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Casa de Santa Maria encerrada para obras de requalificação

Obra icónica do Arquiteto Raul Lino, de 1902, Casa de Santa Maria vai sofrer obras de requalificação.

A Casa de Santa Maria encerra ao público já este domingo, dia 23, para início de obras de requalificação.

A Casa de Santa Maria situa-se junto ao Farol Museu de Santa Marta e ao Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães.

Adquirida pela Câmara Municipal de Cascais à família Espírito Santo, em outubro de 2004, é uma construção datada de 1902 e uma das obras mais emblemáticas do arquiteto Raul Lino.

A Casa de Santa Maria é constituída por uma sucessão de compartimentos, resultado de um exercício de crescimento bem idealizado. No seu interior destaca-se a articulação de uma série de elementos, ressaltando um elevado número de azulejos figurativos e de padrão, tanto de iconografia campestre como religiosa, e o teto de madeira pintado a óleo, que foi adaptado à sala de jantar.

Centro Paroquial do Estoril com novo Campus em 2019

Projeto Social e Educativo da Boa Nova tem impacto inegável na comunidade.

O Centro Paroquial do Estoril e o Campus da Boa Nova apresentaram o seu Projeto Social e Educativo, que em 2009 inaugurou o complexo da Senhora da Boa Nova, incluindo Igreja, Colégio, Centro Comunitário e Auditório e, desde então, tem dado apoio social diário a 850 famílias e ajuda na área educativa a cerca de 800 alunos, do berçário ao 9.º ano, entre outras vertentes que transformaram a comunidade do antigo Bairro do Fim do Mundo.

Em 2019, vão ser inauguradas as novas instalações do Campus da Nossa Senhora da Boa Nova com o objetivo de a Paróquia do Estoril continuar o seu impacto inegável na comunidade, mas para isso é também necessária a solidariedade de todos aqueles que possam ajudar.

“Faço um apelo à comunidade, muito especialmente a todos os empresários, que têm vindo a beneficiar do crescimento de Cascais, para que possam contribuir para mitigar a exposição financeira que a Paróquia tem ao desenvolver estes projetos. O seu forte pendor social é promotor de uma coesão social que é importante para Cascais”, conclui o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras.

 

+ Saúde em Cascais Todos os Dias

Desde Julho de 2018 programa já realizou 53 iniciativas que envolveram 727 munícipes.
Em Julho de 2018 a Academia da Saúde, em parceria com a Câmara Municipal de Cascais, lançou o Programa + Saúde Todos os Dias. 
Este programa tem vindo a desenvolver várias iniciativas gratuitas em torno da atividade física e da literacia em saúde. Só até dezembro de 2018, em menos de seis meses de Programa, o + Saúde Todos os dias já realizou 53 iniciativas como workshops, atividades físicas e de bem estar e sessões de conversa com especialistas da área de saúde.
Até ao momento já foram 727 os munícipes que procuraram este programa, 82% garante ter ficado muito satisfeito com as iniciativas desenvolvidas e 73% considerou-as muito úteis. 
O programa + Saúde Todos os Dias é uma iniciativa da Academia da Saúde, um Fórum Concelhio para a Promoção da Saúde em Cascais, que tem as portas abertas na Loja Cascais em Tires e no Hospital de Cascais onde o público pode encontrar mais informação sobre os recursos concelhios em saúde, há atendimento e encaminhamento na área da saúde, assim como, também são desenvolvidas várias iniciativas e eventos com o objetivo de sensibilizar a população para estilos de vida mais saudáveis. 
 

