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25 Abril 2020 | Canções que contam abril

Nesta curta viagem pela música de intervenção em Portugal pode ler e ouvir as canções que contam abril.

 Saiba mais sobre como assinalámos o 25 de Abril 2020 em casa

Ouça a nossa playlist enquanto lê o texto.

A saída da Guerra

Ouçamos então o Bella Ciao a música cantada em todas as praças de uma Europa que festeja o fim da guerra. Em Portugal também há manifestações de júbilo ainda que a bandeira, nos edifícios públicos, seja colocada a meia haste por 3 dias. Um luto que poderia encontrar justificação nos cerca de 80 milhões de mortes provocadas pela II Guerra Mundial, mas não. Assinala antes a morte de Adolf Hitler. Ainda assim Portugal apanha boleia no comboio da bonança embora por pouco tempo. 

O Mundo renascia ao sol de Truman, Stalin e Churchill e em Portugal uma nesga de esperança. A 14 de novembro de 1945, em entrevista ao Diário de Notícias e ao O Século, Salazar prometia eleições livres: “Considero as próximas eleições tão livres como na livre Inglaterra”.

Entre o fim de uma guerra e o início de outra, chamada fria, nascia uma maior atenção aos direitos sociais na reconstrução de uma Europa.

Amália Rodrigues cantava até a “Boa Nova”, que refletia algumas expectativas da paz e das suas consequência na vida das pessoas. À semelhança do que se havia passado em França e em Espanha formava-se em Portugal o Movimento de Unidade Anti-Fascista (MUNAF) presidido pelo General Norton de Matos, que juntava todas as forças oposicionistas.

O nascimento de uma nova música

Esta frente, MUNAF, daria lugar, a 8 de Outubro de 1945, ao Movimento de Unidade Democrática. E o hino, “Jornada”, era de Fernando Lopes Graça, esse mesmo compositor cujo espólio se encontra no Museu da Música em Cascais.  

Quer Lopes Graça quer José Gomes Ferreira tinham já um historial de contestação ao regime, mas aqui se pode dizer que às preocupações sociais do neo-realismo juntar-se-á o vanguardismo musical na oposição ao Estado Novo.

O hino do MUD, “Jornada” é uma das composições de Fernando Lopes Graça que integra as “Heróicas”. Talvez seja esta a ponta de uma nova música que alerta para a realidade social portuguesa e que mais adiante se designaria Canção de Intervenção.

Um ano depois, as Heróicas são proibidas pela Inspeção Geral dos Espectáculos.

Entretanto, as tão esperadas eleições livres ficam marcadas para 13 de dezembro de 1949. O candidato da oposição é exatamente o General Norton de Matos, mas, ao contrário da liberdade prometida, a campanha é marcada por uma forte repressão. Norton de Matos desiste à boca das urnas. Muitos dos envolvidos são presos.

Os anos 50

A 9 de maio de 1950, num mundo dividido, nasce a ideia de uma Europa Comunitária, defendida por Shuman e pensada por Jean Monet.

Em Portugal morre-se nas prisões do regime. Militão Ribeiro é apenas um exemplo.

No horizonte abre-se nova expectativa: as eleições de 1958. A campanha de Humberto Delgado é mobilizadora. Apesar da repressão em todo os cantos do país por onde o candidato da oposição passa é recebido com banhos de multidão. Os resultados eleitorais (25% dos votos segundo dados oficiais) provam que quando a repressão não basta a manipulação de resultados resolve. Humberto Delgado é exonerado, sai do país e pede asilo político no Brasil.

Apesar da censura Lopes-Graça continua a compor e publica, em 1960 celebrando o aniversário da implantação da República, com a designação, Canções Heróicas, dramáticas, bucólicas e outras.

Em Paris formara-se em 1957 o MAC, Movimento Anti-Colonial, em causa a guerra da Argélia, em todo o mundo eclodiam movimentos independentistas e caiam os impérios coloniais. Em Portugal prepara-se o início de uma guerra nas colónias. Em 1958 nos campos portugueses luta-se pelas 8 horas de trabalho e a repressão é brutal. Na vida Académica o poder tenta mobilizar para a guerra e dominar as Associações Académicas.

