais. A acrescer, a identidade local associada à atividade de pesca ainda é significativa e persiste, apesar dos problemas associados à modernização e adaptação do setor às Políticas Europeias.

Apresentação dos resultados da Carta Arqueológica Subaquática do Litoral de Cascais | 2022

Esta quinta-feira, foram também apresentados os trabalhos realizados em 2022, no âmbito da Carta Arqueológica de Cascais. O Município continua, assim, a desenvolver uma política de defesa e divulgação do Património Histórico e Cultural. Neste sentido, o estudo e a inventariação do Património Arqueológico Subaquático constituem tarefas fundamentais para a criação de um repositório de informação científica, de grande relevância para a gestão desta herança coletiva.

Na campanha de 2022, prosseguiu-se com o projeto de estudar, descobrir e monotorizar os sítios de naufrágios modernos da Barra do Tejo, designadamente entre os séculos XV e XIX. Foi na denominada zona da Parede 1 que a equipa multidisciplinar da Câmara Municipal de Cascais descobriu aquilo que se julga ser um navio de transporte de armas para a resistência às invasões napoleónicas. 

"A partir destes naufrágios no litoral de Cascais, é possível fazer a ponte com a História de outros países e contribuir para entender o papel de Cascais no mundo", referiu Severino Rodrigues, Chefe de Divisão de Arquivos e Património Histórico da Câmara Municipal de Cascais. "Os sítios arqueológicos que temos vindo a encontrar na entrada do Tejo são dos mais importantes a nível mundial e uma contribuição inestimável para o conhecimento do património histórico e cultural do mundo", acrescentou.  

O projeto da Carta Arqueológica Subaquática de Cascais (ProCASC) teve início em 2005. Pioneiro em Portugal, este projeto desenvolve-se por fases e com uma perspetiva temporal de longo prazo. Essencialmente o ProCASC é um banco de dados, uma ferramenta de gestão do património subaquático, na qual são georreferenciados todos os sítios arqueológicos identificados e os materiais neles recolhidos, fruto de achados fortuitos, de missões de prospeção ou de acompanhamento arqueológico de obras de construção civil. A agregação dessa informação e o seu cruzamento com fontes orais e documentais permitirá, por exemplo, sistematizar e estabelecer medidas de proteção e valorização dos sítios arqueológicos identificados, bem como contribuir para o estudo da história do concelho. O projeto foi distinguido pela UNESCO que reconheceu Cascais como exemplo de boas práticas no âmbito da Arqueologia Subaquática.

Saiba mais sobre a Carta Arqueológica Subaquática de Cascais aqui