+ Saúde em Cascais Todos os Dias

Desde Julho de 2018 programa já realizou 53 iniciativas que envolveram 727 munícipes.
Em Julho de 2018 a Academia da Saúde, em parceria com a Câmara Municipal de Cascais, lançou o Programa + Saúde Todos os Dias. 
Este programa tem vindo a desenvolver várias iniciativas gratuitas em torno da atividade física e da literacia em saúde. Só até dezembro de 2018, em menos de seis meses de Programa, o + Saúde Todos os dias já realizou 53 iniciativas como workshops, atividades físicas e de bem estar e sessões de conversa com especialistas da área de saúde.
Até ao momento já foram 727 os munícipes que procuraram este programa de onde 82% garante ter ficado muito satisfeito com as iniciativas desenvolvidas e 73% considerou-as muito úteis. 
O programa + Saúde Todos os Dias é uma iniciativa da Academia da Saúde, um Fórum Concelhio para a Promoção da Saúde em Cascais, que tem as portas abertas na Loja Cascais em Tires e no Hospital de Cascais onde o público pode encontrar mais informação sobre os recursos concelhios em saúde, há atendimento e encaminhamento na área da saúde, assim como, também são desenvolvidas várias iniciativas e eventos com o objetivo de sensibilizar a população para estilos de vida mais saudáveis. 
 

Coro infantil da Sociedade Recreativa e Musical de Carcavelos nos Paços do Concelho

Fundada em 13 de Outubro de 1901, a Sociedade Recreativa de Carcavelos completou este ano 117 anos.

O coro infantil da Sociedade Recreativa e Musical de Carcavelos deslocou-se hoje à Câmara Municipal de Cascais onde atuou perante o presidente da autarquia e apresentou alguns dos seus cânticos de Natal.

A grande impulsionadora desta sociedade e sua presidente, Odete Morgado, não pode comparecer, por motivos de força maior, mas mão foi esquecida por Carlos carreiras que manifestou o desejo de a ver presente quando o coro ali atuar de novo no próximo ano.

Fundada em 13 de Outubro de 1901, a Sociedade Recreativa de Carcavelos completou este ano 117 anos. Na cerimónia evocativa deste aniversário, no passado dia 13 de outubro, o presidente da Câmara inaugurou as obras de requalificação do edifício da associação, no âmbito do Orçamento Participativo de 2017, e prometeu ampliá-las: “Vamos prolongar ainda mais estas instalações. Lanço este desafio a todos para que esteja pronto no 120º aniversário desta sociedade”.

Carlos Carreiras “ofereceu” outra prenda a esta coletividade no seu dia de aniversário, anunciando que “o terreno contíguo à sociedade, que pertence à Câmara e que serve de estaleiro de obras da Junta de Freguesia de Carcavelos e Parede, servirá para uma nova ampliação das suas instalações".

Jessie J confirmada para o EDPCOOLJAZZ | 10 de julho - Cascais

A inglesa Jessie J estreia-se no EDPCOOLJAZZ a 10 de Julho. Estrela maior da pop mundial, a cantora e compositora apresenta-se no Hipódromo Manuel Possolo, em Cascais, para uma noite de muita soul, funk e pop de nível mundial.

Jessica Cornish (aka Jessie J) nasceu na zona Este de Londres mas cedo se destacou precisamente no lado oposto da cidade (Oeste) num musical de Andrew Lloyd Webber (“Whistle Down the Wind”). Aos 18 anos assina contrato publishing com Sony mas foi com a concorrente – Universal – que editou o primeiro álbum (“Who You Are”, 2011). Rodeou-se de reputados escritores de canções como Dr. Luke (colaborador de Katy Perry, Kelly Clarkson, entre outros) e Labirinth (produtor de R&B), entre outros. “Do it like a Dude” (originalmente escrito para Rihanna) captou a atenção do público e rapidamente chegaram os prémios e o reconhecimento dos media.

Seguiram-se as digressões por todo o mundo, bem como ter sido convidada para júri do programa televisivo “The Voice” (versão do Reino Unido), e mesmo chegando a fazer parte do elenco de estrelas, que incluiu Tom Jones e will.i.am, para celebrar o Diamond Jubilee da Rainha Elizabeth II. Jessie J foi conquistando um caminho muito próprio desde os seminais singles como “Domino” e “Price Tag” (2011) – o vídeo da música conta atualmente com mais de 600 milhões de views no youtube.

Do Reino Unido para a Austrália, a saga do The Voice continuou, as colaborações sucederam-se (Pharrell Williams, Diplo, entre outros), a participação em bandas sonoras foi um sucesso – quer para “50 sombras de Grey” com a versão de “I Got You (I Feel Good)” (James Brown), quer para a “Escolha Perfeita 2” com o tema “Flashlight”, até chegar ao mega sucesso com “Bang Bang” lançado em parceria com Ariana Grande e Nicki Minaj, absolutas estrelas de calibre mundial.