Os anos 60 de turbulência social

Depois do paquete Santa Maria ter sido desviado por Henrique Galvão, O prototesto mobiliza a juventude estudantil. A proibição do Dia do Estudante desencadeia uma onde de protesto nas universidades de Lisboa e Coimbra. A carga policial só aumenta a contestação. É decretado o luto académico e a contestação ao regime ganha os estudantes. Nas ruas de Lisboa a polícia reprime manifestações de operários e no Alentejo os trabalhadores rurais reivindicam a jornada de 8 horas de trabalho.

Neste clima de ebulição social destaca-se, nas vozes de Coimbra, a de José Manuel Cerqueira Afonso Santos. O estudante de Histórico-Filosóficas grava o seu primeiro EP com o tema de sua autoria, letra e música, “Balada de Outono”. Há quem a considere um marco na música de protesto, ou de intervenção.

Mas José Afonso não está sozinho nesta caminhada. Adriano Correia de Oliveira, Francisco Fanhais, Luís Cília, Manuel Freire e a voz da guitarra de Carlos Paredes. Mais tarde, em França, Sérgio Godinho e José Mário Branco juntam-se fazendo da Cantiga uma Arma.

O “Acordai” de Fernando Lopes Grala e José Gomes Ferreira começa a despertar o país.

Os anos 60 vão ser anos de grande repressão, de censura, do início da guerra colonial, do exílio. Mas são também anos de resistência e a Música não mais ignora esta realidade.

Os crimes da polícia política do regime, o exílio dos que contestam, a guerra injusta e os que a ela se opõem ou que nela combatem, a tenaz luta por direitos já não é mais segredo, apesar da censura. Tudo isto é cantado.

O Festival da canção mobiliza o país agarrado à grande revolução comunicacional, a televisão. Não tardará que, também o Festival da Canção, seja influenciado por esta onda e lá surgirá Ary dos Santos, um dos poetas que cantará Abril.

A própria televisão já não ignora essa realidade, pelo contrário, abrirá em 1969 mais uma janela através de um talk-show designado Zip-Zip, liderado por Carlos Cruz, Fialho Gouveia e Raúl Solnado. À música junta-se o humor.

Abril prepara-se e adivinha-se. E a chave dessa esperada madrugada seria um tema vencedor do Festival da Canção, “E Depois do Adeus” de José Niza e José Calvário, interpretada por Paulo de Carvalho. O hino dessa madrugada seria interpretado escrito e tocado por José Afonso, Grandola Vila Morena.

Os filhos da madrugada  

Não tardam os filhos da Madrugada e do exílio, das prisões surgem mais vozes para cantar abril porque, se os anos 60 e 70, até à madrugada de 25 de abril de 1974, são de muita constestação, repressão e censura, o que resta dos anos 70 e os anos 80 são de muita imaginação e conquista. E a música conta-nos tudo.

Veja o video que preparamos para si.

Cascais leva o Bairro dos Museus a sua casa

Desfrute do melhor que a Cultura tem ficando em casa
Nestes tempos de pandemia #covid19 os museus do país estão fechados, um convite a ficar em casa para o bem de todos. Felizmente, as novas tecnologias podem levar a cultura e a arte até si, onde quer que esteja. 
 
O melhor da cultura de Cascais em 3D
 
A Câmara Municipal de Cascais e a Fundação D. Luís I oferecem a todos os que estão em confinamento domiciliário, experiências virtuais com visitas 3D e visitas guiadas a algumas exposições que se encontram nos diferentes equipamentos do concelho. 
 
Para já estão disponíveis as seguintes experiências virtuais: 
 
“Pintura democrática”, no Centro Cultural de Cascais - saiba mais sobre esta exposição AQUI
Visita virtual 3D e visita guiada pelos curadores Joaquim Sapinho e José Manuel dos Santos.
 
“Desenhar, Encenar e Pintar”, na Casa das Histórias Paula Rego - Saiba mais sobre esta exposição AQUI
 
Há quanto tempo não (re)visita um museu? 
 