As pistas para o futuro são dadas com músicas como “Queen”, com vídeo lançado em Maio de 2018, elevando ainda mais a fasquia de uma voz e personalidade absolutamente únicas. A noite de 10 de Julho tem todas as condições para se tornar lendária. Uma estrela mundial, um espaço emblemático e um festival impar. Obrigatório!

Também já confirmados no cartaz da 16ª edição do EDPCOOLJAZZ estão Diana Krall, Tom Jones, Jamie Cullum, Snarky Puppy, Jacob Collier e The Roots.

Mais informações
 

Apresentação Livro Fernando Lopes-Graça: Uma Fotobiografia

Hoje, dia 17 de dezembro de 2018 comemoram-se 112 anos do nascimento de Fernando Lopes Graça e para assinalar a data, Manuel Deniz Silva e António Corvelo de Sousa apresentaram todo o processo de construção da fotobiografia do compositor.

O Livro Fernando Lopes-Graça (1906-1994): Uma Fotobiografia foi apresentado na Casa Verdades Faria no Museu da Música Portuguesa, no Monte Estoril. A obra é composta por nove capítulos que permitem conhecer o percurso pessoal, estético e político de Fernando Lopes-Graça.

Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, esteve presente na apresentação e fez questão de agradecer “ao grupo de amigos que desafiou a Câmara Municipal de Cascais a fazer esta homenagem ao longo deste ano e, em especial, aos autores por nos proporcionarem esta obra”. O autarca agradeceu ainda à Fundação D. Luís I pela parceria neste projeto e na execução de todas as iniciativas ao longo do último ano.

Para o presidente, “Fernando Lopes-Graça continua ainda muito presente na comunidade de Cascais, não só a partir da Casa Verdades Faria e do Museu da Língua Portuguesa mas também em tudo aquilo que ele inspirou muitos outros pela sua atividade, militantismo e atos de cidadania participativa que na altura não se fazia tanto”.

Manuel Deniz Silva e António Corvelo de Sousa foram os investigadores responsáveis pela realização da obra, a convite do Professor Mário Vieira de Carvalho e em parceria com a Câmara Municipal de Cascais e a Fundação D. Luís I.

O autor Manuel Deniz Silva destacou “que há muitos elementos inéditos na obra, entre eles uma árvore genealógica de Fernando Lopes-Graça que até ao momento não existia mais nenhuma igual.” Na apresentação do livro, o autor aproveitou ainda para agradecer à Fundação D. Luís I, à Casa Verdades Faria e à Câmara Municipal de Cascais por todo o apoio prestado à construção deste livro.

O trabalho dos autores consistiu na seleção de um conjunto de imagens conservadas no arquivo pessoal de Fernando Lopes-Graça no Museu da Música Portuguesa (fotografias, partituras, correspondência, manuscritos, documentos políticos e administrativos, capas de livros e de discos, programas de concerto, artigos de jornal), às quais se juntaram diversas fontes recolhidas noutros acervos, muitas delas inéditas. São duzentas e cinquenta e cinco páginas, com uma seleção de pouco mais de 600 documentos, acompanhados de textos de Fernando Lopes-Graça que apoiarão a leitura.

Esta apresentação corresponde a uma primeira versão digital, a que se seguirá uma versão impressa, mais extensa, com incorporação de novo material relevante. A fotobiografia destina-se prioritariamente a despertar o interesse do grande público pela figura de Fernando Lopes-Graça. No entanto, a disponibilização de documentos inéditos ou raros constituirá, sem dúvida, uma contribuição importante para os estudos sobre a história da música no nosso país e para a compreensão dos debates intelectuais e estéticos do século XX português.

O lançamento desta obra é a última iniciativa de um conjunto de atividades, concertos, entre outros que decorreram no último ano em Cascais para homenagear Fernando Lopes-Graça.

Leia aqui a versão digital do Livro Fernando Lopes-Graça: Uma Fotobiografia

Mensagem de Natal 2018 pelo presidente da CM Cascais, Carlos Carreiras

Autarca deseja que em 2019 todos juntos possamos "construir um concelho de Cascais mais coeso, do ponto de vista social e territorial, e que crie mais oportunidades para que cada um realize na diversidade o seu projeto de felicidade”.

“Desejo um Santo Natal a todos os cidadãos de Cascais e suas famílias e que este espírito que vivemos nesta época bonita e fraterna se prolongue durante todo o ano. Não fiquemos com este espírito de amizade, fraternidade e de família apenas e só durante o Natal”, afirma o presidente da Câmara de Cascais na sua mensagem de Natal.

Carlos Carreiras faz votos para que “esse espírito se prolongue durante todo o ano de 2019, e que o possamos comemorar com saúde - o bem mais essencial - mas também desejar que 2019 realize as nossas ambições e aspirações”.

A concluir, o autarca estende os seus votos “para que tenhamos a capacidade de todos juntos construirmos um concelho de Cascais mais coeso do ponto de vista social e territorial, e que crie mais oportunidades, para que cada um possa realizar na diversidade o seu projeto de felicidade”.

 

 

Rumo a um concelho mais coeso

Com cerca de 480 participantes, o Seminário “Coesão Social, uma responsabilidade partilhada” revelou-se um ponto de partida para a tomada de medidas conducentes a um concelho de Cascais mais coeso. Além da apresentação de dados históricos e atuais, foram dois dias de debate, no âmbito da Semana de Coesão Social que, envolveu ainda um Dia Aberto, com a participação de 234 pessoas que vieram conhecer ao vivo o trabalho realizado pelas organizações sociais do concelho.

Políticos, académicos, empresários, técnicos, beneficiários e público em geral, partilharam visões e colocaram novos desafios. Verdadeiro raio x da população do concelho, o Diagnóstico Social de Cascais fica agora disponível para consulta e estudos subsequentes, enquanto o livro Cascais Social permite revisitar a história da intervenção social desde a Idade Média ao final do século XX. É caso para dizer que a Semana da Coesão Social veio lançar novas pistas e desafios do muito que há a fazer para tornar Cascais mais coeso.

Em jeito de balanço, Frederico Pinho de Almeida, vereador da Ação Social na Câmara Municipal de Cascais, considera que esta primeira Semana da Coesão Social “foi um momento fantástico. Tivemos momentos de partilha e de reflexão sobre o trabalho desenvolvido ao longo dos anos e tivemos também uma oportunidade de projetar o futuro, no sentido de saber que caminhos temos de percorrer para continuar a ter um concelho mais justo e mais coeso”.

O vereador realça a participação dos técnicos e responsáveis de empresas que estiveram disponíveis para se colaborar neste processo, considerando ser essa “uma riqueza enorme, ao reforçar uma rede que já é muito ativa” isto porque se estreitam laços e se estabelecem novas parcerias entre o terceiro setor e o setor privado. Justamente para estreitar laços, uma das propostas feitas durante a semana foi para se mudar o nome de Rede Social de Cascais para outro mais apelativo. Frederico Pinho de Almeida garantiu que, apesar de “Rede Social” ser um nome formal, de lei e não poder ser alterado, é um assunto a ter em conta: “podemos ter uma marca diferente. Compreendo que se criarmos uma outra denominação poderá facilitar a perceção de maior abertura à comunidade desta grande rede”.

Modelo de financiamento deve ser atualizado

Mas houve outras alterações solicitadas. Desde logo foram pedidas mudanças a nível político no caso emergente do Estatuto dos Cuidadores Informais que não dá resposta às necessidades sentidas. Os participantes aproveitaram a ocasião e os interlocutores para lançar questões também no que respeita ao atual modelo de financiamento de projetos, critérios de seleção e duração, cuja atualidade é, no mínimo, questionável.

Defendendo que, atualmente, “as organizações sociais não têm incentivos para inovar ou aprender constantemente”, António Miguel, da Nova SBE, lançou algumas farpas ao atual estado de coisas: “Há pouca flexibilidade nos apoios”. “O financiamento a três anos promove a rigidez, como é possível? O mercado muda a cada seis meses…” Uma situação que desequilibra a balança no momento da aplicação de verbas: “Sabemos que apenas 10 cêntimos em cada euro é aplicado em ações preventivas, os restantes 90 cêntimos são para remediar o que correu mal”. Para o académico, é importante “assumir que a visão do outro as vezes pode ser melhor, ou assumir que uma situação não está a correr bem e identificar as falhas para poder melhorar e seguir em frente”.