Se ainda não (re)visitou os diferentes equipamentos culturais do Bairro dos Museus e as suas exposições permanentes, agora tem uma oportunidade única de o fazer sem sair de sua casa. O Bairro dos Museus está a preparar visitas virtuais ao Museu da Vila, Farol de Santa Marta, Museu Condes de Castro Guimarães e Museu da Música Portuguesa. 
 
Envolve-te a partir de casa
 
Para quem tem crianças em casa, este período de confinamento pode ser uma dor de cabeça. Até porque diversão e educação apesar de rimarem nem sempre se encontram juntos nas mesmas atividades. A pensar nisso, o Bairro dos Museus desenvolveu uma série de propostas para os miúdos, dando prosseguimento ao seu programa cultural e educativo, agora à distância.
 
Envolve-te a partir de casa é um conjunto de desafios que podem ser feitos em família ou em formato de teleaula. Uma forma divertida de educar os mais novos, estimulando-lhes a imaginação e criatividade, através do desenho e pintura.
 
O Serviço Cultural e Educativo do Bairro dos Museus está disponível para acompanhar crianças, famílias e público em geral nestas atividades, através dos emails:
 
Casa das Histórias Paula Rego
 
Centro Cultural de Cascais
 
Parques e Jardins do Bairro dos Museus
 
Uma biblioteca à distância do seu sofá
 
O Bairro dos Museus tem um inúmero acervo de publicações sobre artistas de renome nacional e internacional. Por isso foi criada uma Biblioteca virtual para que possa aceder a essas edições únicas. 
Aqui pode encontrar dezenas de trabalhos de investigação, como a fotobiografia de Fernando Lopes-Graça, assim como, catálogos de exposições de fotografia, escultura, instalação e pintura de artistas como Paula Rego, Noronha da Costa, Lita Cabellut ou Herb Ritts, entre muitos outros. Com base nessas publicações foram imaginadas muitas atividades para crianças, famílias e público em geral. Tudo com o intuito de facilitar a vida a quem por todos permanece em casa. 
 
Para aceder AQUI
 
Canal Youtube FDL para rever os eventos Top
 
Foram muitos os momentos que destacaram o Bairro dos Museus como a melhor marca de oferta cultural na região. O prémio 5 Estrelas Regiões 2020 foi mais uma distinção recebida por este conceito inovador gerido pela Fundação D. Luís I. 
 
Para que não perca ou possa rever alguns desses eventos dos últimos anos, o Bairro dos Museus criou um canal no Youtube. Subscreva aqui.
Nos vídeos agora disponibilizados pode revisitar exposições de nomes maiores das artes plásticas, ouvir poesia dita pelos Artistas Unidos ou os concertos do Cascais Moscow Piano Quartet. Mas, também assistir a conferências e a tantas outras atividades do Bairro dos Museus. 
 
Agora que o Bairro dos Museus abriu as suas portas, seja muito bem-vindo!
 
 
 

Millennium Estoril Open: As partidas estão adiadas, mas Cascais continua a rolar

O torneio português que faz parte do calendário ATP World Tour foi adiado devido ao Covid-19

O Millennium Estoril Open que estava previsto realizar-se no Clube de Ténis do Estoril, entre 25 de abril e 3 de maio, foi suspenso pela ATP. Assim como todos os torneios de terra batida que teria lugar até junho de 2020, devido à atual situação de pandemia.

A Câmara Municipal de Cascais, a organização do torneio, parceiros e patrocionadores estão todos alinhados nesta decisão, já que está em causa razões de saúde pública.

As partidas foram adiadas, todavia, Cascais continua a rolar. 

O mundo está em suspenso, mas Cascais não abandonou o jogo.  Todos juntos estamos a vencer as inúmeras partidas contra um adversário invisível e silencioso.

Cascais continua a fazer "break points" em prol da segurança de todos: no apoio à população mais fragilizada, aos que estão na linha da frente na luta contra esta pandemia; junto daqueles que tudo fazem para que a comunidade possa ficar em casa com toda a segurança; no apoio também aos que asseguram que economia essencial não pare.

Cascais continua a marcar pontos no apoio aos empreendedores que tiveram de deixar o jogo em defesa de todos. 

Cascais está a obrigar o inimigo Covid-19, a cometer vários "defaults" ao disponibilizar, em massa, máscaras e equipamento de proteção pessoal para que seja seguro estar na frente da batalha e ganhar este jogo global.

Afinal, estamos todos por todos e juntos a empurrar esta pandemia para "a linha de base" e fazermos "match point".

Por isso, para que seja possível voltarmos ao Clube de Ténis do Estoril, emocionarmo-nos e aplaudirmos os nossos ídolos, enchermos as bancadas e comemorarmos as vitórias de quem jogou melhor, agora só temos que #ficaremcasa e cumprir os conselhos das autoridades de saúde.

#Ficaemcasa que nós trazemos-lhe alguns dos melhores momentos das edições anteriores do Millennium Estoril Open:

Cascais comemora Dia Mundial do Livro

Cascais dá-lhe “Estórias para ouvir e contar”, mais 300 obras em suporte digital e uma crónica de convite à leitura

Em tempo de confinamento da família, imposto pela pandemia Covid-19 Cascais assinala o Dia Mundial do Livro com várias iniciativas online.

Audiolivros para os mais novos | Chama-se “Estórias para ouvir e contar” e é um projeto das Bibliotecas Municipais de Cascais dirigido aos mais novos. São 12 histórias narradas para ouvir em família. A estreia foi hoje no Facebook CM Cascais.

Biblioteca Online ganha mais 300 títulos | Neste dia, a entrada online das Bibliotecas Municipais de Cascais passa a contar com mais obras de suporte digital. São mais de 300 títulos disponíveis e um conjunto de documentos da Rede Bibliotecas Municipais de Cascais de reconhecido interesse histórico-cultural, designadamente fontes de particular importância para o estudo e conhecimento do concelho. A Biblioteca Digital de Cascais disponibiliza dois tipos de conteúdos: Obras digitais e obras digitalizadas. Isto é, versões digitais de obras editadas pela própria Câmara Municipal de Cascais exclusivamente em formato e suporte eletrónico e obras digitalizadas, reproduções de obras originalmente criadas em suporte físico.

Incentivo à leitura | O Dia do Livro não se faz sem o verdadeiro incentivo à leitura. Deixe-se inspirar pelo texto de Humberto Costa “Embarquemos em tempo de silêncio”

Ou descubra o inédito conto “Pergunta ao teu avô” com texto de Cláudia Marques e ilustrações de Bárbara Palinhos que liga a comemoração deste Dia do Livro a uma próxima efeméride, o 25 de Abril.

Bom Dia Mundial do Livro!

Embarquemos em tempo de silêncio

Subitamente ficara sozinho em casa de onde não se podia ausentar.

A casa é como que uma trincheira neste combate à pandemia e a porta transforma-se numa fronteira quase intransponível. As horas vão passando. Não é o poderoso silêncio que nos lança na solidão, mas esta confusão difusa. Num tempo sem pingo de reflexão por falta de tempo, criamos o medo de estarmos sós perante o silêncio. O receio de sermos lançados no desconforto de cavernosos caminhos da memória, como largados definitivamente no meio de um desassossego, sem freio na carroça destrambelhada da memória. E, quando assim é, quando não conseguimos lidar com a tranquilidade do momento, com o tempo, sabemos lá nós quem está na porta da saída, a que túnel cavernoso vamos dar? Tememos, quase sempre, este momento como um intrépido desafio mas que resvala. O receio é o de que, mesmo quando cerramos os olhos animados por um sonho, sai-nos um robusto pesadelo que nos tolhe e nos defrauda quase sempre o esforço de dar caminho ao pensamento. Ficamos desconfortáveis e são quase sempre os barulhos da solidão que transformam o silêncio na sua trilha sonora.

Ora, se inesperadamente a dramática pandemia nos remeteu para esta forma recolhida de viver o dia a dia, é surpreendentemente oportuna esta nova relação com o tempo, com o silêncio, com a reflexão. Como diria o psiquiatra Júlio Machado Vaz, “o silêncio é uma bênção extraordinária (...) a solidão assusta.” Peguemos então no silêncio para combatermos a solidão.