Fazer perguntas

“Vocês não existem para fazer determinadas atividades com pessoas idosas. Vocês existem para que as pessoas idosas sejam mais felizes”, afirmou Ricardo Zozinho, da Nova SBE, dirigindo-se aos atores do Terceiro Setor. Para o académico, mais do que dar respostas, é preciso fazer perguntas. “As organizações têm de aproveitar as competências das pessoas. Há pouca disponibilidade para levar as pessoas a estarem no seu melhor e isso constrange a criatividade e o empreendedorismo”, salienta, sem deixar de questionar o Estado sobre “como pode ajudar a agilizar este processo?” Para uma sociedade mais coesa é fundamental haver transparência, por isso mesmo, António Miguel, defendeu perante a audiência que “é preciso medir impactos, gerir para o desempenho” e lançou o repto à Rede Social de Cascais e Câmara Municipal de Cascais: “O Diagnóstico Social de Cascais tem imensos dados e seria interessante saber que análises é possível fazer para se saber como se podem juntar melhor os pontos para intervir de forma preventiva mais estruturada. Por exemplo se sabemos que há um jovem x com problemas de abandono escolar, consumos de substâncias ilícitas, família destruturada, de que modo podemos prevenir questões futuras?”

Inovação a quanto obrigas

A preocupação da inovação também esteve presente no debate. Pedro Neves, da Nova SBE, destacou que “inovar não é só fazer robots. A vossa inovação parte da capacidade de identificar coisas que não funcionaram no passado e olhar para as propostas de forma diferente”. De qualquer modo, António Miguel, reconheceu que “a União Europeia tenta financiar a inovação através de processos que por si só são contrários à inovação”. Isabel Pinto Gonçalves, diretora de departamento da Ação Social na CMC, salientou as dificuldades vividas nas candidaturas ao financiamento por causa do número de habitantes ser menor do que o previsto ao nível europeu, por exemplo, mas é a realidade local. Uma situação que só é mitigada por candidaturas conjuntas de várias entidades que trabalham a mesma temática.

Outra questão em cima da mesa e que, no entendimento geral, justifica a revisão das políticas de financiamento na área social, o chamado “Terceiro Setor”, é a forma como é avaliado o desempenho das entidades. “O financiamento deveria ser orientado para taxas de sucesso maiores”. Por exemplo, um projeto com um público-alvo de 15 pessoas que atinge as 15 pessoas tem 100% de sucesso e um projeto programado para 100 pessoas que apenas cumpre 10% apenas chega a 10 pessoas. “Estamos a apoiar incumbentes que pela sua dimensão deveriam chegar a mais gente em vez de instituições que trilham o caminho das pedras”, disse António Miguel da Nova SBE.

Rede Social de Cascais, um caso de sucesso

Em termos gerais a Semana da Coesão Social trouxe a terreiro as preocupações partilhadas por todos no que diz respeito a um futuro marcado pela mudança. “Vocês são um caso de sucesso e um exemplo de bom funcionamento em rede”, parabenizou Pedro Neves, dirigindo-se à Rede Social de Cascais e CMC. “As dores que estão a sentir devem-se à mudança do paradigma societal, pelo que uma boa parte do vosso trabalho fica logo bloqueado pelo estigma dos grupos com quem trabalham.” Nova SBE já é parceira da Rede Social de Cascais Mas em que medida pode, por exemplo, um parceiro como a Nova SBE, que durante a Semana da Coesão Social formalizou a sua adesão à Rede Social de Cascais, contribuir para um concelho mais coeso? Recordando que a universidade tem estado a trabalhar em conjunto coma Rede Social nos últimos meses, Miguel Martins, informou que “a partir de janeiro de 2019, a Nova SBE vai ter dois novos programas inovadores”, pelo que se esperam novidades.

O que nos diz o Diagnóstico Social de Cascais?