Ler é como diluir a solidão num aconchego de uma história. É a porta certa para uma grande caminhada, uma nave espacial que viaja sobre tempo e sobre o espaço, que transforma o silêncio numa grande viagem. Uma viagem salvadora como a do velho Wang Fô e do seu discípulo Ling. Um dos belos contos de Marguerite Youcenar. Condenado à morte pelo Imperador sob a acusação de iludir com os seus belos quadros a realidade cinzenta do mundo, foi forçado, antes da sentença, a concluir um quadro inacabado. Nele, o velho “Wang Fô começou por tingir de rosa a ponta da asa de uma nuvem pousada numa montanha. Depois acrescentou à superfície do mar algumas rugas que tornavam ainda mais profundo o sentimento da sua serenidade. O pavimento de jade tornava-se singularmente húmido, mas Wang Fô, absorto na sua pintura, não se apercebia que trabalhava sentado na água. A frágil canoa que engrossara sob as pinceladas do pintor, ocupava agora todo o primeiro plano do rolo de seda. O ruído cadenciado dos remos ergueu-se subitamente ao longe, rápido e vivo como um bater de asa. O ruído aproximou-se, encheu mansamente toda a sala, depois quedou-se”. A água que enchera a sala submergindo os seus carrascos, trazia o barco pintado e ao remo o seu discípulo Ling: “Nada temas, Mestre – murmurou o discípulo. – Breve se encontrarão em seco e nem sequer se recordarão que alguma vez se lhes molhou a manga. Só o Imperador há-de guardar no coração um resto de marinha amargura. Esta gente não foi feita para se perder no interior de uma pintura. (...) - É belo o mar, e o vento é bom, as aves marinhas fazem os ninhos. Partamos, Mestre, rumo ao país para além das vagas”.

Embarquemos pois no barco de Wang Fô ou na cegueira branca, que Saramago nos descreve no “Ensaio sobre a cegueira”. Já que, ao contrário da escuridão da cegueira esta, epidémica, traduz-se numa luz intensa que ofusca o mundo das coisas, o mundo tangível, mas ilumina o mundo imaterial, das sensações, da reflexão. Ou, como nos mostra Albert Camus, conheçamos a cidade de Ourão que de despe perante outra epidemia, a da peste. H.C.

Disponibilização de equipamentos para municípios da AML

Aprovada em reunião de Câmara
A Câmara Municipal de Cascais, aprovou, com os votos contra dos vereadores do PS e da CDU, os procedimentos que levaram à disponibilização de Cascais de equipamentos de proteção individual, no âmbito do combate e prevenção da COVID-19, a vários municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML).
 
Este procedimento motivou, na reunião de Câmara de 21/4, realizada por videoconferência no respeito das medidas de contenção de controlo de infeção, vários esclarecimentos por parte do presidente do município, Carlos Carreiras, face às questões colocadas pelo vereadores do PS e da CDU.
 
A primeira remessa de equipamentos e materiais de proteção contra o novo Corona Vírus a chegar a Portugal, ainda no mês de março, foram os encomendados pela Câmara Municipal de Cascais. Logo nessa primeira remessa e face à situação de urgência desses materiais de outros municípios da Área Metropolitana de Lisboa, Cascais cedeu parte dessa carga com vista a acudir essas situações de carência.
 
Questionado pelos vereadores da oposição sobre o enquadramento legal dos pagamentos à Câmara Municipal de Cascais por parte dos municípios que receberam esses materiais, Carlos Carreiras sublinhou que apesar de forma solidária ter acorrido imediatamente às prementes necessidades de “outros colegas presidentes de Câmara”, foi estabelecido em coordenação com esses autarcas, através do secretário-executivo da AML, o ex-presidente da Câmara Municipal do Barreiro, os termos dessa cedência, após também ter pedido pareces aos juristas da Câmara de Cascais.
Não obstante estas explicações os vereadores do PS e CDU votaram contra e apresentaram declarações de voto em conformidade.
 