Apresentado por Sérgio Barroso, coordenador do estudo, o painel dedicado ao Diagnóstico social de Cascais veio confirmar o tema do seminário, ou seja, que a coesão social é uma responsabilidade partilhada. “O leque de políticas está plasmado neste diagnóstico social”, referiu Sérgio Barroso, do CEDRU. “É um leque extremamente abrangente que torna bem claro que a coesão social é uma responsabilidade partilhada”. Defendendo que “é necessário encontrar novas formas de governar e intervir entre os atores do território no sentido de nos tronarmos mais eficazes e tornar a sociedade mais coesa”, Sérgio Barroso colocou o “dedo na ferida”: “Vamos ser mais e mais velhos. Temos de nos preparar nas diversas vertentes. Temos cada vez mais uma quarta idade. É um desafio demográfico”.

Analisando os dados recolhidos, o coordenador do estudo que ao longo de três anos entrou pela casa dos cascalenses e não só, deixou várias questões fundamentais para a adoção de novas medidas:

- é indispensável que a Rede Social de Cascais possa ser um laboratório social para monitorizar a realidade;

- é fundamental Cascais criar condições para continuar a ser um ecossistema de empreendedorismo social e melhorar as práticas de intervenção social; 

- as sub-redes da Rede Social de Cascais devem ser otimizadas e reestruturadas devido à fadiga da parceria.

“Estou certo que encontraremos um ponto de equilíbrio para termos uma rede social forte e equitativa. Desafios colhidos por Frederico Pinho de Almeida no encerramento do seminário: “vamos tentar alargar a rede e captar mais entidades privadas, porque isso vai ser uma mais-valia para o futuro e ajudar os nossos beneficiários”.

Ler também:

Coesão Social "um termómetro do estado da sociedade"

Para se ser um país mais coeso é necessário dar voz

"Estamos aqui porque acreditamos num futuro onde todos contam"

"Já começou a Semana da Coesão Social"

Campanha de rua na Semana da Coesão Social

 

Para se ser um país mais coeso é necessário dar voz

A última manhã do Seminário Coesão Social Uma responsabilidade partilha foi marcada por quatro sessões paralelas que decorreram em simultâneo sempre com lotação esgotada. Os moderadores das sessões partilharam depois, com todos os participantes, as principais conclusões.

Moderadora da sessão “Inclusão, Deficiência e Saúde Mental”, Laurinda Alves ficou especialmente marcada pela declaração de um dos participantes (Ismeba) que partilhou com os presentes: “trabalhar foi uma revolução na mina vida”. “Somos nós que podemos fazer a revolução na vida dos outros e na nossa vida”, destacou Laurinda Alves. Pegando nos dados revelados pelo Diagnóstico Social de Cascais analisados no âmbito da sessão que moderou, Laurinda Alves acrescentou: “a acessibilidade tem de ser uma realidade sob pena de ditarmos a morte social. É preciso clarificar a mensagem. Há pessoas que ficam de fora porque não percebem o que lhes é dito. É uma forma de exclusão muito grave. Todos não somos demais”.

Ana Fernandes moderou a sessão “Cada vez vivemos mais e então?” e partilhou com a audiência as principais reflexões do grupo, particularmente ao nível das políticas sociais: “as pessoas estão a envelhecer e têm baixos recursos. Temos de ser cautelosos para unir gerações evitando estereótipos”. A coesão nesta vertente implica mobilidade pelo que o grupo se questionou sobre a quem compete intervir. Dada a temática do envelhecimento, o grupo levantou a questão dos cuidadores informais: “é necessário adequar pelo menos a legislação laboral”. Noutra perspetiva, a da solidão, foi igualmente abordada, com os participantes na sessão paralela a deixar claro que “é necessário clarificar qual o papel do cidadão e do Estado e, acima de tudo, modificar as atitudes segregacionistas”.

Encarregue de moderar o painel dedicado à “Diversidade Cultural”, André Carmo partilhou em auditório três desafios e duas pistas lançados na sessão. “Há que ter atenção a três situações: - o aspeto discursivo, léxico e semântico, tendo em atenção a escolha das palavras usadas para traduzir os problemas, porque não escolher abordar as vantagens da diversidade cultural? - O aspeto relacional, pois não se pode viver sem conviver. É importante aprender a viver em conjunto, indo além da tolerância e afirmando o respeito pelo outro; - o aspeto pós—colonial, enquanto não se fizer uma verdadeira reflexão sobre o nosso passado ele volta sempre para distorcer a nossa visão e a desigualdade persiste. As questões lançadas na sessão foram: “Qual o papel da Educação? E Como construir uma cidadania municipal?” No primeiro caso destacou-se que “Ninguém nasce a odiar o outro. Compete aos contextos educativos formais não limitar o direito das crianças, devemos chamar as escolas a combater o racismo, praticar, mais do que pregar a interculturalidade. “ No segundo caso a proposta foi para se “construir uma comunidade de pertença do cidadãos e de combater a divisão espacial em vez de fomentar ghettos”.

Em nome de David Rodrigues, moderador da sessão Infância e Juventude, Ana Ramalheira revelou que “com a sua dinâmica, David Rodrigues ajudou a criar um ambiente verdadeiramente democrático na sessão”. O debate fez-se em torno de uma grande questão: “como contribuir para a coesão social nas escolas?” As respostas giraram em torno da maior humanização, criação de vínculos, conhecendo e respeitando alunos e famílias, deixando as metas para segundo plano. De acordo com os participantes nesta sessão paralela, “coesão social é coerência, cooperação, conhecimento e compreensão”. Partindo da Educação enquanto principal alavanca dos diretos humanos, em especial do direto a pertencer e a participar, o grupo destacou a necessidade aproximar a sociedade das escolas, de criar programas para ajudar os jovens. Em resumo para ser um país mais coeso, é necessário dar voz, ouvir, envolver, adotar políticas transversais, mudar o sistema de ensino, investir desde o berço, cuidar da saúde mental, em suma, ter uma visão holística que, nas palavras de David Rodrigues se resumirá assim: “a responsabilização deve ser tomada às colheres desde pequenino como o óleo de fígado de bacalhau”.

Ouvido de passagem:

INCLUSÃO E DEFICIÊNCIA/DOENÇA MENTAL

“Cascais tem uma divisão de emprego inclusiva. Recebe toda a gente”, Lúcia Canha, Faculdade de Motricidade Humana

DIVERSIDADE CULTURAL

“Uma cidade intercultural não parte para o debate começando pelos problemas interculturais. Não nego que existam problemas, mas somos mais enquanto indivíduos e enquanto sociedade do que a soma dos nossos problemas”, Phill Wood.

“Cascais é de louvar por levar a cabo uma abordagem analítica como o Diagnóstico Social. É uma forma de identificar patologias e de investir o tempo a procurar solucioná-las”, Phill Wood

INFÂNCIA E JUVENTUDE

“A escola é um contexto universal que chega a todos. Por isso, é o local ideal para promover o diálogo sobre as questões da Saúde mental.” Paula Vilariça, pedopsiquiatra, CadIn

“Somos todos agentes de Saúde Mental. A Saúde mental é muito socialmente determinável”, Paula Vilariça, CadIn

“Falamos em inclusão nas escolas, mas depois há a perversão das metas, das notas…Enquanto não se encara isto como um mal da coesão é difícil as escolas fazerem o seu papel”, Adelino Calado, diretor Agrupamento de Escolas de Carcavelos.

“Qualquer dia vou ter de abrir uma consulta para os alunos do 11.º ano”, Paula Vilariça, pedopsiquiatra, CadIn

CADA VEZ VIVEMOS MAIS. E ENTÃO?

“Aumentar a participação favorece a inclusão, mas por outro lado assistimos a programas estruturados que embora favoreçam a participação, são segregacionistas e escorregam na infantilização”, Maria João Barros, ISCSP

“Já assistimos a programas “age friendly”, ou seja, mais transversais”, Maria João Barros, ISCSP

“A facilitação é a palavra-chave. Se for mais fácil ter comportamentos saudáveis, mais facilmente as pessoas os adquirem, Maria João Barros, ISCSP

Para as pessoas viverem mais tempo nas suas casas é preciso que estas sejam adaptadas às novas exigências ditadas pelo envelhecimento”, Maria João Barros, ISCSP.

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