Seixal, Alcochete, Sesimbra e Setúbal foram entre outros dos primeiros concelhos da Área Metropolitana de Lisboa a quem Cascais cedeu boa parte desses materiais.
 
Na reunião outras situações relacionadas com o combate ao COVID-19 como a doação de equipamentos de proteção individual, nomeadamente a entidades tuteladas pela Administração Central e a doação de máscaras às Instituições Particulares de Solidariedade Social foram igualmente aprovadas tendo motivado vários pedidos de esclarecimentos dos vereadores da oposição.
 
Carlos Carreiras e o vereador Frederico Pinho de Almeida tiveram ainda a oportunidade de sublinhar que a Câmara Municipal de Cascais, substituindo-se ao Governo, fez a entrega de 300 equipamentos digitais, tablets e acesso à net, aos alunos do ensino Secundário numa ação coordenada com as 11 direções dos agrupamentos escolares do concelho.
 
Os relatórios elaborados pelos técnicos municipais sobre a participação preventiva e dos fatores críticos para a decisão do procedimento de avaliação ambiental estratégica do Plano de Urbanização da Área do Aeroporto de Cascais e sua Envolvente (PUACE) foram igualmente aprovados, bem como a decisão de decretar luto municipal pelas vítimas da COVID-19.

Homenagem aos Profissionais da Linha da Frente

Flores alegraram o dia dos colaboradores do universo municipal

Um pequeno gesto pode fazer toda a diferença. Nesta terça-feira houve sorrisos entre os profissionais da linha da frente do universo municipal. 

“Fomos contactados pela florista Marisol que nos desafiou para dar um contributo aos nossos colegas que estão na linha da frente, que foi fazer uma pequena homenagem retribuindo-lhes com uma flor,” revela Frederico Nunes, vereador na Câmara Municipal de Cascais. 

Ao longo deste dia, a Paulo, Ana e Fátima, responsáveis pela florista Marisol, acompanhada pelos vereadores Joana Balsemão e Nuno Piteira Lopes, prestou homenagem às corporações de Bombeiros, Polícia Municipal e diversas equipas que, apesar da pandemia Covid-19, estão na Linha da Frente, a trabalhar em prol do bem-estar de todos.  

É o caso das equipas da Proteção Civil, Cascais Ambiente, Cascais Próxima, Espaços Verdes (DGEV) e Ação Social (DHS/DIST) que, ao longo deste tempo, têm mantido a segurança do concelho, a limpeza e desinfeção das ruas e espaços verdes e o apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social. São também da Linha da Frente as equipas que têm mantido a funcionar os Centros Temporários de Acolhimento de pessoas em situação de sem abrigo, Centros de Testes Covid-19 e ainda a segurança e apoio no Centro Logístico Covid-19. 

Equipas que trabalham lado a lado com diversas empresas do concelho que estão a apoiar e desenvolver iniciativas. 

“Quero agradecer a todos os empresários que têm estado na Linha da Frente, com ações voluntárias que vão desde a área da restauração à produção gráfica. Todos os que têm estado connosco por Cascais. Obrigado,” conclui Frederico Nunes.

CERCICA mantém serviço essenciais

Instituição garante Serviço de Apoio Domiciliário e Residências

A CERCICA (Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Cascais), apesar da redução dos serviços prestados, com parte da equipa em teletrabalho, continua a assegurar o Serviço de Apoio Domiciliário e às Residências, informou a instituição.

Para além do serviço de apoio domiciliário e às Residências, a CERCICA está a “fazer um acompanhamento muito próximo das famílias, para perceber as suas necessidades, e organizar os serviços de apoio, para colmatá-las”, revelou a respetiva diretora-geral 

Rosa Neto acrescenta que a instituição está também a trabalhar presencialmente com as equipas das cozinhas, lavandaria, limpeza, serviços administrativos, manutenção e transportes. 
Aquela responsável agradece a todos os parceiros, nomeadamente a Câmara Municipal de Cascais, Juntas de Freguesia do Estoril/Cascais, Parede/Carcavelos, São Domingos de Rana e Alcabideche, entre outras, que tem feito donativos de equipamentos de proteção, material, limpeza e desinfeção, combustível e apoio financeiro, para que a CERCICA continue a estar mais próxima dos mais vulneráveis.

A CERCICA teve a sua génese na necessidade de prestar educação a uma parte da população que não encontrava resposta no Ensino Regular. Em 1976, ano da sua abertura, a população com deficiência mental, em idade escolar, estava ainda praticamente excluída da Escola. S.R.S.

 

 


Educação em Casa | Novos desafios em tempos de COVID-19

Estudo em Casa | Património Histórico
A sociedade mudou. E, para quem tem filhos em idade escolar, a mudança foi radical. Deixaram de existir as rotinas das saídas de casa, dos almoços com os amigos e dos recreios cheios de alegria e jogos. Hoje novos desafios se impõem. E importa valorizar o que podemos oferecer.
 
Com vista à concretização deste objetivo a Câmara Municipal de Cascais colocou ao dispor de toda a comunidade uma inovadora plataforma online, destinada a estimular a descoberta e valorização da nossa história e património cultural, material e imaterial, com acessos virtuais aos valiosos recursos dos Arquivos, Bibliotecas e Património Histórico municipais.
 
Porque não conhecer melhor a nossa Vila através de um computador? Há tanto para ver e para aprender. Quando for possível concretizar a exploração in locoa visita será bem diferente! As propostas apresentadas estão em sintonia com os programas do 1.º Ciclo do Ensino Básico, de forma a corresponder aos objetivos e metas de aprendizagem definidos. 
 
São quatro as ofertas de conteúdos e recursos digitais sobre História e Património de Cascais:

1. Fichas de conteúdos preparadas em função das especificidades da história local com correspondência nos programas do ensino básico.
 

2. A plataforma digital Flickr Cascais em Imagens – Arquivo Histórico Municipal de Cascais coloca à disposição de todos os interessados, nomeadamente professores e alunos, galerias de imagens temáticas que podem ser descarregadas e comentadas. Complementando as Fichas de Conteúdos, estimulam, assim, a interação com os utilizadores, que são convidados a enviar novas imagens das suas próprias coleções, em prol da construção da memória coletiva do concelho.
 

3. A plataforma digital History Pin Ontem e Hoje – Arquivo Histórico Municipal de Cascais permite comparar imagens do passado com vistas de rua atuais e criar coleções temáticas ou mesmo passeios pela história de Cascais, que decerto desafiarão a comunidade a conhecer ou revisitar o concelho.
 

4. Poderá ainda consultar milhares de registos e documentos digitalizados existentes no Arquivo Histórico Digital de Cascais , no Catálogo das Bibliotecas Municipais de Cascais e no Inventário dos Bens Culturais de Cascais.
 

E conheça e explore também as  Rotas de Cascais!

 

Aqui fica o desafio. Para os mais novos ou para os mais velhos. Dentro de casa e em segurança conheçam melhor as estórias da nossa terra. Depois, quando nos pudermos juntar todos de novo, será decerto mais fácil visitar, reconhecer e até sentir o que já vimos no ecrã.

 

Para mais informações consulte Recursos Educativos - História e Património

 
#fiqueemcasa #estudoemcasa
 

 

 

 

Parabéns PALCO13

Uma década a fazer do teatro um serviço público
Um novo site e transmissão em streaming (segundas-feiras/21h) de algumas das peças encenadas nestes 10 anos de existência são a forma possível de comemorar esta data, em tempos de pandemia e de confinamento em casa. 
 
Veja esta segunda-feira, às 21h30, a peça FEIO encenado por Marco Medeiros em 2013 aqui ou no site da PALCO13.
 
“O que era para ser apenas um espetáculo transformou-se em trinta e dois. O que era para durar dois meses das nossas vidas prolongou-se por dez anos. Não nos pesa o tempo, mas sim a necessidade de o justificar e de o tornar útil e único. A urgência de reinventar, para que o Teatro continue vivo e funcional, é o maior desafio no decorrer de uma década”. 
 
É assim que Marco Medeiros, encenador e diretor da Companhia cascalense nos convida a uma viagem criativa que começou no dia 13 de abril de 2010. 
 
A maior parte dos elementos da PALCO13 desenvolveu a sua aprendizagem na Escola Profissional de Teatro de Cascais, pelo que a companhia nasceu de um desejo de criar no concelho um projeto teatral que permitisse explorar uma linguagem e um caminho próprios.
 
“Quisemos fugir ao já feito, ao estereótipo do teatro para pequenos grupos, ao fechado, e procurar temas e formas que nos permitissem chegar a quem não costuma ver teatro, mantendo connosco quem gosta de ver teatro. Trabalhar para um público que se quer cada vez mais vasto e variado”, afirma Marco Medeiros.
 
Para garantir que todos podem ter acesso aos espetáculos os bilhetes são muito acessíveis. O certo é que têm quase sempre casa esgotada durante todo o tempo que dura um novo espetáculo. Um feito admirável tendo em conta que não estão no epicentro de Lisboa, ao mesmo tempo que trazer público ao teatro é o grande desafio de companhias maiores e com mais recursos. 
 
Outra coisa que espanta quem vai assistir aos espetáculos da PALCO13 é a quantidade de jovens que se encontra entre o público. Aliás, esse é um dos objetivos da companhia: fazer teatro para todas as idades, estabelecendo um constante diálogo intergeracional. 
 
Por isso, em 2016/2017 a companhia criou uma segunda programação paralela, destinada exclusivamente ao público infantil, com trabalhos apresentados quer no teatro, quer em espaços habitados pelas crianças: ATLs, escolas, colégios, tanto em Cascais como em Lisboa, tendo levado um deles a Elvas. 
 
“São trabalhos com propósitos múltiplos que pretendem incentivar o gosto pela leitura, explorar capacidades sensoriais, desenvolver o gosto pela música e pelo teatro tendo em vista não só o desenvolvimento das crianças no presente como também a formação de novos públicos”, pode ler-se no novo site da PALCO13. Aos fins de semana, no Parque Palmela, a companhia tem no seu currículo espetáculos especialmente dedicados aos mais novos, ainda que devam ser assistidos por toda a família. “Queremos um Teatro de serviço público e sustentável. Um trabalho de rigor a favor do entretenimento, da participação na sociedade a que pertencemos, da intervenção na vida de Cascais”, explica o diretor da companhia.  
 
Os textos apresentados pela PALCO13 ao longo destes 10 anos impõem-se pela pertinência de temas, importância dos autores, desejo de pegar em clássicos e dar-lhes uma roupagem atual que os aproxime do público de hoje. 
 
A PALCO13 montou, em média, três espetáculos diferentes por ano. Foram 31 textos, adaptados ou de produção própria, entre os quais “Muralhas de Elsinore”, “Dois Reis e Um Sonho”, “O Pranto de Maria Parda”, “Ernesto”, “Feio”, “Yellow Moon”, “Tudo Bem?” e “Ricardo II”, entre outros. A companhia conta, ainda, com uma longa-metragem a partir de um texto de criação própria: “O Protagonista”, de Luís Lobão, realização de Sérgio Graciano (2016). Desde o início da sua existência a companhia conta, com o apoio da Câmara Municipal de Cascais e da Fundação D. Luís I. A maior parte da sua atividade desenvolve-se no Auditório Fernando Lopes Graça, no Parque Palmela. 
 
Numa época em que “somos atualmente atacados por uma frente invisível, que ameaça e confronta a nossa existência (Teatro), ela impede-nos a celebração deste aniversário como era habitual fazê-lo”, refere Marco Medeiros, acrescentando que este é também o tempo de lembrar a “efemeridade em que vivemos e a imprescindibilidade do Teatro na sociedade, como réplica do que somos ou do que queremos ser”
 
E deixa-nos uma mensagem de esperança: “Mais do que nunca, a PALCO13 é o reflexo do Mundo: queremos estar juntos e avançar, sem receios, sem máscaras e sem distâncias”. 
 
 
 

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